História 🔐 Meu Diário Trágico 🔐 - ♣ O FIM ♣

Acordei e sentei-me na cama, reparando que o Weel já se tinha levantado. Senti um calafrio, olhei meu corpo nu e relembrei as sensações que ontem tinha descoberto. E posso dizer que não me arrependo de nada. Senti-me bem, e não poderia haver melhor pessoa para quem eu entregasse minha virgindade do que o Weel. Realmente era um assunto delicado e estranho de pensar. E só de pensar nisso sentia vergonha de mim mesma, mas sempre sem mostrar arrependimento. Por fim, vesti uma T-shirt e uns calções de emergência que tinha na minha carteira (porque já sabia que isto ia acontecer). 

Já vestida, desci os degraus e dirigi-me á cozinha. O Weel estava lá.

<W> —Bom dia, amor. Dormiste bem?

<Me> —Sim! Hum! Cheira a panquecas.

<W> —Sim, deixei-as a arrefecer um bocado enquanto não chegavas. Queres com Nutella ou com chantilly?

<Me> —O que é Nutella? -Não me julguem, eu fiquei anos isolada da civilização.

<W> —O quê? —Riu— Como não sabes o que é Nutella? É tipo a melhor coisa do mundo.

<Me> —Eu afastei-me durante muito tempo, eu já nem sei como é um supermercado! Mas então a Nutella é o quê?

<W> —É um creme de barrar feito com chocolate de avelã, e caso não saibas o que é chantilly, é um creme doce. Não tem um sabor em específico acho eu.

<Me> —Por mim é Nutella.

<W> —Boa escolha.

Tomámos o pequeno almoço e sentamo-nos no sofá da sala. O Weel antes de ligar a televisão pediu-me que eu fosse com ele ao jardim, dirigimo-nos ao local e eu só podia estar a sonhar.

Eu estava perante não sei quantos hectares de lindas flores de todas as cores mais lindas do mundo. E para além das flores, estavam á nossa espera dois cavalos, um branco e um castanho com manchas brancas.

<Me> —Weel... Tu és a pessoa mais maravilhosa do mundo!! Vamos andar a cavalo?

<W> —Não é caso para tanto.—sorriu—Sim, vamos andar a cavalo.

<Me> —Onde vamos?

<W> —A um sítio muito especial.

Eu montei o cavalo branco, cujo nome, de acordo o Weel, era Jubeleu. Enquanto isso, ele montou a égua castanha malhada que se chamava Mágica.

Percorremos lentamente o jardim em cima dos cavalos até chegar bem lá no fundo. E era lindo. Havia um lago onde mergulhavam lindos cisnes, e nadavam peixes de todas as cores. Do outro lado do lago estava estendida uma toalha aos quadradinhos vermelhos e brancos, as clássicas dos piqueniques, para além disso, havia um cesto cheio com comida deliciosa.

Deixamos os cavalos passear livremente e sentamo-nos na toalha. Sentados e de mãos dadas, quase mesmo a dar um beijo, sinto um clarão de luz muito forte preencher os meus olhos. E eu não podia acreditar que...

<Me> —ISTO FOI TUDO UM SONHO!

Á minha frente estava a minha mãe, o meu pai, e as amigas que tinham ido comigo passar férias. Ainda estávamos na mansão, não havia nenhum acidente, estavam todos bem!!! Não podia acreditar! Os meus olhos encheram se de lágrimas e abracei todos os que me rodeavam. Não eram um sonho, eram reais!!! Pouco me importava o que se passara no sonho. Eu estava com a minha família, que não tinha morrido, estava ali, a abraçar-me.