Perdi as contas de quantas vezes o chamei por pensamentos; às vezes ele não podia estar lá comigo. Eu implorava com os olhos para que fôssemos nos encontrar no lugar que só nós sabíamos; às vezes ele estava ocupado demais com seus amigos, ou até mesmo com ela.
Me tornei cativo de um amor sem lar. O amei em secreto, mas esse segredo ele sabia.
Havia também a cicatriz e os hematomas, perguntei por eles, mas se negou a responder.
“— Por que as pessoas não podem saber sobre nós? Qual é o problema? Me explica. Me deixe entender o que acontece com você, Chanyeol!”
“— Eu sinto muito, Baekhyun... mas o nosso amor não tem esperança.”
Byun Baekhyun era uma composição atrativa e envolvente, de melodia com explorados pontos surpreendentes. Ele combinava com solos de guitarra, jaquetas de couro, coturnos, com o inverno e os anos setenta. Chanyeol aumentava o volume em seus fones quando o via passar, pois Baekhyun era sua canção favorita.
De que adianta ser rico e rodeado por pessoas se você não tem amigos?
De que adianta ser Dia do Amigo e você não ter um?
De que adianta você ter um evento para ir se não tem ninguém que vá com você?
O jeito foi Baekhyun contratar um ‘amigo de aluguel’, e iria com ele para o evento. E se fosse preciso, o faria seu amigo de infância! Só para não passar vergonha. E faria a ‘coisa’ dá certo! Afinal, ele não estaria perdendo nada não é mesmo? E também faria seu dinheiro que iria ser gasto com o contrato valer a pena!
Há milhares de anos, filhos do Sol e filhos da Lua viviam em constante conflito. Opostos por definição, a rixa pessoal, somada ao choque de interesses, tornava um acordo de paz praticamente impossível de existir entre os dois reinos. Visando colocar um fim a essa rixa milenar, Sol e Lua, compadecidos pelas mazelas que os conflitos entre seus reinos causaram, nomeiam anciões, que surgem com uma solução: unir os príncipes mais novos de ambos os reinos em matrimônio.
Baekhyun sofrerá um acidente de carro que custo parte de sua memória, apagando quem mais importava na sua vida, Chanyeol. Por esse motivo, o pequeno não consegue lembrar de tudo e sempre teve dificuldade de realizar tal ato.
Possuindo o sexto sentindo, intuição e vidência, o jovem coreano terá que descobrir quem está por trás de todas as flores que são deixadas para si e cada uma trás uma lembrança diferente.
As coisas nunca mais foram as mesmas na mente e no coração de Byun Baekhyun desde que Park Chanyeol, por medo da opinião dos pais e da própria insegurança, decidiu ficar e não partir rumo à liberdade que idealizaram juntos. Sozinho e definhando, buscando uma forma de colar os pedaços quebrados do seu coração, Byun encontra refúgio na casa de sua amada tia, em Londres, e em Kim Seokwoo, seu primo, que o ajuda a seguir em frente ao oferecer seus ouvidos e sua gentil compreensão. Todavia, quando está convicto de sua melhora, o que Baekhyun mais temia acaba acontecendo:
Ele reencontra Chanyeol, em uma situação deveras desagradável, e seu mundo vira de cabeça para baixo outra vez ao perceber que nunca conseguiria deixar de amá-lo.
A vida de Baekhyun se torna surpreendente quando o mesmo encontra um baú empoeirado, cheio de cartas antigas, no sótão de sua casa. Estaria tudo bem se ele não notasse que os acontecimentos das cartas de alguma forma aconteciam na vida real, todas envolvendo ele e seu vizinho ruivo de hábitos estranhos, Chanyeol.
Mas, as coisas vão ficando complicadas conforme as últimas cartas a serem lidas vão chegando, e Baekhyun tem que achar um jeito de impedir o destino.
Chanyeol queria que as flores parassem de surgir de dentro de si. Queria que os espinhos de Baekhyun não mais o sufocassem. Queria poder não lembrar dele a cada vez que tentava respirar. Porque, mais do que seus pulmões, seu coração também se machucava.
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