Os Segredos do Universo
escrita por JoyerEm andamento
Capítulos 1
Palavras 10.434
Atualizada
Idioma Português
Categorias The 100
Gêneros Drama / Tragédia, Ficção Adolescente, LGBTQIAPN+
Essa não é uma história original, é uma adaptação do livro Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo, havia uma fic adaptada desse livro nesse site antes mas não está mais aqui, não sei se foi retirada por violação de direitos autorais ou se a autora apagou e talvez eu esteja correndo o mesmo risco da minha conta ser punida ao adaptar esse livro tbm mas vcs precisam ler.
trecho da história
CERTA NOITE DE VERÃO, CAÍ NO SONO DESEJANDO que o mundo fosse diferente
quando eu acordasse. Quando abri os olhos de manhã, estava tudo igual. Afastei os lençóis e
permaneci deitada, enquanto o calor entrava pela janela aberta.
Estendi o braço para sintonizar o rádio. Tocava “Alone”. Droga. “Alone”, de uma banda chamada Heart. Não era minha música favorita. Não era minha banda favorita. Não era meu assunto favorito.
“Você não sabe quanto tempo…”
Eu tinha quinze anos.
Estava entediada.
Estava infeliz.
Por mim, o sol poderia ter derretido todo o azul do céu. Aí o céu seria tão infeliz quanto eu.
O locutor dizia coisas irritantes e óbvias, como “É verão! Faz calor lá fora!”, para depois chamar a vinheta antiga do Cavaleiro Solitário; ele gostava de tocar aquilo todas as manhãs, achava que era um bom jeito de acordar o mundo. “Aiô, Silver!” Quem contratou esse cara? Ele era péssimo. Acho que pensava que, ao escutarmos a abertura da ópera Guilherme Tell, imaginaríamos o Cavaleiro Solitário e o Tonto cavalgando pelo deserto. Talvez alguém devesse dizer àquele cara que já não tínhamos mais dez anos. “Aiô, Silver!” Droga. A voz dele preencheu de novo o ar: “Hora de acordar, El Paso!
Segunda-feira, 15 de junho de 1987! 1987! Dá pra acreditar? Um grande ‘feliz aniversário’ a Waylon Jennings, que completa cinquenta anos hoje!”. Waylon Jennings? Aquilo era uma estação de rock, caramba! Mas o que o locutor disse em seguida deu a impressão de que talvez tivesse cérebro. Ele contou como Waylon Jennings tinha sobrevivido ao acidente de avião que matara Buddy Holly e Richie Valens, em 1959. Para finalizar o comentário, tocou a versão de “La bamba” de Los Lobos.
“La bamba.” Era tolerável.
Comecei a batucar o chão de madeira com os pés descalços. Enquanto balançava a cabeça no
ritmo da música, imaginava o que Richie Valens teria pensado antes de o avião se espatifar no chão.
Ei, Buddy!
Acabou a música.
A música acabou tão cedo. A música acabou quando mal tinha começado. Era muito triste.
trecho da história
CERTA NOITE DE VERÃO, CAÍ NO SONO DESEJANDO que o mundo fosse diferente
quando eu acordasse. Quando abri os olhos de manhã, estava tudo igual. Afastei os lençóis e
permaneci deitada, enquanto o calor entrava pela janela aberta.
Estendi o braço para sintonizar o rádio. Tocava “Alone”. Droga. “Alone”, de uma banda chamada Heart. Não era minha música favorita. Não era minha banda favorita. Não era meu assunto favorito.
“Você não sabe quanto tempo…”
Eu tinha quinze anos.
Estava entediada.
Estava infeliz.
Por mim, o sol poderia ter derretido todo o azul do céu. Aí o céu seria tão infeliz quanto eu.
O locutor dizia coisas irritantes e óbvias, como “É verão! Faz calor lá fora!”, para depois chamar a vinheta antiga do Cavaleiro Solitário; ele gostava de tocar aquilo todas as manhãs, achava que era um bom jeito de acordar o mundo. “Aiô, Silver!” Quem contratou esse cara? Ele era péssimo. Acho que pensava que, ao escutarmos a abertura da ópera Guilherme Tell, imaginaríamos o Cavaleiro Solitário e o Tonto cavalgando pelo deserto. Talvez alguém devesse dizer àquele cara que já não tínhamos mais dez anos. “Aiô, Silver!” Droga. A voz dele preencheu de novo o ar: “Hora de acordar, El Paso!
Segunda-feira, 15 de junho de 1987! 1987! Dá pra acreditar? Um grande ‘feliz aniversário’ a Waylon Jennings, que completa cinquenta anos hoje!”. Waylon Jennings? Aquilo era uma estação de rock, caramba! Mas o que o locutor disse em seguida deu a impressão de que talvez tivesse cérebro. Ele contou como Waylon Jennings tinha sobrevivido ao acidente de avião que matara Buddy Holly e Richie Valens, em 1959. Para finalizar o comentário, tocou a versão de “La bamba” de Los Lobos.
“La bamba.” Era tolerável.
Comecei a batucar o chão de madeira com os pés descalços. Enquanto balançava a cabeça no
ritmo da música, imaginava o que Richie Valens teria pensado antes de o avião se espatifar no chão.
Ei, Buddy!
Acabou a música.
A música acabou tão cedo. A música acabou quando mal tinha começado. Era muito triste.
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