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Fanfics de Fall Out Boy - Classificação Livre - Em andamento - Mais de mil palavras

GT é o crime

escrita por BaraoNegro773
Fanfic / Fanfiction GT é o crime
Em andamento
Capítulos 2
Palavras 1.770
Atualizada
Idioma Português
Categorias Fall Out Boy
Gêneros Aventura, Comédia
/CC/

>quarta-feira, 3 dias atrás
>seja eu
>era uma linda manhã
>tava indo pra faculdade
>caminhando de boas
>era a primeira vez que nao tava chegando atrasado
>to a 2 quadras da facul
>rua deserta
>vejo um cara suspeito caminhando na minha direção
>naquela região já teve varios assaltos
>e o assaltante tinha fama de matar a vitima
>"não vai dar nada, é só coisa da minha cabeça"
>estamos nos aproximando
>ele olha pros lados
>ele tava com as mãos nos bolsos do casaco
>cada vez mais perto
>estou a 2 metros dele
>ele passa por mim e nada acontece
>"ufa, essa foi tensa"
>de repente sinto um braço em volta do meu pescoço
>uma arma apontada na minha cabeça, proximo da orelha
>fico totalmente sem reação
>ele fala no meu ouvido:
>"passa a mochila e o celular que ta no teu bolso..."
>"...e sem gracinha, senão vou sujar a calçada com o teu sangue"
>meu coração fica acelerado, tento nao fazer nenhum movimento
>penso que, mesmo sem tentar reagir, ele pode me matar
>ele começa a me apressar, apertando a arma forte contra a minha cabeça
>eu tento pedir pra ele não me matar, falando que tinha filho
>mesmo eu nao tendo filho
>"to poco me fudendo comédia, aqui é o crime. te mato se eu quiser"
>o cara tava atras de mim, colado no meu corpo
>eu nao tinha como tirar a mochila sem fazer movimento brusco
>ele tava pedindo a mochila e eu nao conseguia tirar
>comecei a ficar apavorado e na hora nao tava pensando em mais nada
>aí eu falei a pior coisa que alguem pode dizer em um assalto
>"mano, nao me mata! se tu me deixar ir eu te ajudo no teu próximo assalto"
>aí ele saiu de tras de mim, ficou na minha frente apontando a arma pra mim
>"do que tu ta falando, parceiro? não preciso de ajuda não!"
>aí eu ja nem tava pensando direito mais e continuei falando
>"cara.. eu te ajudo! só não me mata, por favor! eu te ajudo a assaltar.."
>..eu distraio a pessoa quando ela passar e tu chega por trás e assalta ela!"
>o cara me olhou com cara de curioso, acho q ele gostou da ideia
>ele abaixou um pouco a arma e falou
>"beleza, entao comédia. mas se tu correr eu meto bala em ti.."
>"..e eu fico com a tua mochila até tu fazer a tua parte."
>aí eu fiquei em silencio olhando pra ele com o coração acelerado
>"o próximo que passar com celular na mao ou no bolso tu puxa papo.."
>"..e aí eu chego por tras e finalizo. tá fechado o esquema. é o crime."
>eu concordei e ele ficou parado na esquina, esperando
>eu tava ali, perto da esquina, só pensando no quanto isso ia dar merda
>eu me livrei do assalto, mas tomei no cu
>quando eu pensava em sair correndo, ele olhava pra mim e mostrava a arma na cintura
>eu tava nervoso, ja tava ali parado há uns 5 minutos
>de repente, chega um homem conversando no celular distraido
>o assaltante olha pra mim e balança a cabeça
>até o homem chegar perto de mim, foram os piores segundos da minha vida
>quando eu ia abordar o cara pra perguntar que horas eram
>eu ouvi um pouco da conversa dele no celular
>"..te amo muito também, filha! fica com deus.."
>fiquei com muita pena do cara, ele podia morrer hoje
>deixei o cara passar, nao tive coragem de falar com ele
> o assaltante veio puto pra cima de mim tirar satisfação
>"qualé comédia? tu esqueceu o que tu tem que fazer? isso aqui é o crime, rapá!"
>eu pensei em uma desculpa rapido e falei
>"quando ele tava passando eu vi que ele tava armado, podia ser perigoso"
>"mas pode deixar que o proximo a gente pega"
>o cara me olhou com cara de desconfiado e falou
>"pode crê então. eu sei que tu não vai amarelar denovo. é o crime."
>ele voltou pro lugar dele
>eu tava muito tenso, não sabia o que fazer
>eu so queria que passasse um policial ali agora, puta merda.
>fico esperando mais alguns minutos
>uma mulher aparece, ela tava com uma bolsa
>tenho que fazer isso, senão eu morro
>ela chega perto de mim
>eu peço licença e pergunto onde fica o hospital mais proximo
>ela começa a dar as instruções e o assaltante chega por tras
>ele segura ela igual ele me segurou e começa a ameaçar ela
>eu presencio tudo, o pavor dela, a frieza dele, a arma na cabeça dela
>eu fico sem reação, sinto minha respiração ofegante e um frio no corpo
>ele assalta ela e pede pra ela sair depois sem olhar pra tras
>acho que ele ia atirar nela quando ela tava de costas, pedi pra ele nao fazer isso
>falei que iria fazer barulho e que ia atrair atenção de pessoas
>ele olhou pra mim e concordou
>"pronto, cara! já fiz o prometido. Me deixa ir agora, por favor!.."
>"...não vou contar pra ninguem o que aconteceu aqui hoje, me deixa ir!"
>o cara deu uma risadinha e falou que gostou do esquema, disse que facilitou pra ele
>ele apontou a arma pra minha barriga e falou que eu ia ter que ajudar ele mais vezes
>"gostei de tu, tu tem coragem, muleke. vai ficar comigo aqui hoje..."
>"..vai me ajudar mais algumas vezes e depois te libero...ou tu prefere morrer?"
>quando ele falou isso eu senti uma dor no estomago fodida, vontade de vomitar
>tava passando mal, mas tive que aceitar senao ia morrer.
>"fechou então, parceiro. é o crime."
>a minha vida tava em jogo a cada segundo do lado desse cara, eu tava muito mal
>ele pediu pra gente mudar de rua, ja que a mulher ia ir na policia denunciar o assalto
>fomos pra uma rua que ficava a 1 quadra da faculdade
>ele ficou na esquina e eu na calçada, próximo da esquina
>esperei mais alguns minutos
>vejo ao longe um colega meu da facul vindo
>é o meu melhor amigo
>tento pensar em alguma coisa
>realizo que vou ajudar a assaltar meu melhor amigo
>nao posso permitir que isso aconteça
>penso em um plano que pode dar certo
>começo a ficar mais tranquilo
>ele se aproxima pra me cumprimentar
>ele ve o cara estranho na esquina e fala pra eu tomar cuidado
>eu falo no ouvido dele:
>"rapido, concorda com tudo que eu disser. o cara ta armado."
>ele fica meio sem entender
>eu chego pro assaltante e falo:
>"aí cara, esse aqui é um amigo meu e ele vai ajudar nóis aí hoje também"
>o assaltante me empurrou contra a parede
>começou a perguntar se eu tava zoando com a cara dele
>meu amigo entendeu o que tava acontecendo na mesma hora
>expliquei pro cara que ele era meu amigo e que com ele era mais facil fazer a parada
>o assaltante respirou fundo, olhou pro meu amigo, mostrou a arma e disse:
>"sem gracinha, comédia. aqui é o crime."
>o cara voltou pra esquina e ficou só eu e o meu amigo na calçada
>so que tinha um grande problema
>meu amigo é xanner pesadao d++, aquele filho da puta
>o cara tava se mijando de rir da situação, mesmo eu estando nervoso
>pedi pra ele parar que aquela porra era seria
>o filho da puta começou a se mijar de rir, e ficava repetindo toda hora:
>"é o crime"
>filho da puta, ia matar nos dois
>o assaltante veio tirar satisfação do porque ele tava rindo tanto
>meu amigo respondeu:
>"relaxa, é pra parecer natural e nao chamar atenção de quem vai passar"
>aí o assaltante ja tava ficando nervoso e mandou um ultimato:
>"próxima vez que eu voltar aqui, eu meto bala em vocês dois"
>o retardado do meu amigo mandou essa:
>"pode crê, é o crime."
>meu deus do ceu, o cara começou a falar igual o assaltante
>eu queria rir, mas tava nervoso demais
>nossas aulas ja tinham começado, e a gente ia ter que assaltar pessoas. puta merda.
>"porra, cara. para de fazer brincadeirinha. não tá vendo que a gente pode morrer?"
>"relaxa, junão. é o crime."
>queria meter um soco nesse filho da puta
>de repente chegam 2 senhoras de idade, pelo menos uns 70 anos cada uma
>o assaltante olha pra nós e pisca
>é agora, puta que pariu.
>meu amigo pediu pra relaxar e disse que tinha um plano
>eu nao confio nele, pq ele queria se churrascar faz tempo ja. Acho q ele ia fazer merda
>ele chegou pras senhoras e falou
>"bom dia, senhoritas. As moças têm planos para hoje à noite?"
>eu e as veia ficamo sem reação
>ele tava fazendo cara de safado e piscando pra elas, lambendo os lábios
>começou a fazer carinho nos proprios peitos e gemer
>as veia ficaram em estado de choque
>até o assaltante ficou parado lá olhando com a boca aberta
>as véia foram se afastando lentamente, ameaçando ligar pra policia
>meu amigo começou a bater na propria bunda, gritando "é o crime! é o crime!"
>ele tava parecendo um autista em níveis estratosféricos
>eu fiquei observando aquilo por alguns segundos, até que eu entendi o plano dele
>eu comecei a dançar funk, fazendo sarrada e passinho do romano
>começaram a aparecer pessoas em nossa volta, nos olhando com medo
>meu amigo começou a encoxar o poste e eu comecei a encoxar ele
>nós dois fazendo cara de autista e gritando:
>"não adianta, é o crime!"
>"é o crime mesmo"
>o assaltante ficou puto demais, olhando a multidao em volta da gente sem ter o que fazer
>ele saiu caminhando sem olhar pra tras
>as veia tavam tentando tirar algo da bolsa, acho que era spray de pimenta
>eu e meu amigo paramo de fingir ser autista, pq ja tavam até gravando a gente
>pedimos desculpa pras veia
>meu amigo ainda deu uma piscadinha pra uma delas, filho da puta
>ainda dava pra ir pra facul, mas foda-se
>fomos pra um bar ali perto comemorar que sobrevivemos
>bebemos pra caralho, bebemo de tudo, nos divertimos e tal
>ficamos umas 3 horas ali
>conta deu cara pra caralho
>hora de pagar, eu me ofereço pra pagar mesmo assim
>era o minimo q eu podia fazer, o cara me livrou da morte com um plano genial
>a gente se despede, ele vai embora
>eu vou pagar, começo a procurar minha carteira
>cadê minha carteira
>não creio nisso
>tento me lembrar o que houve
>puta que pariu
>cadê minha mochila
>lembro que o assaltante tava com a minha mochila
>e a carteira tava dentro da mochila
>tento negociar com o cara do bar pra pendurar na conta
>ele não aceita
>digo que vou buscar a grana em casa e ja volto
>ele não aceita
>digo que vou lavar a louça do cara pelo dia todo
>ele não aceita
>fudeu
>eu apalpo meus bolsos, lentamente, com esperanças de haver algo
>sinto meu celular
>penso em ligar pra alguem vir ali me ajudar a pagar
>sem bateria
>cara de tristeza absoluta
>realizo que terei que dar meu celular pra pagar a conta
>entrego meu celular, que custou uns R$600, pra pagar uma conta de R$160
>dono do bar deu um sorrisinho e me falou:
>"tá sem bateria né? e ja que tu não tem o carregador fecha por 160 mesmo"
>filho da puta
>voltei pra casa
>realizo que escapei de um assalto mas mesmo assim perdi a mochila, a carteira e o celular
>pelo menos eu enchi a cara
>vou dormir
>hoje
>ligo o pc
>meus amigos da facul compartilhando no face:
>"assaltante é preso próximo da faculdade após tentativas de assalto com arma de brinquedo"
>reconheci o cara
>arma de brinquedo
>filho da puta
>chamo meu amigo autista no inbox
>mostro a noticia pra ele
>não consigo parar de rir
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