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História 10.What do I Know? - Capítulo Único.


Escrita por: proliterario

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Está é a decima história do projeto FICSTAPE do álbum novo do Ed Sheeran, Divide
No qual, a cada dia, postamos uma oneshot em referência a respectiva música do CD.
Desta vez, a equipe do PL traz What do I Know?, escrita com muito carinho pela @LONDONERWISHES

Esperamos que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Framlingham, Suffolk, Inglaterra

 

Oito anos atrás

 

“Ain't got a soapbox I can stand upon but God gave me a stage, a guitar and a song”

 

Ouço o meu nome ser anunciado e abraço a velha LX1E que pertencera, outrora, ao meu pai, andando em direção ao centro do palco. Os holofotes estrategicamente dirigidos a mim proíbem-me de ver alguém que se encontre a mais de dois metros de distância. Apesar do mar de escuridão diante de mim, varro os olhos pela sala de espetáculos. Reconheceria a minha mãe qualquer que fosse a roupa que ela usasse e estivesse ela onde estivesse. Reconhecê-la-ia hoje se decidisse ter aparecido para me ver.

Tento convencer-me de que ela ficou presa no raro e pouco trânsito de Framlingham, que o patrão dela não a deixou sair do trabalho – apesar de ser Sábado - e a obrigou a fazer noitada ameaçando-a que perderia o emprego caso não o fizesse, que tinha ido ao aeroporto buscar o seu irmão mais velho naquela que consistia na sua primeira visita à vila onde vivíamos depois da tragédia que tinha abatido a nossa família.

Dei por mim a começar a dedilhar nas cordas da guitarra a música que compora e aperfeiçoara nos últimos meses. Tinha sido escrita especialmente para aquele dia. Para uma pessoa. Para o meu pai. Lembro-me das suas últimas semanas e dos seus últimos dias de vida. A minha mãe sabia que restava ao marido pouco tempo, por isso partimos para Halifax, a nossa cidade natal, onde acabamos por ficar até ao fim do Verão na casa dos meus avós, os pais do meu pai. Lembro-me de passar todas as minhas tardes disponíveis com ele e de partilhar o nosso amor pela música. De ele me dizer para não desistir. De falar dos nossos sonhos e ideais. Do que é verdadeiramente importante na vida. E, mesmo que não mo pudesse dizer ou mostrar nos seus últimos minutos neste mundo, lembro-me do amor que ele sentia por mim.

Esta noite era dedicada a ele e aos seus tempos como professor voluntário de música na pequena escola de Framlingham. Não tinha muitos alunos, apenas dez ou quinze iam frequentemente durante todo o ano, mas todos os que lá passavam deixavam uma marca. O meu pai deixara uma. Agora e para sempre, em frente ao acanhado palco de madeira clara, na primeira fila, havia uma cadeira de estofo poeirento dedicada a ele. O seu nome sobressaia escrito na pequena placa de platina que estava aparafusada àquela cadeira.

Sinto-me em casa. A toda a minha volta vejo as quatro paredes ainda em cimento da cave onde costumava ensaiar e onde, ainda hoje, está o meu piano e as coisas que pertenciam ao meu progenitor. A minha mãe quis guardar tudo. Todos os dias quando desço as escadas de madeira ressecada, em cima da pequena mesa de centro ainda vejo algumas das partituras de músicas nunca acabadas e a nódoa redonda de café seco que uma vez escorreu da chávena abaixo. Agora que estou a cumprir um dos meus objetivos, e ao olhar para o lugar vazio à minha frente, sei que quero mais. Quero mais do que uma sala com cinquenta lugares, uma aldeia no meio do nada e mais do que tocar para os meus amigos. Quase posso ouvir uma voz masculina sussurrar ao meu ouvido que o meu lugar não é aqui. E eu sei que ela tem razão.

O espaço apertado faz o som das palmas ressoar e voltar para trás, concentrado o barulho todo no mesmo lugar. Ao fechar os olhos imagino uma sala de espetáculos em Londres. Nova Iorque. Sidney. Japão. Uma multidão reunida para me ouvir e ouvir a minha música.

 

“The revolution's coming, it's a minute away I saw people marching in the streets today”

 

Despeço-me dos meus amigos e subo o lance de três escadas que me dão acesso à porta de entrada de casa. Já são quase oito horas da noite e sei que a minha mãe não deve estar minimamente satisfeita por eu chegar a esta hora, mesmo que se trate de um Sábado. Fui o último a deixar a escola de música de Suffolk, hoje. Esperei até que todos estivessem fora do espaço para pensar sentado na primeira cadeira na primeira fila. Se alguém pode sentar-se nesse lugar, esse alguém sou eu. Só eu compreendia a dor do meu pai, assim como só ele compreendia a minha dor.

Fecho a porta de casa experimentando o mínimo barulho possível, mas é apenas quando me volto para trás e me preparo para ir para o meu quarto sem dar qualquer justificações à minha progenitora, que a encontro já em frente às escadas, barrando o caminho para o andar superior. Tinhas mãos nas ancas, batia com o pé no chão de tijoleira fria com o sapato de salto alto, criando um barulho arritmado e minimamente irritante.

— Onde é que estiveste até estas horas? - pergunta-me num tom de voz que vai cada vez mais fugindo do calmo para o zangado. Consulta as horas na sua imitação perfeita de um Rolex que comprou no festival de Verão de Suffolk, tudo isto para assegurar de que não estava a fazer uma tempestade num copo de água.

— Estive na escola de música. - respondo, não me atrevendo a dar sequer um passo na sua direção.

— A fazer o quê?

— Não acredito que te esqueceste. - balbucio, embora saiba que ela não o faria. Ainda ontem tinha vindo uma carta dirigida em seu nome para comparecer hoje no concerto de final de ano. Esperavam que ela fizesse um discurso, nem que demorasse apenas cinco minutos. A fraqueza dela levou a melhor. Pelo menos assim o parece. — Tiveste medo de ir lá. Não aguentas olhar para a frente, para um futuro sozinha. Não te esforças minimamente por tentar.

A minha mãe olha-me atónita mas não profere uma palavra. Os seus olhos azuis esverdeados fixam-se no instrumento que carrego às minhas costas e que se encontra protegido por uma sacola preta.

— Diz-me que não é a guitarra do teu pai! - ouve-se a voz dela a aumentar de volume, enquanto anda em direção a mim para me livrar daquele peso leve sobre a minha coluna. Abriu ligeiramente o saco na parte superior, só o suficiente para poder distinguir a minha guitarra da do meu pai. Voltou a fechá-lo e abraçou-se a ela. — Sabes que não podes mexer nas coisas dele! Muito menos levá-las de casa sem a minha autorização!

— Tu nunca me irias deixar fazer isso! - digo já alterado mas tentando controlar a minha falta de paciência a todo o custo, para não perder as estribeiras. Se bem conheço a minha mãe, aquilo ainda era o começo. Decido acrescentar: — E a guitarra é minha. O pai disse que podia ficar com ela antes de…

— Nem te atrevas a terminar essa frase! - grita-me ela, com o dedo apontado ao meu rosto. Na sua testa começo a ver cutículas de suor que vão escorregando pela sua pele, detendo-se nos indícios de rugas que apresenta. Acontece quando está nervosa.

Decide dar meia volta sobre os calcanhares e dirige-se, através da cozinha, para o andar de baixo. Para a cave. Expiro e inspiro vezes sem conta. Fecho os olhos e volto a abri-los. Ouço os passos ocos da minha mãe nas escadas e decido também tomar esse caminho. Tenho tantas perguntas às quais preciso de uma resposta.

Espreito para o canto da cave, ainda a meio da escadaria, a tempo de ver a minha mãe pendurar a guitarra que usei horas mais cedo num amparo. Fitou o instrumento durante minutos e só foi interrompida pelo som da minha voz quando tive coragem de perguntar:

— Porque é que não foste?

Ela vira-se e olha-me. Desço as escadas que faltavam para ficar ao mesmo nível que ela.

— Estive a trabalhar. - diz-me ela, numa resposta que parece ter sido pensada e estudada durante toda a tarde, preparada para quando eu voltasse na certeza que iria ser feita esta pergunta. Tenta mostrar-se calma, embora não se aperceba do tremor das suas mãos e do brilho existente nos seus olhos normalmente opacos.

— Não podias parar durante meia hora para ir ver o teu filho tocar? - só quando falo isto é que percebo a dor que realmente sinto. Custa-me ver todos os meus amigos sorrirem e acenarem aos pais antes de entrarem em palco e eu ter de me contentar com o desejo de a ver lá. — Compus uma música especialmente para o pai. Achei que irias gostar de ouvir. - dou de ombros, fingindo desinteresse pelo assunto.

— Já sabes o que é que eu penso disso.

— O que é que tu pensas disso? - pergunto-lhe quando ela passa por mim numa tentativa de voltar para a sala e terminar os seus afazeres. — Vá lá! Diz-me! - o meu tom de voz torna-se ligeiramente agressivo e não quero mais controlar a minha raiva como tenho feito durante os dois anos que passaram.

— Devias concentrar-te no que é realmente importante. Não vais ter futuro nenhum com a música! É o sonho mais estúpido que alguém pode ter! - também ela decide gritar. Quero a todo o custo proteger os meus ouvidos da entrada do timbre agudo da minha mãe, mas não tenho coragem para o fazer. Pela primeira vez ela está a dizer tudo o que pensa e não a quero parar. Quero saber exatamente como ela se sente, mesmo que depois acabe por sair desiludido desta conversa. — Tens que estudar para conseguir um emprego decente! Algo que te dê a liberdade e o dinheiro que precises para viveres desafogado!

— Para viver como tu, queres tu dizer! - grito-lhe a todos os pulmões. Dizem que os homens não choram, mas começo a sentir os meus olhos irritados e ardentes, prontos a expulsar as muitas mágoas que tenho presas dentro do meu coração. — Preso aos números, à contabilidade, ao stock dos mercados ingleses! Vais passar a vida numa secretária! Quando menos esperares vais perder toda a gente para os números! O dinheiro é só papel e metal com números gravados! Não te trazem nada! Nada!

 

“Everybody's talking 'bout exponential growth and the stock market crashing in their portfolios”

 

— Não digas nem mais uma palavra, Edward! - aproxima-se de mim com uma raiva desmedida e por momentos penso que me vai bater, mas para a uns míseros centímetros de distância do meu corpo rígido de medo. — Eu sou tua mãe! Respeita-me!

— Então respeita as minhas decisões! - peço, deixando o meu tom suplicante levar a melhor sobre mim. — Não preciso de acabar o secundário! Não quero ir para a universidade, ser tratado por doutor ou senhor e muito menos permanecer num trabalho que não me traz felicidade.

 

“I'm just a boy with a one-man show no university, no degree, but lord knows”

 

— Quero fazer música! Quero viajar pelo mundo e espalhar o que sei e o que aprendi através de acordes, cordas de guitarra, baixos e teclas de piano! O pai iria querer que eu o fizesse!

— O teu pai morreu! - cala-se de repente, arrependida por ter dito o que disse. Foi a primeira vez que o admitiu em voz alta e parece mais transtornada do que eu por o ter feito.

— Às vezes parece que a minha mãe também morreu! - sinto o lado direito do meu rosto a arder e vestígios das primeiras lágrimas a rolar pelas minhas maçãs do rosto abaixo, parando entre a linha dos meus lábios onde posso sentir o seu sabor amargo.

Levo a minha mão ao lado da face onde a minha mãe me bateu e esfrego-a gentilmente. A mulher de olhos azuis à minha frente olha-me assustada por momentos mas depois recompõem-se tomando uma postura ereta e não deixando transparecer qualquer sentimento de culpa pelo que acabou de fazer.

Ela deixa escapar um suspiro alto e profundo.

— Não era isto que estava planeado. - ouço-a murmurar, mais para si própria do que para mim.

Dou um riso que consiste numa única gargalhada seca e numa lufada de ar que sai da boca produzindo algum som parecido com uma tosse.

— Durante estes dois anos tens-te mantido tão longe do mundo real, do que é verdadeiramente é importante que te esqueces de que tens filhos. Pelo menos tens um aqui em casa: sou eu. Durante estes dois anos esqueceste-te que eu também sofri a morte do pai. Ele era mais meu do que era teu. Era sangue do meu sangue. Tenho mais em comum com ele do que tu alguma vez tiveste. Se alguma vez o amaste deves saber como é viver com uma pessoa que vê algo mais do que um futuro certo e umas páginas perfeitamente posicionadas e cálculo aplicado: vê um mundo cheio de alegria. O pai sempre me disse que para ser feliz só interessavam três coisas: amor, compreensão e positivismo. - falo calmamente e à medida que cito tais palavras, parece que a voz que sai da minha boca é a voz do homem responsável pelo rapaz em quem me tornei. Devo-lhe tudo o que sou e tudo o que tenho. — Neste momento não tenho nada disso. Não sou feliz. Mas tenciono sê-lo. E tenciono, algum dia, ser tão bom pai como o que tive e ensinar aos meus filhos o que realmente importa neste mundo.

 

“I'll paint the picture, let me set the scene I know when I have children they will know what it means and I pass on these things my family's given to me just love and understanding, positivity”

 

— Não dizes nada? - atiro-lhe com mais brusquidão do que a desejada. Espero que ela tome a palavras, mas permanece quieta e calada no seu canto, enquanto fita as pontas dos sapatos e parte da carpete avermelhada que contém desenhos tradicionais irlandeses.

Quando acho que nada pode correr pior ouço o seu riso ecoar dentro das quatro paredes. As teclas do piano parecem retesar-se diante tal comportamento. As cordas da guitarra parecem vibrar só o necessário para eu ser o único a ouvi-las.

— És um tolo!  - a minha mãe diz, ainda com a voz embargada e a tremer. Não sei qual a razão para a ter assim. — Tens razão: és mais parecido com o teu pai do que pensas. Mas enquanto viveres debaixo desta casa e eu pagar as contas com o dinheiro que ganho… - deu ênfase nestas últimas palavras, parando por segundos para que eu as absorvesse o melhor possível. - ...vais fazer o que eu quero. Não me interessa que continues a tocar, desde que entres em Oxford, Cambridge… qualquer universidade que não tenha referência a artes!

Sigo-o o seu corpo com os meus olhos quando ela me deixa sozinho naquela que se tornou, desde que me lembro, uma sala de música e um estúdio de gravação. O meu coração parece apertado entre os meus pulmões vazios e as minhas costelas quebradiças – ou, pelo menos, assim parecem, naquele momento. Todo eu pareço ser feito de vidro ou de porcelana.

Odeio-a! Odeio-a com todas as minhas forças naquele momento!

 

“You know we are made up of love and hate but both of them are balanced on a razor blade”

 

Ando de mansinho até à porta do meu quarto abrindo-a com o mínimo barulho possível. Ao olhar para o ecrã do meu telemóvel, vejo que já passaram mais de quarenta minutos desde que a minha progenitora se foi deitar. Não avisto quaisquer indícios de luz ou de algum tipo de movimento suspeito, por isso volto para trás e pego na minha mochila, pondo-a às costas. As cerca de oitenta libras que tinha no mealheiro deverão ser suficientes para pagar um bilhete de comboio e sair de Suffolk antes do amanhecer. Se não for possível, terei de ir para a estação de autocarros e misturar-me com os muito poucos turistas que visitam o condado nesta altura do ano. Consistem em, principalmente, idosos e reformados. Um casal ou outro de vez em quando e, muito raramente, estrangeiros.

Desço as escadas para a cave e guardo a LX1E que pertenceu ao meu pai no saco onde pertence. A minha pode ficar em casa, não irei precisar dela. Pego em todas as cordas sobresselentes que encontro e enfio-as num bolso vazio, assim como um afinador e todas as palhetas que encontro. Ao passar novamente pela mesinha de centro, não resisto em sentar-me uma última vez nos baixos sofás que a rodeiam e fingir que estou a ser embalado por algumas das músicas escritas pelo meu progenitor. Decido colocá-las também na mochila. Talvez, um dia, tenha a oportunidade de as acabar.

Fecho a porta da rua e deparo-me com a escuridão da noite. Nunca tive medo do escuro, mas agora, sabendo que estou sozinho daqui em diante, nada me parece certo.

Estou a mentir. Uma coisa parece-me certa. O meu sonho está ao meu alcance. Se eu não o seguir, ninguém o seguirá por mim. É isso que me dá força. Esperança.

 

“I'll paint the picture, let me set the scene I know I'm all for people following their dreams just re-remember life is more than fittin' in your jeans”

 

 

O2 Arena, Londres, Inglaterra

 

Atualmente

 

O som da velha guitarra do meu pai continua o mesmo, ano após ano, sempre ao meu serviço. Ao olhar em frente vejo uma multidão sem fim e dificilmente iluminada pelos muitos holofotes de cor azul e branca. Não consigo ver os limites daquela sala de espetáculos. Muito menos tento perceber as palavras que as pessoas que lá estão gritam. Sei que cantam as minhas novas músicas em uníssono, ora afinadas, ora fora de tom e que, ocasionalmente, gritam o meu nome com todas as suas forças na esperança de serem notadas.

 

“We could change this whole world with a piano add a bass, some guittar grab a beat and away we go”

 

Há uma pessoa que prende o meu olhar. Não paro de cantar, embora esta tenha sido a situação mais surpreendente que me tenha acontecido desde o dia em que saí de casa. Já fizeram mais ou menos oito anos, embora não pareça ter sido tanto tempo. Lembro-me de vaguear pelas ruas de Londres, perdido, com fome, de como as instalações do metro da cidade eram frias durante a noite e em como quase perdi a esperança ao olhar para os míseros trocos que recebia depois de um dia a tocar juntos de ruas e pontos turísticos. Dos calos nos dedos e das noites mal dormidas a compor músicas com um troço de lápis partido e quase inexistente que encontrava, por acaso, à porta de escolas.

Valeu a pena. Tudo valeu a pena e não tenho medo de admitir o que passei para conseguir o que tenho agora: a música. O mundo.

Olho a minha mãe com um sorriso mordaz e quase orgulhoso demais. Depois de tanto tempo a discutir com ela e a viver cheia de ressentimento e culpa, seria de esperar que me ignorasse, mas não. Do seu rosto brota um sorriso que há já muito tempo eu tinha o desprazer de não ver. Pergunto-me qual o significado das palavras que canto e o efeito que têm nela. Se a fazem sentir culpada, desiludida com ela mesma ou orgulhosa do filho. Não quero saber!

 

“You know, the future's in the hands of you and me so let's all get together, we can all be free Spread love and understanding, positivity”

 

— While I'll be sitting here with a sond that I wrote, sing, love could change the world in a moment, but what do I know? Love can change de world in a moment, but what do I know?

 

 

“Love can change the world in a moment”


Notas Finais


Agradecemos à leitura! Qualquer dúvida, contate-nos na Ask • https://ask.fm/projetoliterario

Obrigada, @LONDONERWISHES, por ter escrito algo tão bonito para o nosso projeto ♥
Com carinho,
Equipe PL

Também disponível no Wattpad • https://www.wattpad.com/story/106023489-ficstape-divide-ed-sheeran


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