Mad Hatter
escrita por alphacorniosEm andamento
Capítulos 1
Palavras 568
Atualizada
Idioma Português
Categorias Melanie Martinez
Gêneros Ação, Comédia, Ficção Adolescente, Mistério, Suspense, Terror e Horror
Minha realidade sempre foi diferente da das outras pessoas. Elas não me entendiam. Ninguém nunca me entendeu de verdade. Era difícil ser alguem diferente, sempre será. As pessoas nunca estão preparadas para mudanças, por mais que digam que são modernas, elas não aceitam o que é diferente. Porque o estranho, é desconhecido, e o desconhecido não pode ser controlado. Eu não podia. Era livre. Sempre tive esse espírito sonhador. A síndrome da Alice. Eu queria que existisse um país das maravilhas no mundo real, mas aparentemente a vida não é uma fábrica de realização desejos. Eu tinha que viver naquele mundo podre, e vazio. Com gente que só se importava com o próprio umbigo. Eu não queria ser normal. Existia uma certa dádiva em ser diferente. Eu me orgulhava daquilo. Quando eu ainda era uma criança, as outras da minha idade brincavam com bonecas, sonhavam com o príncipe encantado e com dia do casamento. Mas eu não. Eu era aquela menina que sempre ficava afastada do restante. Perdida no meu próprio universo. Depois de um tempo eu parei de esperar meu herói. Ele nunca veio. Ninguém iria me salvar. Não podiam. Porque o meu maior inimigo era, eu mesma. Ir para a faculdade, casar, ter filhos. Essa ideia nunca me foi atraente. Eu queria o mundo. Eu queria tudo, o pouco não era o suficiente. Nunca vai ser. Principalmente agora, que eu experimentei de verdade o que é sentir o coração bater dentro do meu peito. Agora que eu sinto o frio na barriga depois de fazer algo errado. Eu finalmente me sinto viva. Criei meu próprio país das maravilhas, ele vem junto com a noite. Essa sou eu. Eu sou duas faces de uma mesma moeda. Durante o dia eu experimento o verdadeiro inferno do mundo real. Só a noite meus demônios se libertam. É quando eu estou no paraíso. Algumas pessoas costumam dizer que eu sou louca. E sabe por que dizem isso? Porque me conhecem bem.
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