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Sukuna não sabia o que seria de sua existência universitária sem aquele homem que se derramava sobre seus móveis, folgado e preguiçoso, tomando espaços como se lhe pertencessem e devorando tudo dele.

Que ocupava sua cozinha, sua sala e, nas noites de embriaguez mais severa, sua cama. Aquele que, com mãos firmes e grandes, pousava o braço ao redor de seu ombro num toque que demorava sempre um instante além do necessário.

O único que tinha o direito de tocá-lo, a quem o toque lhe era bem vindo.

[tojikuna | friends to lovers]

O aniversário de Megumi tinha sido em dezembro e por culpa do destino Toji não tinha conseguido comprar um presente para ele, prometendo lhe dar algo em fevereiro quando os preços estivessem mais baixos.
O problema é que fevereiro tinha chegado e Toji ainda não tinha dinheiro para dar o presente ao filho, agora iria apelar ao seu velho amigo tigrinho e ao dono da sede do dinheiro dele na sua cidade, Sukuna.

De coração em frangalhos, orgulho rachado e punhos cerrados, Toji adentra o botequinho de quinta espremido na esquina de sua rua, logo ao lado de um beco conhecido por ser o ponto de encontro para vendedores ilícitos e a troca de pacotes.

Ali, o cheiro impregnado nas paredes é de fritura, lamentos embriagados e bebida barata.

[sukutoji]

Fiel seguidor de um calendário meticuloso que atribue um peguete para cada dia da semana, Sukuna se vê perdido quando, na terça-feira, se envolve com um moreno que abala todas as suas estruturas.

Depois de uma só noite, quer que Toji seja seu todos os dias.

[tojikuna]

PARTE O1 | Ao receber um amigo de longa data em casa, Toji se esforça para ser um bom anfitrião, mesmo que esse amigo, em questão, seja crítico e difícil de agradar.

PARTE O2 | Com planos de deixar o lugar onde vive permanentemente, Sukuna encontra-se com quem deseja se despedir. Toji Zenin é capaz de roubar-lhe o ar com uma facilidade assombrosa. Talvez tenha aprendido a domar alguém como ele.

PARTE O3 | Toji Zenin sentia que precisava reconquistar a vida, flertando ocasionalmente antes de se apaixonar verdadeira e perdidamente outra vez. A música o acompanhava ao acordar, no entardecer e no anoitecer. Na chegada do inverno, seu coração se incendiou.

Às vezes, o silêncio de quem amamos diz mais do que mil gritos. Quando Sukuna pede uma companhia para os dias vazios e frios, Toji precisa revisitar tudo aquilo que pensava saber sobre amor, parceria e cuidado. Numa cidade cinzenta, um bichinho com fantasia pode ser a centelha que colore os dias — e talvez o lar seja mesmo construído nos detalhes mais improváveis.