O peso da consciência
escrita por 0003009ec0b6538da34dceb459a6fdConcluído
Capítulos 1
Palavras 56
Atualizada
Idioma Português
Categorias Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais
Gêneros Ficção, Mistério, Policial
O tribunal estava em silêncio. Todos os olhos estavam fixos no réu, um jovem de aparência frágil, mas com uma mente brilhante, acusado de ter assassinado sua própria colega de faculdade. O promotor Jack McCoy sabia que este não seria um caso fácil. As evidências eram claras, mas havia algo mais profundo ali, uma questão moral que o incomodava desde o início.
Serena Southerlyn, sua parceira, caminhou ao lado de Jack enquanto saíam do tribunal após a primeira audiência. Ela estava visivelmente perturbada com o caso.
— Jack, você acredita mesmo que ele sabia o que estava fazendo? — perguntou ela, com o olhar distante.
— Ele é um gênio, Serena — respondeu Jack, franzindo o cenho. — Não há dúvida de que ele compreendia as consequências dos seus atos. A questão é: ele se importava?
O caso girava em torno de uma tese complexa. O réu, David Welling, tinha um QI excepcionalmente alto, mas também exibia sinais de psicopatia. Durante o julgamento, sua defesa argumentava que, embora ele soubesse que matar era errado, sua incapacidade de sentir empatia e remorso fazia com que ele não pudesse ser considerado totalmente responsável por seus atos.
Na sala de interrogatório, o detetive Ed Green discutia com seu parceiro, Lennie Briscoe.
— Não consigo acreditar que eles realmente vão usar essa defesa. Ele é um assassino a sangue frio — resmungou Green, batendo com a mão na mesa.
— É, mas a lei não lida com o que achamos, e sim com o que podemos provar — respondeu Briscoe, com o olhar cansado. Ele havia visto muitos casos assim antes, mas algo nesse jovem o perturbava. A frieza de David, sua total indiferença diante do sofrimento que havia causado, o lembrava de outros assassinos com os quais lidou durante os anos, mas nenhum tão jovem.
Enquanto o caso avançava, McCoy enfrentava uma batalha difícil. A defesa não só pintava David como uma vítima de sua própria mente brilhante, mas também questionava as falhas do sistema em identificar e tratar jovens com essas condições. Isso gerava uma dúvida no júri: David era um monstro ou apenas uma vítima das circunstâncias?
Nos bastidores do tribunal, Jack começou a questionar sua própria posição. Ele sempre acreditara na justiça implacável da lei, mas algo nesse caso o fazia refletir sobre as complexidades da mente humana. Como a sociedade deveria lidar com alguém que, embora capaz de distinguir o certo do errado, era incapaz de sentir qualquer responsabilidade emocional por seus atos?
Na última audiência, McCoy fez seu argumento final com uma intensidade que raramente exibia. Ele sabia que, independentemente do veredicto, aquele caso o marcaria para sempre.
— O que está em julgamento aqui não é a inteligência de David Welling, nem a complexidade de sua mente. O que está em julgamento é a capacidade de um ser humano de destruir outra vida e, ao mesmo tempo, permanecer indiferente. A lei existe para proteger as vítimas, não os predadores — disse ele, sua voz ecoando pelo tribunal.
O veredicto foi lido em silêncio mortal. Culpado.
David não esboçou nenhuma reação, apenas olhou para frente, com a mesma indiferença de sempre. Quando foi levado para fora do tribunal, Jack o observou por um momento, sentindo uma estranha mistura de alívio e desconforto.
Serena se aproximou.
— Você fez o que era certo, Jack.
Ele assentiu, mas uma sombra de dúvida permanecia em seu olhar.
— Talvez... murmurou ele. Mas às vezes, o que é certo ainda não é suficiente.
E assim, mais um caso foi fechado em Nova York, mas o peso da consciência, tanto dos advogados quanto do réu, continuaria a assombrá-los.
Serena Southerlyn, sua parceira, caminhou ao lado de Jack enquanto saíam do tribunal após a primeira audiência. Ela estava visivelmente perturbada com o caso.
— Jack, você acredita mesmo que ele sabia o que estava fazendo? — perguntou ela, com o olhar distante.
— Ele é um gênio, Serena — respondeu Jack, franzindo o cenho. — Não há dúvida de que ele compreendia as consequências dos seus atos. A questão é: ele se importava?
O caso girava em torno de uma tese complexa. O réu, David Welling, tinha um QI excepcionalmente alto, mas também exibia sinais de psicopatia. Durante o julgamento, sua defesa argumentava que, embora ele soubesse que matar era errado, sua incapacidade de sentir empatia e remorso fazia com que ele não pudesse ser considerado totalmente responsável por seus atos.
Na sala de interrogatório, o detetive Ed Green discutia com seu parceiro, Lennie Briscoe.
— Não consigo acreditar que eles realmente vão usar essa defesa. Ele é um assassino a sangue frio — resmungou Green, batendo com a mão na mesa.
— É, mas a lei não lida com o que achamos, e sim com o que podemos provar — respondeu Briscoe, com o olhar cansado. Ele havia visto muitos casos assim antes, mas algo nesse jovem o perturbava. A frieza de David, sua total indiferença diante do sofrimento que havia causado, o lembrava de outros assassinos com os quais lidou durante os anos, mas nenhum tão jovem.
Enquanto o caso avançava, McCoy enfrentava uma batalha difícil. A defesa não só pintava David como uma vítima de sua própria mente brilhante, mas também questionava as falhas do sistema em identificar e tratar jovens com essas condições. Isso gerava uma dúvida no júri: David era um monstro ou apenas uma vítima das circunstâncias?
Nos bastidores do tribunal, Jack começou a questionar sua própria posição. Ele sempre acreditara na justiça implacável da lei, mas algo nesse caso o fazia refletir sobre as complexidades da mente humana. Como a sociedade deveria lidar com alguém que, embora capaz de distinguir o certo do errado, era incapaz de sentir qualquer responsabilidade emocional por seus atos?
Na última audiência, McCoy fez seu argumento final com uma intensidade que raramente exibia. Ele sabia que, independentemente do veredicto, aquele caso o marcaria para sempre.
— O que está em julgamento aqui não é a inteligência de David Welling, nem a complexidade de sua mente. O que está em julgamento é a capacidade de um ser humano de destruir outra vida e, ao mesmo tempo, permanecer indiferente. A lei existe para proteger as vítimas, não os predadores — disse ele, sua voz ecoando pelo tribunal.
O veredicto foi lido em silêncio mortal. Culpado.
David não esboçou nenhuma reação, apenas olhou para frente, com a mesma indiferença de sempre. Quando foi levado para fora do tribunal, Jack o observou por um momento, sentindo uma estranha mistura de alívio e desconforto.
Serena se aproximou.
— Você fez o que era certo, Jack.
Ele assentiu, mas uma sombra de dúvida permanecia em seu olhar.
— Talvez... murmurou ele. Mas às vezes, o que é certo ainda não é suficiente.
E assim, mais um caso foi fechado em Nova York, mas o peso da consciência, tanto dos advogados quanto do réu, continuaria a assombrá-los.
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