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Se podia existir amor entre um vampiro e um humano?

É claro que sim.

Mas que infeliz amor este é.

O vampiro está preso a um ser mortal, e, além de assisti-lo morrer lentamente todos os dias, ele mesmo é um fator determinante para a morte do tal, ao consumir seu sangue continuamente. Presos num laço tóxico e doentio, eles se amam na dor. Eles, no fundo, sentem que aquilo só tem um fim, e este fim é trágico e inevitável. Ambos se perdem, tentando adaptar suas naturezas. Holmes não pode amar Watson ardentemente, da forma que tanto deseja, mas precisa limitar-se, pois John Watson nunca aguentará sua força tamanha. John aceita que nunca será amado de verdade, porque a pessoa que ele mais ama, no fundo, deseja mais o seu sangue do que o seu afeto. Ele precisa aceitar que é bom sofrer para dar amor. Ele precisa aceitar que nunca mais vai sentir calor e que a frieza do coração de seu marido é algo que vem por natureza. Ele precisa aceitar que não pode mais viver para si, mas sim, ele vai viver para Sherlock Holmes. Está preso a ele, o resto de sua vida. Já Holmes, está preso a ele, até sua morte, e poderá continuar a vida tranquilamente depois disso. As lembranças de John Watson sempre estarão com ele, e ele não terá sossego. Durante toda a eternidade, ele se lembrará do amor de sua vida, John Watson, e também se lembrará que, infelizmente, ele era um mortal e não pôde compartilhar da eternidade com ele. E John vai aceitar todas as suas mentiras, John vai aceitar todos os seus erros, porque ele não tem outra alternativa. O vínculo de sangue os torna coexistentes. John Watson precisa de Sherlock Holmes. Sherlock Holmes precisa de John Watson. O sangue de John clamava por Sherlock, e ele habitava num abismo de sofrimento quando o mesmo não estava presente. Ele até mesmo praticava automutilação para atrair Sherlock quando este estava longe. E Sherlock vinha correndo, como um predador, enfim tendo percebido que sua presa cometeu um erro. Ele imediatamente chegava, e ambos se sentiam completos. Nada os saciava. Nada era suficiente. Somente um supria o outro.

Mas que infeliz este amor é.

AVISOS: Não haverá romantização. Relação tóxica. Cenas de violência, abuso e tortura. Sangue será um elemento muito presente. Muito conteúdo sexual explícito, e nem todos serão agradáveis. Ofensas diretas à igreja católica. Final satisfatório e aliviante, então, não se desespere.

Sherlock estava em uma crise por ser, infelizmente, um humano, com estímulos, instintos e desejos. Seu ponto mais fraco foi atingido. Sua dor foi ativada e efetivada. Ele precisava daquilo, e alimentava a ideia de que era para um caso. Sim… Um caso. Esse caso tinha por nome: O fatídico trajeto de Sherlock Holmes sobre o corpo de John Watson.

E ele seria muito rude quanto à esse caso.

<<Parte V das Oneshots sequenciais de Granada Holmes (Anterior: Ammonia Scandal)>>

"Ammonia Scandal" é um caso de Sherlock Holmes, cujo ele me deixou falar, em detalhes, de acordo com a problemática criada na etapa anterior desta saga. Nesta, Sherlock Holmes e seu parceiro fiel, John Watson, embarcam em uma aventura misteriosa e cheia de nuances sobre uma criada que morreu misteriosamente, sem nenhum sinal de agressão ou luta, enquanto trabalhava na mansão da família Bagwell. A polícia de Nova York jura de pés juntos que foi morte natural, mas Sherlock, é claro, tinha toda a certeza que aquilo se tratava um assassinato. Um dos mais geniais possíveis.

<<Parte IV das Oneshots sequenciais de Granada Holmes (Anterior: Rude, Gorgeous and Sweet)>>

O Sherlock me obrigou a isso, então, eu estou aqui continuando a narrar o que aconteceu, afinal, se ele me permite, eu preciso entregar-vos tal honra de apreciar essa história tão improvável e excitante de se acompanhar. Eles estão em Nova York. Sherlock quer resolver um caso, até que encontra um escândalo com amônia, mas... Um escândalo pendente que ele precisa resolver está dormindo junto dele na cama.

John Watson, inteiro e íntegro.

<<Parte III das Oneshots sequenciais de Granada Holmes (Anterior: Elementary II)>>

Uma bela continuação de Elementary, pois, Sherlock me permitiu contar o que mais ele e seu companheiro Watson vivenciaram após tantas oscilações em seu laço.

Sherlock não sentia mais tanto medo de amar John Watson.

<<Parte II das Oneshots sequenciais de Granada Holmes (Anterior: Elementary)>>

Mas por quê? Por que o grandioso Sherlock estava se sentindo tão melancólico? Por que o dia parecia tão triste?

Ele estava com medo dos próprios sentimentos.

Aquele não era o lugar para ele.

<<Parte I das Oneshots sequenciais de Granada Holmes>>

Era aniversário de Sherlock. Sherlock comumente odiava qualquer mudança na rotina só por causa da data, afinal...

"Não acho uma data necessariamente importante, afinal, é só o dia que eu nasci. O que fiz de tão interessante? Chorei, esperneei e fiquei esbanjando um cheiro fetal horrível enquanto era amamentado pela minha mãe. Isso é terrível."

Mesmo assim, John tirou o dia para agradar o rapaz. Eles estavam jogando xadrez há bons minutos naquela noite, e, claro, Sherlock ganhava todas as partidas e ousava dizer como John era previsível. Apesar disso, John estava agindo diferente. Ele não se incomodava com as piadas de Sherlock. Na verdade, ele estava observando-o com interesse. Todos os seus gestos, toda sua forma de agir, sua proteção, seus ciúmes... Até mesmo sua inteligência...

Sherlock sempre tentava surpreender John, e John percebeu isso.

Era uma tarde fresca de terça-feira.

John, um pobre baixinho que sofre bullying durante toda sua faculdade de medicina gerado pelos outros garotos e costumeiramente, um rapaz pálido que cursava química.

Naquela tarde, Sally e Greg decidiram roubar as provas de matemática e jogar a culpa no louro. Se o rapaz pálido não tivesse interferido, provavelmente teria sido expulso.

Entretanto, algumas coisas seriam revelada naquela tarde de terça-feira.

- Beije a pessoa mais bonita da casa, Sherlock.

Os olhos do cacheado foram diretamente em direção a Molly, que quando percebeu ficou vermelha e com um sorriso bobo nos lábios.

- Molly?

- Sim?

- Saia da frente, o John está atrás de você.

Sherlock cedeu aos prazeres humanos quando se deitou com Irene Adler após um caso, foi bom e logo acabou. O detetive seguiu sua vida normalmente, mas o que ele não esperava era acordar em uma noite chuvosa pelo choro de um bebê recém nascido deixado na sua porta. No bilhete, grudado no macacão azul da criança, Irene dizia que não nasceu para ser uma mãe e brincar de casinha com Sherlock, por isso a responsabilidade daquele bebê agora era só sua.

Sherlock Holmes acabou de se tornar pai.

E na primeira consulta médica do seu filho, ele conhece o pediatra John Watson, pai da encantadora Rosamund.