Era questão de honra prendê-lo. Era mais que tudo, sua função o colocar atrás das grades e findar com aquele sorriso diabólico e debochado na carinha safada do Park.
Céus, ele só tinha que ser um bom policial. Profissional o suficiente para não cair na lábia sem vergonha e não deixar suas emoções e lembranças vividas com o outro aflorarem, não só a pele, como a merda de seu coração.
Era só prendê-lo, nada mais que isso.
Mas porque Park Jinyoung insistia tanto em o enlouquecer? Céus, ele era a lei e não o Park.
— É impossível esquecer isso, Im Jaebum, porque eu também te amo.
E de fato, era impossível se esquecer daquele sentimento, mesmo que viessem tentar sucumbí-lo. Era impossível, porque mesmo que o coração se calasse, os corpos a um mísero toque se comunicariam, pois era fato, que um único arrepio sofrido, tudo se tornaria a bagunça mais prazerosa já vivida.
Pertenciam-se um ao outro e não havia distância ou saudade que pudesse ser maior que a vontade de estarem perto do outro.
Eram ligados e sabe-se lá por quem ou o porquê.
Tinham aquela maldita linguagem… aquela linguagem dos corpos, que em um simples encostar, tudo ia para o espaço.
Jinyoung sentiu o coração bater rápido com a declaração, não contendo as pequenas lágrimas que insistiam em cair. No fundo ele sabia, de alguma forma, Jaebum lembrava de si e com toda certeza, ele teria muita mais tempo para lembrar de tudo. Porque no fim, Park Jinyoung era aquele pedaço da história do Im, que precisava ser encaixado em sua vida. Aquele que fazia sentido, que funcionava como um combustível.
No real fim, ou começo… Jinyoung era tudo do Im, antes do primeiro flash…
Jinyoung era seu primeiro amor e nem a falta de lembranças mudariam aquilo.
"— Lembra quando você fez dezesseis anos e me pediu pra te beijar? Você disse que queria que eu fosse o primeiro… — Jinyoung encarou o mais velho, sentindo o poder de cada palavra sussurrada. Engoliu seco com o andar da conversa. — Eu sempre fui o primeiro em tudo? Tudo mesmo?
E céus Jaebum, nós éramos bagunça pura da forma mais insana possível. Você era faísca e eu a gasolina. Juntos colocávamos fogo de modo que só nós sabíamos apagar.
E aquele fogo nos queimava de um jeito arrebatador. Nossos corpos sincronizados, como duas peças que se encaixavam perfeitamente.
Olha, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu tento entender eles, mas os dois nunca colaboram comigo.
Sempre ficam fazendo esses joguinhos de...como se chama mesmo?
Ah sim, c* doce!
Deus, eu só queria ser um fujoshi, trabalhado na paciência, mas sabe quando o OTP não colabora colaborando?
Então!
Ela diz que ternos não lhe favorecem Que te prefere de calça jeans rasgada e jaqueta de couro. Como um bom Bad Boy para apresentar às amigas.
Como seu secretário e convivendo mais de 12 horas contigo, te ver de terno me satisfaz. Te ver de suspensório me excita. Talvez ela não saiba aproveitar as boas chances que um terno pode nos dar, não é mesmo Senhor Im?
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