Fanfics de Vocaloid - Classificação Dezoito - Mais de 5 mil palavras - Tag Gumi sem a tag Kaito

E foi aí que batidas incessantes ecoaram pela sala [...]
Fui a passos arrastados até a porta e abri, sendo surpreendida por um corpo se chocando ao meu em um abraço apertado. Demorei alguns segundos para entender o que acontecia e mais alguns para me convence de que estou acordada. Levo meus braços até as costas do pequeno ser e pouso minhas mãos contra sua roupa, deslizando-as até a frente de seu corpo e o afastando lentamente, apenas para confirmar que realmente é você e perder o fôlego por alguns segundos.

— Gumi...

"Ela tinha olhos bonitos. Aquele era o primeiro detalhe que reparou em sua figura, mas era seu cabelo rosa que realmente chamava atenção e roubava a cena. Se questionou há quanto tempo aquela mulher estava presenciando sua total confusão com Matteo e como não havia reparado em uma pessoa tão chamativa. Talvez estivesse concentrada demais em tentar se comunicar com o homem em sua frente. A intrusa quebrou a pouca distância que a separava da britânica, ficando ao seu lado."

"Se existia a sensação de o mundo inteiro congelar ou desaparecer diante de seus olhos, Luka conheceu profundamente ao sentir os lábios enfim se tocarem. Experimentou a emoção efêmera de estar compartilhando algo enorme com Gumi, saboreando cada segundo que poderia ter, conhecendo-a com cautela. Algo suplicou para o momento durar uma eternidade, caber dentro de uma vida e ultrapassar qualquer lei da física. Não soube o quanto desejava tocá-la daquele jeito até acontecer, ou o quanto escondia a vontade de derrubar as barreiras que a amizade tinha construído ao longo dos anos, mas constatou-se em sua mente: havia estado no paraíso sem nunca entrar."

— Grokar significa entender tão profundamente que o observador se torna parte do observado; mesclar-se, misturar-se; perder a identidade em uma experiência.

"Ela olhou em silêncio para o rancho ao longe, menor do que imaginava e mais distante da cidade do que poderia supor. Soltou um leve suspiro, ajeitando a alça frouxa da mochila em seu ombro, pensando em como estava fora da personagem típica que esperariam para trabalhar em uma fazenda: usava uma jaqueta do Boston Bruins, que definitivamente não combinava com o cenário que estava, assim como os tênis de cano alto com desenhos rabiscados em sua superfície, além da calça jeans justa que parecia pouco prática para as caminhadas que os próximos dias iriam exigir. Luka colocou uma das mãos no bolso da jaqueta, conferindo se o isqueiro vermelho e o pacote de cigarros pela metade ainda repousavam naquele pequeno espaço. Sim, ainda ali – mais um suspiro, mas de alívio em vez de desânimo. Virou a cabeça, esperando ver o ônibus voltando para buscá-la, como se um equívoco tivesse sido cometido ao deixá-la no fim do mundo, mas ele já tinha partido haviam bons minutos. Era hora de enfrentar a realidade."

Ou, aquele que Luka, uma delinquente de Boston, acaba no interior do Texas, trabalhando em um rancho e suportando os resmungos constantes de seu tutor temporário pelo restante do verão, além de ainda ter que lidar com seu coração pulando uma avenida ao ver Gumi, a garota que sempre usa um chapéu de caubói e sorri de modo presunçoso toda vez que se encontram.

— Zênite é o ponto mais elevado que se pode atingir; auge, fastígio; nome dado ao ponto imaginário no céu bem acima do observador.