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Fanfics com a tag Desafio 032024

Vida na Cidade Grande!

escrita por Sholeh-Talurian

Fanfic / Fanfiction Vida na Cidade Grande!
Concluído
Capítulos 1
Palavras 365
Atualizada
Idioma Português
Categorias Histórias Originais
Gêneros Crônica, Ficção
Entre o emaranhado de ruas congestionadas e os arranha-céus que tocam o céu, há um mundo de histórias por contar. Nesta pequena Crônica, convido você a adentrar nesse universo caótico e fascinante, onde cada esquina guarda segredos e cada rosto esconde uma narrativa única. Prepare-se para mergulhar na vida na cidade grande, onde o ritmo frenético do dia a dia se mistura com os suspiros de esperança e os sussurros de sonhos adiados. Bem-vindo ao labirinto de concreto e aço, onde a vida pulsa em cada batida do coração urbano.
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Doce de laranja da terra

escrita por Marene

Fanfic / Fanfiction Doce de laranja da terra
Concluído
Capítulos 1
Palavras 492
Atualizada
Idioma Português
Categorias Histórias Originais
Gêneros Crônica, Drabs, Drabble, Droubble (Minicontos), Famí­lia
Minha infância foi abençoada. Minha avó, a Dona Cida, era mágica, em sua simplicidade era dona de uma sabedoria que está plantada em meu coração e em minhas memórias. Lembro-me das frutas maravilhosas que cresciam em seu pomar, laranjas, pêssegos, ameixas, caquis, mangas. Todo ano, quando as flores dos pêssegos começavam a cair, era hora de ensacar, ajudávamos minha avó a fazer saquinhos de papel de seda e ensacávamos as pequenas frutas para protegê-las das pragas e moscas da fruta. Era um prazer enorme colhermos os pêssegos suculentos e que podiam ser comidos ali, na hora, sem precisar lavar ou se preocupar com agrotóxicos. E os doces? Compotas, marmeladas, um melhor que o outro e havia doces o ano todo, pois em cada época do ano, havia uma fruta diferente.
Minha infância foi abençoada. Minha avó, a Dona Cida, era mágica, em sua simplicidade era dona de uma sabedoria que está plantada em meu coração e em minhas memórias. Lembrei das frutas maravilhosas que cresciam em seu pomar, laranjas, pêssegos, ameixas, caquis, mangas. Todo ano, quando as flores dos pêssegos começavam a cair, era hora de ensacar, ajudávamos minha avó a fazer saquinhos de papel de seda e ensacávamos as pequenas frutas para protegê-las das pragas e moscas da fruta. Era um prazer enorme colhermos os pêssegos suculentos e que podiam ser comidos ali, na hora, sem precisar lavar ou se preocupar com agrotóxicos. E os doces? Compotas, marmeladas, um melhor que o outro e havia doces o ano todo, pois em cada época do ano, havia uma fruta diferente.

Hoje vai ser o dia da: Laranja da terra
Antes de mais nada é preciso convidar todas as comadres e a parentela mais chegada. Não pode faltar um monte de crianças correndo e fazendo algazarra, são indispensáveis na hora da colheita das frutas. Colhidas as laranjas, lave muito bem e faça uma roda de cadeiras, cada mulher ou homem com uma faquinha afiada ou um ralo, deve tirar a fina pele verde que contém o sumo da fruta, não pode machucar e deixar aparecer o branco, se não vai levar bronca. Enquanto isso, outra turma já corta a laranja em cruz para formar as pétalas e não pode cortar demais senão lá vem outra bronca. É para que as cascas fiquem no formato de uma flor e de preferência com o cabinho (esse feito rende elogios).
A segunda etapa é retirar o bagaço da laranja, com cuidado para não "quebrar a flor", colocava-se as frutas em um saco branco e levava-se para a bica da água, lá na bica o saco ficava submerso na água corrente por cinco dias.
Cinco dias depois era levantar cedo e preparar o café com pão caseiro, os biscoitos e tudo mais, porque as comadres chegavam cedo. Começavasse uma nova etapa, hora de juntar a criançada também, pois elas vão ajudar na raspagem do interior das cascas, etapa delicada, pois as cascas ficavam encharcadas e poderiam quebrar com facilidade (e ai daquele que quebrasse uma flor). Com uma colher, retiravasse a goma que se formava no interior das cascas.
Faziasse então a calda. Esta calda era feita em um tacho grande de cobre no fogão a lenha, antes de levar o tacho ao fogo, este deveria ser areado muito bem com cinzas e sumo de limão e deveria ficar reluzente. Só então ia ao fogo com o açúcar e a água (sem esquecer o cravo e a canela). Depois de lavar todas as flores de laranja elas iam para a calda e cozinhavam até ficarem transparentes.
Eram dias recheados de muita comida boa, conversa farta, histórias de assombração, crianças correndo, brincando, eram dias felizes.
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