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Fanfics de Aaliyah sem o gênero Drabs, Drabble, Droubble (Minicontos) - Mais recentes

Que Chegue a Você

escrita por Ayan_AyeKH
Fanfic / Fanfiction Que Chegue a Você
Em andamento
Capítulos 4
Palavras 3.048
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Gay / Yaoi, Romântico / Shoujo
Kim Taehyung,um homem de 25 e com uma vida comum conhece Jeon Jungkook,um homem rico ,mas o dinheiro não é um ponto importante para nenhum dos dois. A única dúvida é se quem de fato é importante,vai realmente ficar na vida de Tae.
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Um milhao de finais felizes

escrita por isyassh
Fanfic / Fanfiction Um milhao de finais felizes
Em andamento
Capítulos 1
Palavras 150
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Ficção Adolescente, LGBTQIAPN+
ME DESCOBRINDO ( LGBT )
aos meus 11 anos, começei a me exergar diferente sei la, meu estilo diferente, meus gostos diferentes tudo mudou.
me apaixonei na minha nova escola, por um garoto, ahh mais ele era um trouxa, entao começei a gostar da ex dele, haha quem diria ne?
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Uma viagem ao tempo

escrita por pitaya_cherry
Fanfic / Fanfiction Uma viagem ao tempo
Em andamento
Capítulos 5
Palavras 1.584
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Ação, Aventura, Drama / Tragédia, Ficção, Gay / Yaoi, Romântico / Shoujo, Universo Alternativo
Félix e bang chan eram um casal e tinham se casado algum tempo , estavam muitos felizes um com o outro .
Até que um dia uma vidente podia a vir a estragar tudo ao chocar sem querer com chan com algumas promessas de fazê-lo feliz para sempre........ Para voltar atrás no tempo para voltar nos braços do seu antigo seungmin , que tinha morrido num acidente muito trágico ....... Tinha que deixar deixar seu amado marido Félix para trás . Chan têm que fazer uma escolha, Félix ou seungmin

História foi escrita com a parceria lunadogirassol e pitaya_cherry (eu)
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Conhecendo nos

escrita por autorasohh
Fanfic / Fanfiction Conhecendo nos
Concluído
Capítulos 1
Palavras 146
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Drama / Tragédia, Ficção Adolescente, Romântico / Shoujo
Apresentando os meus personagens (kaylle)ela é uma menina super dócil mas não irrite ela e não a xingue,ou vc ira se arrepender,kaylle apesar de ser brava é muito linda e sua beleza ultrapassa,ela trabalha como modelo ) (Adriana) uma mulher linda e carismática ela trabalha com modelo e atriz) (tom) o tom tem uma banda músical nome tokio hotel e toca varias música com guitarras e etc) (madellyn) madellyn é uma garota super linda ela estuda ainda no ensino médio como todos os outro integrantes e ela é extrovertida e gentil) (juan) é um menino Leal que se importa com as pessoas e que sempre te ajuda com oque precisar,mas não se engane com o rosto do juan,ele é da máfia!!) (hermione) ela é feiticeira mas ela é dócil,hermione passou sua vida toda em um orfanato e agora vive sua propia vida sozinha.fiquem ligados próximo capítulo terá personagens novos!!
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Eu escolho você

escrita por Wenclair__Jemma
Fanfic / Fanfiction Eu escolho você
Em andamento
Capítulos 6
Palavras 2.936
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Conto, Fantasia, Ficção, LGBTQIAPN+
Onde Jenna Ortega e Emma Myers terminam as gravações de Wednesday
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Imagines

escrita por ALLYCIA813_
Fanfic / Fanfiction Imagines
Em andamento
Capítulos 1
Palavras 786
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Comédia, Conto, Drama / Tragédia, Ficção Adolescente, Literatura Erótica, Romântico / Shoujo
Oioi gente, aqui tem imagines de todas as qualidades, só faço imagines do Tom kaulitz e Bill kaulitz

OBS:talvez tenha erros nas escritas, é minha primeira vez escrevendo aqui ent se tiver erros me desculpem!!, vou criar outro livro pra escrever imagine de O telefone preto.



Espero que gostem meus amores😚❤️!
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Vbghhg

escrita por Ichimatsu_
Fanfic / Fanfiction Vbghhg
Concluído
Capítulos 1
Palavras 10.685
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Comédia
Vila Pérola, País das Ilhas.

Três crianças do primeiro ano, duas garotas eum garoto, brincavam alegremente nos corredores velhos e empoeirados da escola primária da Pérola. Eram duas garotas, e um garoto.Eles estavam se divertindo brincando de pega-pega. O menino era pequeno e mirrado, usava um grande óculos redondo. Era a vez dele correr atrás das meninas. Mas enquanto as perseguia ele parou, e ofegante colocou as mãos nos joelhos. Ele suava muito mais do que o comum, parecia que havia corrido por horas,mas a brincadeira tinha apenas começado.Exausto teve uma forte crise de tosse e com dificuldades estava tentando se recompor.

Uma das garotas encostou ao seu lado colocando uma das mãos em seu ombro. E devido a diferença brusca de altura se abaixou um pouco fazendo contato visual com o menino. Os olhos negros da menina pareciam penetrar a alma.

— O que aconteceu, Iam? Você não parece bem. — disse ela com um teor de preocupação genuíno.

Não demorou mais que alguns segundos e chegou a outra menina. Essa desesperada com lágrimas nos olhos, contudo se esforçando para não chorar.

— Irmão quer que paremos? — disse com uma voz estridente.

— Relaxa, Lam. Você sabe que sou o homem mais forte do mundo. — ele cerrava os punhos trêmulos enquanto exclamava sua fortitude — Prefiro quando você sorri. E Tauane não precisa se preocupar. Eu Iam Foster ainda serei quem vai colocar a Vila da Pérola no mapa.

Ao ouvir isso as duas garotas que estavam um tanto melancolicas sorriram. Eles eram apenas crianças que se conheciam a alguns meses, e já eram melhores amigos.

Tauane e os gêmeos Iam e Lam Foster eram um trio inseparável.

Iam era um garoto esperto, que mesmo com apenas 8 anos já possuia notas o sificiente para estudar em uma escola de ponta na cidade mais importante do país, a capital Kinsland. Porém sua saúde o debilitava muito, correr poucos metros era seu inferno. Todavia odiava deixar as pessoas preocupadas, principalmente sua irmã alguns segundos mais nova.

Iam tendando mudar um pouco o clima que havia se instaurado decidiu mudar de assunto.

— Então, Tauane. O que você quer ser quando crescer? — perguntou Iam. Que se sentava ainda se recuperando da falta de ar.

— Eu não sei. Talvez médica como o papai.

— Que legal! Sua família é de médicos!Vocês são ricos? Por que estuda nessa escola então?! — Entusiasmada com a descoberta, Lam fez inúmeras perguntas a Tauane.

Iam olha para sua irmã de maneira persuasiva tentando discretamente a fazer perceber que estava incomodando com as perguntas indiscretas. Ao entender que ela não captaria a mensagem resolveu interferir.

— Não acha que está sendo invasiva?

— Não.

— Você por acaso sabe o que é ser invasiva?

Ambas balançaram a cabeça negativamente. Iam segurou o riso, mas perdeu para o semblante confuso de Lam pensando “o que é invasiva” e riu de canto de boca enquanto estalava a língua em sinal de reprovação.

Se aproximou de Lam. E deu um tapa no ombro da irmã e correu.

— Burra, tá com você. —

Ele saiu correndo sem olhar para a frente e trombou com um garoto muito maior que ele. que parecia ter o dobro de sua idade.

— Ei, seu estranho quem você pensa que é?

— Desculpa, Joe. Eu não tinha te visto.

— Você tá dizendo que eu sou insignificante? Ei Billy e Joshua esse inútil ne chamou de insignificante. — disse ele, enquanto chamava outros dois garotos de salas a cima

— Eu não disse isso.

— Agora tá me chamando de burro? — Joe segurou Iam pela gola de seu uniforme o enforcando. Me chama de burro e insignificante agora.

Iam tentava se soltar,porém nãoconseguia. A diferença de forças era severa. Seu pescoço estava doendo e não era diferente da falta de ar rotineira. Tudo que conseguia era segurar os pulsos de Joe inutilmente.

Lam olhava aquilo acontecer. Estava indignada de maltratarem seu irmão, queria colocar aqueles três no lugar que realmente mereciam. Mas ela sabia que era igualmente fraca. Sua covardia a aterrorizava, sabia que poderia procurar algum professor, mas o medo a paralizada enquanto via os garotos ridicularizarem Iam e não fazia nada. O pânico sugava suas esoeranças. E só sentia pavor até perceber o suco de algas de Tauane voar em direção de Joe.

— Nossa, desculpas. Você me assustou quando levantou meu amigo. — disse ela indo em direção de Joe com cara de poucos amigos.

— Ora sua, eu vou. — Joe soltou Iam, enquanto ameaçava Tauane.

— Vai fazer o que? — disse Tauane, com a testa colada com a de Joe — Vai me bater? Tenta a sorte e chama seus amiguinhos ai atrás. Ou são de enfeite?

— Sua. — ele olhou os olhos de Tauane, que era pouca coisa mais alta que ele. Os olhos da garota eram negros como uma noite sem luar. Joe também era uma criança e assustado saiu correndo, seguido de Billy e Joshua

Iam estava caido no chão sobre uma poça de suco. Ele estava constrangido por precisar ser defendido e pior por uma menina de sua idade. Seu ego estava ferido, mas foi curado pelo sorriso de Tauane que lhe estendia a mão para levantar.

— Desculpas acabei te sujando de suco também. — Tauane o ajudou a levantar e olhou para o lado e viu Lam trëmula chorando. — E você como seu irmão já disse. Você é bem mais bonita sorrindo.

As bochechas de Lam ficaram rosadas. Exceto por seu irmão, ninguém dizia que ela era bonita. Olhando para baixo e evitando contato visual agradeceu Tauane.

— Obrigada, Tauane. Tauane Isla. Vou te chamar de Ti. — disse ppr impulso. Mas atendo no ar com as palmas das mãos como se quisesse apagar o que disse — Desculpas, vou te chamar de Tauane só.

— Tauane! — Iam enfaticamente chamou a garota

— Ti! Gostei!!! Me chame de Ti também. — disse ela se dirigindo a Iam.

— Ok. Ti! Obrigado. Um dia vou ser líder da guilda de navegadores mais poderoso que já navegou pelos 3 oceanos. A Trupe do Mar!!! Você aceitaria ser uma integrante?!

— hmmm. Falta muito tempo: mas vou pensar!!!

Foi naquele dia que a amizade entre aquelas três crianças começou.

2

Escola Primária Pérola alguns dias depois

Tauane como de costume chega a escola acompanhada de uma mulher corpuda e baixa, quase da altura da garota. Se despedindo com um beijo no rosto de sua acompanhante. Antes de deixa-la ir com seus amigos que se encontravam sentados nas cadeiras de uma das mesas que ficavam no centro do pátio, a mulher arruma uma ultima vez o uniforme da menina.

— Tenha um bom estudo minha querida. — disse ela, acenando uma ultima vez.

— Volte bem, Quésia!

Tauane correu curiosa para ver o que seus amigos faziam. Ao chegar na mesa se depara com Iam e Lam discutindo enquando liam uma revista do velho continente de Pawa.

— Ei, Ti. O que você acha mais legal: guildas ou doces?! — Lam apoiava os antebraços na mesa e se aproximava ficando menos de um palmo de distancia de Tauane.

— Pergunta difícil. Deixa eu ver... Talvez doces? — respondeu Tauane a primeira coisa que veio em sua cabeça.

Lam se virou para Iam com um semblante de vitoriosa. Pouco depois se agarrou em Tauane, que ficava um pouco sem jeito, mas deixava Lam a abraçar.

— Bobão eu sabia que a Ti ia me entender. — Mostrava a lingua para o irmão enquanto abraçava Tauane mais energica do que de costume.

Tauane ria de canto de boca enquanto abria os braços como se livrando da culpa. Iam dá de ombros enquanto volta a lera revista, mas após alguns segundos olha para a cara desconfortável da amiga equanto é apertada por sua irmã e começa a rir.

As crianças se divertiam no pátio. Mas o odiado Mauren ia de mesa em mesa avisando que a aula começaria em breve.

Tauane olhava Joe zombar do jeito de andar de Mauren, que possuia problemas nas pernas. Mesmo detestando o cordenador, ela odiava ainda mais as atitudes babaca do garoto.

Joe se levantou e deu um empurrão de leve rm seu melhor amigo Billy. Apontou para Mauren e começou a gargalhar.

— Ei cara, ele vai te escutar. — disse Billy, enquanto também ria da deficiencia do homem.

Joe colocou sua mão sobre a perna esquerda e arqueando a coluna começou a mancar. Joshua e Billy seguravam a risada quando foram surpreendidos por Tauane.

— Qual o seu problema? — disse Tauane ao ver Joe imitando o andar arrastado Mauren.

— Qual é o seu, louca. — respondeu Joe, enquando se recompunha.

— Você gosta de zoar as pessoas quando na verdade você é bem feio, sabia?

Nesse momento todos ali riram, exceto por uma única garota que solitária continuava a ir pra sala de aula. Joe ficou vermelho em um misto de raiva e vergonha. Joe tinha 11 anos sua reputação na escola era importante o que fez ele agir por impulso empurrando Tauane contra a parede e quando estava pronto para socar o rosto da menina foi acertado por uma lancheira na cabeça.

— Foi você seu rato? — Joe se virou irritado e viu Iam segurando sua lancheira da Guilda Dream.

— Ei idiota. Você não ia me bater? Se não vai eu vou. — Tauane com toda sua força acertou um soco no nariz de Joe.

O nariz de Joe começou a sangrar na hora. Os olhos do garoto estava lacrimejando. Precionando o seus nariz com o polegar e o indicar correu ao banheiro.

Tauane cruzou com Iam e falou bem baixo.

— Parece que você me salvou. Meu herói. — disse ela num tom sério, mesmo que fosse uma brincadeira.

Eles foram em direção a sala de aula. Era pequena e a turma tinha cerca de 11 alunos. Os três sentavam na fileira do fundo. Lam se sentava na janela, Tauane no meio, e Iam na outra ponta. Ao lado deles se sentava Sarah Star. Ela foia única aluna da classe que não viu o soco de Tauane.

— Ti você quebrou o nariz daquele babaca? — perguntava Lam eufórica.

— Não é pra tanto. Nem deve ter machucado. O verdadeiro herói aqui é o Iam. Eu estaria perdida se ele não me defende-se.

Iam estava envergonhado. Raramente alguém elogiava ele por algo que não fosse sua inteligencia.

Tauane não via Iam como um gênio. Ou Lam como uma idiota. Para ela ambos eram seus melhores amigos.

Eles conversavam intensamente sobre a briga. Quandi o professor H. Fuzzo entrou.

Fuzzo que sempre parecia calmo estava irritado. E bateu forte com o apagador na mesa o que fez uma pequena nuvem de pó de giz subir em seu rosto. Ele possuia cabelos negros e longos e traços orientais. Carregava consigo uma espada que deixava no canto da sala.

Todos da sala esboçaram rir, mas Ruzzo não estava com humor para isso. Bateu o pó de giz do rosto e cabelos, o desarrumando. Suspirou e apontou para Tauane.

— Moça venha até mim.

Imaginando o motivo, cabisbaixa Tauane se apresentou ao professor.

— Venha comigo. Preciso falar com você em particular. — disse o Ruzzo, enquanto conduzia Tauane com cuidado para o corredor. — Argen tome conta da sala na minha ausencia.

Todos ficaram assustados, já que o professor sempre ordenava a Iam, que era o representante da sala.

Ruzzo pegou sua espada no canto da sala, já que era perigosa demais para deixa-la com crianças. Tauane sabia disso, mas de toda forma espadas a deixavam insegura. O professor se assegurou que não havia ninguém os escutando. O coração da garota parecia que ia explodir, ela nunca foi a melhor aluna, mas não queria levar problemas a casa.

Ruzzo terminou de verificar e não havia ninguém os escutando. Ele então passou a mão nos cabelos e tirou mais um pouco de pó de giz. Ele se aproximou de Tauane que só conseguia temer a espada que o professor carregava. Ele se abaixou, e com uma voz suave falou no ouvido da garota.

— Eu sei que você defendeu o Mauren.

— O que? — respondeu ela

— Eu consegui não transformar isso em algo maior. Por sorte seu pai ajuda muito a instituição, mas a família Torre também. Por isso tente não brigar mais, moça.

— Mas professor aquele garota é um idiota! — Tauane aumentava o tom, mas Ruzzo a conteve calmamente.

— Eu sei, moça. Mas a violencia não leva a nada.

— Falou o cara com uma espada. — resmungou Tauane.

— Essa espada eu espero nunca usar.

— Se não vai usar por que carrega ela em todo canto?

— Entenda Tauane. Eu não sou da vila Perola, ou melhor, eu não sou do país das ilhas.

— E? — indagou Tauane um tanto irritada.

— Sou de um lugar chamado Floresta de Sangue dos Ootsukas. E lá o mundo me ensinou que não podemos ser totalmente bons.

— Isso é algo que se devia falar pra ums aluna?

— Eu tô te falando, moça, que eu entendo você. Você defendeu o Mauren. Sei que se apenas somos bons nós não somos bons. E sim inofencivos. Mas por favor, não brigue com mais nenhum colega foi um trabalho te ajudar. O diretor Gaston provavelmente vai ficar no meu pé agora, e posso ter que usar isso. — Ruzzo coloca as mãos na espada. E tanto Tauane quanto ele riem. — Vamos voltar para a sala, moça.

Os alunos estavam todos atrás da porta, mas não conseguiram ouvir nada. Quando o professor abre a porta Argen que estava com o ouvido nela se desequilibra e quase cai. Ruzzo estala a lingua como um sinal claro de desaprovação e Tauane corre para seu lugar.

— O que aconteceu? — Lam preocupada pergunta.

— Eu não vou ser suspensae nem meu pai vai precisar vir na escola!

— O que vocês conversaram? — Iam curioso pergunta.

Tauane esperava esse questionamento de Lam, era raro Iam perguntar algo, mas a menina apenas ri maliciosamente.

— E segredo!

3

País do Vapor, extremo sul do continente de Pawa

A planicie do Vapor banhada pelo mar de fogo. Possuíndo a mais insalubre das costas maritimas tem as águas mais perigosas e severas de todo o mundo. Fazendo com que apenas os homens mais bem treinados e corajosos tenham a coragem de navegar por suas fortes correntes e ondas gigantes em uma temperatura que a faz evaporar em alguns trechos. O lugar ganhou esse nome a muito tempo, quando seus fundadores vieram do norte para fugir das grandes guerras. Mesmo que antigamente o lugar já fosse povoado por um povo chamados de fongs. Esse povo foi capturado e vendidos como escravos para famílias ricas de todos os países. Os costumes dos fongs foi roubado pelas inúneras famílias exiladas que atravessaram o oceano de Kin, ao oeste do continente, e chegaram até a terra que hoje é conhecida com Planicie do Vapor. Entre as famílias que se exilaram estão a família Jonnes e a família Ryders. Ambas exímias fabricantes de armas e possuindo ferreiros talentosos. Essaa famílias foramaa primeiras a ter contato com os Fongs que acreditavam que os deuses haviam lhes dado o dom de criar recipientes com suas almas. Eles moldavam criaturas com formas de animais feitas com um metal que os nativos cjamava de lofu. Um metal abundante naquela região. Os novos moradores aprenderam tudo daquele metal e lugar. E se mantiveram a linhagem Jonnes como líderes por duzentos anos. Entretanto o país que sempre foi pacifico mudou completamente após a queda do antigo líder, Heitor Jonnes. Que foi tirado de seu cargo e morto por dois eatrangeiros. Um gigante de quase 2 metros e meio, com músculos acima do normal, que usava uma roupa totalmente branca e um cutelo que acompanhava seu tamanho. E um outro rapaz, um pouco menor, mas também beirando os dois metros. Esse de cabelis verdes que tampavam os olhos e cicatrizes de mordidas e arranhões em toda parte visivel de seu corpo. Após aquisitarem o poder. Um homem chamado Joseph Hiran, foi posto no poder após o mesmo dizer que tinha como conseguir muito dinheiro. O novo líder, o gigante Akabe, aceitou sua proposta. Hiran então após debater por meio de um informante chamado Lennon Foster, estabeleceu um vinculo comercial entre a Planície do Vapor e o País das Ilhas.

Porto Dr. O. Ryders, Planície do Vapor, sexta-feira 8 horas AM

Mal haviam raiado os primeiros raios de sol e dois homens trabalhavam arduamente carregando um pequeno navio que estava atracado no porto. Um dos homens era um negro careca de 1, 90 cm. Seu corpo era coberto de tribais com símbolos de lotus e a letra x, características do povo nomade de deserto de Safi. O outro homem era pálido e tinha por volta de 1, 75 ou menos. Seu lábio estava seco, o que era comum para pessoas nascidas e criadas na Planicie do Vapor. O homem de Safi havia carregado 11 caixas a mais, todas pesando70 kgs. Ele caminhava normalmente quando derrubou uma das caixas no chão fazendo um baque estrondoso de metal ao balançar o que estava dentro da caixa. O homem colocou aa mãos no ouvido e caiu de joelhos no aspero solo do cais. Ele jurou ver um vulto passar por si, mas já não sabia se o que via era real ou uma ilusão.

— Levanta, babaca. É o que dá, querer se aparecer. Normal de sua laia. — sussurou o outro rapaz imaginando que seu companheiro estava descansando.

— O que você disse, seu lixo? — Usando toda a força que sobrou se levantou. E ainda com dificuldade empurrou a caixa do outro homem para baixo a derrubando também.

Nesse momento o nativo da planicie tira de um de suas dezenas de bolso um canivete enferrujado. Girando sobre seu dedo e securando apontado em direção ao rosto do homem de Safi. Que irritado sentiu uma agulhada em seus cerebro como se seus ouvidos vibrassem tanto que fossem explodir. Nesse momento covardemente seria acertado por um canivete. Porém foi segurado pelo pulso igual a uma criança. Um homem alto e loiro. Na casa dos 50 anos com barba por fazer e fumando um cachimbo chegou e apertou o braço do rapaz com tamanha força que ele gritou e soltou o canivete no chão. Ainda o segurando pelo pulsose abaixou, fazendo que o homem seguro fizesse uma expressão de dor extrema.

— Isso é perigoso, jovem. Poderia matá-lo de tétano. — Olhando para aa duaa caixas no chão indagou. — O que são essas caixas?

— São aa últimas, capitão. — falou o homem de Safi

— É bom mesmo, Saad. É bom mesmo. E Tyler toma seu brinquedo.— disse o capitão antes de soltar o braço de Tyler e entrar no navio.

Dentro do Navio, estoque de comida

Encostada em uma grande caixa estava uma jovem mulher. Ela era pequena o suficiente para se esconder sem levantar suspeitas. A jovem usava um quimino roxo e dourado com um brasão arrancado. Em sua cintura carregava duas espadas alinhadas perfeitamente deminstrando uma natureza metódica. Primeira colocada perfeitamente sobre a segunda era um florete tradicional. Tendo nele as iniciais R.R cravadas, e a outra uma lamina toda adornada com enfeites de cobra e o fio em espiral em uma coloração roxas metálica. Com sua mão na empunhadeira do florete ela exlamava:

— Agora entendo porque isso é proibido! — Ela colocava a mão por dentro de seu traje procurando por um frasco.

Dentro de seu quimono ela tinha um verdadeiro arsenal. Adagas. Todo tipo de veneno que você imaginar, de cada um dos países. Finalmente achou o frasco que eatava procurando.

— Essência de cerejas dragão. Ai ai. Um veneno tão honroso pra esses homens tão, sei lá a palavra. — disse ela rindo de leve — Bom vou ficar sem comer também, né? — Estalou a língua e colocou apenas uma gota em cada uma das 10 caixas de alimentos.

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Casa dos Foster's, sexta-feira 6 horas

Os Foster são uma família comum. Um casal na casa dos 35 anos e um casal de gêmeos. Elena Foster, uma mulher baixa, com olhos vazios e um longo cabelo negro e cacheado. Ela se casou jovem com Lennon Foster, um comerciante pequeno e franzino, que é calvo antes mesmo de chegar aos 40. Vivendo os quatro em uma humilde casa próxima ao mar escaldante.

Antes memo de o sol raiar Lennon e Elena estavam acordados. Normalmente ele toma café na mesa com a esposa. Porém esse manhã estava ansioso para o serviço.

— Amanhã vai chegar um carregamento importante, e eu não posso me atrasar.

Ele fala isso e sai. Acorda as crianças, meu amor? — Mesmo atrasado ele dá um beijo de despedida na esposa.

A mulher espera ele sair e faz uma careta demonstrando seu desagrado. Ela vai até o quarto dos gêmeos. Aa crianças dormiam em uma beliche velha de madeira, Iam na cama de baixo e Lam na de cima. Cuidadosamente a mulher acorda Iam.

— Meu amor, se apronte para a escola. — disse ela tanto leves tapinhas no garoto

Por outro lado puxa os cobertores de Lam puxando com força os cabelos da menina.

— Acorda sua burra inútil. Vai se atrasar para a escola. Se seu pai não enchesse o saco nem te acordava, mas fazer o que acorda desgraçada.

— Aí, tá doendo Emilia. — disse Lam com voz chorosa

— Não chora. Eu sou sua mãe sua estupida infeliz. Desce logo dessa cama e se apronta. E se chorar apanha. — repreende Lam e olha para Iam — Ela devia aprender com você, meu amor.

Emilia após ofender sua filha mais nova, abraça Iam. O garoto ainda sonolento olha para sua irmã que estava com a mão na cabeça e os olhos merejados de lágrimas. O abraço foi longo e ao terminar Emilia olha com ódio para Lam que ainda estava em cima da beliche. A garota em pânico tenta descer rapidamente, entretando ao pisar no segundo andar da escadinha de madeira, acaba escorregando seu pé esquerdo e caindo de cabeça no chão duro o que fez um baque seco ecoar pelo quarto. O semblante irritado de sua mãe mudou para um riso descontrolado o que envergonhou Lam e provocou a fúria de Iam.

— Que espúpida. — disse Emilia gargalhando loucamente, seus olhos até lacrimejavam de tanto rir. — Não consigo nem sentir raiva. É uma coitada mesmo.

Os olhos de Iam mostravam o ódio que sentia. Sua cabeça estava um turbilhão, queria levantar e surrar aquela mulher que Deus quis que fosse sua mãe. Cerrou seus punhos, e em sua mente aquela seria a última vez que aceitaria que aquela mulher humilhasse sua querida irmã. Ao ver seu irmão ameassar se levantar com as mãos fechadas e tremulas, Lam mesmo caída e com os olhos prestes a chorar, segurou a barra do pijama de Iam e sorriu:

— Tá tudo bem, irmão. — Sua voz transmitia o medo e tristesa.

Ignorando a menina caida, Emilia foi até a saiu do quarto e indo até a cozinha. Iam estendeu a mão para Lam. A menina segurou e sentiu que as mãos de seu irmão estavam frias. Após se levantar, Lam ainda com vontade de chorar se sentou ao lado de Iam quea abraçou. Aquele ato de afeto mostrava o carinho genuíno que um tinha pelo outro. Durante o abraço Iam viu que ela estava com um grande calombo na testa. E com o dedo indicador apertou bem de leve.

— Dói? — disse Iam, rindo.

— Ai. Claro que dói bobão. — Fechou a cara e se virou. — Agora olha pra lá que vou trocar de roupa.

— Tudo bem, eu também vou.

Iam ao se levantar teve um forte tontura se desequilibrando por um instante. Seus olhos perderam o foco e sua visão estava turva parecendo estar sem óculos mesmo com eles em seus olhos, sentia seus pulmões sendo apertados, e tudo girava ao seu redor. Se segurou na velha beliche fazendo que farpas penetrassem em seus dedos, que adormecidos não sentiam dor. O garoto de apenas oito anos naquele momento entendia que ele era tudo que sua irmã tinha e então lutou fortemente contra aquela dor. E mesmo que fraco de algum jeito conseguiu colocar seu uniforme um pouco antes de sua irmã.

— Pode se virar. — disse Lam, enfática, ao terminar de se vestir.

Lam se virou e olhou Iam sentado com a roupa toda amassada em seu corpo. Estranhando isso já que diferente dela, as roupas do menino sempre era muito bem passadas e limpas. Iam percebeu a desconfiança e rapidamente se levantou.

— A Emilia, digo, nossa mãe deve ter feito nosso lanche. — Antes mesmo de terminar de falar estava na cozinha.

Lam olhou confusa. Seu irmão nunca era tão energico de manhã. Mas ela sorriu e foi até a cozinha. Chegando lá viu uma cena rotineira. Emilia ajeitava a gola do uniforme de Iam e lhe entregava a lancheira. Elea moravam ao lado da escola e podiam ir sozinhos, devido a isso Uam evitou o beijo diario de sua mãe e saiu primeiro. Um raro momento foi criado, Lam e Emilia nunca ficavam juntas no mesmo lugar. A mãe da garota olhava de canto de olho uma grande faca de cortar carnes, semi nova já que nunca sobra dinheiro para carnes. Seus pensamentos eram “só um corte e acabariam todos meus problemas”, mas ela balança a cabeça para se desfazer dessas vontades.

— O que tá me olhando? — perguntou Emilia, se segurando para não bater na filha.

— Eu não tenho lanche hoje? — Lam estava confusa porque sempre havia um lanche, mesmo sendo tratada de maneira fria, acreditava que de alguma forma sua mãe a amava.

— Procura no lixo, lá deve ter algo pra um lixo como você comer. — Todos os dias era Lennon quem acordava mais cedo e preparava um lanche, contraa vontade de Emilia, para Lam. — E vai logo, vai pta escola fingir que tem um futuro. — Acendia um cigarro durante a bronca. — Ou quer que eu te queime, desgraçada.

Lam se assustou com a ameaça. E fominta correu até a escola. Seus cabelos estavam mais desarrumados que de costume. Era rotineiro Iam a pentear, mesmo sendo um menino ele era bom nisso, assim como era ótimo em todo o resto. Ela procurou seu irmão que estava ao lado de Tauane.

— Nossa amiga, você tá pessima! — disse Tauane de sopetão.

— É que eu cai da cama. — respondeu Lam, forçando uma risada.

— Isso explica esse galo. Mas e esse cabelo? Tá parecendo um ninho.

— Tá mesmo, né? Acordei atrasada. O Iam também, né?

— Sim. Nossa mãe não teve tempo de arrumar a Lam hoje. — respondeu Iam, que olhou para as mãos de Lam e viu que não havia um lanche. — Aliás, hoje nossa mãe tava bem distraida mesmo. Até colocou o lancheda Lam na minha lancheira.

Tauane riu pensando em um trocadilho com Lam e lancheira.

— O que foi? — perguntou Lam

— Nada. — respondeu Tauana, pegando de sua mochila um laço de cabelo. — Fica aí Iam agora é a hora das meninas. Vamos Lam ao banheiro vou arrumar esse seu cabelo e ter deixar linda! Mais linda!!!

As meninas deixaram Iamna mesa. O garoto ainda brigava com a dor interna, mas no momento ganhava. Tauane passou pela mesa de Joe mostrando o punho. Joe estava com um curativo no nariz, e desviou o olhar. Cruzaram por Mauren que guardava esfregões no deposito e xingava. As meninas riram porque ele não havia as notado. Ao chegar no banheiro Lam ficou de frente a um espelho velho e Tauane pegouseu laço e quando foi arrumar o cabelo de da menina viu inumeras marcas em sua nuca e costas. Vergões e até manchas, que ela não imafinava serem queimaduras de cigarro. Forçando um sorriso, Tauane terminou penteado.

— Pronto! Melhor irmos rápido ou o Mauren vai dizer que soquei você. — disse Tauane sorrindo — Eu vou ir na frente e dizer pro Iam que você tá linda e é uma surpresa!

Tauane foi correndo até o pátio. No caminho derrubou as coisas que Mauren guardava impedindo o caminho. O cordenador havia reconhecido Tauane, mas demoraria para ele chegar. Tauane chegou no patio e foi até a mesa em que Iam estava.

— Cadê a Lam, Ti?

— Vai desembucha, o que tá acontecendo?

5

Escola primária Perola

Tauane chegou batendo forte com as duas mãos na mesa em que Iam estava, fazendo um breve estrondo e chamando a atenção dos alunos ao redor. O garoto não querendo chamar atenção, sussurra bem baixo em seus ouvidos.

— Do que está falando, Tauane?

— Eu vi as marcas na Lam. O que é aquilo? — Entendendo que Iam queria desrição Tauane também abaixa o tom de voz.

— Não é nada demais. — Iam tentava falar com Tauane sobre o que acontecia emsua casa, mas é pego por um mal subito e segura o pulso da garota com força.

— Ei, Iam tá me machucando. — Tauane tentava se soltar, mas era e vão. — Me solta Iam.

O pulso te Tauane começava a ficar roxo. Em nenhum momento passou por sua cabeça que Iam poderia possuir tamanha força. Tentava puxar o braço com toda sua força, mas o garoto não afroxava, e pior cada vez apertava mais forte. Lágrimas escorriam do olhos da menina que sentia uma forte dor. Seu pulso formigava. De repende ela sentiu seu braço ficar molhado. Então voltou seu olhar ao rosto de Iam. E viu os olhos do menino brancos enquanto tremia e babava.

— Alguém ajuda por favor?! —Tauane gritava, mas ninguém escutava. Porém Mauren vinha furiosocom Tauane.

— Garota o que diabos você fez com minhas vassouras? — rosnou Mauren, rabugento.

— Por favor ajude o Iam. — suplicou Tauane com lágrimas no rosto.

Mauren nunca imaginou aquela garota casca grossa chorando. Viu o braço dela tremulo e Iam a segurando enquanto tinha uma crise que ele não sabia exatamente o que era.

— Desculpe garoto. — Mauren soltou a mão de Iam. Se escutou um estralo dos dedos do menino. — Isla chame o professor Ruzzo. Precisamos levar esse garoto a um médico imediatamente.

Tauane correu ansiosa correu até onde estava Ruzzo. O professor viu a garota com os olhos inchados devido ao choro e imediatamente sabia que a coisa era séria viu o braço de Tauane marcado.

— O que está acontecendo, moça? Quem fez isso com você? — indagou Ruzzo enquanto apontava para a vermelhidão no braço de Tauane.

— Professor rápido salve o Iam, por favor! — Tauane falou com voz rouca e forte, como se algo estivesse rasgando suas cordas vocais. Ela ignorou completamente a pergunta do professor.

— Onde ele está?

— No patio. — Tauane finalmente cedeu ao mais profundo choro.

Tauane viu pouco mais que um flash ao Ruzzo passar por sua frente. A menina até coçou os olhos desacreditando que aquilo fosse real.

Pátio da Escola Primária Pérola

Lam havia chegado do banheiro confusa do porque Tauane havia a deixado para trás. O galo em sua cabeça latejava e teve dificuldades para passar pelo chão do estreito corredor que estava obstruido vassouras. A garota chegou em Mauren. Ela não entendia o que estava acontecendo. O coordenador havia deitado Iam sobre a mesa usando uma mochila para manter a cabeça de seu irmão erguida. A menina sentiu um arrepio forte seguido de um aperto no peito que nenhuma ofensa ou surra chegou perto de lhe dar.

— O que e isso? Que brincadeira é essa?! — Lam, chorando, tentava ir até seu irmão.,Mas foi impedida por Ruzzo que surgiu atrás da garota como em um passe de mágica.

— Tudo vai ficar bem, moça. — disse Ruzzo, enquanto rapidamente começou a sentir o pulso de Iam.

— Você promete? — gritou a plenos pulmões Lam.

— Calma, moça. Não grite próximo a ele. E sim,eu prometo que ele ficará bem! — Ruzzo começou a frase exitante, mas decidiu ser enfâtico ao ver os olhos empaurados de Lam.

Nesse momento Tauane havia chegado no pátio. Dezenas de pessoas faziam u aglomerado ao redor de Iam. A garota com dificuldade foi entrando aos poucos. Ruzzo também havia peecebido aquele amontoado de pessoas.

— Por favor, poderiam dar espaço? — disse Ruzzo com você firme, porém gentil.

Todos exceto Tauane e Lam saíram do arredor. Ruzzo pensou em pedir as garotas também, mas vendoo desespero genuíno nos olhos de ambas decidiu deixá-las. Tauane se sentia culpada. Acreditava que sua peegunta havia sido um gatilho que levou Iam ao colapso. Lam estava em pânico, e olhou para o lado e viu sua amiga em um estado ainda pior que o seue sem pensar duas vezesa abraçou.

— O professor disse que ele vai melhorar e eu acredito nele.

Aa garotas se abraçavam aos plantos. Haviam se passado cerca de 5 minutos e finalmente Iam abriu os olhos. Lam deu um grito de felicidade soltando Tauane e pensou em dar um pulo em seu irmã, mas foi contida por Ruzzo. Nesse mesmo momento chegaram alguns paramédicos que Ruzzo havia pedido para Argen chamar.

— Irmão você tá bem? — perguntou Lam, mais calma enquanto segurava a mão de Lam.

— Sim. Só estou um pouco cansado, Lam. — respondeu Iam. Sua voz estava fracae respondia pausadamente.

Os paramédicos colocaram Iam em uma maca, imobilizaram os pés e os braços do garoto. Ele se sentia desconfortável com aquilo, mas segurava todas suas frustrações e medos e tentava um sorriso tímido e conservado. O garoto olhou para o lado com dificuldade antes que também imobilizassem seu pescoço e viu Tauane que olhava para baixo evitando contato visual.

— Ti eu te vejo segunda? — peguntou Iam com voz mansa.

Tauane balançou a cabeça positivamente, mas continuou evitando o contato visual. Os paramédicos travaram o pescoço de Iam na maca e finalmente o levaram para fora da escola. Esperando por ele havia umacarroça precária puxada por apenas uma cavalo. Era pequena, mal havia espaço para uma cama e uma acompanhante. Sem demora após terminarem os procedimentos partiram em direção ao hospital da Ostra. Ao ter certeza que ninguém mais poderia vê-lo Iam começa a chorar.

— Eu não posso morrer, eu sou tudo que a Lam tem.

6

Tauane parecia outra pessoa. Batia seu lápis na mesa repititivamente como se fosse algo inconciente. Ruzzo percebia que a garota estava distante, mas entendia que seu melhor amigo havia sido hospitalizado. Lam havia parado de chorar, porém estava tremula e apenas olhava para baixo.

— Você não quer ir pra sua casa, moça? — Perguntou Ruzzo para Lam.

Lam perdida em um vazio enorme dentro de sua cabeça não o escutou. Empatico o professor se aproximou e se abaixou ficando em sua altura e colocando sua mão entre seus cabelos fez um sutil cafuné na menina. Ela surpreendida olhou assustada para o professor que tinha um olhar compreensivo. Lam não estava aostumada com ternura e não soube como reagir.

— O que você quer? — Lam perguntou com um tom frivolo.

— Moça, você não quer ir para casa? — Ruzzo perguntou ainda fazendo cafuné na garota.

— Não. — respondeu secamente

— Acho que seria melhor você ir, moça

— Eu já disse que não. — Lam empurrou a mão de Ruzzo enquanto se levantava.

Todos olharam para a garota incrédulos. Estava gritando com alguém que se importava com ela. Lam estava confusa e enfurecida. Irritada bagunçou o próprio cabelo, que Tauane havia arrumado, e jogou o laço no chão e correndo saiu da sala. Ao sair bateu a porta com força fazendo um estrondo que assustou os demais. Tauane ansiosa apenas olhou a amiga correr não sabia o que fazer. Um silêncio cortante se estabeleceu na classe. Tauane olhava para o seu laço no chão segurando as lágrimas. Ninguém tinha coragem de ser a primeira pessoa a falar. Até que a silenciosa menina que se sentava no canto da sala, e usava pesadas roupas de frio se levantou. Sem dizer uma única palavra pegou o laço do chão e colocou sobre a carteira de Tauane. Após isso andou até a porta e fechou com tamanha sutileza que parecia que as portas estavam usando macias luvas como ela. Ao sair a menina se deparou com Lam que estava sentada segurando os joelhos no corredor. Ela tinha voltado a chorar. A misteriosa garota se senta ao lado de Lam e ali permanesse calada.

— Quem é você e o que quer? — Lam pergunta chorosa.

— Meu nome é Sarah. — Após um breve silêncio respondeu a menina. Quase não dava para escutar sua voz. Estava baixa e abafada por um grande cachecol.

— E o que você quer?

— Nada.

— Como assim nada, você é idiota.

Sarah então se levantou. Estendeu a mão para Lam, que olhou um pequeno espaço entre as luvas e o braço da garota.

— Você é como eu.

Sarah percebeu que Lam havia visto seu braço e instintivamente o recolheu. Contudo os olhos de garota, a única parte de seu rosto a mostra, expressaram emoções pala primeira vez quando Lam sorriu e estendeu a mão para ela.

— Prazer Sarah. Me chamo Lam! Me ajuda a levantar?!

“Eu sei sei nome” pensou Sarah. Mas ignorou isso e ao ajudar Lam a se levantar acabou caindo sobre ela. Ambas começaram a rir de maneira progressiva até estarem gargalhando. O cachecol da garota acabou caindo e revelou um rosto extremamente fofo.

— Meu Deus, você é linda! — exclamou Lam— Tira essa touca também.

A garota tentou negar, mas a insistencia de Lam venceu. Ao tirar o capuz madeixas de cabelos loiros brilhantes cairam pelas costas da menina. Lam ficou vislumbrada do quão bela sua nova amiga era. Sarah era branca como a luz, e seus cabelos cor de ouro destacavam ainda mais seus olhos azuis. Ela estava totalmente tímida e com vergonha novamente colocou seu capuz e cachecol. As garotas se levantaram e novamente Lam estendeu a mão para Sarah. Haviam se passado poucos minutos, mas todos ficaram perplexos quando as meninas entraram pela porta de mãos dadas.

— Da próxima vez tira as luvas!

“Próxima vez” disse bem baixinho Sarah, ou melhor apenas movimentou os lábios de baixo do cachecol, e foi para seu lugar. Lam olhou para Ruzzo que estava cabisbaixo. O homem se sentia a pior pessoa do mundo. Ele se axhava incapaz de ajudar seus alunos.

— Me desculpas, “moço”?! — Lam pergunta sorrindo.

Os olhos de Ruzzo enchem de lágrima, mas ele enchuga rapidamente.

— Sim, eu desculpo, moça.

—Você tá chorando?

—Não tô, não.

— Tá sim! Você tá chorando!

Todos pareciam estar bem. Exceto por Tauane que estava tendo um turbilhões de emoções nagativas. Mas dentre todas elas a que mais machucava era a culpa.

7

Escola Perola, sexta feira, 17 horas

Finalmente havia se acabado aquele dia. Tauane se manteve silenciosa por até o cessar das aulas. Enquanto esperava seu pai, Lewis Isla, foi falar com Lam que se mantinha isolada no patio da escola. Sem jeito Tauane se aproximou da amiga.

— Me desculpas, Lam? — Tauane evitava o contato visual.

— Por que está pedindo desculpas?

— Porque a culpa é minha.

— Como assim? — perguntou Lam, se levantando e ficando frente a frente com Tauane.

— Eu perguntei o porque de você ter tantos machucados no corpo.

— Por que você não cuida de sua vida? — Lam empurrou Tauane que ficou de costas para a parede.

— Eu só queria o seu bem.

— Olha o bem que você me causou. Você é só uma riquinha mimada que acha que todo mundo tem uma mãe feliz te esperando em casa. — Cada palavra que Lam falava mais embolada ficava dua fala.

— Eu nem sequer conheci minha mãe. — respondeu Tauane ainda presa contra a parede.

— Você tem sorte. Eu também queria nunca ter conhecido a minha.

— Se eu puder te ajudar, Lam.

— Sim me ajuda nunca mais chegando peeto de mim e do meu irmão. Adeus, Tauane.

Lam correu para o portão de saída da escola. No caminho cruzou com um homem de estátura mediana na casa dos 30 anos, sem nada que o destacasse dos demais. Ele viu Tauane encostada na parede do refeitório e se apressou para chegar até ela.

— Filha olha o que eu te trouxe!!! — Mostrou um brinquedo caro vendido na capital.

— Pai, vamos embora? — Tauane respondeu chorosa e evitando olhar para seu pai.

Lewis nunca havia visto sua filha naquele estado. Pensou em chamar Mauren, o qual já conhecia de longa data, mas decidiu que era melhor perguntar diretamente a sua filha quando chegassem em casa. Sexta-feira era o único dia da semana em que podia passar mais tempo com sua filha e detestava que fosse gasto dessa maneira, mas não tinha outra solução. Pegou sua filha no colo. Tauane era muito maior que uma criança comum o que ás vezes escondia o fato de ter apenas 8 anos. Cansada ela descansou a cabeça nos ombros de seu pai. Mesmo não tendo nada chamativo os braços de Lewis eeam seu porto seguro. Na mente deTauane nada poderia a atingir.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, seu pai tá com você.

Era rotineiro caminharem da escola até a casa. Lewis possuia uma carruagem glamurosa, mas evitava usá-la já que destacaria demais em uma escola humilde dessas. Pai e filha usavam esse raro momento juntos para conversarem, já que Lewis trabalha de domingo a sexta-feira na capital.

Residencia Isla

A maior casa de toda vila Pérola. De longe pode se ver os gigantes muros que cercam a casa de dois andares. O primeiro andar possuia uma gigantesca sala de estar, sala de jantar, um pequeno salão de jogos, cozinha e banheiros. No segundo andar localizavam-seo s quartos de Tauane, Lewis, Quesia e Antone, quem guiava a carruagem, e um quarto de hospedes.

Lewis chegou em frente ao portão e com dificuldade o abriu com Tauane em seu braço. O quintal, de grama, estava emlamassado devido a chuva que teve a noite e começo da manhã. Ainda com as botas sujas de lama entrou na casa, recém limpa por Quesia. A mulher esboçou reclamar, mas ao ver Tauane chorando em seu colo guardou para si mesma os desagrados.

— O que aconteceu, senhor? — perguntou Quesia preocupada.

— Eu não sei. Eu cheguei ela estava amoada. — Lewis suspirou entristecido — Quesia eu sei que pedi para que eu fizesse os jantares nas sextas, mas pode preparar hoje? Eu aumento seu salário.

— Imagina, meu senhor. Eu farei tudo por vossa pessoa, nem preciso de salário, mas você insiste em me pagar.

— Eu já te disse você não é uma Fong, não mais.

— Mas meu senhor, você me comprou.

— Eu não quero falar disso agora, Quesia. — Cortou o assunto ali, e subiu até o quarto de Tauane.

Lewis entrou no quarto de Tauane. Era um quarto grande com dezenas de brinquedos de pelucia. Todos eles mal alinhados em uma prateleira. A cama de Tauane era luxuosa de madeira da noite e com uma colchão de penas de águias negras que custavam o preço das casas de seus amigos. Com cuidado Lewis desceu Tauane e se sentou ao lado de sua filha. Não entendia o que acontecia, mas doia seu peito perceber a tristeza no rosto de sua filha. Tauanenão conseguia conter as lágrimas e abraçando seu cobertor começou a chorar de soluçar. Lewis começou a fazer cafuné em sua filha tentando a acalmar.

— Não estão te tratando mal na escola, né?— perguntou ele com voz mansa. Mesmo conhecendo sua filha e sabendo que dificilmente seria isso, sentiu que devia tirar essa dúvida.

— Não é isso, pai.

— O que foi então meu amor?

— Meu melhor amigo. — O choro de Tauane se intesificou enquanto tentava achar palavras.

— O que tem seu amigo?

— Ele tá morrendo. — Após uma breve pausa de dois ou três segundos — Pai me fala você que é médico, por que as pessoas ficam doentes?

— Tauzinha, nossos corpos são como brinquedos. Temos que cuidar ou eles quebram. — Lewis tentou fazer uma alusão.

— Mas o Iam tem a minha idade? Como ele poderia fazer mais?!

Lewis desviava do olhar cortante de Tauane, que era mais águdo que o mais afiado dos gumes.

— O que aconteceu com seu amiguinho?

— Eu não sei. Mas pai você pode ajudá-lo?

— Desculpe filha. Mas o papai não tem tempo para isso. Eu adoraria ajudar seu amiguinho. Eu adoraria ajudar a todos que precisam. Mas eu não posso. eu não consigo. — Lewis cai nas lágrimas junto de Tauane. Imaginando a dor sa família daquela criança.

Lewis sabia que tinha que ser forte naquele momento. Ele secou as lágrimas e se levantou da cama de sua filha. E criando coragem de olhar diretamente nos penetrantes olhos de Tauane explicou a sua filha:

— Tau não importa quanto tempo passou com alguém o que importa é comofoi esse tempo que passou. Seu amiguinho vai melhorar, eu acredito. Se você acredita nas divindades ore para que elas proejam o Iam é tudo que você pode fazer agora.

Um silêncio quase total se instaurou no quarto. Exceto pelo choro da menina nada podia ser escutado. Tauane se sentia segura no conforto do abraço de seu pai. Queria que o tempo congelasse ali, e que seus braços fossem seu abrigo para todo o sempre. Porém o “sempre” da garota foi efemero e acabou quando Quesia bateu na porta de seu quarto avisando que o jantar estava pronto.

— Amorzinho vamos comer? — perguntou calmamente Lewis

— Desculpas, pai. Eu estou sem fome.

— Quesia foi mal, mas não vamos comer agora.

— Tudo bem meu senhor. — respondeu Quesia descendo as escadas imediatamente.

Lewis eaboçou insistir para que sua filha fosse jantar. Mas naquele momento era aceitavel que ela não tivesse apetite alguma. E ao inves disse continuou a fazer cafuné em Tauane até que ambos adormecessem.

8

O dia seguinte chegou. Tauane estava triste. Era uma manhã de sol. O pai de Tauane havia feito sua sobremesa favorita. Tauane pensou em recusar, mas grata aceitou.

Ambos foram ao parque. Tauane comprou um sorvete. E caminhou até as docas. Andou até a beira do cais abandonado. Em meio ao forte vapor do mar fervente ela olhava o continente antigo. Quando viu se aproximar um pequeno barco e ancorar bem ao seu lado. Dele pulou um pequena mulher na casa dos 18 anos.

Ela se surpreendeu quando viu Tauane. A mulher usava vestimentas que Tauane nunca havia visto. (Fafong Lee)

— Shiu. — disse a Tauane enquanto tampava a boca com um dedo, e pegou o sorvete.

Não demorou para a mulher sumir dos olhos de Tauane. Alguns instantes depois. De dentro do barco saiu um homem loiro e jovem de mais ou menos 1, 90 cm.

O homem viu Tauane parada do lado da estátua do deus do mar e aconselhou a garota a sair dali.

Relutante ela acata o pedido do homem. Quando ela estava voltando pro parque viu Iam andando com um homem parecido com ele, Tauane rapidamente assimilou que era o pai dele.

Quando ela ia chamar Iam, acidentalmente derrubou um homem que carregava uma pesada caixa para o cais.

— Criança estupida. Olhe por onde anda.

— Ei. Olha como fala com minha filha.

— Você sabe quem eu sou? — disse o homem enquanto sacava um canivete

— To me fodendo pra quem você é rapaz.

Nesse momento o homem loiro do barco apareceu.

— Calma, meus amigos. Vamos fazer assim. Ninguen se machucou. A mercadoria tá intacta e foi só uma criança.

— Por mim tudo bem. Mas se você chegar perto de minha filha eu te mato, traficantezinho de merda.

Lewis pegou sua filha pela mão. E sem dar as costas para aqueles homens a guiou para um lugar seguro. Tauane procurou Iam, mas havia o perdido de vista.

— Pai. Quem eram aqueles homens?

— Ninguém que você deva perder seu tempo, meu amor.

Lewis abraçou Tauane que retribuiu. Eles voltaram para casa. Ele olhou para todos os lados pensando se alguém podia os estar seguindo, mas não tinha ninguem.

Lewis preparou o banho de Tauane. Fez sua comida favorita. Leu para ela e finalmente foram dormir.

O fim de semana havia acabado. De manhã Lewis preparou o café para Tauane. Deixou sobre a mesa, a acordou e foi trabalhar. Ele queria ter tempo de leva-la e busca-la da escola, mas a empregada Quesia era quem fazia isso. Tudo que sobrava era fazer o café da manhã de sua filha.

Tauane chegava todos os dias acompanhada de Quesia. Aquele dia em especial era importante. Tauane queria saber como estava Iam. Assim que chegou, após se despedir de Quesia, correu ansiosa para dentro da escola. Após pouco tempo encontrou Lam, que estava cabisbaixa.

— Cadê o Iam?

— Ele não voltou.

— Como assim: “ele não voltou”?

— Ele não voltou. Quer que eu diga mais o que? O papai levou ele do médico e não voltou mais. — gritou ela, chorando

Após aquilo, a sorridente Lam nunca mais sorriu.

Joe, Willy e Joshua não paravam de atormentá-la, assim como atormentava uma garota que se sentava ao fundo. E ia todos os dias com roupa de frio.

— Ei, Joe por que não meche com alguém do seu tamanho?

— Ei. Se me bater vou chamar minha mãe. E você vai chamar a sua? — ele pausou e olhou para Joshua e começaram a rir— esqueci você não tem.

Tauane acertou um soco no nariz de Joe. O nariz do garoto começou a sangrar e ele foi chorando até a professora.

— Tauane você que fez isso?

— Sim professora, mas..

— Nada de “mas” quero seu pai aqui amanhã. — ela arrancou uma folha de seu fichário velho, e escreveu um bilhete e entregou a Tauane — Entregue isso a seu pai.

Aquele dia acabou. Tauane foi até a casa com o bilhete em mãos. Seu pai não estava lá como de costume. Ela foi em seu quarto. Que ficava no segundo andar. Quesia estava preparando o jantar quando Tauane subiu.

Ela não sabia como contar a seu pai que sobre a advertencia.

Ela sabia que Quesia tinha uma chave. Com alguma dificuldade pegou as chaves que Quesia carregava. Entrou no quarto. O gaveteiro estava fechado. O molho de chaves tinha a chave de gaveteiro e ela abriu e misturou no meio de inumeras cartas que tinham ali. Ela pensou em olha-las, mas escutou o barulho de seu pai chegando.

Ela havia chegado mais cedo. Ela trancou a porta e correu para as escadas.

Tauane se escondeu no quarto. Porém deixou a comoda aberta.

Lewis ficou furioso e decidiu cobrar Quesia.

A mulher não sabia o que havia acontecido.

Lewis gritou muito com ela e a despediu.

Tauane via tudo incrédula.

Quesia chorava.

Tauane chegou inocente para seu pai e disse que foi ela quem roubou as chaves.

Lewis furioso deu um tapa em Tauane a derrubando.

Tauane na queda bateu seu rosto com força e começou a sangrar.

Lewis retomou a consciencia e foi ajudar Tauane.

Ela se desprendeu dele e correu para o quintal.

O quintal era enorme.

A grama era baixa.

E ela viu uma especie de porta.

Ela abriu a porta. E embaixo da terra havia um gigante corredor.

Esse corredor eea frio e umido e levava até outra porta.

Essa porta levava até um quarto.

Esse quarto tinha uma cama, uma mesa de madeira, com uma cadeira de madeira velha que rangia. Na parede tinha um cabideiro com um jaleco de médico. E sobre a mesa um frasco com um liquido metálico. Com um bilhete logo a baixo.

Tauane pegou o bilhete.

Ela leu em voz alta, ainda que chorosa.

“ — Um veneno, ou um remédio. Ainda não sei. “

Ao terminar de ler, a garotinha ouviu uma voz gutural.

— Um humano.

— Quem está ai? — peeguntou Tauane, enquanto largava o bilhete, assustada

— Não importa. O que importa é porque você está aqui.

— Você é o que?

— Sou apenas alguém que foi amaldiçoado a viver aqui. Exceto se você me libertar.

— Como e porque eu faria isso?

— Apenas beba o que tem naquele frasco.

— E porque eu faria isso? — Tauane estava receosa e irritada devido a voz não responder uma de suas perguntas. Graças a isso seu tom eea questionador.

— Apenas beba, humana inferior. — a voz aumentou o tom.

Tauane assustada correu para fora do quarto. O corredor parecia muito maior.

Após sair pela porta. Ofegante ela olhou para baixo e a porta havia sumido.

Tauane olhou varias vezes, procurou em outros lugares. Mas não encontrou.

Ela decidiu que ia acreditar que aquilo nunca havia acontecido. Passou a mão no rosto e sentiu o sangue e o machucado.

Seu pai estava a procurando. Implorou por desculpas. Mas Tauane não aceitava. Ela lavou o rosto. E ela mesma fez um curativo, muito mal feito. E saiu para caminhar um pouco.

Lewis pensou em impedi-la. Mas não teve forças para fazer isso.

Tauane caminhava irritada. Chutou as pedras pelo caminho. Até que trombou com uma garota e caiu.

A garota estendeu a mão para ajudá-la a levantar.

Ela olhou nos olhos da menina e percebeu que já se conheciam:

— Você é a menina do barco!!!

— Como assim?

— Você me deve um sorvete.

— Ah. Então eea você. Garotinha foi mal, mas tenho que ir.

— Espera.

— Desculpas não tenho tempo. Tenho que sair daqui antes que eles cheguem. Aliás, valeu poe atrasá-los aquele dia.

Tauane estava confusa. Ela pensava quem estava chegando.

Ela caminhou mais um pouco. E no horizonte avistou navios. Eles estavam vindo do mar escaldante.

Tauane nunca havia visto um navio tão grande. E ainda por cima eram dois.

Ela se escondeu próxima as docas e escutou a conversa de dois homens.

— Matem cada um que encontrarem. Pelos nossos homens que foram envenenados.

Tauane assustada não conseguia mover um musculo. Ficou ali parada por horas. Até que viu os homens voltarem e o navio zarpar.

Ela olhou um rastro de mostes pelo caminho. O pequeno vilarejo foi destruído.

Sua casa permanecia de pé. Mas quando ela entrou seu pai estava ferido mortalmente. Mas ainda com vida. Chegou em Tauane e a abraçou.

— Ainda bem que você não se machucou de novo. — ele riu, e após isso morreu.

Tauane ficou desiludida. Naquele momento nada mais fazia sentido. Ela gritava a plenos pulmões.

Naquele momento ela não aguentava a dor. E pode ver novamente a porta no quintal. Agora estava no seus pés.

Ela entrou. E dessa vez correndo em direção ao quarto. Ouviu novamente a voz.

— Você voltou?

Ela sem pensar duas vezes tomou o liquido prateado.

— Não me importo com isso. — Tauane tomou aquilo pensando ser veneno

— Esse é meu sangue. — disse a voz

Tauane cuspiu. Mas era tarde dwmais.

— O que vai acontecer comigo?

— Eu viverei dentro de você. Assim que você passar por aquela porta nos viraremos um só. E e pouco tempo roubarei seu corpo.

Tauane assustada pergunta:

— Por que está me contando tudo?

— Você me libertou.

Tauane saiu de lá. E não sentiu nenhuma mudança em seu corpo. Mas não demorou muito até perceber que água afetava seus pensamentos e sentia uma aura pesada por onde a agua a tocava.

Se passaram alguns dias. A capital ajudava as pessoas ali. Tauane, agora uma orfão devia ir para um orfanato na capital. Mas ela se negava e se mantia escondida no quarto.

Lá não havia banheiro, ou outros comodos. Contudo ainda podia entrar e sair de sua antiga casa.

O machucado no rosto de Tauane estava infecionado o que não era nada.

As noites sorrateiramente entrava nas casas das pessoas roubando comida e roupas.

Vez ou outra encontrava algum desavisado que a descrevia como um fantasma, ou um demônio.

Algumas casas não tiveram a mesma sorte e estavam sendo reconstruidas.

Tauane se lembrou de Lam. E procurou pelas sombras.

Ela não sabia onde a garota morava. E não conhecia seus pais, ou melhor, não conhecia diretamente.

Lembrou de um homem mirrado que estava com Iam.

Mas Tauane também não sabia de nada sobre ele.

Decidiu ela ir ao parque. Lá pessoas geralmente se reunem.

Chegando lá estava todo destruido.

Em um bar, um homem olhava o estabelecimento todo destruido.

— Isso era minha vida. — reclamava aos plantos.

Tauane olhava distante.

Quando de repente foi surpreendida por Joe.

— Por que um lixo como você sobreviveu. — Joe gritava.

— Quieto, Joe. — Tauane tentava acalmá-lo pacificamente.

— Quem é você para me mandar calar a boca?! — Joe irritado socou o rosto de Tauane com toda a força retirando o curativo sujo e mal feito da garota.

O machucado abriu novamente. Tauane jogou água sobre as mãos. Os olhos dela viraram o de um demônio. E a ultima coisa que pode se escutar foi o grito do garoto e um olhar de pânico.

As costas de Tauane puderam ser vistas pelo homem que lamentava a perda do bar.

— Joe? Joe? — o velho dava leve tapas no rosto do menino. — Não gritou ele a todos pulmões

Tauane recobrou a conciencia. E percebeu que havia matado pela primeira vez. Sua mente ficou confusa. Sentia medo e culpa. Se trancou no quarto.

Ficou pensando em varias coisas. Como está Lam. O que fará agora que é uma assassina. Quem era a garota do barco.

Nesse momento que Tauane percebeu que o machucado em seu rosto não existia mais. Mas deixou uma grande cicatriz.

— Demônio o que é isso? — perguntou ao vento, mas não obteve respostas.

Pegou água e jogou nas mãos. Mas nada mudou. Foi então que teve a ideia de cortar a mão e jogar água sobre.

Nesse momento Tauane sentiu novamente a sede por sangue, mas dessa vez com dificuldade conseguiu controlar.

Seu corpo não possuia cansaço ou dor. E se movia rapidamente. O corte em sua mão havia cicatrizado.

Tauane ficou obcecada com seu poder.

Com ajuda de sua nova habilidade andou por toda vila pérola sem ser vista. Usando as roupas que roubou para esconder seu rosto. Após dias procurando. Finalmente encontrou o homem.

Ela chegou brutamente. E com um olhar assustadoramente terrivel, virando o pescoço perguntou:

— Onde está a Lam? — sua voz era infantil porém rouca e grave

— Quem é você? — indagou o homem com pânico na voz, enquanto tropeçava nos pés e caia sentado perante a Tauane.

— Me diga logo onde está minha amiga.

O homem tentava levantar, mas o medo era tanto que suas pernas estavam bambas. Ele engole seco a saliva e com lágrimas nos olhos responde o questionamento de Tauane.

— Ela morreu.

— Como assim morreu? — O rosto de Tauane intercalava tristeza e a figura de um demônio. A garota parecia ter desistido de lutar contra a entidade.

O rosto do homem demonstrava o terror que sentia. Ele suava frio. E não se acalmou quando viu Tauane lhe virando as costas e indo em direção a vila.

— Você sabe quem nos atacou? — a voz gutural não era de Tauane dessa vez.

— Não sei. — exitou a responder

— Vou te dar mais uma chance. Quem atacou a vila do Edgar? — Tauane, ou o que quer que seja, se virou para o homem mostrando olhos roxos vibrantes.

— Eu juro que não... Foi o forte do vapor. — disse ele de sopetão devido ao medo.

— “Forte do Vapor” o que é isso?! — peeguntou Tauane que tomou controle total do corpo novamente.

— É um país ao extremo sul que vendíamos drogas. Mas eles falaram que envenenamos um de seus barcos. Mas eu juro que não fizemos isso. — O homem estava as lágrimas.

Tauane ignorou o homem. E voltou para o quarto.

— Ei demonio. Eu sei que cê tá ai. — disse ela enquanto fazia o ritual

— Eu não sou um demônio. Sou um ser primordial.

— Tanto faz. O que você sabe sobre o forte do sul?

— Nada. — respondeu exitante

— O que acha de visitá-los?

— Não. — respondeu secamente e o vinculo foi cortado.

Tauane fez o ritual e nada acontecia. Exceto por conta de suas cicatrizes fecharem automaticamente e sentir a força do ser primordial.

— Isso deve bastar.

Tauane estava solitaria. Tudo que queria era vingar sua amiga.

A unica pista que tinha era “o forte do sul”.

Tauane precisava de respostas, e não sabia como consegui-las.

Estava no quarto.

Deitada na velha cama ansiosa não conseguia dormir.

Tinha inumeras perguntas e nenhuma resposta.

Queria saber o porque daquele quarto. Quem era o demônio. O porque de atacarem a vila pérola.

Sempre que ficava triste lembrava que seu pai comprava seu sorvete favorito.

Ao pensar em sorvete, se lembrou da garota do barco.

“ — eles estão chegando” a culpa é daquela puta. — disse Tauane, furiosa, enquanto rasgava sue braço com as unhas e jogava água na ferida.

Os olhos roxos vibrantes se destacavam. A jovem garotinha parecia possuida, mas era sua vontade.

Procurou por horas a fio, mas não achou nada da garota.

Decidiu ir a capital.

Era a noite. E se escondia nas sombras.

Nunca havia saido da vila Pérola.

Aquele lugar era depravação.

Bordeis. Pessoas drogadas pelo chão. E todo tipo de coisas vulgares.

Mas nada disso a perturbava.

Tauane viu um homem isolado.

Ele não conseguia parar em pé.

— O que você sabe sobre o forte do sul?

— É o que pirralha?

— Eu perguntei sobre o forte do sul.

Os olhos de Tauane eram tão medonhos que o homem saiu correndo gritando.

— É o demônio!

Antes que alguém pudesse escutá-lo, Tauane se alinhou em seu corpo, com velocidade super humana e encostou no bêbado. Que após tremer por alguns segundos caiu morto.

— Lixo humano. — cuspiu no corpo do bêbado

Tauane continuou. Caminhando por aquele lugar era provavelmente onde teria chances de conseguir informações. Seu instinto dizia isso.

Tauane entrou em sorrateiramente em uma boate. Entrando lá, havia cerca de 100 pessoas. E uma música ridiculamente alta. Homens e mulheres transando sem o menor pudor. Tauane se sentia enojada.

A cada segundo pensava no porque da vila Pérola ser atacada e não ali.

No meio daquela bagunça, havia um homem fumando um charuto.

Ao seu lado tinha uma menina. Tinha a mesma idade de Tauane. Ela usava roupas pesadas, mas Tauane a reconheceu.

Quando Tauane pensou em fazer algo.

A mulher do sorvete apareceu.

— Não é um lugar para garotinhas. — disse ela pegando Tauane pelos braços.

— Como ne percebeu? — falou confusa

— Certo. O que faz aqui?

— Eu estava te procurando.

— Pronto me achou. O que quer?

— Por que destruiram minha vila.

— Eu não sei.

— Mataram meu pai.

— Sinto muito. — disse ela, suspirando com olhar de culpa.

— Você devia voltar pra sua vila

— Pra que? — gritou Tauane enquanto andava em direção a mulher

— Olha, menina. Não faça eu te machucar. — disse ela, enquanto colocou a mão em sua espada

Tauane avançou em alta velocidade. Mas a mulher a parou apenas com a bainha da espada. Porém Tauane continuou tentando. A mulher a acertou de raspão em sua bochecha com uma adaga. Ela percebeu o rosto de Tauane cicatrizar imediatamente. Tauane foi perdendo a consciencia aos poucos até adormecer.
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As diferentes do grupo

escrita por Gostodegatos
Fanfic / Fanfiction As diferentes do grupo
Em andamento
Capítulos 1
Palavras 191
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Lésbica / Yuri
Essa fanfic conta sobre tzuyu e jeongyeon são intersexuais,mas elas esconder isso do grupo
Mas um dia elas descobriram o tal segredo
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Jungkook conhece sn

escrita por fanfics144
Fanfic / Fanfiction Jungkook conhece sn
Em andamento
Capítulos 4
Palavras 445
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah, Adam Garcia
Gêneros Romântico / Shoujo
Sn, uma bela garota de 25 anos...linda,fofa,sexy,gentil, inteligente... conhece jungkook, um homem de 25 anos tbm, ele é muito bonito, legal, gentil, fofo e gostoso, eles se conhecem numa balada. Mais mal sabe Sn que ele é seu professor, e ela é a novata da turma dele!
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A história de Sn e Jungkook

escrita por fanfics144
Fanfic / Fanfiction A história de Sn e Jungkook
Em andamento
Capítulos 6
Palavras 1.378
Atualizada
Idioma Português
Categorias Aaliyah
Gêneros Romântico / Shoujo
Sn e Jungkook de conhecem a bastante tempo e são bastante amigos...até que Sn se apaixona por jungkook...e aí?? Será que eles vão ficar juntos?
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