Fanfics com a tag Projetokiribaku

Em que Eijiro se vê curioso para saber o que seu marido iria fazer sozinho numa data tão próxima ao Natal.

A canção do Lobo Branco era fria como a neve, sempre cantada sozinha ao amanhecer. Diziam para não encarar os olhos vermelhos ou haveria sangue, que não tentassem contato para não serem beijados pelo fogo e prata, que não dessem seu coração para aplacar o rugido se não quisesse perdê-lo; pois, o Lobo Branco sempre cantaria sozinho, assim como deve ser.
Todavia, os moradores do povoado subestimaram a curiosidade de Eijirou.

“This is halloween, this is halloween
(Este é o Dia das Bruxas, este é o Dia das Bruxas)
Pumpkins scream in the dead of night
(Abóboras gritam na calada da noite)”
This is Halloween, The Nightmare Before Christmas

Última festa de Halloween que o 3-A teria naquela escola, teria que ser épico assim como todos os dias de aula do último ano. Que alguém, com certeza, iria ser preso, acabaria bêbado em uma piscina ou transando com uma pessoa aleatória — e nem tão aleatória assim — era um fato. No entanto, Bakugou não esperava que fosse ele o idiota a ser preso por perturbar a ordem ou que Kirishima ia ser tão bom em se perder nas ruas de Musutafu quando estava em sua companhia.

Sob a noite escura e sem estrelas, sob o véu vertiginoso de uma personalidade ensaiada, Bakugou desejava apenas chegar em casa e se livrar das amarras do bom senso; dizimar qualquer moral que o agregue aos bons valores da sociedade, para se jogar em um mundo onde pode ser compreendido com toda sua miserável perversidade.

Assustado, com medo e uma enorme incerteza! Tudo isso poderia ser resolvido em apenas uma noite? "Segura firme papai" essa é a fala que Katsuki vive repetindo em sua mente, mas nem mesmo começou a pensar no azul bebê.

Bakugou finalmente tem a chance de sair com o seu crush, Eijiro Kirishima. O que ele certamente não contava era que o encontro acabou não saindo da forma como planejada. Mas de certo modo, sairá até melhor.

Katsuki, um homem sem planos para o que tentaria dizer, estava a beira de conseguir se expressar, e pra isso, lembrava da conversa com os amigos enquanto tentava dizer palavras simples e sinceras.

“Há erros que depois se mostram como acertos”, disse alguém com ares sagazes. Katsuki e Kirishima contestaram isso da pior — ou talvez, nem tanto — maneira possível. Era para ser um ato romântico, eterno e memorável, que marcaria, de forma literal, o tempo em que estavam juntos. Chegar até lá, naquele tatuador cabeça oca (segundo Katsuki), havia sido uma tarefa difícil, e o coitado que nem queria estar lá ainda teve que aceitar ser feito de chacota, pois, quem quer ter uma agulha daquele tamanho penetrada na pobre pele inocente? O resultado foi uma tatuagem fora de plano, inexplicável e alienígena, que, para falar a verdade, no final combinou muito bem com o casal.

Katsuki era um aspirante a cientista e inventor, enquanto Eijirou, seu namorado, vivia sendo cúmplice de suas façanhas.
Uma máquina de fazer “qualquer tipo de comida” quebrada, macacos e um universo alternativo questionável não era o que o casal estava esperando.

Kirishima aprendeu a cair aos cinco anos.
Aos dezessete, ele aprendeu a voar.