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História 13 Reasons Why - Interativa - Fita 1, Lado A.


Escrita por: Jacobhood

Notas do Autor


Loglady99 – oi, este capítulo é inteiramente meu (tirando o fato de eu ter feito por cima do antigo primeiro chap, já que eu não consegui entrar em contato com o senhor-escritor-principal) então, pode ter coisas que poderão ser consertadas ao longo da história (para fazer sentido).

Peço desculpa se teu personagem não apareceu, é que são “muitos” para por num capítulo só. Mas logo todos irão aparecer, tenham noção disto e ainda sim não desistam de mim.

Tambéeeeeeeem, peço desculpa pelo tempo que demoramos para postar. Já que nossos horários não batem, e para não prolongar isso eu decidi escrever por conta e risco.

Capítulo 3 - Fita 1, Lado A.


Eu ainda estava em frente ao pacote que era destinado a mim. Esperando que tudo isso fosse uma brincadeira idiota de algum dos garotos, mas por dentro eu sabia que as coisas não funcionavam assim e uma grande culpa me afligia.

— Isak, o jantar está pronto. — ouço minha mãe dizer, do primeiro andar onde ela deveria estar.

Mal percebi que passei a tarde toda refletindo se ao menos eu realmente deveria abrir aquela caixa e acabar com tudo aquilo.

Me levantei, fui em direção a cozinha á passos lentos ainda aéreo pelo o que acabara de acontecer. Logo me sentei na mesa, esperando a minha mãe se aproximar com o prato que carregava em uma das mãos.

Ela tinha um semblante calmo.

— Você viu o pacote que tá lá em cima? — ela perguntou, curiosa.

— Sim. — respondi, pegando um pedaço de bolo em cima da mesa. — Mas não abri ainda, deve ser outra piada dos meus amigos. Vou jogar fora amanhã. — falei, dando a entender que se ela não me desse explicações, eu também não iria atrás de mais nada.

— Poxa, você não deveria fazer isso. — ela falou, sentando-se ao meu lado. — Fui à casa dos Wood hoje, a mãe dela me pediu para ajudar com algumas coisas para a doação. Ela achou essa caixa ai, e pediu para que eu te trazesse, poderia ser alguma lembrança de Jane.

— Ah. — deixei minha voz morrer, a medida em que eu iria percebendo o quão sério aquilo poderia ser. Jane não era do tipo que se apegava a presentes, mas tinha um fascínio enorme por mistérios, e de certa forma eu já previa o que deveria ser aquilo.

 

-

 

Carrego um estilete em minha mão, corto delicadamente as aberturas da caixa com extremo cuidado. Tendo cuidado para que eu não rasgasse nada que não deveria ser cortado pelas laminas do objeto, que tremia em minha mão a medida em que a velha caixa de sapatos era revelada.

Abri a caixa, já não entendendo mais nada mas também não querendo hesitar. E lá dentro, o seu conteúdo era o mais arcaico possível. Fitas, eu poderia contar quantas tinham ali e me perguntar se eu queria continuar com aquilo, mas era ridículo demais, tudo muito bem armado.

Fui até o sótão, retirando de lá um velho toca fitas que meu avó dera para minha mãe no último mês. Me pergunto se o presente fora também premeditado, e esperando de Jane, tudo seria esperado.

Coloco meus headphones, que não estariam muito longe da mesinha de computador e logo trato de ouvir o que seria a primeira fita em ordem de treze.

Aqui é Jane Wood, e antes que você se pergunte, você não está pirando. Está sendo gravado, e se você está escutando isso... Provavelmente eu já terei partido desta para melhor.

Você pode ter contado aí, são treze fitas em que eu contarei a trágica história de chegar ao nível em que cheguei. Se você busca respostas, essa talvez seja um bom método para entender o que se passava comigo.

Vamos lá, as instruções são simples, escute todas as fitas e depois passe para o próximo. Não vou te obrigar a escutar, você pode simplesmente fingir que essas fitas não existem e passar o resto da vida curioso, eu não vou saber. Ou talvez eu irei.

— Sem chances.

Removi meus headphones, os colocando em cima da mesa antes de me levantar da cadeira a passos largos e colocar uma das minhas mãos em meu rosto. Incrédulo por ouvir mais uma vez aquela doce e amarga voz, que refletia toda a dor que ela estava passando até aquele ponto.

Respirei fundo, mais uma vez e voltei a escutar o mais calmo possível a voz de Jane soar pelo aparelho.

E como primeira história, vamos falar sobre como amigos são falsos. Te trocam por popularidade, e fingem ainda se importar com você.

Essa fita é para você, Isak.

 

 

Todos sabiam que nós erámos como irmãos, vivíamos colados, mas nem sempre chamando tanto atenção. Acho que isso foi o que desencadeou uma série de outros acontecimentos, Isak. Mas você nem sabia disto não é?

Engoli em seco. Repassando na minha mente todos os acontecimentos até hoje, procurando algo que agravasse minha culpa.

Me pergunto se você já captou a mensagem, Allen. Mas se não soube, eu faço questão de te relembrar.

 Lembra quando nos conhecemos? Você estava chorando numa parte isolada da escola, na qual era o MEU refúgio secreto e que, você usara para derrubar suas lágrimas após ser rejeitado por... Aquela pessoa que você estava apaixonado.

Se tivesse procurado outro lugar, Isak, eu ainda estaria viva.

O meu coração parou. E de fato, Jane via alguma culpa em mim e agora, esse sentimento me consumia.

— Mas que porra...

Eu não queria mesmo citar nomes, muito menos o sexo da... Opa!

Ainda ouvi uma risada aguda ecoar pelo som do estéreo, fazendo todo som refletir no quarto. Como se ela estivesse lá, atrás de mim dizendo que tudo isso era uma piada de mau gosto.

Eu posso muito bem apenas jogar isso fora, ninguém vai saber mesmo. Não há problema em ouvir o resto e se há mais porquês... talvez eu devesse saber o fim da história certo?

Viramos amigos, os melhores deles na real. Fazíamos Chris e Joe parecerem apenas dois estranhos em nossa concepção. Era engraçado, você chegou a dizer que eu era uma irmã para você Isak.

Mas você estava errado, irmãos não traem um ao outro.

Isak. Você me pareceu diferente dos outros, não parecia um babaca como Chai e muito menos o qual falso como Amber, mas parece que você me enganou e além de tudo isso, se enganou.

Só para constar, se você jogar essas fitas fora EU saberei. Tem um cara ai com cópias, que serão postas na policia e divulgadas na internet. Eu sei o que cada um é capaz, não me subestime.

Ouvi a respiração de Jane ficar mais pesada.

Você fez de tudo para entrar no time de futebol, lembra? Até me usou para isso. De uma forma ridícula, mas você o fez! Você ainda só queria entrar no time por causa dele, por causa da popularidade que os caras iriam te dar, por causa da merda dos seus sentimentos...! Você é tão egoísta!

— Não... eu não... — murmurei, sem querer. Me vendo tão atordoado com tantas verdades sendo ditas.

Sim, eu fiz tudo por popularidade, mas eu pensei que depois tudo iria se encaixar e ela iria ser feliz também! Todos precisam de popularidade para passar do ensino médio, ou era o que eu pensava! Eu juro!

Eu sei que você tentou me levar junto, até ouvi aquela conversa naquele dia. Mas você desistiu de mim, não é? Quando os garotos disseram que eu não era o suficiente. Mas eu não era o suficiente para você, Isak?!

Eu estava surtando.

JANE

Algum tempo atrás.

Eu estava em frente ao pátio, esperando Isak sair da aula de química que levou alguns minutos a mais. O pátio já estava vazio considerando que as aulas acabaram há mais de duas horas, mas ele ainda ficara para treinar e ter um reforço com o professor de química, que é o memorável senhor Jasper.

— Ei, você não é aquela garota da classe de história? — ouço uma voz distante me chamar. Me viro em direção a voz, e dou de cara com a abelha rainha, Alissa Salls.

Ela não estava acompanhada de mais ninguém, o que significava que ela queria um pouco de atenção ou uma escrava para carregar caixas repletas de uniformes das líderes de torcida.

— Sim, Jane. Sou Jane Wood. — digo, ainda sem graça diante aquela figura de tão alto escalão. Alissa Salls com certeza era a garota mais perfeita dali, todos a invejavam e o motivo era tão aparente...

— Ah, então Jane... As meninas saíram um pouco cedo, e os uniformes só chegaram da lavanderia agora. Poderia me ajudar a levar alguma dessas coisas por aí? — Ela perguntou, apontando para o carro que descarregava algumas caixas que estariam repletas de roupas para um time não tão grande, mas talentoso.

Em cheio.

E eu não poderia recusar.

— Levo sim, para onde que é que... — eu perguntei, mas Alissa fora mais rápida.

— É do outro lado da quadra, onde as coisas da educação física ficam. Deve estar aberto, se não estiver é só por na porta que depois de pegar a chave eu levo. — ela respondeu, pegando seu celular e logo voltando para mim. — Uh, o Jake disse que iria ajudar! Você pode ir levando as coisas, gracinha?

— Sim, sim eu posso. — respondi, pegando a primeira caixa que surpreendentemente, só para conter roupas, tinha um peso enorme.

-

 

Continuei andando, e depois de algum tempo eu já estava próxima a quadra. Nas arquibancadas, onde por acaso eu via a figura conhecida de Isak conversando com Joe.

Eu deixaria passar, já que Isak deveria estar se confessando, de novo. Mas o que me chamara atenção fora o meu nome sendo mencionado mais de uma vez com uma expressão nada amigável de Joejoe.

— Cara, se você quer ser popular você tem que parar de conversar com essas garotas que não são gostosas, tipo Jane. Você tem que aumentar seu nível, para pessoas como a Ashley, ou a Ali ou até mesmo a Amber. — ele riu, como se aquilo fosse um assunto corriqueiro. — Não é atoa que elas são as três “-A”

— Mas a Jane é minha amiga, esteve comigo todo esse tempo e não é como se ela fosse entender fácil assim! — oh céus, ele parecia tão frágil visto daquela forma.

— Você é um idiota. — ele riu novamente, cruzando os braços e encarando Isak com uma intensidade que nem mesmo Isak conseguia retribuir. — Você quer continuar a ser um zé ninguém?

O silêncio se instalou, Isak parecia indeciso. Suas mãos tremiam, seus lábios pareciam se mover contra a sua vontade e seus olhos eram os mais inquietos ali. Ele ponderava aquela questão ridícula.

— Não. — ele respondera, simples. — Tudo bem Joe, eu farei tudo o que for preciso para me tornar alguém.

Isak respirou, aliviado talvez?

E sinceramente, eu estava encarando aquela cena com decepção. Porque ele era meu amigo, eu gostava dele e mesmo assim ele insistia que em ser popular seus problemas iriam desaparecer, mas não era assim. Nem todo mundo era perfeito como Alissa que já nascera com o carisma para ser quem é, ou como Chai que adquirira isso, mas ainda sim era o bom cara que já troquei algumas palavras e que mesmo assim era gentil.

Não fazia sentido. Ele era confuso, eu estava confusa.

Continuei a ouvir por longos minutos, até que minha atenção foi chamada por Alissa, que tinha consigo um outro rapaz de fios platinados no qual me lembro de ter visto no aplicativo de mensagens que ela o chamava. Era “Jake” o seu contato, poderia ser ou não seu nome real. Por isso, me manti calada.

— Ei gracinha, vai ficar muito tempo aí? — ela disse, sem nem ao menos perceber o que eu observava. Fazendo Isak tomar consciência da minha presença ali, logo em seguida encarei seu rosto segundos antes de voltar-me para Alissa com o sorriso mais amigável que eu poderia criar.

— Oh sim, me desculpa, eu só me distrai. — voltei para a caixa e a levei por mais alguns metros, aquela coisa parecia pesar dez vezes mais do que realmente deveria pesar e mal percebi quando lágrimas inquietas começavam a brotar em meus olhos.

Eu parei. Coloquei a caixa de volta no chão e quando em poucos passos quem deveria ser Jake me alcançou, eu me manti focada em não mostrar que estava chorando, mas essa missão foi falha porque segundos depois eu já estava soluçando.

— Você está bem? — ele perguntou, colocando uma das mãos em meu ombro. O peso e o calor nunca foram tão acolhedores, eu sentia vontade de abraça-lo, mas sabia que não podia já que eu era uma estranha ridícula.

— S- sim. Está tudo o-ótimo, me desculpa Ahn...

— Jacob, eu sou Jacob. — ele sorriu amigável quando eu demonstrei que não sabia de fato o seu nome.

— Jac- Jacob. Por favor, você pode leva- levar essa caixa para mim? — eu perguntei com o tom de  voz mais audível possível.

Ele assentiu com a cabeça.

— Não se preocupe com isso.

O deixei ali, quando ouvi a voz de Isak dizendo algo como “espera” mal me despedi quando comecei a andar em direção ao pátio. Com uma vozinha mental dizendo que eu nunca deveria ter consolado Isak Allen naquele dia, porque eu sabia que aquele só iria ser o inicio do fim.

ISAK

Dias atuais.

E você apenas dias depois estava lá, sendo popular ao lado do cara. Uh, está sendo obvio que estou falando de Joe não? Você gostava dele, e para conseguir a atenção dele você me usou.

Quando mal percebi, você estava fazendo piadas e mais piadas sobre meu corpo, sobre a minha aparência com seus novos amigos. Chris, Joe e Isak! O novo trio que toda escola respeitava e admirava, todos em menos de um mês e meio queriam o casaco do time de futebol e qualquer uma ficaria com vocês para usar o seus casacos e por vinte minutos de fama.

E ela estava certa. Mais que certa, e o que eu iria fazer? Eu já estava literalmente na merda, enfurnado no meu quarto com tantas lembranças que provam que tudo o que ela está falando não era mentira.

Tão cruel.

Mas não quanto Jane, que está me enterrando! Dizendo que eu gosto de Joe, ela está acabando com minha imagem! Se alguém ouvir isso... Eu estarei acabado, se Joe ouvir esta droga!

E Isak, não demorou muito pros apelidos virem não é? Qual foi o primeiro de todos? Bunda de Ouro, e você nem mesmo gosta de garotas...

Se ela era minha amiga, deveria entender minha situação! Ela que está sendo uma idiota, está me deixando sem escolhas!

E ainda me importei, ainda ergui meu rosto e fui atrás de você. E você lembra o que você fez?

JANE

Algum tempo atrás.

Eu estou do outro lado do corredor, e isso se tornou comum ao ligar os fatos de que Isak agora era popular, todas as garotas pareciam ter hormônios à flor da pele quando se tratava do trio.

Ele estava lá, com seus novos amigos. Com sua nova vida, e eu sentia falta do antigo Isak que voltava pra casa comigo para jogar um de seus jogos favoritos de mesa numa sexta à noite.

Eu estou com saudades.

E posso estar fazendo a coisa mais idiota da minha vida, mas eu preciso tentar retomar a nossa amizade... Ao menos uma vez. Preciso dizer que tentei, por mim... Por você, por nossa amizade Isak.

Andei em direção ao grupo, evitando os olhares que se formavam. Todos eles só tinham uma coisa em sua cabeça, mas eu procurava evitar todos os olhares desafiadores que aquelas pessoas falsas promoviam.

— Isak. — falei.

Ele estava rindo de algo, quando se virou seu corpo parecera se enrijecer e a graça por um segundo parecera acabar. E no final, eu senti que eu era assunto naquele momento, mais uma vez...

— Vai Isak, responde. — Joe falou afiado, ao notar o mesmo que eu notei: Isak estava inseguro, estava tentando não me aproximar para não ter que ser um idiota na minha frente.

Mas ele iria ser, obvio.

— O que você quer? — Ele disse depois de prender o ar, e o soltar de forma que parecesse que minha presença não era desejada. Obvio que para aqueles populares, realmente não era, mas para Isak... Tenho minhas dúvidas.

Todos os olhares se caiam sobre mim, meu coração se apertava ao ver que cada um ali se deliciava com aquele circo.

Eram pessoas desprezíveis. Eu as odiava.

— Eu estava pensando, se você quer ir na minha casa hoje. Meu pai comprou um jogo novo, pensei que poderíamos... — deixei a frase morrer, ao olhar para os outros ali. — jogar.

Uma risada forte ficou contagiante ali. Desde Chris que estava abraçado num abraço lateral com Ashley, até Joe que estava com as mãos na cintura de Ali, até Isak que parecia se iludir com Lindsey.

— Sério isso? — Lindsey, abriu voz. — Amor, você sabe que crianças crescem, esse argumento só servia até a quinta série. Você é ridícula, deveria usar esse corpinho para alguma coisa.

— Tipo, sensualizar? — Ali caçoou, arrancando mais alguma risada de Chris e Joe. E sendo este primeiro, começando a falar.

— Uh, isso não seria uma má ideia. — Chris, mais uma vez mostrava que sua cara bonitinha não vinha com um cérebro.

Continuei a ouvir.

— Isso, deveria usar essa bunda de ouro para alguma coisa, queridinha. — Joe disse, me lançando mais um daqueles olhares maliciosos que eu tanto detestava. — Que tal, vamos fazer assim... Você vem para a cama comigo, que eu te faço popular.

Joe largou a cintura de Ali, se aproximando de mim a medida em que eu dava passos para trás procurando manter a distância. Ele era ridiculamente sensual, e eu detestava aquilo, mesmo aquela situação sendo deveras incomoda.

Eu não fui rápida o suficiente para continuar me distanciando, quando ele me alcançou pelo cós da calça e me puxou para frente e com o impacto, aproveitando mais ainda para simplesmente aproximar o máximo possível nossas intimidades.

Isak mais uma vez ficou inquieto.

— Não, caí fora. — digo com firmeza, após recolher um gemido pelo impacto. Me solto dele, e volto para a minha zona de conforto quando ele retorna mais uma vez para seu ponto de origem.

— É uma pena. — ele riu. — Não diga que eu não te dei uma chance, linda.

— Vou lembrar, Joe. — respondi mais uma vez. — Você não me respondeu Isak.

— É sexta à noite Jane, não dá pra ficar em casa. — Isak respondeu, tentando não parecer tão arrogante quanto seus amigos. — Eu vou sair com meus amigos, não dá.

— Eu pensei que eu era sua amiga.

— Sabe Jane, para de me seguir por aí como num cliché maldito. Eu não quero ser seu amigo e pronto, pare de me perseguir por ai.

Meu coração se partiu, pela segunda vez naquele mesmo mês.

Lágrimas novamente insistiam em cair, meu olho ardia, mas eu não dava o gosto de chorar na frente deles. Não, eu não iria demostrar fraqueza ou algo parecido, não perto deles. Eu não podia...

— Ei. Você está ai? — mal percebi quando novamente eu estava no meu lugar secreto, onde o conheci e onde tinha uma presença tão amigável quanto.

Eu ainda queria me aproximar das pessoas, ter fé nelas.

— Me desculpa, eu não- — enxuguei minhas lágrimas, voltando para o garoto de corte tijelinha que combinava tão bem quanto o olhar angelical dos olhos azulados como o mar transparecia.

— Sou Louis, e você?

— Jane.

— Por que está chorando, Jane? — sua voz era calma, me transparecia isso de maneira inimaginável. Eu estava gostando da presença dele, ao menos uma vez.

— Você não viu? Meu melhor amigo me deixou para ficar com um bando de populares. — choraminguei, sem saber se ao menos deveria confiar no garoto.

— Ah, eles são uns idiotas. Não deveria se sentir triste por isso, sabe Jane, muitos deles nem tem alma. Só vivem por existir, nem tem ao menos uma consciência fora daquilo. — ele riu baixo. — Uma hora o reinado acaba, e lá fora, na vida real dizer que você já foi uma bee, ou já jogou no time de futebol não vai fazer diferença. É só uma fase.

— E- eu espero. — soluço mais um pouco, deixando que minha mente fosse clareada pela voz aveludada e tão gentil de Louis.

— Olá Jane, está sozinha? — A voz da abelha rainha, Alissa Salls preenche a arquibancada. Me fazendo crer, que aquele dia seria longo.

ISAK

Dias atuais.

Você, foi você que deu portas para tudo aquilo. Eu realmente não entendo, se queria ser popular porque apenas não me avisou? Por que me fez te esperar todos os dias depois da aula só para te ver com Chris, Joe, ou alguma outra ficante sua? Isso realmente importava, Isak? Eu importava?

Você sempre foi um covarde.

E eu sabia disso.

Mas me fiz de cega e por isso, que você é a minha primeira razão. Você criou esta porta, e então você terá que carregar o fardo de minha morte por toda sua vida.

Acredite em mim, você não irá me esquecer tão fácil como antes.

E a fita se encerrou, a rebobinei como pedido numa série de notas que acompanhava um mapa. Coloquei-a de volta na caixa e passei o resto da noite deitado na cama, de barriga para cima tentando entender tudo o que eu havia feito. A merda era grande, absurdamente grande e se só aquilo me deixara tão para baixo.

Mas valeria apena ouvir todas as outras?


Notas Finais


Ficha de aceitos, com aparência aqui: [https://goo.gl/aaqeuX]


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