Comandante
escrita por theresagray00![Fanfic / Fanfiction Comandante](https://static.spiritfanfiction.com/img/common/1.gif)
Capítulos 3
Palavras 3.293
Atualizada
Idioma Português
Categorias Histórias Originais
Gêneros Ação, Aventura, Drama / Tragédia, Ficção, Ficção Adolescente, Lírica / Poesia, Literatura Erótica, Policial, Romântico / Shoujo, Suspense, Terror e Horror
As luzes estavam todas acesas. A noite ainda demoraria pra chegar. Mas quando ele disse, senti meu corpo cansado como se estivesse acordada por 48 horas seguidas, percebi o álcool parar na garganta, e pedi mentalmente para desaparecer. Ir para outro lugar. Fugir.
Ele nunca sorria, no começo. Por vários momentos, pensei estar com o garoto mais infeliz que já conheci. Ele também usava óculos. Não eram óculos feios. Os aros pretos contrastavam com a pele clara e os olhos azuis de modo que fazia com que eu me pegasse olhando para ele e me imaginando em uma noite escura, com uma lua cheia enorme no céu, e suas mãos me guiando enquanto andamos na escuridão.
Tudo mudava quando ele sorria. Era o sorriso mais alegre do mundo. Fazia com que eu me sentisse sortuda e triste. Sortuda por tê-lo, triste por ele não ser o único ao qual eu dedicava os meus dias. Esse é o meu grande problema. Não posso deixar os meus garotos por um apenas. Mesmo que o sorriso daquele um fizesse com que tudo parecesse melhor, eu não poderia arriscar escolher o errado. Ficar sozinha.
Deitada agora na parte de trás da minha casa, ouvindo o som de alguém treinar na casa ao lado, eu olho a lua, e lembro do rosto calmo e pacífico. Lembro do sorriso que abre portas e lembro daquele dia. Daquele momento. Eu estava bem. Tudo estava bem.
Tínhamos acordado logo depois do meio dia. Era uma tarde ensolarada de um sábado de uma semana qualquer. Ele estava sentado na mesa, escrevendo uma das tantas teses que postava no jornal antes de tudo acontecer. Às vezes, eu parava o que estava fazendo para observar o modo como ele se concentrava na tela. Como os olhos azuis seguiam as letras. Então, enquanto estava lavando a louça, senti seus olhos em mim. Ele não sabia que eu percebia, e isso deixava tudo ainda melhor. Foi quando tudo aconteceu. Virei para ele, como ele sabia que eu faria, mas no momento em que nos tocamos, quando dei os passos que cobriam a distância até ele, foi quando aconteceu. Ele me segurou pelos pulsos e seus olhos vidraram os meus por sobre o aro do óculos.
Foi como estar na praia. Eu sentia calor. Aqueles olhos quase puderam me fazer sentir o mar tocando as pontinhas dos pés.
Foi quando ele disse. Eu ainda estava segura em suas mãos. Ainda estava remando nas marolinhas que os seus olhos proporcionavam. No momento em que as três palavras vieram, as três malditas palavras, eu senti a onda. Ela quebrou por cima de mim. A força da água era muita, e eu pequena, me afoguei no mar de azul dos olhos dele.
Ele nunca sorria, no começo. Por vários momentos, pensei estar com o garoto mais infeliz que já conheci. Ele também usava óculos. Não eram óculos feios. Os aros pretos contrastavam com a pele clara e os olhos azuis de modo que fazia com que eu me pegasse olhando para ele e me imaginando em uma noite escura, com uma lua cheia enorme no céu, e suas mãos me guiando enquanto andamos na escuridão.
Tudo mudava quando ele sorria. Era o sorriso mais alegre do mundo. Fazia com que eu me sentisse sortuda e triste. Sortuda por tê-lo, triste por ele não ser o único ao qual eu dedicava os meus dias. Esse é o meu grande problema. Não posso deixar os meus garotos por um apenas. Mesmo que o sorriso daquele um fizesse com que tudo parecesse melhor, eu não poderia arriscar escolher o errado. Ficar sozinha.
Deitada agora na parte de trás da minha casa, ouvindo o som de alguém treinar na casa ao lado, eu olho a lua, e lembro do rosto calmo e pacífico. Lembro do sorriso que abre portas e lembro daquele dia. Daquele momento. Eu estava bem. Tudo estava bem.
Tínhamos acordado logo depois do meio dia. Era uma tarde ensolarada de um sábado de uma semana qualquer. Ele estava sentado na mesa, escrevendo uma das tantas teses que postava no jornal antes de tudo acontecer. Às vezes, eu parava o que estava fazendo para observar o modo como ele se concentrava na tela. Como os olhos azuis seguiam as letras. Então, enquanto estava lavando a louça, senti seus olhos em mim. Ele não sabia que eu percebia, e isso deixava tudo ainda melhor. Foi quando tudo aconteceu. Virei para ele, como ele sabia que eu faria, mas no momento em que nos tocamos, quando dei os passos que cobriam a distância até ele, foi quando aconteceu. Ele me segurou pelos pulsos e seus olhos vidraram os meus por sobre o aro do óculos.
Foi como estar na praia. Eu sentia calor. Aqueles olhos quase puderam me fazer sentir o mar tocando as pontinhas dos pés.
Foi quando ele disse. Eu ainda estava segura em suas mãos. Ainda estava remando nas marolinhas que os seus olhos proporcionavam. No momento em que as três palavras vieram, as três malditas palavras, eu senti a onda. Ela quebrou por cima de mim. A força da água era muita, e eu pequena, me afoguei no mar de azul dos olhos dele.
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