Fanfics de VERIVERY (VRVR) - Tag Verrernation sem o gênero Soneto

No tedioso remanso de um sábado à noite, lá pelo mês de agosto do ano de 1986, dois jovens de realidades distintas se encontram. Não sabem muita coisa um sobre o outro, tampouco como explicar todas as questões que separam o real do imaginário, no entanto, optam por apenas aproveitar o que o universo lhes ofereceu, ao som de bons discos de vinil e sob as luzes coloridas de uma pista de patinação.

Assim, descobrem que o extraordinário às vezes se esconde entre a calmaria de um sábado e os raios de sol de uma manhã de domingo.

Hoyoung é empregado de uma das famílias mais abastadas do reino, sempre sofrendo ameaças e repreensões por seu trabalho. Cansado, assim que ele escuta a notícia de que o rei e a rainha estavam promovendo um baile para encontrar um par para seu filho, o príncipe Dongheon, ele sabe que essa é sua única chance de mudar de vida.

Ao transformar a antiga casa dos pais em uma república, Gyehyeon não imaginava que teria companheiros tão excêntricos vivendo com ele. Muito menos que se sentiria levemente incomodado após o garoto por quem era apaixonado estar ali, morando sob o mesmo teto.

Ele sempre o ouvia compor. Às vezes Minchan ficava horas trancado no quarto, apenas na companhia do violão. Ele também não gostava de ser interrompido, mas, somente daquela vez, Gyehyeon torcia para o namorado entender que ele estava carente demais para ficar sozinho.

Ao abrir os olhos, Kangmin levou um tempo para lembrar-se de que mais um ano havia se passado desde seu nascimento. Provavelmente o dia seria longo, mas antes de iniciá-lo, o Yoo tinha desejos para fazer e muito o que agradecer.

Um guarda-chuva pode não ser somente um guarda-chuva. Pode ser sinônimo de proteção, de aconchego, de boas ou más lembranças. E aquele guarda-chuva roxo em questão era a inspiração de Gyehyeon. Mas, era também as memórias de um outro alguém.

Ele sempre foi o típico menino certinho, até perceber que sua vida não fazia tanto sentido quanto deveria. Já ele arranjava brigas para defender o irmão mais velho, pouco se importando em ser tachado como "encrenqueiro".
Ambos se conhecem em um grupo de apoio para adolescentes problemáticos e acabam descobrindo que, mesmo que as nuvens não sejam feitas de algodão, não faz mal algum imaginar que elas são.

Sem rastros, sem suspeitos, sem testemunhas. O roubo perfeito ocorreu em uma galeria de artes de Seul, às 08h da manhã de uma segunda-feira como tantas outras. O culpado? Ninguém conhece, só se sabe que a famosa tela de Pablo Picasso, 'Dora Maar au chat', desapareceu misteriosamente.

Vivem no sorriso alegre que desabrocha como as begônias toda vez que Kangmin sorri;

Vivem no fundo do peito, em um canteiro de nenúfares que bombeiam a bondade de seu pequeno coração por todo o seu ser;

Vivem nos pulmões, nos olhos, nas pontas dos dedos e fios de cabelo. Vivem em harmonia, pois Kangmin é como um imenso jardim.

Existe uma lenda muito antiga sobre um fio vermelho que liga a alma de duas pessoas destinadas a serem almas gêmeas uma da outra através do tempo e do espaço, chamada de fio vermelho do destino. Hoyoung nunca acreditou nessa lenda; acreditava, no entanto, nas flores ao seu redor, e as flores ao seu redor costumam ser sempre verdadeiras.