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História 20 anos depois - A salvação da Escola Mundial - Capítulo 46


Escrita por: Believe8

Capítulo 53 - Capítulo 46


“Então eles reagiram ao flagra de vocês, e vocês tiveram que contê-los?” Questionou o delegado, finalizando o depoimento formal.

“Exato, eles tinham fósforos prestes a serem acesos e tinham espalhado álcool por todos os lados.” Explicou Jorge, no modo advogado.

“As garrafas de vodca?”

“Provavelmente para incriminar o Daniel.” Ele deu de ombros.

“Vocês confirmam isso, oficiais?” O delegado perguntou para os dois policiais que faziam plantão, que agora seguravam Gonzales e Gonzalito algemados, os dois resmungando de dor.

“Sim, senhor. O mais velho aqui até nos deu umas bengaladas quando viemos intervir.” Um dos homens fardados indicou um vergão em sua testa, fazendo careta.

“Mais alguém se feriu?”

“Algumas escoriações ao tentar conter os dois, mas nada alarmante.” Jorge deu de ombros, observando os amigos com suas famílias. “Acho que todos estão na verdade se sentindo em paz.”

Seu olhar repousou em Daniel e Carmen, que estavam abraçados com Leo. Podia ser coisa de sua cabeça, mas os ombros do amigo pareciam menos tensos e leves, afinal tendo vingado a morte do filho.

“Eu não acredito que você bateu neles, Dan... Você podia ter se metido em confusão.” Carmen o repreendeu com docilidade, segurando um saco de gelo abaixo do olho do marido, que estava um pouco inchado.

“Agora ele está vingado, amor...” Ele suspirou, os olhos marejados. “Nosso filho está vingado pelo que eles fizeram. Quando salvarmos a escola, honraremos a memória dele da melhor forma possível. Mas, agora, ele está vingado.”

Ela o encarou por alguns momentos, pensando no que dizer. Não queria que o marido preservasse sentimentos de vingança, sabia que eles não eram bons para a condição que ele tinha. Mas não conseguia disfarçar sua alegria e alívio.

“Obrigada.” Disse por fim, o abraçando. “Por vingar o nosso filho.”

“Agora me sinto em paz para seguimos em frente.” Garantiu o Zapata. “Eu sei que já te prometi isso várias vezes, mas... Eu vou vencer isso, Ca, eu prometo. Eu vou fazer por merecer o amor e o apoio que você e o Leo me dão, e merecer a confiança de Deus para nos mandar nosso anjinho de volta.”

“Eu sei, amor... Eu confio em você.” Ela sorriu, acariciando o rosto dele e movendo a bolsa de gelo para outro pronto inchado. “Agora, deixa eu cuidar de você, tá bom?”

“Deixo, deixo sim.” Ele suspirou, fechando os olhos e sentindo o toque delicado da mulher.

Nesse interim, os policiais foram embora levando Gonzales e Gonzalito, e Jorge voltou para junto dos amigos.

“Tudo certo. Os policiais confirmaram nossa versão.” Contou o advogado, enquanto a noiva vinha correndo até ele com gelo. “Obrigada, amor.”

“Vocês são malucos, isso sim... Podiam ter se dado mal por terem dado uma surra naqueles dois.” Repreendeu Alicia. “Por mais que eles tenham feito por merecer.”

“Hey, eles são velhos mas são astutos. O Gonzales, pelo menos, é. Aquela bengala dele faz um estrago razoável.” Reclamou Davi, com Hannah colocando um curativo em sua bochecha.

“A verdade é que nós íamos deixar o Dan dar um pau neles e só observar, na torcida. Mas eles reagiram e tivemos que nos meter.” Explicou Cirilo, que segurava o gelo no topo da cabeça. “Talvez nós tenhamos batido mais do que precisava, mas eles não são de todo inocentes.”

“Ainda assim, foi arriscado.” Concordou Marcelina, preocupada. “Se os policiais contassem a verdade, vocês poderiam ser presos também.”

“Eu conheço os dois policiais.” Contou Jaime, segurando o gelo sobre a barriga, onde tinha tomado um chute de Gonzalito. “Malham na academia que eu trabalho, e sabem o que rolou. Eles fingiram que não viram nada.”

“E será que os dois não vão prestar queixa?”

“Difícil, Bernardo... Eles foram pegos tentando incendiar uma escola, que por acaso foi incendiada recentemente. Eles não estão na melhor posição do mundo.” Lembrou Valéria.

“E temos como ligar eles ao Samuel?” Perguntou Mário, esperançoso.

“Não sei ainda, cara... O certo seria chamar o conselho amanhã, mas como temos a assembleia segunda, esperaremos. Eu vou ligar para o meu pai, e vou rapidamente até a delegacia, tomar conhecimento a respeito dos interrogatórios. Mas o Samuel não é idiota... Ele não vai se ligar facilmente aos dois.” Garantiu Jorge, sério.

“Precisamos de alguma coisa.”

“Agora nós precisamos dormir, todos nós.” Avisou Maria Joaquina. “As crianças voltaram a dormir, mas estamos todos cansados. Temos policiais aí na frente de vigia, então podemos ficar um pouco mais tranquilos. O Samuel não vai se sujar, e os capachos dele estão presos.”

“Ela está certa. Vamos descansar, e amanhã pensamos melhor no que fazemos.” Concordou Koki, enquanto todos iam para os colchonetes.

~*~

“Eu não acredito que vocês foram andar de skate a noite e não nos chamaram.” Reclamou Henrique, emburrado.

“Nós queríamos saber se era seguro, e depois levávamos vocês. Mas, como podem ver, todos nós nos machucamos e por isso não vamos levar vocês para se machucarem também.” Explicou Cirilo enquanto comiam.

Na noite anterior, só Antônia, Lucas e Guilherme tinham acordado com a confusão. Olívia e João Pedro também tinham despertado, mas eram pequenos demais para entender e falar sobre o acontecido.

“Doendo, papai?” Perguntou Isis, acariciando o roxo no rosto de Paulo.

“Um pouquinho, minha linda.”

“Dá beijinho, saa dodói.” Ela disse sorridente, começando a beijar o machucado do pai, que arfou.

“Bem devagar, filha, se não dói.” Alicia a instruiu, sorrindo com doçura para a cena.

“Cadê o papai?” Jack perguntou para a mãe.

“E o padrinho?” Leo deu pela falta de Jaime, e só então o grupo percebeu que o Palilo não estava ali.

“Foram no mercado, buscar algumas coisas para fazermos um almoço bem gostoso.” Marcelina inventou depressa. “Logo eles estão de volta.”

“Hey, o que vocês três estão cochichando?” Maria Joaquina sentou ao lado dos filhos mais velhos e Lucas, que conversavam em voz baixa.

“Aqueles caras de ontem, eles iam colocar fogo na escola, não é?” Questionou Lucas, sério. “Foram eles que fizeram isso da primeira vez.”

“Meninos, isso é assunto de gente grande.” A estilista suspirou. “Nós trouxemos vocês conosco porque não tinha como deixarmos todos vocês com seus avós durante o final de semana. Mas não é bom vocês ficarem se metendo nisso.”

“Tia Majo, nós não podemos ficar de braços cruzados enquanto eles ameaçam vocês e a escola!” Protestou o menino, nervoso.

“É mesmo, mãe... Ele deve ter algo a ver com a denúncia que fizeram ao tio Dan também!” Lembrou Antônia.

“Lucas, você ainda é muito pequeno para ficar pensando nisso, querido. E vocês também, Guilherme e Antônia. Por favor, esqueçam do que viram e ouviram ontem, está bem?” Mandou a mulher, se levantando.

“Você vai deixar quieto?” Antônia perguntou para o amigo, que revirou os olhos.

“Eu sou um Guerra, lembra? Deixar quieto é a única coisa que eu não faço.” Ele levantou, decidido. “Vocês estão comigo?”

~*~

Duda pulou da cama, assustada com as batidas insistentes e fortes na porta de sua casa. Correu e olhou pelo olho mágico, prendendo a respiração.

“Jaime?” Perguntou realmente surpresa, abrindo a porta e encarando o ex-namorado, com cara de poucos amigos.

“Seu avô tentou incendiar a escola de novo, sabia?” Rosnou o Palilo, cruzando com ela e entrando no apartamento.

“Ele o quê?” Gritou a mulher, fechando a porta e o seguindo. “Jaime, eu não sei de nada disso, eu juro.”

“Eu não me importo, Maria Eduarda!” Ele esbravejou, a assustando. “Eu acabei de deixar o Jorge na delegacia. Nós não podemos ligar o Gonzales ao seu pai, sabia?”

“Sim, sabia... Meu avô nunca registrou meu pai legalmente, e nem o reconheceu, mesmo mais velho.” Ela explicou, os ombros caídos. “Meu pai não liga, porque o nome do Gonzales está tão sujo quanto pau de galinheiro, e ele não quer estar atrelado a isso.”

“E como nós podemos provar isso?”

“O quê? Como assim, Jaime?” Perguntou Duda, surpresa.

“Como nós podemos provar para a justiça que seu pai é filho do Gonzales, e provar que ele é um grande filho da puta que só quer destruir a escola?” Explicou o homem, nervoso.

“Não podemos, Jaime, não existe nenhum documento que prove isso. Pelo menos, não que eu tenha conhecimento.” Duda disse, vendo-o se exaltar. “Eu poderia fazer um testemunho e pedirmos uma investigação e exame de DNA, mas nada disso vai ser possível antes da assembleia de segunda!”

“Mas eles não podem protelar a assembleia?”

“E dar mais tempo para o meu pai e o Gonzales fazerem merda?”

“Então o que nós podemos fazer? Me diz?” Jaime gritou, chorando. “Eu preciso fazer alguma coisa pela escola, pelos meus amigos, depois de ter levado uma coisa podre que nem você para o meio deles, para destruir tudo pelo qual lutamos!”

“Jaime...”

“Não, Maria Eduarda, nem começa a falar.” Ele a interrompeu, deixando tudo o que sentia vir à tona. “Você... Você foi baixa, muito baixa. Eu te dei meu coração e você destruiu ele. Eu te pedi, te implorei que não me fizesse sofrer, e você sorriu e disse que me amava, sabendo o que estava fazendo. Você quase destruiu a vida da Majo, do Cirilo, do Dan... Depois de tudo o que o Dan e a Carmen passaram nos últimos tempos, você só veio e fodeu mais ainda com tudo! Eu te coloquei a par de tudo que fazíamos, e você nos traiu! Todo o nosso trabalho, todo o nosso sacrifício, podia ter sido em vão, e por minha culpa! Porque eu fui um idiota apaixonado, que acreditou na loba em pele de cordeiro, e quase colocou tudo a perder.”

Quando terminou seu desabafo, caiu sentado no sofá e se entregou as lágrimas. Duda ficou apenas parada, o encarando e chorando tanto quanto ele. Caminhou até a escrivaninha e pegou alguns papéis, colocando ao lado dele no sofá.

“Isso é tudo o que eu tenho, Jaime. Tudo o que eu consegui reunir que sirva como prova, mas ainda assim é muito pouco para provar algo realmente, para ajudar vocês. Meu pai é ardiloso, a Susana também, e tudo o que ele o Gonzales e o Gonzalito têm de estabanados com pistas, eles têm de cuidadosos.” A jovem explicou, começando a se afastar. “Eu queria poder ajudar mais, Jaime, e te provar que eu nunca quis nada disso. Mas é só o que eu posso fazer para ajudar vocês... Sinto muito.”

E saiu para o quarto, deixando Jaime sozinho na sala, com suas lágrimas e pensamentos.

~*~

“Quer dizer que não tem nada que possamos fazer para provar que o Samuel é um filho da puta?” Explodiu Kokimoto, ouvindo o filho chorar. “Droga...”

“Calma, meu amorzinho.” Bibi acalentou o filho, encarando o noivo de forma séria.

“Legalmente, o Samuel e o Gonzales não têm nenhuma ligação. Não existe nenhum documento, nada, em lugar nenhum, que mostre que eles pelo menos se conhecem! Nós teríamos que contratar um detetive particular para seguir eles, o que fica impossível agora que aqueles dois boçais estão presos por tempo indeterminado.” Explicou Jorge, irritado.

“Gente, calma...” Pediu Cirilo. “Digo, mesmo que a gente não possa provar que o Samuel é filho do Gonzales e está por trás de tudo isso, nós ainda temos uma chance de salvar a escola, certo? O conselho vai votar, e agora, está dividido de novo.”

“É, o Morales saiu daqui bem feliz e impressionado.” Relembrou Margarida. “Tenho certeza que ele ficará do nosso lado.”

“É, mas até que ponto? A votação tem que ser de uma maioria, mesmo que seja de 60 para 40, ou seja, 6 membros contra 4. E, além do Samuel, nós temos três membros que estão firmes em vender.” Carmen suspirou, chateada. “Eu sei que o meu voto, do Alberto, do Miguel e do José não vai mudar, e quero ter fé que o do Morales também... Mas é isso! Eu não sei o que vai acontecer se a votação permanecer em um empasse, e eu tenho realmente medo de descobrir.”


Notas Finais


DEMOREI MAS VOLTEI, MEUS AMORES! Sim, os últimos dias foram uma loucura, mas agora as coisas devem se normalizar!
Um capítulo bem morno, intermediário, mas o próximo... Chegou o dia! Sim, o dia que esperávamos desde o começo da fic: a famigerada assembleia! Nela, será decidido o futuro da Escola Mundial. E não será em um capítulo, já adianto. Tem muita água para rolar nessa ponte, e vai ser beeeem intenso!
Vocês sabem que comentários são combustível, e como agora eu to conseguindo responder eles de novo (glorifica em pé, amigos), comentem!
Até breve, meus amores!
Beijos da tia Waal ;*


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