Capítulo I - Sorte
Lucy, uma pilota de carros nata, está numa disputa por 100 dólares com um corredor chamado Leon.
Após o ultrapassar, ganha a corrida com facilidade.
Ao ganhar ela tira o capacete. É uma mulher morena, com uma jaqueta vermelha.
-Cadê o meu dinheiro?
-Eu não tenho, mas em troca, pode pegar qualquer coisa do meu armazém.
Assim ele a levou até o local.
-Está acabado.
-Mas as coisas dentro não estão!
Ela olha ao redor desanimada. Não há nada de interessante lá.
-Isso é uma piada! Eu quero meu dinheiro, não essas suas tralhas inúteis!
-Já disse que não tenho.
-Qual é! 100 dólares não são nada, como é que você não tem?
-Talvez não sejam pra você, garotinha mimada.
-Mais respeito porque a "garotinha mimada" aqui estraçalhou você na pista. Ela olhou e olhou e a coisa menos desnteressante que havia lá era um robô desativado jogado num canto.
Ela analisou de perto.
-Acho que vai dar pra distrair um pouco... Quero esse robô aqui.
Ele era loiro e vestia uma roupa preta com linhas azuis apagadas.
-Esse? É tão velho que nem lembro como o ganhei. Faça bom proveito.
Ela o pegou e colocou no banco da frente do carro.
-Talvez seja útil.
Ela chegou em casa e o colocou no sofá. Sentou do lado dele e pegou seu queixo.
-Deve dar para concertar. Vou ver o que posso fazer.
Sua mãe era uma famosa organizadora de eventos internacionais e estava sempre ocupada, assim como seu pai que era um empresário do ramo tecnológico que ia desde tablets até armas futurísticas.
-Filha, eu tenho um jantar de negócios. Quer vir?
-Não, já tenho planos pra hoje à noite.
Ela disse olhando pro robô.
-Você precisa de convívio social. Só fica enfiada aqui com esses computadores e máquinas!
-Eu prefiro eles, mãe.
Ela disse aborrecida.
-Vai ficar sozinha aqui outra vez?
-Não. Vou ficar aqui com o Lighty.
Sua mãe suspirou.
-Às vezes acho que não devíamos ter te dado aquele carro quando fez 18 anos. Bem, eu já vou. Se cuida.
Assim que sua mãe saiu, Lucy pegou o robô e levou pra garagem, que transformou em seu próprio laboratório tecnológico.
Ela foi e colocou o robô numa mesa reclinada diagonalmente.
-Você deve ser bem interessante...
Ela puxa o seu ombro e atrás dele há seu número de identificação.
-...20-39?
Ela estrala os dedos e pega uma chave de fenda.
-Vamos começar.
-É um modelo um pouco antigo, mas vai ser uma boa distração.
Lucy começou a consertá-lo. Ele estava bastante danificado.
-Caramba. O que foi que fizeram com esse andróide? Parece até que saiu de um tiroteio. Vamos ver... Lighty, faça uma busca sobre o modelo 20-39.
-Realizando a busca... Lucy, posso perguntar o que pretende fazer com esse andróide?
-Sei lá. Vou ver se ainda funciona, fazer um upgrade... e com certeza trocar essa roupinha surrada dele.
-Compreendo. Busca finalizada.
-E aí?
-Senhorita Lucy, queira me desculpar, mas nenhum dado foi encontrado.
Lucy ficou espantada. Como poderia? Então continuou a concertar.
-Já entendi o por que de não ligar. Queimou o núcleo de energia! Vou ter que fazer outro.
Imediatamente, ela foi até a impressora 3D dela e começou a fazer.
-Enquanto isso, vamos ver o que você tem.
Ela pegou o laptop e conectou numa entrada abaixo de sua nuca.
Assim que acessou seu sistema, viu que quase não havia dados e alguns corrompidos.
-Nossa, vai dar um trabalhão!
Lucy trabalhou a noite toda, ela criou um novo núcleo de energia, restaurou os poucos dados que havia e criou um novo sistema atualizado.
Ela acabou dormindo em cima do laptop e foi acordada pela voz de Lighty.
-Deveria se deitar na cama. É recomendável que você tenha pelo menos 8 horas de sono por noite.
-Ãhn? E quantas horas eu dormi aqui? 2?
-Menos.
Ela se espreguiçou.
-Ah não importa, Lighty. Tenho que terminar esse dróide.
-Se foi capaz de me dar inteligência artificial de última geração capaz de permitir que eu desenvolva personalidade tenho certeza que consegue consertá-lo.
-Valeu, Lighty! Mas meu pai ajudou muito no seu caso, esse é por minha conta. Tudo pronto, vamos ver se funciona.
Ela apertou um botão em seu peito, então o robô começou a abrir os olhos.
-Ahn... Onde...
Ele arregalou os olhos e se levantou rapidamente.
-Onde eu estou?! Que ano é esse?! Eu... Eu...
Ela foi até 20-39 o acalmar.
-Calma! Calma! Você está no meu laboratório! Estamos em 2015!
Ele sentou na cadeira novamente e pôs a mão na testa.
-2015? Eu... Lembro de terem me desativado em... 2001...
-Você ficou desligado por 14 anos?
Ele deitou na cadeira deprimido.
-Acho... Que sim...
Luccy se aproximou dele.
-Bem, então acho que já passou da hora de voltar à ativa. Meu nome é Lucy, ganhei você numa aposta de uma corrida, te consertei, fiz uns upgrades.... Você tem um nome?
Enquanto isso Lighty analisava com scanner todo o sistema de 20-39.
-Ele está funcionando plenamente. Todos os sistemas dele estão atualizados e a 100%. Você conseguiu, Lucy.
-Obrigada, Lighty.
Lucca olhou surpreso para o carro esportivo estacionado atrás dela. um viperette vermelho com um raio flamejante amarelo e aerofólio.
-Essa voz acabou de sair daquele carro?
-Sim. Esse é o Lighty. Tem inteligência artificial de última geração... digamos que ele é como você, o projetei e construí com meu pai.
-Que estranho... Devo ter perdido muito coisa durante meu sono...
Ele se levantou, porém se desequilibrou e quase caiu, se Lucy não tivesse o segurado.
-Seus sistemas ainda estão meio fracos. Terá de se acostumar a andar novamente.
Ele ficou de pé e olhou ao redor.
-Você não é muito social, né?
-E você tem muita personalidade pra um andróide, não? Bem digamos que eu prefiro a companhia de máquinas.
-Está correto. Ela é uma adolescente anti social incompreendida.
-Quieto Lighty! Vai bancar o terapeuta agora?
Ela se virou de novo pra 20-39.
-Enfim, proponho fazer alguns testes pra se acostumar com seu novo sistema. O que acha?
-Novo...?
-Sim. Eu substituí todo ele. Você é um novo robô!
-Sou...?
-Sim!
-Então tá...
Ela começou os testes.
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