Já estava tarde, a brisa fresca corria por todos os lados, fazendo com que todas as flores do jardim se balançasse e algumas de suas pétalas fossem levadas pelo vento a algum lugar daquele reino. Enquanto dois rapazes andavam livremente em seus cavalos, enquanto o sol se abaixava, dando lugar a um céu extremamente azul, que logo seria “substituído” pela escuridão da noite.
Um amor que para realeza é algo impossível, e que talvez algo possa se tornar possível. Um amor doce, tão doce quanto um pequeno doce que poucos gostam. A vida não é apenas cavalos e cabelos trançados, ou então vestidos caro ou uma coroa na cabeça.
O amor não tem cor, não tem sexo, mas tem nome, qual o seu nome?
Antes que a porta do elevador se fechasse por completo, um braço masculino a interrompeu, fazendo-a abrir novamente.
O cenário dentro era diversificado; alguns japoneses sérios e engravatados. Ao canto, próximo aos botões dos andares, uma garota trajando um vestido longo rasgado com uma mancha estranha, provavelmente de vinho. Ela estava de cabeça baixa, segurando os saltos na mão. O rapaz que acabara de entrar deu um sorriso fraco, e apertou o botão do seu andar. Ele estava com o terno molhado; o cabelo levemente desarrumado escorrendo algumas gotículas de água, pois o mesmo não contava com o imprevisto da chuva no curto caminho até o edifício.
O silêncio predominou, até que uma música baixa tomou conta do local. Era All I Want For Christmas Is You. A garota ergueu a cabeça, e olhou lentamente para o lado. Surpreendentemente seu olhar foi retribuído, e naquele momento ela quase teve um colapso nervoso; ao seu lado, em um elevador fechado com pouco mais que cinco pessoas estava Henry Cavill. Ela podia sentir as palpitações, o coração acelerado, e a perca da fala imediata. Por conseguinte, abaixou a cabeça novamente e piscou algumas vezes, voltando a olhar para o mesmo lugar, certificando-se que de fato estava dentro do elevador com o Henry William Dalgliesh Cavill.
Henry, por sua vez, ao notar a reação da garota manteve o sorriso no rosto, e começou a fazer uma dublagem da música, abrindo a boca nos momentos instrumentais, e fechando-a quando Mariah cantava. Do outro lado, ela fazia um esforço para não gargalhar. Se seu coração não estivesse tão acelerado, se o elevador não estivesse cheio, provavelmente já estaria rindo até perder o fôlego. Em seguida, Henry começou a balançar a cabeça, ainda dublando. Como resposta, a moça contraiu os lábios, arregalando os olhos em um sinal de "pare, eu não vou aguentar." Sem saber o que fazer, ela abaixou a cabeça, podendo ouvir o riso do ator. No mesmo instante as portas do elevador se abriram, e os japoneses saíram em bando, deixando somente os dois no local.
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