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História 1732 - O Ano do Vampiro - Questionamentos


Escrita por: Tenjin

Notas do Autor


Era para ter saído sexta mas tive alguns imprevistos..
Vou fazer uma vaquinha para comprar um novo cel pq o meu acho que deu PT...
Chegando com capitulo, que foi apenas revisado e ajustado algumas coisas.

Boa Leitura!

Capítulo 2 - Questionamentos


Dias depois, após ler tudo o que conseguiu encontrar sobre os Hatakes, Iruka estava novamente se dirigindo a Floresta da Morte e só de lembrar do primeiro contato com o Hatake sentia um frio correr pela espinha. Em seu ombro carregava uma bolsa contendo um caderno e sua tinteira para poder anotar tudo o que pudesse. Isso se tivesse oportunidade.

— Eu disse para você não voltar, porque está aqui? Está procurando a morte? Se tiver, terei o prazer de lhe apresentar — Iruka ouviu a mesma voz de dias atrás.

— E-eu não procuro a morte. Só procuro por Kakashi Hatake —  respondeu o Umino tentando não transparecer seu nervosismo.

— Ainda se lembram do meu nome? Interessante… Mas não responde minha pergunta — insistiu a voz que o doutor havia atribuído a Kakashi.

— Eu só quero entender o que está acontecendo na cidade, o que está causando as mortes.

— Eu sou o causador delas — respondeu Kakashi com simplicidade e uma frieza que assustou um pouco o outro.

— Porque? Porque matar jovens inocentes? — Questionou Iruka e ouviu uma gargalhada assustadora.

— Eles poderiam ser muitas coisas, mas aqueles jovens não eram inocentes — respondeu Kakashi com desprezo que não passou despercebido por Iruka.

— O que quer dizer com isso? — o Umino estava ficando com mais questionamentos do que quando chegou.

— Pesquise sobre eles Doutor Umino e depois me procure novamente, aí poderemos conversar melhor — a voz soou com ainda mais seriedade e o doutor notou que não era um pedido.

— Sem ameaças dessa vez? Poderei voltar? — o de cabelos castanhos ficou realmente surpreso, mesmo tendo recebido uma ordem direta.

— Você parece ser diferente deles. Talvez te dê uma chance de mostrar o meu lado da história. E Iruka, fale com o senhor Hiruzen, pergunte a ele sobre um homem chamado Danzou. Quem sabe assim você comece a acreditar no delegado e no que dizem sobre mim — Iruka notou certo desgosto ao dizer o nome do prefeito, mas não se prendeu muito a isso naquele momento.

— Sobre você ser um vampiro? — perguntou Iruka com certo deboche.

— Sim. Você não sente medo? — quis saber Kakashi.

— Sentiria se eu acreditasse nessa história, mas como não acredito..

— Irei te fazer acreditar no que eu sou, irei te mostrar o que eu sou — ditou o outro categórico.

— Me mostre agora então — pediu Iruka.

— Não é o momento ainda. Quando chegar a hora, te mostrarei. Volte quando tiver as respostas para minhas perguntas. Estarei à sua espera — falou Kakashi desaparecendo da mesma maneira que surgiu.

Iruka sentiu quando Kakashi sumiu, não sentia mais o arrepio em seu corpo e só então notou que a floresta pareceu ter vida novamente, pois enquanto Kakashi estava ali não se ouvia nenhum som, os animais pareciam estar escondidos com medo, nem mesmo o farfalhar das folhas ou o barulho do vento era ouvido na presença dele. Rapidamente o moreno tomou o caminho de volta, decidido a falar primeiro com Hiruzen e depois procuraria Gai.  

Ao chegar no prédio que ficava na prefeitura, rapidamente foi direcionado a sala de Hiruzen. Ao adentrar, encontrou Asuma e Kurenai, sabia que os dois estariam ali por isso não se importou.

— Quem é Danzou? — perguntou Umino direto.

— Onde ouviu esse nome? — perguntou Asuma com curiosidade.

— Kakashi Hatake.

Ao dizer aquele nome os três o olharam assustados, pois nunca tinham visto alguém ter um encontro com Kakashi e sair vivo para contar a história.

— Como está aqui pedindo sobre Danzou? Como encontrou Kakashi e está aqui, inteiro? — pediu Hiruzen realmente surpreso, como se não esperasse encontrar o médico novamente..

— Já falei com ele duas vezes e… — Iruka começou mas foi interrompido pela única mulher da sala.

— Duas vezes? Como é possível? — Kurenai pediu com a mão no peito visivelmente assustada e preocupada.

— Sim — Iruka não entendia toda aquela comoção em torno do Hatake — Primeira vez estávamos eu e o Gai, ele havia me levado até a Floresta da Morte onde os corpos haviam sido encontrados e eu acabei encontrando, não o encontrei apenas o ouvi, e ele me mandou sair de lá, dizendo que se voltasse iria sofrer as consequências. A segunda hoje, onde conversamos novamente, e ele me pediu para procurar o senhor, pois me diria quem é Danzou — falou Iruka calmamente.

— Como pode estar tão calmo, Doutor? O senhor se encontrou com o temido vampiro Kakashi Hatake, sai vivo e não está se borrando de medo? — perguntou Asuma.

— Vocês dois podem se retirar por favor? — pediu Hiruzen encarando Iruka sério.

— Ah pai, ele é o primeiro a sair vivo e o senhor quer me privar de ouvir essa façanha? — falou Asuma como se fosse uma criança mimada.

Mas o olhar que o casal recebeu, fez Kurenai puxar o marido pelo braço para sair dali o mais rápido possível.

— Quem é Danzou? Pois para pedir que os dois saíssem, não quer que eles saibam de algo — pediu Iruka novamente querendo encerrar logo aquele assunto.

— Você é esperto Iruka, um pouco curioso demais. Mas o que me deixou intrigado foi o Hatake deixar você vivo. Ele deve ter algo em mente — a última fala de Hiruzen foi para ele do que para Iruka.

— Ele é apenas uma pessoa sozinha, isolada que se tornou frio e não gosta que ninguém invada sua propriedade — o médico explicou, como se fosse a verdade irrefutável.

— Ainda não acredita que ele é um vampiro. Veja bem — Hiruzen tirou alguns papéis de uma das gavetas que estavam trancadas e entregou ao moreno — Isso são documentos de quando os Hatake vieram para cá. Irá ver que isso já faz quase duzentos anos. Deve encontrar uma certidão ai no meio, que consta a data de nascimento dos Hatakes, tanto do pai Sakumo quanto do seu filho Kakashi, incluindo a certidão de óbito de Sakumo.

Iruka folheou os papéis e encontrou a certidão de nascimento de Sakumo que dizia que ele havia nascido em 03 de Setembro de 1.487 e falecido em 08 de julho de 1540, enquanto Kakashi Hatake havia nascido em 15 de setembro de 1.507 e não tinha certidão de óbito.

— Isso apenas me diz que Sakumo e Kakashi viveram nessa época e que o pai morreu. Pode não ter a certidão de óbito do Kakashi. Isso não prova nada. O nome do atual dono da propriedade pode ser uma homenagem a seu antepassado, nada demais. Agora, me diga, quem foi Danzou e porque está evitando falar sobre isso? — o Umino já estava ficando impaciente com aquela enrolação.

Hiruzen suspirou pesado, deu outra tragada no seu inseparável cachimbo antes de continuar a falar.

— Seu ceticismo ainda vai te matar, Doutor Iruka. Danzou era uma espécie de caçador digamos assim. Estava em busca de mais troféu para sua coleção de horrores. Ele estava em busca dos últimos Uchihas e quando soube que ele morava aqui, não hesitou em organizar uma caçada a ele. Obito, o último Uchiha, ficou sabendo e tentou  sair da cidade levando Kakashi e seu pai Sakumo, mas foram pegos em uma emboscada. Obito tentou os proteger pois os Hatake haviam o tratado tão bem, como se ele não fosse um monstro, como se fosse uma pessoa como qualquer outra, mas infelizmente não conseguiu evitar a morte do Sakumo. Obito e Kakashi lutaram bravamente contra os caçadores de Danzou, os eliminando, mas na luta contra Danzou, Obito acabou morrendo pelas mãos dele e Kakashi o vingou, porém acabou ficando sozinho e ainda mais isolado. Não queria atrair atenção para si, quanto menos interações tivesse, melhor. Ele não queria se tornar o monstro que Danzou dizia que ele era. Mas ele continuou matando pessoas, jovens em sua maioria, então ele não era nenhum santo, muito menos inocente. Tome cuidado com ele. Não quero ter que ficar novamente sem um médico aqui — poderia ser imaginação do Iruka, mas a última fala do prefeito havia soado de uma forma que parecia uma mentira e que havia algo a mais naquela história que não estava sendo contado.

— Tomarei cuidado, não se preocupe comigo. Mesmo ainda não acreditando nessa história de vampiro e muito menos que Kakashi tenha mais de duzentos anos, continuarei com meus estudos e minhas pesquisas. Não descansarei enquanto não desvendar todo esse mistério — afirmou Iruka.

— É o que espero — disse Hiruzen.

— Vou voltar aos meus trabalhos. Caso tenha mais algumas questões, posso voltar aqui para que me ajude a esclarecê-las?

— Claro, será sempre bem vindo.

Iruka saiu da prefeitura um pouco atordoado pela história em si, por saber que haviam pessoas que eram caçadas como se fossem animais e por lembrar que Kakashi havia dito que as pessoas ainda lembravam do seu nome. Por mais que as histórias contadas batessem com os documentos, ainda não estava cem por cento convencido. Agora o Doutor andava pelas ruas de Belgrado em direção a delegacia para falar novamente com Gai e pedir para ele a ficha dos jovens que foram mortos e saber mais sobre o último corpo que fora encontrado morto, sentia que precisava resolver aquilo o mais rápido possível antes de outro corpo ser encontrado.

Ao chegar no seu destino, encontrou Gai junto com seu filho Rock Lee e mais outros dois adolescentes, Neji e Tenten, estes que Iruka já conhecia, pois eles viviam ali. 

— E aí trio, como estão? — perguntou Iruka se aproximando dos jovens.

— Estamos aqui porque o Lee saiu correndo quando viu um certo ruivo — disse Tenten deixando o amigo envergonhado.

— O filho do mercador Rasa, da cidade vizinha? — perguntou Gai divertido

— Sim, o tal de Gaara — disse Neji com certo desgosto.

— E porque saiu correndo? Tem medo dele? — perguntou Iruka, curioso.

— N-não… é que ele me intimida e… — Lee gaguejou a sua resposta.

— E ele gosta dele — respondeu Tenten.

— Depois falamos sobre amores, mas agora preciso trabalhar, então se me dão licença — disse Gai, praticamente expulsando os três dali.

— E Lee, não se deixe intimidar. Tente o conhecer melhor, quem sabe não se tornam amigos — disse Iruka, piscando para Lee que ficou ainda mais envergonhado.

Assim que os três saíram, Iruka se sentou na cadeira de frente para Gai, que estava folheando alguns papéis.

— Não se importa do seu filho estar interessado em outro rapaz? — pediu o médico com curiosidade, afinal Gai era uma das únicas pessoas que não haviam feito nenhum comentário a respeito da aparência e do jeito de Iruka.

— Só quero vê-lo feliz. Não me importa com quem, desde que a pessoa o trate bem. Sei que ele terá muitas dificuldades e problemas pelas pessoas não o entenderem, mas espero que ele encontre alguém disposto a lutar ao seu lado. Mas não foi para falar sobre meu filho que você veio aqui. Você nunca vem aqui para uma conversa tranquila — respondeu com desânimo, queria apenas um dia calmo ao lado do novo médico, o que estava se mostrando algo impossível.

— Tem razão, não vim para falar sobre amores adolescentes. Eu preciso da ficha do último corpo, do Mizuki Touji, preciso saber tudo sobre ele, e sobre os demais também, se possível — pediu Iruka sem hesitar.

— Para que precisa disso? O que isso vai te ajudar com a questão das mortes? Se bem que você já sabe a causa e…

— Pode trazer a ficha dele? Por favor — insistiu Iruka.

Gai bufou com a resistência do Umino em aceitar a verdade que está bem a sua frente, mas fez o que pediu, pegou as fichas que tinham as informações do Mizuki e dos outros também. Iruka pegou a ficha e começou a ler.

— Mizuki Touji, 20 anos, 1,79m de altura, pesava 69 quilos, cabelos grisalhos em um tom azulado, olhos verdes, a única pessoa próxima era a Tsubaki, foi detido algumas vezes por brigas e causar confusões no bar. É só isso? Não tem mais nada? — perguntou Iruka um pouco decepcionado.

— O que esperava encontrar? — Gai perguntou confuso.

— Kakashi me disse que os jovens que matou, podia ser muitas coisas, menos inocentes. Mas aqui não tem nada. Esperava encontrar algum motivo para as mortes, mas elas continuam parecendo ser por puro prazer — falou Iruka decepcionado

— Eu acho que não é isso, tem muitas coisas que não são colocadas em relatórios, principalmente quando se trata da ralé, como era Mizuki — Gai explicou como as coisas funcionavam em Belgrado.

— O que quer dizer com isso Gai?

— Que Mizuki não era santo e provavelmente teve o fim  que mereceu — declarou Gai com simplicidade.

— Porque não me disseram isso antes?

— Você é um médico, deve tratar todos iguais. Pelo menos é o que dizem.

Iruka esfregou a mão no rosto incrédulo com o que ouviu.

— Acha que se soubesse que ele fazia parte da escória trataria a causa da morte de outra maneira, sem me importar?

— Porque acha que durante todos esses anos as mortes nunca foram investigadas a fundo? — A pergunta era retórica, pois o médico já havia entendido a questão por trás daquilo tudo.

— Ai vocês me julgaram que eu seria como todos os outros que passaram por aqui? Quem paga mais, quem tem mais dinheiro, tem mais direito que os outros?

— Sei que parece crueldade, mas é assim que a vida funciona, quanto antes entender, melhor.

— Eu sei muito bem disso, Gai. Só fui aceito na faculdade pelo fato dos meus pais terem dinheiro, mas não quer dizer que tenha sido bem tratado e bem recebido. Então a questão do dinheiro não é tudo.

— Pode ser lá, mas aqui é.

— Percebi. Agora, me diga porque Mizuki teve o que mereceu?

— Mizuki é suspeito de ter matado Tsubaki em um acesso de raiva. Nenhum dos dois tinha família, eram só eles. Mas um dia ele chegou dizendo que ela havia ido embora, mas alguns dias depois o corpo dela foi encontrado perto da Floresta da Morte, provavelmente para acusar que Kakashi a havia matado. Mas sabemos que não, pois ela não tinha nenhum sinal como os outros e seu sangue não havia sido drenado. Ela tinha um ferimento na barriga feito por um objeto afiado, provavelmente uma faca — contou resumidamente o ocorrido.

— O cara era louco mesmo então. E os outros, que foram encontrados antes?

— Ladrões, assassinos, estupradores e todo tipo de seres desprezíveis que se possa imaginar.

— Então Kakashi está fazendo um favor à cidade de vocês? — Questionou Iruka tentando achar um padrão, a lógica por trás daquilo tudo.

— Pode ser… Mas não entendo porque mandaram você para cá… — Gai pensou alto e atraiu a atenção do outro.

— Como assim?

— Como dizer... Os médicos antes, pelo menos dois deles não eram flor que se cheire..

— Está querendo dizer que eles também eram como Mizuki? 

— Pelo que soube um matou um paciente por ele ser estrangeiro e achar que ele havia sido mal educado, enquanto o outro estava assediando as mulheres. Sei que muitos pensam que mulheres não têm direito a nada, que não podem reclamar e que devem aceitar tudo quietas, que devem aceitar tudo, mas ele mexeu com a mulher errada uma vez, a esposa do Asuma. 

— Parece que estão mandando esse tipo de pessoa para cá para serem executadas — a conclusão que Iruka chegou o deixou abismado.

— Ou para serem a refeição do Hatake e o manter longe dos cidadãos de bem.

— Isso é um absurdo… ele não é um animal enjaulado que precisa ser alimentado. Ele é uma pessoa — bradou o médico irritado.

— Ele não é uma pessoa Iruka! Entenda.

— Digamos que acredite que ele seja um vampiro, isso não o torna menos humano, não para mim.

—  Mas uma coisa me intriga desde que te vi e quando te conheci melhor, aumentou ainda mais. Dado aos históricos dos outros médicos, porque você foi mandado para cá? É algum assassino sanguinário? Matou algum paciente? Mexeu com a mulher errada? Ou…

— Não, nada disso. Mas acho que sei porque. Eles devem pensar que Kakashi é algum tipo de carrasco ou sei lá o que, que irá executar os maus. E devem me achar uma aberração que deve ser eliminada — concluiu Iruka deixando o delegado mais uma vez confuso.

— Não entendo onde que chegar Iruka..

— Eu sou diferente dos homens que conheço. Minha aparência, meu jeito de me vestir, meu cabelo..

— E daí que você gosta de cabelos compridos e usar roupas um pouco mais justas que o normal? — Para Gai não havia nada de mais naquilo tudo.

— Gai, seu filho é igual a mim — esclareceu o médico.

— Oh, entendi. Você não gosta de belas damas e sim de belos cavalheiros e te mandaram aqui por acharem que é um crime e que você deve ser punido.

— Isso para alguns é um dos piores crimes do mundo.

— Mas nos leva a outra questão… Kakashi parece não se importar, ou você estaria morto ou servindo de almoço para ele.

— Terei muito que conversar com ele quando conversarmos novamente.

— Isso quer dizer que acredita que ele seja um vampiro?

— Não, ainda não. Preciso ver com meus próprios olhos e por isso você vai me contar tudo sobre vampiros, como eles agem, como se transformaram, se nascem assim, todas as lendas e histórias. Absolutamente tudo — ditou o mais novo, deixando Gai sem opção, a não ser concordar.

— Será uma longa noite… Precisaremos de muito café ou quem sabe de algo muito mais forte.

 


Notas Finais


Iruka e seu cinismo... sabemos onde irá acabar...


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