Fanfics de A Origem dos Guardiões com Jamie Bennett - Tag Soluço sem a tag Breu - Mais comentadas

Os últimos quatro anos foram angustiantes, melancólicos e, principalmente, indiferentes. A culpa só crescia em meu peito e a dor de perdê-lo não passava. Eu nunca soube lidar muito bem com esse tipo de dor, nunca soube lidar comigo mesmo e com a pessoa que me tornei. E, é exatamente por isso, que não me perdôo por tê-lo afetado.
Mas, se você tivesse a chance de arrumar um erro, você o faria? Eu sinto que agora eu tenho essa chance e que, dessa vez, não irei falhar. Eu vou arrumar o meu erro, eu preciso.
Só que, junto dessa chance, veio obstáculos, dor e escolhas difíceis com as quais eu tenho que lidar. Coisas que eu jurei para mim mesmo que não faria, novamente. Entretanto, eu lutarei por você, porque eu prometi para você, Jack Frost! E, eu sou um homem de palavra.

•••

Eu soube lidar super bem com a descoberta de uma vida perdida em esquecimento. A minha vida.
Os meus momentos, meus sorrisos, choros... Eu me encontrei, e isso me deixou alegre, um alegre diferente.
Eu não só soube lidar, como também finalmente fiquei feliz, de verdade.
Eu tenho uma irmã temperamental, uma mãe carinhosa e um melhor amigo treinador de dragões… Eu tenho pessoas, amigos, companheiros. Bom, a carência sempre me fez ver as coisas de uma forma exagerada. Mas, tudo parece tão real. É real. Eu sinto, eu quero sentir.
Uma pena tudo isso ser um jogo dele. Um jogo do meu inimigo. E eu estou seguindo as regras perfeitamente, como se não soubesse os resultados.

Esta é Arran, somos uma ilha viking, você deve estar se perguntando o que tem de tão interessante em ir até nossa ilha, pois eu lhe digo! Nós... Temos dragões!
Mas não são dragões comuns, os nossos lançam gelo! De todos os vikings de nossa ilha, eu sou o único que conseguiu a confiança de um desses seres. Quem sou eu? Jack Frost.

Era uma vez...

Um mundo que estava sendo consumido pelo caos.

—Meu nome... Meu nome é Jack. Jack Frost.

Onde outrora havia sido um prospero Império, agora existia apenas um mundo desestabilizado, com as paredes daquele grandioso e sublime Reino sendo quebradas e escavacadas.

—Lucia? O que está acontecendo?! Lucia! Responda-me!- Sacudiu sua mulher pelos ombros desesperado, sem entender o motivo de a mesma estar chorando tanto.
—Ela a levou... – Balbuciou em meio às lágrimas – Levou nossa Rapunzel! Ela a levou!

Não havia como escapar da escuridão. Ela estava em todos os lugares.

—Merida – Fergus segurava a sua filha pelos ombros enquanto gritava em meio ao caos – corra, apenas corra, corra o mais rápido que você puder, minha filha, e, de forma alguma, olhe para trás!
—Mas, Pai! E quanto a você?!
—Eu tenho que encontrar seus irmãos – Tentou tranquilizá-la – logo iremos alcançá-la – Prometeu.
— E a minha Mãe?
—Querida... ela...

O cheiro repugnante da morte pairava sobre a terra.

—Rápido Soluço! Não temos mais tempo!
—Mas, o meu pai..! Nós precisamos salvá-lo! Não podemos...
—Ele está morto!

Uma verdadeira chacina, onde o novo Rei Supremo bebeu, sentado sobre seu trono de ossos, da última gota de esperança dos mortais.

Desespero.

Eis o seu nome.

O nome do Rei do Mundo Morto.

Mas ele não surgiu assim, em apenas um mero piscar de olhos. Alguém o alimentou, cuidou e preparou para esse derradeiro momento, alguém que, definitivamente, não aceitava ter sido expulsa do lugar que considerava como lar por aquele que a criou. Ela queria vingança.

Vingança contra um ser supremo que estava completamente longe do alcance de seus poderes.

Mas ela sabia o que deveria fazer. Sabia como atingir o Soberano de Klerium. Não diretamente, mas sim em um ponto delicado e doloroso.

—O mundo... Os mortais... Você jamais os terá de volta.

Ela lhe tomaria sua criação.