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História " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - Parte 2-Decimo oitavo primeiro - capítulo - Um passo do fim"


Escrita por: Talitataciana

Notas do Autor


Olhá, quem voltou, finalmente. Eia, pessoal, tudo bem com vocês? Por favor, não me matem, nem me torturem, okay? Eu sei, que estou muito muito mesmo, atrasada e em falta com vocês e lamento muito por isso. Minha última atualização foi dia; 19/03/2017. E só voltei 26 dias depois. Me desculpem por isso.

Eu estou trabalhando, finalmente e meu tempo tem sido muito corrido por conta disso. Quase não tenho tempo para acessar o computador, postar e infelizmente responder aos comentários de vocês, que tanto amo responde-los.

Só tenho tempo para responder a vocês e também para postar nas minhas folgas, ou quando não estou tão cansada. Oque aconteceu, hoje. Graças a Deus. Bom, desde de já quero agradecer pela paciência, o carinho e deseja uma maravilhosa Páscoa a vocês. E que a luz do menino Jesus, estejam com vocês e com todos que lhe rodeiam.

Agora sobre o capítulo. Sei que deixei muita gente um tanto surpresa com minha decisão em mantê-los afastando por determinado tempo. E muitos temem pelo o que pode acontecer nesse tempo, que ambos vão ficar separados. Que Draco possa acabar por se revoltando e volta a agir com o antigo Malfoy. Vamos ver o que o tempo e o destino reservar para eles, sim?

Vamos torce que tudo dê certo. Dou esse capítulo a vocês, como um pedido de desculpas e também como presente de Páscoa. Aproveite cada refrão como se fosse um ovo de chocolate, com alguns momentos amargos e alguns doces. Boa leitura e até a próxima. Tentarei volta o mais rápido possível. Abraço.

Capítulo 32 - Parte 2-Decimo oitavo primeiro - capítulo - Um passo do fim"


Fanfic / Fanfiction " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - Parte 2-Decimo oitavo primeiro - capítulo - Um passo do fim"

 Draco permaneceu no quarto, esperando o momento certo para abordar a ex-namorada. Essa simples palavra lhe causava calafrios. Não estava pronto para deixar Hermione sair da sua vida, sem ao menos escutar uma explicação plausível da boca dela. Uma explicação muito boa para o recém rompimento.

E quando a porta do quarto a frente foi aberta, o loiro sentiu pura adrenalina correr por suas veias, como em um dia de jogo de quadribol, enquanto sentia também a dor e o medo da rejeição. Estar apaixonado e namorar com Hermione Granger, era estar sempre em constante conflito com tudo que foi ensinado a acreditar.

E também ser capaz de sentir milhões de sensações por todo o corpo e pensamentos tão diferentes do que estava acostumado a ter, percorrer por sua mente, enquanto sentia toda sua vida sair do controle dos seus dedos, finalmente.

E tudo isso porque se apaixonou perdidamente por Hermione Granger. A sabe-tudo e princesa da grifinória. Estava nas mãos daquela garota e simplesmente não estava disposto a deixa-la ir. Pela primeira vez, ou melhor dizendo, pela segunda vez na sua vida, queria lutar. E era isso que faria. Com uma determinação que nunca imaginou ter algum dia, desceu as escadas, encontrando Granger já fardada, pronta para sair, contudo segurou em seu antebraço, a puxando com um pouco de força, de encontro ao seu corpo.

Ela ergueu os olhos, que ele percebeu que estavam trêmulos e um pouco inchados.

— Você passou a noite chorando? – perguntou, tocando no contorno dos olhos, a olhando nos olhos. “Se ela não queria mais namora-lo, porquê passará a noite, chorando?” Afinal foi ela que determinou o fim do relacionamento. – pensava, enquanto tentava desvendar o mistério que se escondia por detrás daquele olhar.

Granger estremeceu diante do olhar cinza tão profundo e tão intenso. Ela não conseguia entender por que ele ainda demostrava preocupação consigo e seu bem estar depois do rompimento. Jurava que ele fosse repudia-la, xinga-la, mas neste exato momento, Draco a tratava bem e com carinho.

— Não passei a noite chorando, Malfoy – tentou soa indiferente, enquanto com custo, tirou as mãos dele do seu rosto e se afastava do corpo e do cheiro do sonserino – Cocei meus olhos e fiquei com alergia a poeira – mentiu se afastando.

— Você não me engana, Hermione – ele disse firme, dizendo lentamente o nome dela, antes de puxa-la de novo contra seu corpo – Pare de mentir para mim e me conte o que está acontecendo – exigiu a verdade, a trancando em seus braços.

Sentiu o corpo feminino estremecer a aproximação e o seu próprio corpo também. Inferno, fora apenas uma noite longe dela e seu corpo já sentia abstinência por encontrar-se longe das curvas femininas da grifinória.

— Não á nada a se dizer, Malfoy – disse firme, tentando empurra-lo para longe – Agora, me solte – ordenou, fingindo estar brava e indignada com a ousadia do sonserino sobre si.

— Não vou solta-la, Granger – respondeu, a olhando nos olhos, com um sorriso vitorioso nos lábios.

 – E tão difícil assim aceitar que eu não quero mais namorar você? – perguntou, mesmo ciente de que estava sendo cruel, precisava tentar mantê-lo o mais longe possível.

Voltou a olha-lo e viu o sorriso murchar nos lábios do loiro, enquanto os olhos cinzas calorosos, se tornavam frios e perigosos, conforme seu aperto se tornava mais firme, enquanto ela sentia o corpo dele tremer por um longo momento. Ela fechou os olhos com força, esperando o xingamento, contudo só o silêncio e as respirações de ambos eram ouvidas. E lentamente, Draco aflouxou aperto e quieto, se afastou lentamente dela.

— Tem razão, Granger – comentou frio, a olhando friamente – Eu não devo correr atrás de você – completou, a olhando seriamente.

Hermione engoliu em seco e teve que controlar a vontade de chorar diante das palavras do sonserino, bem na frente dele.

— Vamos tentar viver em harmonia, Draco – sugeriu sorrindo fraco, mesmo se sentido horrível por dentro – Afinal, ainda somos monitores chefes. Temos que ser um exemplo – sorriu fraco, desviando o olhar, não querendo ver o olhar frio do loiro sobre si.

— Okay – disse o sonserino por fim, cruzando os braços.

 E depois de suspirar forte, Hermione virou as costas, pronta para sair do dormitório, quando sentiu a mão de Draco mais uma vez sobre seu braço a puxando.

— Mas o-que – começou a dizer, contudo, ele colou sua boca na dela, a calando.

Ela lutou por longos segundos, contra ele, tentando empurrá-lo com as mãos, mas no final a falta do beijo, a saudade que já sentia dele, a dominou e tomada pelo amor que sentia por aquele sonserino, passou os braços ao redor do pescoço do mesmo, movendo sua boca no ritmo da do loiro.

Draco a beijava de forma dura e com certa agressividade, mas apesar de tudo, Granger correspondia o beijo na mesma intensidade e precisão. Ela necessitava tanto dessa fúria quanto ele.  Em algum momento, o sonserino a ergueu nos braços e ela entrelaçou suas pernas na cintura do mesmo, o abraçando, o mantendo preso a ela. Não queria soltar nuca. Tinha passado apenas uma noite longe dele, contudo que pareciam dias, meses ou anos. Ela não sabia dizer ao certo, mas era algo semelhante ao próprio inferno.

Enquanto puxava os fios dos cabelos do loiro, com um pouco de força, ao mesmo tempo que sentia a urgência de estar com ele em um beijo tão intenso, quanto os sentimentos que compartilhavam. O raciocínio simplesmente sumiu da mente, sempre tão racional de Granger e mesmo quando ela sentiu suas costas contra a parede fria da sala e os lábios frios, agora mornos por seu pescoço, a beijando, a mordendo e a marcando como sua.

“Você é minha”— eram o que os lábios deles sussurravam, mesmo sem dizer uma palavra sequer, enquanto beijava a curva do seu pescoço, ombros e a orelha direita. Ela estremece diante da ação.

O calor corria por todo seu corpo e sua mente afirmava a todo momento. “Sim, eu sou sua” sem pronunciar sequer uma única palavra, puxou o rosto de encontro ao dele, o beijando na boca de forma desesperada. As mãos dele, corriam por seu corpo inteiro. Braços, abdômen, seios e por fim coxas, as apertando com um pouco de força.

Ação que fez Hermione soltar um suspiro profundo, enquanto o abraçava com força e também com as pernas. Suas mãos ganharam vida própria e em questão de segundos, estava sobre o peito do sonserino, ombros e costas, o apertando com força. Granger levou a os dentes a orelha do loiro, a mordendo no processo, arrancando um gemido profundo do mesmo, enquanto o próprio pressionou seu corpo contra o dela. Seu corpo estava em chamas e queria tê-la de uma vez por todas.

— Hermione – disse rouco, voltando para o pescoço da mesma, sentindo sua ereção crescer sobre a calça. Ohh, droga, ele não conseguia mais se controlar.

A voz dele, a tirou do transe e com força, o empurrou para longe de si, ofegante, com os lábios vermelhos por conta dos beijos trocados, os cabelos completamente desarrumados e o uniforme bastante suado. Respirou fundo, sentido a temperatura quente, enquanto o olhava nos olhos. Inferno, simplesmente não conseguira se conter diante a abordagem surpresa de Draco. Evitou os olhos cinzas, contudo sabia que ele estava igualmente a ela. E ao finalmente olha-lo, viu; o desejo presente no olhar e no próprio corpo do mesmo.

Mordeu o lábio inferior, enquanto sentia as bochechas vermelhas de vergonha.

— O que pensa que está fazendo, Malfoy? – perguntou, o olhando fixamente. Ohh, Merlin será ainda mais difícil do que ela pensava mantê-lo longe.

— Eu beijei você e você retribuiu – disse vitorioso, se aproximando, a encurralando e tocando no rosto da mesma, que evitava olhar pra ele , a forçando a encara-lo – E com esse beijo, eu tenho apenas uma certeza – afirmou mantendo os olhos presos aos castanhos.

O olhar dela, fazia uma pergunta muda.

 – Não vou me afastar de você nem um centímetro – completou e se afastando, subiu para o quarto, deixando a grifinória, petrificada ainda encostada na parede.

Hermione depois de alguns minutos se recuperou e seguiu para o salão principal. Cumprimentou os amigos e em silêncio, deu iniciou ao seu café da manhã. Quando Draco adentrou no salão, seus olhos caíram sobre Granger e mesmo querendo ir até ela, como sempre fazia, suspirou forte e seguiu para a mesa da sonserina, com o olhar atento de todos e principalmente dos seus amigos e dos amigos dela.

Se sentou, começou a comer e fingiu não notar os olhares questionadores de Blásio e Theodore sobre si e sua companheira de dormitório, enquanto coçavam as cabeças confusos. Olhou para mesa da grifinória e percebeu que Potter e a ruiva também olhavam para ele e para a sabe-tudo, tentando entender o que estava acontecendo, afinal desde do início do namoro, o sonserino sempre ia cumprimentar a namorada com um beijo ou ambos chegavam juntos ao salão principal.

— O que aconteceu? Vocês brigaram? – Ginny quebrou o silêncio, não conseguindo se manter mais calada – Não me diga que é por causa da idiota da Greengrass? – completou a pergunta, olhando furiosamente para a morena, que também estava atenta a situação, com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Não – a sabe-tudo comentou, evitando o olhar da melhor amiga – Eu terminei o namoro com ele – revelou, fazendo a mesma arregalar os olhos e Harry engasgar com o suco, que bebia, enquanto prestava a atenção na conversa.

Ginny ainda chocada, socorreu o namorado e depois de ajuda-lo, ambos olhavam atentamente para Hermione, ainda sem acreditar nas palavras da melhor amiga.

— Porquê? – a ruiva perguntou chocada, afinal sabia de toda situação da amiga, da estadia dela no futuro e também a determinação da mesma em ter Draco ao seu lado.

Não fazia sentido, a grifinória romper a relação com o sonserino. Não depois de tudo que ela lhe contou sobre o futuro e da forma feliz que ela aguardava por estar casada com Malfoy e também de finalmente ter Anthony do seu lado.

— Eu só vi que não estava dando mais certo – desfaçou para despistar Harry e trocando um olhar com Ginny, a ruiva percebeu o que ela quis dizer e vencida, a ruiva deu o assunto por encerrado.

E depois do café, os grifinórios seguiam para a primeira aula do dia. Todos estavam confusos com o que estava acontecendo afinal. Malfoy e Granger separados?

(...)

Os sonserinos e sonserinas seguiam em direções opostas, aos leões, porém todos se encontravam curiosos sobre o comportamento do príncipe da sonserina perante a sua namorada. Afinal, não esperavam ver um evitando o olhar do outro, como hoje.

— Você vai nos contar o que está acontecendo? – Theodore finalmente perguntou, enquanto caminhavam ao lado do amigo e Blásio do outro, atento ao loiro.

— Eu nem sei o que está acontecendo – murmurou, bastante chateado, voltando a olhar para frente – Eu fui atrás dela, ontem e como eu suspeitava, ela terminou o namoro – confessou, parando de repente, fazendo os amigos fazerem o mesmo.

— O-oque? – ambos perguntaram em choque, de olhos arregalados e surpresos com a atitude vinda da cunhada. Eles não aceitavam chama-la de ex-cunhada.

— Isso que vocês ouviram – confirmou – Eu levei um fora da sabe-tudo – comentou, sorrindo triste – Que irônico, não é? – perguntou, cruzando os braços.

— Isso não faz sentido algum, Draco – Blásio comentou, nem conseguia encontrar lógica diante da atitude dela – Hermione é apaixonada por você – confirmou algo que viu bem nos olhos castanhos da grifinória.

 – Se ela não fosse, não teria crise de ciúmes, toda vez que Astória chegava perto de você – completou, Theodore relembrando o olhar furioso da sabe tudo em cima da sua rival.

— Okay galera, obrigado pela força, mas ela realmente terminou comigo – reafirmou á contra gosto – Agora vamos para aula – sugeriu e quando estava entrando, Blásio segurou seu braço, o olhando nos olhos.

— Você vai desistir assim? – perguntou chocado, com a atitude tão passiva de Draco, perante o rompimento.

O loiro apenas deu um sorriso convencido e Nott e Zabini entenderam, o que o sorriso quis dizer. Ambos corresponderam o sorriso.

“Não mesmo” era o que o sorriso quis descrever. E deixando o loiro ir na frente, ambos ficaram para trás.  Sorriram e adentraram na sala também para a primeira aula do dia.

O dia se estendeu monótono e automático tanto para o sonserino quanto para a grifinória, enquanto fingiam seguir seu dia normalmente, sem sentir o vazio que preenchiam seus corações. Só um sabia a falta que o outro fazia para si. Apesar dela se entregar ao beijo, Malfoy saiba que algo muito mais forte, impedia Hermione de lhe contar o que estava acontecendo. Mas ele via no olhar dela. O quanto ela sofria. Agora porque ela sofria, o sonserino não sabia, mas iria descobrir.

Esse maldito segredo o estava separado da garota que amava e só o descobrindo, ele a teria de volta. Teria a sabe-tudo de volta. Não a deixaria sair da sua vida. Não mesmo. Chegou ao dormitório, tirando a camisa e aflouxando a calça que usava e seguiu para o banheiro.

Quando saiu, encontrou as luzes apagadas e o quarto de Hermione, totalmente no escuro. Tentou abrir a porta e facilmente conseguiu acesso ao quarto da sabe-tudo. Olhou ao redor em silêncio e se aproximando, viu a cama ainda arrumada. Suspirou forte. Isso significava uma coisa; Granger queria evita-lo ao máximo, depois da quase entrega total dela há algumas horas atrás.

Ela provavelmente estava no dormitório da grifinória, infelizmente próximo demais do Weasley. Tal situação lhe deixou subir um calafrio e suspirando forte, se jogou na cama dela, sentido o cheiro dela, o levar para um lugar sem sonhos. Apenas com o cheiro de morangos, adormeceu, suspirando forte.

(...)

Há exatamente três dias, Hermione evitava estar no salão comunal dos monitores chefes. Sempre que precisava de algo, pedia a amiga ou ao melhor amigo para buscar e mesmo preocupados com ela, nenhum dos dois queriam se envolver na delicada situação. Depois de pegar os relatórios semanais com Harry, que tinha ido busca-los para ela, tocou no papel, justamente na caligrafia tão bonita e tão forte de Draco, enquanto imaginava, ele bem a sua frente, escrevendo, enquanto mordia o lábio inferior, como sempre fazia, enquanto planejava suas próximas palavras.

Há 72 horas, não via o sonserino, não escutava a voz sempre tão grave, agindo como um legitimo Malfoy e muito menos contemplava os olhos cinzas tão tempestuosos e ao mesmo tempo tão calmos. Fingia não está atenta aos os olhares aflitos de todos e muito menos ainda o olhar satisfeito de Ron e infelizmente também de suas tentativas de aproximação. Escutou alguns cochichos, enquanto descia as escadas, depois de terminar os relatórios e calada, próxima a escada, prestou a atenção na conversa que envolvia seu sonserino.

— Você deveria dizer a ela, Harry – a ruiva dizia firme, enquanto ambos estavam de costas, próximos a lareira, abraçados.

— Ginny, eu queria, mas toda vez que tentamos conversar com ela sobre Draco, Hermione foge – completou, suspirando forte – Eu nunca pensei que fosse ver isso acontecer – lamentou, sorrindo fraco.

— Eu também não, Harry – Ginny concordou ainda surpresa – Ele está dormindo toda noite no salão comunal? – perguntou e Harry confirmou, limpando os óculos, voltando os olhos para o fogo.

O coração da grifinória se apertou, finalmente entendendo o que estava acontecendo. Draco estava dormindo no sofá do salão comunal, esperando por ela. Em uma tentativa de conversar, contudo ela não voltará. Agora compreendia as orelhais do mesmo e também as dores constantes nas costas também.

Malfoy dormirá de qualquer jeito, no salão a sua espera e não conseguindo mais se conter, soluçou, atraindo a atenção dos amigos e em questão de segundos, estava sendo abraçada por Ginny e recebendo carinho nos cabelos do melhor amigo.

— E-eu... Eu não queria... f-faze-lo sofrer – comentou, soluçando se agarrando a Ginny – Eu não queria causá-lo sofrimento – acrescentou, chorando e em silêncio, Harry e a ruiva escutaram os soluços da melhor amiga, tentando ajuda-la de alguma maneira.

Depois que se acalmou, passos denunciavam a chegada de alguém e foi então que surgiu no seu campo de visão, Luna, Theodore e Blásio. Enquanto a loira a olhava preocupada, os melhores amigos do sonserino, a olhava com certa raiva e ressentimento.

— Pelo menos, ele não é o único sofrendo – Blásio soou frio, contudo com uma raiva, que qualquer um poderia perceber.

— Ele está esperando você há três dias, Hermione – Theodore foi mais calmo, mas era evidente a chateação na sua voz – Se você não tem intenção de conversar com ele. Pelo menos, o faça entender que não tem intenção de se aproximar – pediu, a olhando com carinho

— Mas pelo que vejo, você gosta dele – completou Blásio, observando os olhos, um pouco inchados da cunhada.  

E sem pronunciar uma palavra se quer a provocação do moreno, Granger se levantou e subiu para o dormitório, deixando todos para trás e quando o mesmo tentou ir atrás dela, para questiona-la, Harry o impediu e contra gosto, o sonserino se deu por vencido.

— Ela está sofrendo também, Blásio – Luna afirmou, se sentando ao lado de Theodore, que a abraçou com carinho, ainda pensando na situação da cunhada e no amigo, que estava pior do que no período do Lord das Trevas.

— Será que ela está sendo ameaçada ou algo assim? – Harry comentou com os outros, fazendo todos pensarem na possibilidade de alguém estar realmente ameaçado Granger de alguma forma.

— Do que você sabe, ruiva? – Theo perguntou, a olhando nos olhos.

Ginny era a melhor amiga de Hermione e se algo estava acontecendo, provavelmente ela sabia. A ruiva apenas deu um suspiro. Infelizmente, quando a mesma, a chamou para conversar, não deu muitas explicações sobre o que estava ocorrendo e preferia manter em segredo.

Sofrendo em silêncio por estar longe do homem que amava e também por faze-lo sofrer.

— Eu não sei de nada e ela também não me disse nada de importante – comentou – Apenas disse que no momento não pode estar com Draco – repetiu as palavras da amiga, olhando para todos.

— Inferno – Theodore falou alto, se levantando do sofá, andando de um lado para o outro – Porque ela não pode estar com ele, afinal? – Olhou para Luna, Ginny e Harry, pedindo no olhar que eles tentassem explicar o que estava acontecendo com a amiga, mas eles também não compreendiam, infelizmente.

— Ontem ela dormiu aqui no sofá e quando eu me aproximei dela para chama-la para ir para cama, Hermione estava tendo um sonho agitado e também murmurava palavras sem sentidos – o menino que sobreviveu comentou, ajeitando os óculos – Coisas que não faziam sentido para mim – completou, relembrando com exatidão o estado da melhor amiga.

— O que ela dizia, Potter? – Blásio perguntou, enquanto todos o olhava com expectativa. 

—Murmurava, um pedido de desculpas a Draco e também dizia que estava fazendo isso para proteger alguém muito importante para ela e para ele também – revelou, olhando para todos que estavam confusos, menos Ginny que sentiu o coração se apertar no peito, dolorosamente.

“Anthony” o nome do afilhado, se repetia e se repetia na cabeça da ruiva, enquanto tudo começava a se encaixar. Hermione estava protegendo o filho de algo que estava acontecendo. Alguma coisa mudou no futuro e que ela procurava incansavelmente nos livros, que descobriu debaixo da cama dela, relacionado a viagens no tempo e suas consequências.

A amiga estava tentando encontrar uma solução para o problema. Por isso estava com olheiras, se encontrava sempre exausta e calada nas aulas do dia. E estar longe de Draco, e vê-lo sofrer também, contribuiu para tudo que estava acontecendo.

(...)

Draco olhava no espelho e não se reconhecia, enquanto analisava seu próprio reflexo; com olheiras por conta das noites, esperando por ela, com os cabelos desarrumados e com a barba para fazer. E sentido os olhos cinzas tão vazios, como nunca antes.

E tudo isso por que abriu seu coração, que achou que nunca fosse capaz de amar para Hermione Granger. Com ela aprendeu a amar, mas também agora conhecia a sensação de se sentir quebrado. Verdadeiramente e profundamente quebrado. Tinha momentos que desejava sumir e quebrar a promessa que fez a ela, de permanecer em Hogwarts. Porém, pela primeira vez, queria manter sua palavra.

Astória desde que descobrirá que ele estava separado da grifinória, tentava se aproximar, contudo o loiro fingia não ver as tentativas da corvina e também não conseguia olhar para ninguém além de Granger. Mesmo estando separado, ela tinha o coração do mesmo e talvez o tivesse para sempre, antes mesmo dele se declarar para ela.

— Pare de pensar nela – disse para si mesmo, enquanto ainda olhava para seu reflexo – Ela não se importa com você – acrescentou, recordando que a esperava a três dias, mas a mesma não apareceu em qualquer momento sequer.

A porta foi aberta e passos, vindo do quadro, denunciava a chegada de alguém, revirou os olhos, ciente de que seria Potter, com os relatórios semanais, enviado por Hermione para ele ver e assinar. Apesar de tudo, ela ainda era responsável.

— Como sempre pontual, Potter – comentou, saindo do banheiro, se deparando com um par de sapatilhas e erguendo os olhos, lentamente sentido seu coração disparar, encontrou aquela que estava esperando há três dias, com uma calça jeans, uma blusa fina azul escura e os cabelos presos em um rabo de cavalo.

A olhou nos olhos, sentido à vida voltar a seu corpo, enquanto se prendia nos olhos castanhos tão bonitos e tão profundos. Mas os olhos dela estavam frios e o sorriso sempre tão bonito e cheio de luz, não se encontrava nos lábios da mesma, enquanto o olhava.

— Só vi buscar algumas coisas – explicou rapidamente, evitando olha-lo por muito tempo – Enquanto pego o que preciso, por favor assine esses documentos, Draco – pediu e sem dizer mais qualquer palavra, subiu as escadas rápido, deixando o loiro para trás, ainda paralisado na porta do banheiro. 

Draco estava chocado. Parecia que estava sobre a maldição petrificus totalus, pôs não conseguia mexer nenhuma parte do seu corpo, enquanto a ouvia lá em cima, se movendo pelo quarto, provavelmente pegando mais roupas para ficar mais tempo na torre da grifinória. Onde estaria mais longe dele, possível.

Tal afirmação, parecia a própria maldição cruciatus e automaticamente, assinou os papéis e os deixou em cima do centro da dala e em silêncio, esperou Hermione retornar a sala. Como esperando, Granger trazia consigo uma bolsa e se abaixando pegou os documentos, o olhando por um momento e ele a olhou de volta.

— Não vou agarrar você, Granger – afirmou, ciente de que ela provavelmente lembrava do ocorrido há três dias atrás – Não vou fazer nada disso, não se preocupe – completou, lutando contra a vontade de tomar a boca dela, contudo se controlou.

— Não estou pensando nisso, Draco – afirmou, se sentido péssima por ele trata-la pelo sobrenome mais uma vez – Obrigada por assinar os papéis – agradeceu, sorrindo para ele, contudo o loiro apenas bufou com raiva, diante da atitude dela.

— Só fiz minhas obrigações – respondeu seco e lentamente, ela concordou com a cabeça, começando a se virar e ir embora – Granger – ele chamou sua atenção e de costas, Hermione parou os passos.

— Sim? – perguntou, pensando que ele falaria algo sobre a monitoria. Contudo, o loiro a surpreendeu.

— Tenho percebido as tentativas do Weasley com você – comentou, a olhando, observando cada reação que vinha dela, contudo a mesma parecia calma.

— Não tenho nada com o Ron – acrescentou, rapidamente, o olhando também.

 – Deveria dar uma chanca a ele, sabe – sugeriu, cruzando os braços – Por que eu vou dar uma chance a Astória – acrescentou e em silêncio, se levantou e subiu as escadas, deixando Granger com a respiração suspensa e tonta, com suas últimas palavras.

Se Draco queria puni-la, com suas palavras, ele conseguiu o que tanto queria. Hermione se sentia pior do que no dia que foi torturada. Nada se comparava ao oque sentia agora. O chão sumira sobre seus pês. O futuro que tanto tentava preservar, simplesmente começava a desmoronar e escorrer por seus dedos, como areia do mar. E como as pegadas, que sumiam também. Tudo estava se perdendo. Ela era um anjo quebrado, agora. Era parte de um futuro incerto. 


Notas Finais


E então, o que acharam do capítulo? Me contém tudo. Oque mais gostou, oque detestou. Estou aberta a tudo; criticas, elogios, sugestões; Estou bastante curiosa, o que vocês acharam do capítulo em si e o que esperam no próximo seguinte. Beijo e até breve!


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