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História - Your eyes dont lie - - There will be Austin?


Escrita por: KahJauregui

Capítulo 14 - - There will be Austin?



Chegaram ao carro e ela ainda continuava em silêncio. Camila já estava com vontade de gritar. Ele estava fazendo de propósito, tal como fizera antes, demorando para ouvir a explicação. Provavelmente ela gostava de torturá-la, de vê-la sofrer, pensou com raiva, lançando-lhe um olhar de revolta.
A cidade foi ficando para trás e Camila desconfiou que não estavam indo para casa de Vera, mas não quis perguntar nada. O que ela estaria fazendo? Será que ela sabia quanto a estava intimidando com aquela atitude? Ela estava tão absorta em suas preocupações e pensamentos  que nem percebeu como Lauren estava correndo. Só quando ela diminuiu a marcha e ela ouviu o ruído de cascalho sob as rodas é que voltou à realidade.
Lauren parou o carro e desligou o motor. Camila, então, olhou ao redor. procurando saber onde estava. Estavam parados no acostamento de uma pequena estrada rural, escura e cheia de pinheiros, sem o menor sinal de casas. Diante do carro estendiam-se as águas brilhantes da baía de Mobile, refletindo a lua cheia. Lá ao longe, do outro lado, as luzes da cidade pareciam um colar iluminado. Lauren acendeu um cigarro e a chama iluminou por um breve instante aquele rosto severo e arrogante.
Camila engoliu em seco, louca para perguntar o que estavam fazendo ali, paradas naquele lugar escuro, mas conteve-se com muito esforço. Aos poucos a luz do luar foi iluminando o interior do carro. Num gesto nervoso ela empurrou os cabelos para trás das orelhas e virou-se para fitá-la, enfrentando o olhar dela corajosamente.
— Bem, agora que se meteu nessa situação, pode me dizer como é que pretende sair dela? — perguntou Lauren com um risinho sarcástico.
Camila ergueu as sobrancelhas, um tanto admirada. Então seria ela própria quem escolheria seu castigo? Todavia, seu senso de responsabilidade e a sensação de culpa não permitiriam que ela saísse impune.
— Só há duas alternativas, na verdade — retrucou  ela, esforçando-se para que a voz não saísse trêmula. — Ou eu arrumo minhas malas hoje mesmo e parto amanhã bem cedo como Lucy; ou então vou falar com sua tia, explico quem sou realmente e como é que vim parar aqui.
— E assim destrói todas as ilusões tão preciosas para ela e deixa-a desarvorada, não é mesmo? — acrescentou Lauren com secura.
Ela baixou a cabeça e os cabelos caíram como uma cortina de seda sobre seu rosto.
— É... eu sei — murmurou. A última coisa que desejaria era magoar aquela mulher que a acolhera com tanta simpatia e amabilidade e por quem já sentia uma grande afeição. — Acho que o mais lógico e razoável é eu partir amanhã cedo mesmo.
— E seria a solução mais fácil para você também — disse Lauren, sarcástica. — Mas o que acontecerá quando Vera afinal encontrar-se com a verdadeira Lucy?
— Ela não se encontrará... quero dizer, Lucy disse... — Camila titubeou, gaguejou e continuou — ela disse que você quase nunca visita Vera, portanto as chances de você trazer Lucy para cá são mínimas...
— De onde será que ela foi tirar essa idéia?! — comentou ela com indiferença e reclinou-se com indolência no encosto do banco.
— E não é verdade? — disse Camila  baixinho. — Vera falou-me também que quase não vê você.
— Isso é modo dela falar. É porque gostaria que eu viesse toda semana e ainda acharia pouco. — Ela perscrutou o rosto aflito de Camila. — E, então, o que você propõe agora? Que eu corte as relações com minha tia e não venha mais visitá-la só para proteger você?
Camila suspirou fundo.
— Não, é claro que você não pode fazer isso! Eu... eu acho que é melhor eu contar tudo a ela, mesmo. Só espero que ela não fique contra Lucy antes de conhecê-la.
— E todas as pessoas que foram envolvidas devem perdoar e esquecer o episódio, não é isso  o que você acha? — O olhar dela era de desdém.
— Você tem alguma outra sugestão? — perguntou Camila, ríspida, cansada daquela brincadeira de gato e rato a que ela a estava submetendo. Se ela quisesse puni-la, que o fizesse de uma vez e não ficasse assim, divertindo-se indefinidamente com seu constrangimento e aflição!
Lauren sorriu de lado.
— Tenho sim — disse ela. — Você pode ficar aqui como minha noiva e nós dois esqueceremos que existe uma Lucy.
— Você não pode estar falando sério! — Camila olhou-a incrédula, enquanto Lauren calmamente soltava uma baforada de fumaça com um bico extremamente sensual. — Não vai dizer que vai romper o noivado com Lucy só por causa dessa minha invenção estúpida de fingir ser sua noiva! Não, você não pode fazer isso!
— Para mim — disse ela com frieza — nosso noivado foi rompido no exato momento em que ela tirou o anel que dei a ela e colocou-o em seu dedo.
Era como se o anel lhe queimasse o dedo, agora. Tentou tirá-lo, mas estava difícil, porque ficara bem justo. Antes que conseguisse tirá-lo, sua tentativa foi interrompida pela mão de Lauren, que agarrou com força seu pulso direito.
— Não, não!— protestava Camila com veemência, lutando para libertar-se dela. — Não posso deixar que você se vingue em Lucy. Ela ama você! Ela não fala em outra coisa que não seja o casamento de vocês e o quanto isso é importante para ela! Não, não faça isso! Foi tudo idéia minha! — dizia ela desesperada, assumindo toda a culpa  sozinha para salvar o noivado da prima. — Ela não teria pensado numa coisa dessas. Fui eu que inventei tudo e ainda custei para convencê-la! Ela disse até que ia desistir de fazer o filme se isso fosse atrapalhar o noivado de vocês! Vocês se amam, estão fazendo planos para casar. Não... não posso deixar que você magoe Lucy por causa de uma idéia idiota que tive!
— E comovente o modo como você defende sua prima— disse Lauren cinicamente, sem largar o pulso dela. O rosto dela estava bem perto. — Mas acho que você não conhece bem sua prima, como também não me conhece.
— O que quer dizer com isso?— hesitante, Camila olhou-a bem  dentro dos olhos.
— Lucy não me ama nem eu a amo.— Os olhos verde esmeralda dela brilharam e uma expressão divertida passou por seu rosto ao constatar que Camila estava atônita e perplexa. — Nossa união era apenas um acordo que satisfazia interesses mútuos. Eu queria uma esposa que fosse bem educada e atraente e que não exigisse muito minha atenção. Lucy queria uma esposa rica que lhe comprasse jóias e roupas caras e que a introduzisse na elite da sociedade.
— Como é que você pode dizer uma coisa dessas!— murmurou Camila, escandalizada. — Você acredita mesmo nisso? Então você não sabe o que Lucy sente por você. Não é assim que ela fala...
— Tenho certeza de que não passa de representação para que você pense que ela me ama de verdade. Afinal, ela quer manter uma imagem. — A resposta parecia  cínica e fria e despertou em Camila uma certa dúvida. — Lucy só ama a si própria!
Camila conhecia muito bem Lucy para saber que Lauren poderia estar falando a verdade. A prima muitas vezes era calculista e insensível e totalmente egoísta quando se tratava de conseguir algo que desejava.
— Então não estou entendendo — murmurou  Camila, baixando o olhar para a mão dela, que ainda segurava seu pulso. — Se você não gosta dela mesmo, então não faz diferença nenhuma que sua tia goste ou não dela.
— Vera é terrivelmente romântica — disse ela em voz  baixa. — Ela não entenderia por que Lucy deixou você passar por minha noiva.
— Então, em outras palavras, você quer continuar a farsa também? Vamos todos continuar a fingir, é isso? — disse Camila ríspida, com raiva dela por ser tão frio e desumano. Para ela o casamento era uma coisa sagrada, era algo sério e profundo e não um simples acordo para satisfazer interesses físicos e materiais, como era para Lauren e Lucy.
— Não quero magoar minha tia sem necessidade — corrigiu Lauren com frieza.
— E que bela solução você propõe para evitar isso! Vai me adotar como sua noiva para iludi-la ainda mais. Mas, e daí? Como acha que ela vai reagir depois, assim que sairmos daqui e nosso noivado terminar? Você só vai adiar a decepção dela!
— E quem disse que precisa terminar? — Lauren segurou o rosto dela e fitou os olhos cor de chocolate que brilhavam  mais ainda no calor daquela discussão. — Você é uma garota atraente... e é órfã. — A palavra feriu-a como uma punhalada, fazendo-a lembrar de sua infância solitária e triste.— Sem dúvida a segurança que uma mulher rica pode lhe oferecer não é algo para se jogar fora. é?
— O dinheiro não é a coisa mais importante do mundo para mim — declarou Camila, cheia de orgulho. — Quando eu me casar, terá de ser com uma pessoa que eu ame e que também me ame. 
Lauren sorriu, mas ela teve a impressão de que o olhar dela era de desprezo por sua atitude romântica.
— Você fala como se já tivesse alguém. Não posso acreditar que o amor de sua vida esteja em casa esperando enquanto você fica aqui fingindo ser noiva de outra. Ou será que é alguém que você conheceu recentemente?... Não será Austin?
 


Notas Finais


Eu sempre quero botar algo legal aqui e conversar com vocês
mas minha mente de ervilha nunca pensa em nada ahsuahsuhas
me digam o que tão achando


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