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"O miado dengoso do gato deixou o meio-demônio mais alerta e desconfiado de cada mínimo movimento do felino, esperando que ele mostrasse o quão inescrupuloso e traiçoeiro era por trás daquela fachada fofa e peluda."

Dante e Vergil acabam vagando nas suas memórias do passado, onde dois irmãos opostos, sentem saudades de seus amados pais. Era hora dos dois gêmeos colocarem sua conversa em dia e navegarem nas doces memórias de sua infância.

Todos têm um momento de impulso na vida, alguns se arrependem e outros se sentem satisfeitos, às vezes é um impulso no calor do momento e outros é depois de ter pensado bastante. No caso de Vergil foi um impulso quase planejado e de simplesmente comprar uma floricultura e pasmem, cuidar de flores.

Vergil encarou o irmão com desdém, não permitindo que a interação durasse mais que o necessário.
— Qual é, irmão, não me diga que está com medo?
O gêmeo mais velho rosnou.
— É só um joguinho. Como nos velhos tempos, o que acha?

Antes que conseguisse chegar ao período correto para salvar seu futuro e sua família, Gael acaba sendo transportado para o ponto onde tudo se iniciou: antes mesmo do fatídico ataque que separaria os gêmeos – a época que Dante e Vergil ainda eram apenas inocentes crianças junto com sua mãe, Eva.
Tendo contato com um lado da história que nunca se aprofundou e testemunhando, em primeira mão, a vida do próprio pai sob uma perspectiva mais esperançosa, o jovem meio-demônio começa a enxergar paralelos entre sua realidade com a dele, o que faz questionar sobre o legado perpetuado desse terrível evento e a verdade por trás dos contos.

"Meu coração transbordava com a ideia de tê-lo e dominá-lo, sobretudo, poder finalmente amá-lo como eu gostaria. Como, por tanto tempo desde que o conheci, desejava."

É julho de 2005; a estação mais calorosa do ano está em puro ápice, as paixões tão veranis quanto vêm e vão e Dante pode enfim organizar o futuro de sua banda em paz sem se preocupar muito com os dilemas do fim da adolescência e início da era adulta. Bem, relativamente. O vocalista da Devil May Cry tem em mente composições que diferem da habitual estética infernal e utópica; no papel, pensamentos garrafais se curvam e deliberadamente falam sobre aromas de baunilha e sândalo, passos de balé e anjos de alabastro. Vivienne Westwood, Courtney Love. E todos, todos mesmo, eram sinônimos de Evangeline Céliath.

Depois de uma longa e inquietante avaliação, Dante decide que chegou o momento de fazer Vergil, privado de boa parte das experiências humanas, provar a melhor coisa criada pelo homem: a pizza.

"Diva se perguntou quantas vezes, muito antes de se conhecerem, Dante esteve sozinho, observando como as pessoas coexistiam com seus semelhantes e afastando aqueles que um dia já considerou amigos apenas para mantê-los a salvo, longe de seu conturbado mundo de sacrifícios e perdas, tendo seus pensamentos e lembranças como companhia. Havia dor e muita culpa por trás do sorriso arrogante e do comportamento mordaz dele."

O famoso Devil Hunter acaba sonhando com um passado distante... Um alguém que ele jamais imaginaria que já foi.

Devil may cry/Dmc Reboot