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História 199 dias com você - Arma, pai e beijo


Escrita por: ollgddlwmyb e maliktwerks

Notas do Autor


Gente, por favor, quero falar logo aqui.
Não sei se vocês já perceberam (acho difícil vocês não terem percebido), mas a Emma tem um sério problema com seus pensamentos. Do nada ela começa a pensar coisas nada a ver com o que acontece, então, que fique claro que isso é uma característica da personagem (maluca) que eu e a Duda criamos.
Não, ninguém reclamou ou perguntou sobre isso, eu só queria deixar claro, e adiantar que ela vai ter outro desses pensamentos nada a ver.
PS: Ignorem os nomes dos capítulos também, minha criatividade vai de mal a pior.
PS2: Hoje é dia 24 de dezembro!! Yaaay!! Aniversário do Boo Bear, nem consigo acreditar que aquela bichona ta fazendo 22 anos :( enfim, a capa do capítulo de hoje vai pra ele, pelo aniversário e pela participação nele... hihi.
Beijinhos da Ary xx

Capítulo 14 - Arma, pai e beijo


Fanfic / Fanfiction 199 dias com você - Arma, pai e beijo

Acordei às seis em ponto. O motivo? Harry Styles. Sonhei várias vezes a mesma coisa: Harry com uma arma na mão e meu pai de joelhos, igual à foto. Eu sempre tentava gritar para falar com meu pai ou mandar Harry não fazer aquilo, mas eles não ouviam. Parecia que eu estava assistindo algo que já havia acontecido, o que eu, de verdade, me recusava a aceitar.

Harry não havia matado meu pai, não podia ter feito isso. Mesmo que não me conhecesse, mesmo que não soubesse que aquele homem era meu pai, não podia ter feito isso com ninguém. Harry não era um assassino, não podia ser.

Tentando afastar esses pensamentos, fui tomar um banho e comer algo. Minha aula só começaria a duas horas, o que fez pensar três vezes em voltar para a cama e dormir mais, mas estava com medo de sonhar novamente com Harry e meu pai. Decidi que me manteria acordada até a hora de ir para o colégio. Após comer torradas e tomar um copo de café com leite, fui até meu novo quarto e peguei meu notebook. Acessei meus emails e havia três na caixa de não lidos. Um deles era sobre uma promoção de uma livraria, o outro da escola, dando as boas vindas e explicando um pouco do colégio, e o outro era de uma conta que eu não conhecia. O assunto tinha o nome de “Festa Anual de Boas-Vindas”. Percebi que havia vários remetentes. O email dizia:

Caros alunos, veteranos e novatos, gostaria de informar que a Festa Anual de Boas-Vindas acontecerá no próximo sábado no salão do colégio. Para os novatos e para reforçar aos veteranos, a festa é um modo que a escola encontrou de começar o ano de forma alegre e sem preguiça. Lá, os novatos terão um dos primeiros contatos com todos os alunos e de certa forma, já poderão interagir e se enturmarem.
Espero você na 54º Festa Anual de Boas-Vindas, no salão do colégio, das 19:00 às 23:59.
Atenciosamente,
Claire Sparkers, presidente do comitê do colégio.

Festa Anual? Era só o que me faltava. Já estava na quinquagésima quarta Festa Anual? Quantos anos aquele colégio tinha? Sessenta? Setenta? Cem? Ok, estou exagerando. Mas essas festas sempre precisam de um par, novatos não tem par – ao menos que você tenha um primo solteiro que lhe faria esse pequeno favor. Mas mesmo assim. Até o sábado eu não teria resolvido nada com Harry. Vê-lo na festa do colégio seria como esmagar meu coração e picá-lo em mil pedaços.

Ok, estou exagerando novamente.

Fechei meu email e desliguei o notebook. Quando olhei no meu relógio-despertador, já passavam das sete, o que me fez pensar que havia passado mais de uma hora que eu havia cordado. Jura, Emma? Nossa, que descoberta incrível!, zoei da minha própria cara pelo pensamento imbecil. Desci novamente, rezando para que alguém tivesse acordado. Procurei na sala de estar, na sala de jantar e, por último, minhas preces foram ouvidas. Tia Ivy estava na cozinha fazendo o café e murmurando alguma música.

- Bom dia – falei me aproximando do balcão que dividia a sala de jantar da cozinha.

- Bom dia, querida! – tia Ivy falou quando percebeu que eu estava ali. – O que faz acordada tão cedo?

- Fiquei sem sono – dei de ombros. – Precisa de ajuda?

- Ah, claro! Poderia colocar a mesa? Diminuiria um bom tempo.

- Sem problemas – peguei quatro pratos e xícaras e levei para a mesa, organizando-os. Depois peguei as outras coisas e saí deixando na mesa.

- Como vai a escola, Em? –minha tia perguntou, mais para quebrar o silêncio do que interesse.

- Vai bem. Sábado que vem terá a Festa Anual de Boas-Vindas...

- Que legal! Vai com aquele rapaz que jantou aqui?

- Niall? Ah, eu não sei. Na verdade nem me lembrei dele... – eu realmente não havia lembrado dele, mas poderia ser legal ir com ele... Isso se ele não tiver com quem ir, o que eu acho um pouco impossível.

- E em quem estava pensando? – Ivy perguntou fazendo pouco caso.

- Em ninguém. Ia chamar Ryam.

- Experimente chamar Niall. Tente se enturmar, Em. Se ele já tiver companhia, chame algum conhecido ou Ryam, as mulheres do século XXI já derrubaram essa barreira onde os homens as convidam para os eventos. – apesar de ser verdade, gostaria de ter vivido o século XX e esperar que alguém viesse me convidar para o baile. Ou não... Porque duvido que fosse convidada por alguém que fosse no mínimo apresentável.

Não que eu seja feia ou algo do tipo. Modéstia parte, me acho bonita. Muito bonita. O problema é minha timidez. Ninguém convidaria uma pessoa que nem tenha ouvido a voz nas aulas do ano inteiro.

- Tudo bem, obrigada, tia Ivy.

- Não há de quê, querida.

- Bem, eu vou subir um pouco, qualquer coisa, estou no meu quarto.

Fui até meu quarto e peguei meu celular. Nada de novo. Procurei o número de Niall e, quando achei, fiquei na dúvida de ligar ou deixar pra lá. Será que ele já estava acordado? Resolvi mandar uma mensagem. Se ele estivesse acordado, responderia na hora.

Hey, Niall, podemos nos encontrar depois da aula, no Nando’s? - Emma xx

Após enviar, fiquei esperando um pouco, mas depois de o que eu achei que fossem dez minutos, desisti e resolvi arrumar minha bolsa.

- Emma! O café está pronto! – ouvi minha tia gritar da cozinha e gritei de volta dizendo que já estava indo. Dei uma última checada no celular e depois me olhei no espelho. Graças a Claire, nós não precisávamos usar uniforme, então eu vesti uma calça jeans justa, uma blusa azul de manga cumprida e uma sapatilha azul marinho, para combinar com a blusa. Peguei minha bolsa, joguei o celular e meu fone dentro e desci em direção à sala de jantar. Ryam e tio James já estavam lá.

- Bom dia, Emma Curley, está uma gata, hein – Ryam falou, me olhando de cima a baixo, com um olhar malicioso.

- Ryam... – James o repreendeu.

- O quê? Ela está uma gata!

- Ryam, vai deixar Emma desconfortável – foi a vez de Ivy falar, passando a mão pelo meu ombro e me guiando até a cadeira ao lado de Ryam.

- Ela não fica desconfortável tão rápido, fica? – ele olhou para mim, querendo uma resposta.

- Já tem um par pra Festa de Boas-Vindas? – perguntei mudando claramente de assunto.

- Estou esperando o momento certo para convidar uma garota, e você?

- Emma vai convidar Niall – minha tia respondeu por mim, toda feliz.

- Niall? Aquele garoto que jantou aqui outro dia? – tio James perguntou, com seriedade.

- Esse mesmo. O único Niall do colégio – Ryam falou.

- Bem, certamente vocês já têm alguma intimidade.

- James, ela deixou bem claro de que Niall só jantou aqui por ser de última hora. Pare de agir como um pai ciumento do outro século – minha tia me defendeu.

- É minha obrigação agir como um pai ciumento do outro século.

- Mas Emma não quer um pai ciumento, ela quer um tio atencioso e compreensível – Ivy defendeu-me novamente. Senti o olhar de James pairar sobre ela. Aquele olhar eu conheci muito bem. Queria dizer pare de responder por ela e pare de me enfrentar, está manchando minha imagem de homem da casa. Tia Ivy deu as costas para o marido e foi sentar.

Após um café da manhã cheio de comentários com duplos sentidos de Ryam, palpites raivosos de tio James e defesas de tia Ivy, Ryam e eu fomos para o colégio em seu carro. O caminho todo foi repleto de música e cantos agudos de meu primo tentando imitar Miley Cyrus e Demi Lovato.

- Vai mesmo convidar o Niall para a Festa de Boas-Vindas? – Ryam perguntou quando parou no sinal vermelho. No mesmo instante, senti meu celular vibrar. Mensagem de Niall.

Nando’s?! Adoro esse restaurante! Pode contar comigo, eu pago! xx

- Talvez – respondi à Ryam sorrindo, depois de ver a mensagem. – Por quê?

- Nada – ele respondeu rápido. Rápido demais.

- Quem é a garota que você vai convidar?

- Não sei se vou convidá-la.

- Mas você disse que estava esperando o momento certo...

- É, mas eu desisti – ele me interrompeu, um pouco nervoso.

- De uma hora pra outra? – insisti.

- Sim. Boa sorte ao convidar Niall – ele falou quando estacionou o carro no colégio. Desligou o carro e saiu rapidamente, me deixando lá.

...

- Bom dia, Curley! – Louis falou, assim que me viu entrar na sala de geometria.

- Bom dia, Tomlinson – sorri e ele me deu um abraço.

- Como vão as coisas? – ele perguntou em um tom meio preocupado. Será que Harry tinha falado o que aconteceu na sua casa ontem? Tinha tentado esquecer isso desde a hora em que acordei, mas sempre que podia, minha mente me torturava com imagens do sonho.

- Hm... Vão bem – tentei forçar um sorriso.

- Tem certeza? – ele perguntou. Com certeza sabia de algo.

- Não, mas... Não quero falar sobre isso agora – Louis afirmou com a cabeça, concordando, e me puxou para sentar ao seu lado.

- Já ta sabendo da festa que vai ter sábado que vem?

- Sim, com quem você vai? – perguntei já ajeitando as coisas na mesa.

- Ainda não sei. Estou pensando em convidar uma garota da minha sala de biologia, mas acho pouco provável que ela já não tenha companhia – Louis falou um pouco triste.

- Se quiser, posso perguntá-la.

- Muito obrigada, mas o que você iria dizer? “Oi, bem, meu amigo está perguntando se você quer ir com ele para a festa no sábado.” – Louis imitou uma voz feminina e ficou ajeitando o cabelo, como uma garota. Não aguentei e comecei a rir de sua versão feminina.

- Claro que não, Lou! Primeiro eu teria que saber quem ela é e verificar que ela não é nenhuma puta – encarei-o, mas ele não demonstrou nenhum sinal de que isso seria uma preocupação. – Depois, eu iria arranjar uma amizade com ela e, por fim, perguntar se ela tem alguém para ir na festa. Nós dois saímos ganhando, eu com uma amiga nova e você com uma companhia para a festa.

- Isso se ela não tiver com quem ir – Louis desanimou novamente.

- Qual é, Louis! Mandaram o email hoje de manhã. A menos que ela seja a garota mais disputada de todo o colégio, ninguém a convidou. Só se ela já tiver namorado... – falei mais para mim mesma do que para Louis.

- Você acha mesmo que se ela tivesse namorado eu estaria querendo convidá-la?! – ele perguntou incrédulo, como quem dizia que não queria receber um soco na cara.

- Vai saber – dei de ombros.

- Ok, ok. Plano montado. Mas e você? Quem te convidou? Ou quem você vai convidar? – Louis me lançou um olhar malicioso, mexendo a sobrancelha direita para cima e para baixo rapidamente.

- Ainda não fui convidada, mas estou de olho em alguém... – falei sorrindo envergonhada.

- Mas olha só! Menos de uma semana no colégio e já está de olho em alguém! - Louis gargalhou. – Pode falar, quem é? Eu conheço?

- Bem... – falei sorrindo enquanto brincava com a caneta em minhas mãos. – Não estou certa que vou convidá-lo, mas sim, você o conhece.

- Hm... – ele fez uma cara pensativa. – Se eu conheço e você conhece... – ele parou um pouco e depois estalou o dedo. Já estava começando a estranhar sua opção sexual... – Harry Styles ou Niall Horan – ele falou convencido de que estava certo.

- Sim – concordei.

- Pelo que eu soube... Vou dar um voto para Niall.

- O que você soube? – estava certa de que Harry tinha comentado com ele o ocorrido de ontem. Só podia ser isso.

- Ouvi falar que Niall a levou para seu lugarzinho secreto.

- Niall disse o quê? – perguntei incrédula. Tinha certeza que ele sabia sobre o que aconteceu ontem. Não podia ser.

E se ele tivesse algo a ver junto de Harry? E se Harry tivesse ligado pra ele quando eu saí de sua casa para avisar que eu já sabia de tudo? E se os dois estivessem nessa juntos, um cúmplice do outro? Não, não, não! Emma, você só pode estar viajando! Você fumou um dos pesados. O que está acontecendo com você? Minha cabeça começou a agir contra minha vontade. Agora ela me forçava a ver Harry e Louis com armas apontando para meu pai, ajoelhado na frente deles. Meu Deus, o que está acontecendo comigo? Fechei os olhos com força, mas só fez com que minha cabeça piorasse a situação e tiros soaram dentro de minha cabeça. Abri os olhos novamente e Louis estava me olhando preocupado. Ela falava alguma coisa, mas não conseguia ouvir, por conta do barulho dos tiros. Tentei fazer uma leitura labial e percebi ele falar “Emma, você está bem?” várias vezes. Balancei várias vezes a cabeça, tentando tirar os barulhos da minha cabeça, o que foi em vão. Louis levantou-se de sua cadeira e ficou na minha frente, eu ainda não conseguia ouvi-lo. Não conseguia ouvir nada, apenas vários tiros seguidos. Os tiros eram tão reais que eu comecei a me encolher, numa tentativa de me proteger. Apenas quando Lou segurou minhas mãos, que estavam abraçando meu corpo, e me deu um beijo que minha cabeça voltou ao normal. Fechei os olhos, mas os abri rapidamente, com medo de que as imagens voltassem. Olhei para ele, que continuava a me beijar – de olhos fechados -, e senti meu corpo relaxar. Ainda com um pouco de medo da minha própria mente, passei minhas mãos sobre seu pescoço e o abracei, finalmente fechando os olhos e sentindo uma sensação ótima por mais alguns segundos.

Quando ele provavelmente percebeu o que havia feito, tirou as mãos de minha cintura e separou o beijo, aproveitando para pegar ar.

Seu olhar ficou confuso. Ele fechou os olhos por alguns segundos e coçou a cabeça, aparentemente envergonhado. Olhei ao redor e já tinham alunos quase nos cercando. Senti minhas bochechas esquentarem e voltei a olhar para o garoto em minha frente.

- Eu não... Desculpe... Não devia ter feito isso... – ele falou olhando alguma coisa no chão. – Você...

Não esperei que ele terminasse. Provavelmente ele não teria o que terminar. Abracei-o forte e fiquei do mesmo jeito por alguns segundos.

- Obrigada... Eu... Minha cabeça entrou em pane – tentei explicar sem que parecesse que eu fosse muito maluca. Louis ficou quieto por um tempo, mas depois senti sua mão esquerda em minha cintura e a direita acariciando meus cabelos.

  - Muito bem alunos, todos para suas cadeiras – ouvi a voz do professor soar, mas não queria parar de abraçar Louis. – Tomlinson, isso vale para você e para a sua... Amiga também – o professor deu uma pausa incerta e enfatizou a palavra “amiga”. Olhei para Louis depois de sair do abraço e ele me encarou, um pouco preocupado e surpreso. Sentei em minha cadeira e ele fez o mesmo. A aula começou com olhares do professor e da turma, provavelmente tentando entender o que havia acontecido ali.

Ao decorrer da aula, os alunos pararam de prestar atenção em nós e focaram na matéria. O professor até que ensinava bem, mas o problema é que eu odeio geometria com todas as minhas forças. Além de me distrair fácil, a matéria não consegue entrar na cabeça de jeito nenhum.

Principalmente quando sua cabeça tenta focar em arma, pai e beijo.

 

 

 

 


Notas Finais


Hashtag EmmaPegaTodos hahahaha, primeiro o Harry no primeiro dia na Irlanda, depois quase o Niall e agora, sem perder tempo, Louis. Tudo bem que foi “sem querer”, massss... Beijou do mesmo jeito.
Como eu falei, Emma teve outro pensamento maluco e nada a ver com o assunto.
Espero que vocês estejam gostando da fic sem noção (sim, vou começar a chamar minha fic assim hahah), se não estiverem gostando, não tem problema, continuem lendo, vai que vocês começam a achar ela legal também?!
Até o próximo capítulo tchucas,
Beijos só da Ary de novo porque a Duda sumiu xx


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