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Nunca ouviu falar de fenômenos biológicos ou sobrenaturais que faz alguém sonhar constantemente com um mesmo rosto. Nem mesmo aquelas pseudociências que tentam explicar de forma lógica coisas que claramente são ilógicas, mas naquela madrugada, quando acordou do mesmo sonho pela terceira vez na semana, onde um rapaz bonito aparecia o observando de perto, Hongjoong desejou saber.

Mesmo que fosse passageiro, mesmo que não durasse o tempo que ambos gostariam, ainda valeria a pena e Seonghwa poderia dizer que ele e todas suas aranhas imaginárias de estimação encontrou moradia por tempo indeterminado na única pessoa que poderia carregar estrelas em volta dos olhos.

Choi San odiava flores, odiava sentir o ardor do espirro chegando e o líquido nojento descendo do seu nariz a qualquer distância que tinha de uma flor próximo de si. Sua profissão de neurocirurgia era a coisa mais amada em sua vida, qualquer erro mínimo, se culpava amargamente, então naquela semana do aniversário do hospital em que teria uma cirurgia importantíssima, previu sua morte com o lugar repleto de girassóis a qualquer metro quadrado daquelas paredes. Jogaria praga para a pessoa que havia posto cada cantinho com aqueles horrorosos sóis em mini formato, se não ficasse perdidamente apaixonado pelo responsável, Song Mingi, dono de um sorriso encantador e da floricultura local.

Onde Seonghwa passava uma pequena parte do seu dia conversando com seu amado, vivendo aquele amor impossível, mesmo que atrasasse sua vida, mesmo que no final o fizesse mal.

Desde criança, Yeosang nunca de fato entendeu o que seria o conceito de “amor romântico” — apesar de compreender sobre o amor familiar e a paixão —, tampouco o porquê de a ideia romântica ser tão importante em sua vida como os adultos falavam. O adolescente jurou para si mesmo por um bom tempo que jamais se apaixonaria por ninguém, porém, este pensamento dissipou-se após conhecer seu vizinho carismático que amava flores.

Jongho passa seus dias entediado dentro da lojinha de flores que ele almejou trabalhar, até um tal Song Mingi aparecer com uma história mais que interessante e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer um.