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História " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - " - Parte 2 - Terceiro capítulo - Intervenções"


Escrita por: Talitataciana

Notas do Autor


Oi pessoal, olha quem voltou! Bom, lamento por ter permanecido esse tempo ausente, mas infelizmente, meu tempo anda bem corrido, então apesar do capítulo já ter estado pranto a alguns dias, eu quis dá uma revisada para ver se realmente estava bom. Agora que finalmente, o revisei e minha beta deu sua última revisada também, espero que gostem do capitulo.

Eu imagino o quanto deixei vocês confusas, curiosas e preocupada com a decisão que o Draco tomou, mas apesar desse capítulo esclarecer e no começo deixar vocês um tanto preocupadas, tudo vai se resolve. Bom, só tenho isso a dizer a vocês.

Eu sou bem lenta para filmes, mas assisti um ontem que é incrível, sensacional! Deus não está morto! Caramba é muito muito bom! Quem quiser assistir; recomendo! #Deusnãoestámorto!

Infelizmente, ainda não tive tempo para responder aos comentários de vocês, mas quando puder sem falta, estarei respondendo. Só peço um pouquinho de paciência comigo, okay? Beijo e até breve. Boa leitura.

Capítulo 16 - " - Parte 2 - Terceiro capítulo - Intervenções"


*

— Eu acho que não compreendi seu pedido, Sr. Malfoy – a diretora Minerva McGonagall, olhava o jovem rapaz a sua frente, totalmente chocada com o pedido feito pelo mesmo.

 Em parte entendia a angustia e o receio do loiro, mas acreditava firmemente que ele seria capaz de lidar com a situação, afinal Draco sempre se mostrou forte, mesmo que de forma arrogante e bastante inteligente também. Mas aqui estava ele, pedindo transferência de Hogwarts para a Academia de Magia Beauxbatons. Draco entendeu o olhar perdido da sua ex-professora, mas precisava urgentemente se desligar de tudo e sabia que só longe, poderia finalmente esquecer o passado e tentar seguir em frente.

Odiava se sentir fraco diante das pessoas, todavia no momento, não tinha forças para tentar manter a pose de mal, não enquanto olhasse para as paredes de Hogwarts e recorda-se de tudo que fez ao lugar que sempre o refugiou e o aceitou tão bem, mesmo ele não merecendo.

— Eu realmente, realmente achei que conseguisse, mas... – tentou se explicar, mas não conseguia formar sequer uma frase, não diante do olhar de compaixão que a diretora a sua frente, mantinha sobre si – Eu não consigo, me desculpe – admitiu por fim, abaixando a cabeça e a mantendo baixa.

Minerva suspirou forte, olhando o jovem e ciente de que não poderia mantê-lo ali, contra sua vontade, o informou que entraria em contanto com a diretoria de Beauxbatons e tentaria conseguir sua transferência o mais rápido possível. Draco agradeceu e se retirou da sala da diretora, se sentido ainda mais confuso, afinal Hogwarts sempre foi seu segundo lar e de uma forma muito estranha e um tanto inusitada, sentia que estava desistindo de algo muito muito importante.

Sentia dentro de si, que estava deixando algo escapar das suas mãos, como a areia fina do mar. E perdido retornou para as masmorras, tentando ignorar a sensação de perda que começava a domina-lo. Mas ele não sabia o que estava perdendo, afinal já tinha perdido tudo, não é? Status, reputação e popularidade. Agora era apenas um ex-comersal da morte, que infelizmente teve que optar pelo lado errado para proteger sua mãe.

Quando chegou as masmorras, Pansy, Blásio, Theodore, Astória e outros sonserinos sorriam, contudo não tinha ânimo para retribuir a saudação e dando boa noite a todos, rumou para seu antigo quarto, torcendo para que Minerva conseguisse sua transferência o mais rápido possível.

*

Hermione observava pela janela do seu quarto, a chuva começar a cair rapidamente pela imensidão do castelo e seus terrenos. Deixou um sorriso triste escapar dos seus lábios, enquanto recordava de Anthony. Seu corajoso filho puxou certo pavor de tempestades de si e quando a chuva começava, o garotinho corria para a cama dos pais e protegidos nos braços de Draco, ambos finalmente conseguiam dormir tranquilos.

Mas agora se encontrava longe daquele que aprendeu a amar e que estava destinado a ser seu. Nunca foi de acreditar muito em destino, mas com tudo que vivenciou no futuro, era a única certeza que tinha diante de tudo que aconteceu. Tudo que ela mais queria era estar com ele, poder abraça-lo, beija-lo e assim que ela estivesse com ele ao seu lado, não o deixaria sair nunca mais. E em meio aos seus pensamentos, adormeceu confiante de que o primeiro dia de aula seria incrivelmente bom.

Despertou cedo e calmamente seguiu para o banheiro feminino, e sorrindo tomou um ótimo banho quente. Quando saiu do banheiro já com seu habitual uniforme, com o brasão da grifinória que trazia consigo com orgulho, encontrou Ginny, Lilá e Parvati, sentadas na cama enquanto discutiam sobre quem entraria no banheiro, primeiro.

 – Calma, meninas – Hermione disse, fazendo todas as olharem – Ainda dá tempo. Fazemos assim, Ginny vai primeiro, em seguida Lilá e por última Parvati – deu uma sugestão – E no final descemos todas juntas para o salão, okay? – completou e aceitando a sugestão, Ginny correu para o banheiro enquanto as três conversavam.

Apesar de Lilá ainda encontrar-se ainda um tanto receosa em relação à Hermione, ambas conseguiam manter um bom bate-papo. E ao final, todas desceram para o café da manhã, ansiosas com as primeira aulas do dia.

Encontraram Harry, Ron e Neville na mesa, como outros alunos e depois de os cumprimentam e eles responderem a saudação, se sentaram na mesa e juntos, apreciaram um café da manhã delicioso e agravável. Hermione não conseguiu resistir à tentação por muito tempo e rapidamente guiou seus olhos em direção a mesa da Sonserina, procurando por um certo loiro e rapidamente o avistou ao lado de Theodore, um pouco afastado dos outros.

“Esse sonserino será um problema. Eu tenho certeza que vai ser um problema! Ao menos, dessa vez vai ser um problema de olhos cinzas” – pensou consigo mesma, ainda olhando o sonserino discretamente. Só desgrudou os olhos dele, quando a voz da amiga soou um pouco mais forte e olhando para o lado, se deparou com Ginny a olhando com um sorriso malicioso nos lábios.

— Perdeu alguma coisa na mesa da sonserina, Mione? –  Ginny perguntou baixo, apenas para ela ouvir.

— Não é claro que não! – afirmou – Só observando que poucos alunos retornaram para concluir Hogwarts – explicou firme, olhando para a ruiva – E você quando vai conversar com Harry? Acha que eu não percebi a troca de olhares no trem – comentou, conseguindo despistar a amiga que apenas suspirou forte.

A ruiva desconversou e depois de encerram o café da manhã, os grifinorios seguiram para a primeira aula do dia, que para infortúnio dos mesmos era com Sonserina. Não que a Sonserina estivesse feliz também, mas de alguma forma, ambas as casas sabiam que os professores tentariam finalizar de uma vez por todas a rixa entre os leões e as serpentes.

Sonserinos e Grifinórios se observavam com tanta aversão que eram capazes de se estuporarem com os olhos, ânimos finalmente acalmados com a chegada do professor Flitiwick. Aos poucos, o baixinho professor conseguiu quebrar a tensão da sala e a aula se prosseguiu como de costume e assim se seguiu a manhã inteira até o intervalo do almoço. 

Quando estava prestes a seguir para as aulas da tarde, Hermione foi convocada pela diretora, a comparecer ao seu gabinete e depois de se despedir dos amigos, seguiu pelo corredor que a levaria a sala quando estava prestes a dizer a senha e subir os primeiros degraus, se silenciou ao ver a escada e em questão de segundos, Draco surgiu no último degrau da escada. 

Prendeu a respiração, enquanto o olhava nos olhos e sorriu de modo tímido ao vê-lo bem a sua frente. Ambos se olhavam fixamente, perdidos nos olhos um do outro ao mesmo tempo que experimentavam seus corações baterem fortes sobre seus peitos.  Enquanto ela o olhava feliz por fim encontra-se próxima dele, ele se encontrava um tanto constrangido ao olhar para a garota que foi torturada na sua presença por sua tia Bellatrix. Merlin, a transferência chegou em um momento certo e desconectando os olhos dos dela, deu passagem a ela e com passos rápidos, tentou se afastar da mesma.

Tomada pela coragem, Hermione o chamou fazendo o mesmo parar mesmo de costas a ela.

 – Boa noite, Malfoy – o saudou primeiro, carinhosamente enquanto sorria para o mesmo.

— Ahh, boa noite, Granger – respondeu o cumprimento a olhando por alguns segundos, antes de desviar os olhos dos dela – Humm, feliz por voltar a Hogwarts? – o loiro queria sair o mais rápido de perto da castanha, mas da mesma forma que Hermione Granger trazia à tona seus demônios interiores, ela também os levava para o mais fundo da sua mente.

— Sim, muito feliz – respondeu à pergunta do mesmo – Finalmente um ano tranquilo, né? – brincou sorrindo e o mesmo apenas concordou com a cabeça, antes de olha-la com curiosidade.

Ele não a entendia e para ser sincero consigo mesmo, nunca entenderia aquela nascida trouxa.

— Granger, o que estamos fazendo? – perguntou confuso, colocando a mão nos cabelos, coçando a nuca como sempre fazia quando se encontrava perdido. E estar em uma conversa com Hermione Granger, pela primeira vez em anos, era motivo para estar tão perdido sem sombras de dúvidas.

— Acho que conversando pela primeira vez em anos? – ela disse brincando, o olhando com uma careta um tanto engraçada, ciente que finalmente entendeu o que ele queria dizer e até ela própria agora podia ver o quão grandemente era absurda a situação.

— Olha Granger, eu realmente não sei por onde começar... – confessou – Porém, eu lhe dou minha palavra que nunca mais vou lhe atormentar - prometeu – Eu nunca mais vou estar no seu caminho garanto - completou respirando fundo, antes de olha-la nos olhos mais uma vez.

Ela o olhava em total silêncio. O deixaria falar o que tinha que lhe falar. 

— Agora se me der licença, eu tenho que arrumar minhas coisas – finalizou e sem dar tempo da mesma falar alguma coisa, o loiro seguiu para longe da jovem bruxa.

Hermione olhava o corredor vazio, tentando entender o que ele queria dizer e ainda confusa com as palavras do mesmo, disse a senha e subiu as escadas. Sorriu ao ver a tão conhecida sala do ex-diretor e sorriu ainda mais feliz ao ver sua ex-professora Minerva lhe retribuindo o sorriso, sentada do outro lado da mesa.

— Olá senhorita Granger. E muito bom vê-la de novo –  a bruxa mais velha confessou, sorrindo – Por favor, sente-se – indicou a cadeira a sua frente.

— E bom vê-la também professora McGonagall – Hermione completou – Então, por que a senhora me chamou aqui? – perguntou, a olhando curiosamente.

— Bom, eu e os outros professores decidimos lhe tornar a monitora chefe, nesse último ano – explicou a situação – Já tínhamos escolhido o outro monitor chefe, entretanto infelizmente o Sr. Malfoy decidiu deixar o colégio e nós ainda estamos pensando em um substituto – completou a olhando, com certa tristeza.

— O que? – Hermione pulou da cadeira, olhando a professora totalmente chocada com as palavras ditas pela sua ex-professora.

— Senhorita Granger, o que houve? – perguntou preocupada com a reação da jovem, a sua frente.

— Como assim deixar o colégio? Que história é essa professora McGonagall? – a leoa perguntou em pânico com os olhos fixos na bruxa a sua frente.

Minerva achava que sua melhor aluna só estava um tanto chocada com a atitude do sonserino, no entanto ela não fazia ideia do quanto Hermione se encontrava em pânico por dentro. E ciente que poderia confiar na estudante lhe explicou sobre o pedido do jovem Malfoy. E mesmo, o informando que ele seria monitor chefe, o rapaz educadamente recusou o cargo. E no trem das 2 horas, partiria para Paris, onde completaria seus estudos finais.

— Professora, eu preciso falar com ele. Tentar impedi-lo dessa ideia absurda de deixar Hogwarts – garantiu firme, sentido seu coração golpear desesperado em seu peito.

Se Draco fosse embora de Hogwarts, o perderia para sempre; seu futuro estava em risco. 

— Eu tentei faze-lo ficar, senhorita Granger, mas ele está irredutível – Minerva explicou, suspirando fortemente – Draco infelizmente ainda é muito atormentado pelo passado e continuar em Hogwarts, não vai ajudá-lo a se ver livre de tudo que aconteceu – completou, olhando a jovem a sua frente com curiosidade, afinal ela parecia totalmente abalada e temendo a partida do Sonserino.

— Eu preciso arriscar, professora. Se ele realmente for embora, não vai estar inteiramente livre de tudo que aconteceu, apenas vai estar fugindo – explicou e por fim, obtendo a autorização da diretora, Hermione correu pelos corredores de Hogwarts, passando pelos alunos, professores e seus próprios amigos com apenas um objetivo em mente; impedir a partida do amor da sua vida!

Pela primeira vez em anos, Hermione Jean Granger, a aluna modelo, a bruxa mais inteligente da sua época, estava matando aula, aliás, não exclusivamente apenas uma aula, mas o dia inteiro do primeiro dia do ano. Tudo isso por causa de Draco Black Malfoy.

*

Draco se despediu de Theodore e mesmo diante da insistência do amigo por sua permanência em Hogwarts, o mesmo sentia que necessitava afastar-se daqueles muros, que gritavam silenciosamente o quão grandemente, ele era culpado pela sua quase destruição. A estação estava vazia e olhando para o relógio, o mesmo viu que só faltava cinco minutos para partir para sempre, deixando finalmente Hogwarts e seu passado para trás.

Ouviu o familiar som da locomotiva e quando finalmente o trem parou a sua frente, o loiro respirou fundo e adentrou, dizendo adeus mentalmente a escola e ao seu passado obscuro e tenebroso. Entrou na sexta cabine do último vagão e deixando a mala no acento a sua frente, esperou o trem partir com o destino Londres. Livre, finalmente estaria livre de tudo que aconteceu.

E enquanto esperava, formulou algumas ideias. Primeira coisa que faria quando chegasse a Londres, seria a retirada de uma boa quantia em dinheiro da conta bancaria dos Malfoys. Conhecia seus pais, o suficiente para saber que eles não aceitariam bem a decisão tomada e a primeira coisa que fariam era bloquear a conta para tentar pressiona-lo a voltar e mais uma vez estar no controle da sua vida.

Mas não mais. Agora com o fim da guerra e sua mãe fora de perigo, poderia finalmente viver sua própria vida. E era isso que faria.

*

Hermione corria pelo percurso que a levaria a estação o mais rápido que podia, enquanto implorava a Merlin, que o trem ainda estivesse lá.  Não podia perdê-lo. Simplesmente não poderia vê-ló desaparecer da sua vida assim. Não agora, que estava apaixonada por ele, viveu ao lado dele, e sentiu na própria pele, o quanto o mesmo a fazia feliz. Se sentia amada de verdade. Completamente amada por aquele sonserino.

Passou pelo maquinista, explicando que ele não deveria sair daquela estação enquanto ela e outro garoto estivessem dentro do trem. Mesmo confuso, o condutor atendeu o pedido da jovem, afinal ela era Hermione Granger, uma contribuinte importante para o fim da guerra bruxa. E com o coração disparando,  a mesma adentrou no trem, caminhando pelas cabines, o procurando com certa ansiedade.

E se ele resolveu aparatar? Se perguntava, temendo estar certa sobre a segunda opção e não conseguindo mais se conter e ciente de que ninguém a ouviria, o chamou pela primeira vez pelo primeiro nome.

— Draco – o chamou olhando o interior de cada cabine, enquanto continuava caminhando, guiando seus olhos para dentro das cabines na esperança de encontra-lo em uma uma delas.

Cinco minutos já tinham se passando e não tinha, o achando ainda.  E mais e mais, a opção de aparatação se tornava fixa em sua mente. Sentia vontade de chorar.

— Draco – o chamou de novo, quase no no fim do último vagão – Draco – o chamou se novo, tentando ouvir algum som ou ruido que indica-se que ele estava ali.

*

Draco lia um livro qualquer enquanto esperava o trem partir e depois de cinco minutos, por fim notou que o expresso de Hogwarts, permanecia imóvel na estação. Observou o lado de fora pelo vidro, todavia não encontrou nada de anormal e rapidamente finalizou que o maquinista talvez estivesse conversando com algum amigo ou comendo algo.

E ciente de que não poderia fazer nada, além de esperar pela boa vontade do homem. Suspirou forte e voltou a ler o livro, até que teve a impressão de ouvir vagamente alguém, chama-lo. Ergueu a cabeça  esperando ouvir de novo, mas a voz não persistiu. E não dando importância, voltou a ler o livro. E então, ouviu de novo alguém chama-lo.

— Draco – a voz era doce, mas continha um certo pânico, enquanto andava pelo corredor; com passos apressados. 

O herdeiro Malfoy tentou recordar a doce voz, porém a face de nenhuma garota que conhecia lhe vinha a mente. Ninguém o chamará assim, com tanta doçura, sem tanto dengo e falso charme, como muitas garotas de Hogwarts faziam na tentativa de seduzi-lo.

 – Draco – a voz persistiu e curioso, para saber quem o chamava, o sonserino levantou e abriu a cabine, olhando para os lados, procurando a dona da voz.

E foi então que a viu, parada, suada e respirando com certa dificuldade com um pouco dos cabelos castanhos grudados na face e os olhos tão iguais aos cabelos mas ainda mais belos, o olhando profundamente. Seu coração disparou, suas pernas de repente se tornaram moles e teve que segurar a maçaneta da porta com força para se manter de pé ao mesmo tempo quê sentia algo estranho se agitar em seu estômago que continuava subindo pela boca do seu estômago, o fazendo estremecer por completo. 

Algo que começava a deixa-lo tonto, mas mesmo assim, não conseguia desconectar os olhos dos dela.  Algo o prendia, ali, frente a frente com ela. A admirando, se perdendo na beleza da jovem bruxa, a olhando como nunca a olhou antes ou melhor jamais se permitiu olhar.

E seu único pensamento no momento?

"como ela é linda" – pensava a olhando e engoliu em seco quando ela deu o primeiro passo em sua direção, um pouco incerta entretanto o segundo passo se tornou firme, confiante e corajoso. Assim como todos que pertenciam a casa dos leões. Hermione sentia o coração saltar pela boca e mesmo querendo pular nos braços dele, o arrastar de volta para Hogwarts enquanto brigava com ele por se atrever em pensar em deixa-la, não podia. Tinha que ir com calma.

— Granger, o que está fazendo aqui? – Draco perguntou por fim conseguindo racionar direito.

E em silêncio, esperou ela lhe responder. Afinal, além de estar no trem, ela o procurava. Fechou os olhos, relembrando da voz dela, o chamando pelo primeiro nome, pela primeira vez  “Draco”  Parecia a voz de um anjo.

— Eu vim te buscar – a grifinôria disse simplesmente, o olhando – Você não pode simplesmente deixar Hogwarts assim – explicou – Deixar Hogwarts é deixar uma parte de você também – completou, com os olhos fixos nele.

— Olha, Granger... – disse depois de absorver as palavras da mesma – Agradeço pela preocupação, mas eu não vou voltar – o bruxo disse firme – Agora por Merlin volte para Hogwarts – pediu, apontando para fora do trem – Vá – exigiu mais uma vez, olhando-a.

— Não! – ela respondeu simplesmente, o olhando, o desafiando – Você não vai estar apenas deixando o passado para trás, mas vai estar jogando fora seu futuro também – esclareceu – Você tem que mostrar a todos que você mudou e mostrar principalmente a você mesmo que mudou e que quer mudar de verdade – completou, respirando fundo enquanto o encarava.

Draco a olhava chocado. A garota a sua frente sempre teve o dom de fazê-lo questionar tudo ao seu redor, mas agora ela simplesmente jogou na cara dele, o que ele próprio já sabia. Era demais.

— Granger, vá embora! – ordenou rude, encarando-a com ódio – Com que direito você tem de vim aqui apenas para jogar na minha cara, o que eu já sei – a perguntou, apontando o dedo na direção dela – Dê o fora – completou, apontando para a saída mais uma vez.

— Eu já disse que não vou sair sem você, seu idiota! – afirmou irritada – Você está sendo um completo imbecil – reafirmou – Tem a chance de fazer tudo diferente e simplesmente que ir embora – completou, o olhando indignada.

— Eu não tenho segunda chance, sabe-tudo – assegurou – E essa maldita marca negra que está no meu braço deixa isso muito claro para mim e para qualquer um que tente se aproximar de mim – completou, arregaçando a camisa, deixando a marca bem visível para a castanha.

Hermione prendeu a respiração, guiando os olhos para a marca no braço do loiro, a olhando por um longo momento. Agora entendia a preocupação e um pouco do temor de Draco.

— Se eu lhe ajudar a dar um fim a essa marca, você permanecerá em Hogwarts? – Hermione perguntou voltando os olhos para os dele, o analisando.

Saberia se ele estivesse mentido. Conviveu bastante com o próprio mais velho e sabia quando ele estava falando a verdade.

— Sim, eu permaneço – Draco prometeu – Mas não tem como você fazer isso, afinal isso aqui e pura magia negra, sabe Granger – ironizou, cobrindo o braço.

— Sim, estou ciente disso – Granger afirmou – Mas você esqueceu que eu sou uma sabe-tudo, Malfoy? – perguntou cruzando os braços, o olhando com orgulho.

O loiro revirou os olhos.

— Como se você me deixa-se esquecer esse pequeno detalhe, Granger – completou – E como fará isso, Granger? – perguntou se escorando na madeira, a olhando, avaliativo.

— Livros, Malfoy. Agora, vamos voltar para Hogwarts – a leoa sugeriu, sorrindo confiante para o loiro.

Draco suspirou forte, antes de abrir o vagão pegar sua pequena mala e seguir com Hermione Granger para fora do trem. A garota ia na frente, mas de vez em quando olhava para trás, como se assegurasse que ele realmente ainda estava ali mesmo, a seguindo de volta para Hogwarts. 

— Não vou fugir – o herdeiro Malfoy disse simplesmente, a olhando.

— Só me assegurando – respondeu rapidamente, fazendo o loiro rir e ela sorriu de volta – Você deveria sorrir mais, sabe? Você tem um sorriso muito bonito – o elogiou, voltando a olhar para a frente, ciente de que mexeu com ele.

E essa aproximação mexia demais com ela também. Saber que ele estava ali... tão próximo, mas fora de alcance por enquanto era torturante demais, por isso ia um pouco mais a frente. Não queria cair na tentação.

— Sabe Granger, se eu não lhe conhecesse bem diria que acabou de passar uma cantada em mim – Draco comentou, observando os cabelos castanhos ondulados da mesma que seguia um pouco mais a frente.

— Só uma pequena observação, Malfoy – disse, ainda caminhando na frente  “E também uma cantada” – completou mentalmente, sorrindo e suspirou aliviada quando avistou o castelo de Hogwarts.

O trouxe de volta para a escola e principalmente de volta para si. E faria de tudo para não perde-lo de vista, daqui para frente. Parou em frente ao castelo e Draco se posicionou ao seu lado e em silêncio observaram a incrível construção.

— Aqui estamos nós! – a voz do loiro cortou o silêncio, mesmo que não fosse perturbador – Está tudo bem, Granger? – perguntou, a observando atentamente.

— Me prometa que não vai tentar ir embora mais uma vez – pediu, guiando os olhos castanhos aos cinzas suplicantes – Me prometa, Malfoy – pediu mais uma vez, firme.

O loiro a olhou por um longo tempo, tentando entender o interesse crescente que Hermione Granger começava a ter por si, ao ponto de impedir sua partida, sua suposta ajuda a se livrar da marca negra e agora, simplesmente lhe pedia que ele permanecesse em Hogwarts.

— Farei meu melhor, Granger – Malfoy disse apenas isso, a olhando – Não espere coisas diferentes de mim, sabe-tudo – acrescentou – Eu ainda sou o mesmo de antes – completou, a olhando como costumava olha-la, a alguns anos atrás.

— Não, você não é! – ela afirmou, se aproximando, segurando a mão dele – Contudo por enquanto, farei o meu melhor é o suficiente— explicou, soltando a mão dele – Até mais tarde, Draco – se despediu, o chamando pelo nome mais uma vez, antes de seguir para dentro do castelo, deixando o sonserino para trás.

Enquanto, se distanciavam, Hermione e Draco se viam, pensando no momento surreal e mais normal que aconteceu entre ambos, naquele trem; um sorriso singelo nos lábios, um do outro. 

*


Notas Finais


Então, eu assustei vocês, não é? O que mais gostaram do capítulo? Parece que Hermione tem uma grande influência sobre o Draco, né? Mesmo sem notar ele acaba sempre cedendo a ela.

Essa ideia de ajuda-lo a tirar a marca negra, será uma ótima oportunidade dela se aproximar dele.

Sério, essa sabe-tudo é esperta demais, hahaha! Como será essa aproximação, hein? Bastante ansiosa para ver os comentários de vocês. Estou aberta a críticas, elogios, dicas, fiquem a vontade e até a próxima!


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