Fanfics de Sherlock - Tag One-shot sem o personagem Charles Augustus Magnussen

— Oh, John! Está tudo bem?

Não era difícil de perceber que andava avoado, pelo jeito. Dessa vez, havia sido Sra. Hudson quem o trouxe de volta a realidade.

— Claro, claro, só estava pensando. A comida está ótima, Sra. Hudson.

— Ah, querido, não...

— Obrigado, John.

Sherlock passou por trás de si rapidamente, segurando Rosie em seu colo e indo em direção ao fogão ligado, parecia anormalmente doméstico.

Talvez ele realmente estivesse enlouquecendo.

“O único detetive consultor do mundo, Sherlock Holmes, foi avistado visitando seu colega Dr. John Watson no pronto-socorro em que trabalha segurando a filha inquieta do doutor e de sua falecida esposa no colo. Aparentemente, o detetive estava preocupado com o choro excessivo da criança. (...)”

Após longos dois anos, suprimindo e escondendo seus desejos pela bela e forte agente Amber Smith, Sherlock se permite entregar-se aos prazeres nunca antes explorados pelo mesmo em uma noite chuvosa.


"-Você pensou mesmo que eu resistiria a tudo isso? – dizia me fitando seriamente, com a voz rouca e extremamente sexy enquanto uma de suas grandes mãos apertava uma de minhas coxas e a outra segurava minha nuca para não perdemos contato visual. Eu acabei arfando em satisfação.

-Honestamente, Sherlock Holmes? Deduzi que sim. – eu pretendia elaborar uma espécie de teoria para provocá-lo, mas foi o que consegui formular enquanto sentia a mão que antes estava na minha coxa, subindo a barra do meu vestido sem pressa, explorando mais da pele exposta e aproximou-se do meu ouvido, sussurrando doce:

-Como sempre, Amber Smith, sua dedução está errada – foi o que eu ouvi antes dele me levantar com apenas uma mão e me sentar no balcão e em seguida me beijar com tanta vontade quanto eu tinha.

— Meu irmão era o que eu posso chamar de comum quando criança, o que claramente o fazia infinitamente mais emotivo. Com isso em mente devo dizer que ele chorou até não possuir mais lágrimas ao notar que mesmo tendo entregue convites escritos com difíceis letras cursivas ninguém havia aparecido. A festa de dar pena acabou em um desastre, caso ainda não tenha conseguido imaginar a situação. – Mycroft olhava para o chão da sala como quem não está na mesma realidade que os demais, mal piscando seus olhos. — Enfim, – Finalmente olhou para John, sorrindo. — não recomendo que faça uma festa surpresa, já que além de o trazer memórias desagradáveis de infância ele possivelmente irá descobrir seu plano. Apenas compre um bolo, afinal, ele ainda gosta de doces.

— Acho que podemos faze-lo gostar de festas, não? – John disse com um sorriso tão animado quanto o da criança em seu colo, tanto otimismo deixava o irmão mais velho do detetive desconfortável até fisicamente.

— Por favor, titio, precisamos da sua ajuda!

Mycroft, mesmo sendo quem ele era, não conseguiria negar algo para uma criança tão determinada quanto Rosamund.

— O que DIABOS você tem na cabeça? Eu não posso te deixar sozinho por dez minutos, DEZ MINUTOS!

Como Sherlock acabou nessa situação? Bem...começando do começo, havia tido a grandíssima sorte de ser apunhalado durante um caso, não era a primeira vez que havia sido ferido e muito menos a última, porém John tem tendências a fazer drama demais em quaisquer situação.

— Sherlock, acho que... Você errou. — Sra. Hudson falou com um pouco de receio da reação de Holmes. — Na verdade, existe uma organização falsa para afastar...

Ele sequer prestava atenção. Olhava pro nada atentamente e estava em estado de choque. ‘’Como assim eu errei? Impossível.’’, refletia. Demorou alguns segundos para que percebesse que Watson chamava pelo seu nome.

— Desculpe, mas acho que esse jogo tem alguns defeitos. — O detetive encarou Sra. Hudson. — A senhora pode escolher outro desafio e jogamos outra vez...

— Sherlock, é contra as regras do jogo a vítima ser o culpado, por favor. — John explicou seriamente.

— Eu não quero mais jogar esse jogo estúpido. — Falou melancolicamente, igualzinho a uma criança mimada e birrenta. Sentou-se em sua cadeira e pôs a mão na testa.

— Olha Sherlock, a verdade é que... é que eu... — John respirou fundo antes de levantar a cabeça me encarar — eu sempre fui apaixonado por você. Desde o primeiro dia, alguma coisa em você... eu não sei! Eu nunca fui gay, tentei me convencer disso todos os dias desde que te conheci, mas a questão não é eu ser gay ou não, Sherlock. A questão é que VOCÊ me fez sentir assim, não homens em geral. Só você.

A requisitada continuação da one shot Blame the Alcohol. SE AINDA NÃO LEU A PRIMEIRA PARTE, LEIA!

— Eu vou enlouquecer sem você aqui...
— É claro que não! — o loiro se aproximou, posicionando sua mão no meu joelho. — Você viveu a vida toda sozinho Sherlock, por que agora parece tão impossível?
— Porque agora eu tenho você, John — disse.

— O amor, por falta de uma expressão mais específica, é um caso que falhei em decifrar, e decidi não jogar nunca mais. Considero você um obstáculo, que, mesmo depois tudo que passamos, você continua a me incentivar a te resolver. John, você é um caso meu; um dos mais difíceis que já enfrentei. E vou continuar tentando te decifrar, Dr. Watson. — Falou, sem perceber que isso foi a coisa mais romântica que poderia sair da boca de alguém como ele.

Olhou uma última vez os olhos verdes, cheios de expectativa. Sorriu e voltou para a tabela, tentando lembrar da sequência que tinha visto uma vez no Facebook. Pegou uma caneta e logo a mão do moreno, escrevendo ali os nomes dos elementos. O coração estava a mil por hora.

JohnLock // Fluffy