O queixo da psicóloga caiu, tamanho choque que sentiu ao ouvir as palavras de Fushiguro.
— Quando eu penso que nada mais vindo de ti pode me surpreender, você me aparece com essa, Megumi — disse incrédula.
Afinal, quantas vezes na vida ouviria um paciente contar sobre como reagiu a um assalto beijando o bandido e, no fim, ainda pegando o número dele?
Megumi Fushiguro por muito tempo teve apenas sua mãe consigo, então ficou feliz quando ela anunciou estar namorando. Seu parceiro era um homem bom e extremamente bem-sucedido que só trazia um pequeno probleminha: era pai de gêmeos, Itadori e Sukuna. E talvez nem fosse de fato um problema, caso os irmãos não tivessem dispostos a criar um segredinho com Fushiguro.
A pior parte de quando chegava o fim de ano era, para Fushiguro, ter que ir às confraternizações que seu pai adotivo, Gojo, era convidado. E, acreditem, eram muitas. Era estressante e sem graça quando você não bebia, comia carne ou dançava forró adoidado quando já não estava mais em pleno estado de sobriedade. Mas talvez, só talvez, após perder as esperanças depois de horas comendo farofa e pão de alho com coca-cola, o filho de um convidado recém-chegado despertasse seu interesse.
Yuji Itadori tinha, junto com suas duas amigas, Nobara e Maki, uma conta no twitter onde, a pedidos via dm, o trio seguia os crushs de seus mutuals. Tal conta era voltada somente para as pessoas do campus no qual faziam faculdade e, certo dia, acabaram por receber uma mensagem de alguém pedindo para seguirem Megumi Fushiguro, seu melhor amigo e garoto por quem era apaixonado.
E, como o bom exagerado que era, é claro que Itadori acabou surtando na conta e seus tweets chamaram a atenção de ninguém menos que o próprio Fushiguro.
O que Yuji Itadori não pode conseguir com sua personalidade magnânima?
O que Satoru Gojo poderia tratar com seriedade?
Em suas linhas de raciocínio a resposta era óbvia
Nada!
Eles podem ser impiedosos de suas diferentes e infâmias maneiras, mas em algum momento se veriam encurralados entre algo que não poderiam simplesmente resolver ou descartar como um pedaço de papel amassado.
Por que?
Porque Megumi não conseguia calcular as ações do Sukuna.
Sukuna não conseguia manipular Megumi.
Itadori não conseguia Gojo para si.
E Gojo não conseguia tratar Yuji com indiferença.
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* Os personagens são maiores de idade ( só frisando)
Fushiguro Megumi tinha um segredo que guardava à sete chaves. No seu tempo livre ele gostava de escrever - nada como romances ou qualquer outra coisa do tipo. Oh, não. Fushiguro gostava de escrever contos eróticos. E ninguém precisava saber disso, ele não se importava, de verdade.
Isso até o dia em que o caderno onde ele escrevia os seus contos desapareceu.
Imagine a sua surpresa ao vê-lo nas mãos de Ryomen Sukuna, o bastardo mais popular da escola e a pessoa que era, na verdade, o irmão de Itadori Yuji, o personagem principal das suas histórias.
Existem duas leis universais e imutáveis. A primeira na qual todos conhecem desde o ensino médio: Sukuna colecionava uma lista imensurável de amantes. A segunda, Sukuna despreza parceiros pegajosos, entretanto o inferno explode quando Megumi Fushiguro se apresenta como um ômega.
Que Sukuna era uma maldição de muitos mistérios, todos sabiam. Tanto em questões simples, quanto em seus segredos, mas nem Megumi esperava que de uma ideia de Nobara, Ryomen teria prazer (ou melhor, fetiche) em saias e uma tiara, rosa pastel e adorável, de gatinho.
Onde Itadori cria um grupo no whatsaap e adiciona todos os seus amigos e inclusive, inimigos. Lá eles podem esquecer dos problemas reais e conviver virtualmente como pessoas "normais".
Sukuna se encontrava entediado, então pensou em fazer uma brincadeira com o pai do namorado, só não pensou que depois disso iria ser odiado eternamente pelo sogro.
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