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História 21 Days - Isso não pode estar acontecendo


Escrita por: nndevonne

Notas do Autor


Olá, sweeties! Como vocês estão?
Aqui é a Ana (SweetDrama), e o capítulo de hoje foi escrito pela Nath! Nós duas esperamos que vocês gostem. Nesse capítulo teremos novos personagens, principalmente os amigos do Harry, que vão aparecer bastante durante a história.
Boa leitura, sweeties!

Capítulo 2 - Isso não pode estar acontecendo


Fanfic / Fanfiction 21 Days - Isso não pode estar acontecendo

— Não, não, não….

Isso não pode estar acontecendo. Meus móveis, meus eletrodomésticos, tudo corria o risco de estragar. Observei novamente o apartamento ainda não acreditando

no que meus olhos enxergavam. Como, exatamente, isso foi acontecer? Os malditos vizinhos do andar de cima. Eu iria estrangulá-los.

— Blair… — A voz irritante de Harry me chamou novamente.

— O quê? — Perguntei, tentando manter o mínimo de calma possível.

— Por que isso foi acontecer?

— Você é burro por acaso? Não vê que nossos malditos vizinhos do andar de cima estão fazendo barulho insuportável todos os dias por causa de uma reforma? É claro que isso aqui — Apontei para o meu apartamento todo alagado. — Tem haver com esses inúteis.

— E o que você vai fazer?

O olhei. Eles estava de braços cruzados encostado no batente de sua porta, me olhando com aquela cara debochada que tanto me irritava. Sim, meu querido vizinho amava me provocar. Ouvi conversas masculinas de seu apartamento se aproximando e aquilo foi a minha deixa para sair dali, mas antes respondi:

— Não lhe interessa.

Caminhei em direção as escadas novamente, iria tirar satisfação com os meus vizinhos. Eles teriam que arcar com os prejuízos. Quando cheguei no andar de cima não medi esforços e depositei toda a força que eu tinha naquela porta. Não demorou muito para Isabelle me atender.

— Blair — sorriu — Que surpresa!

— Surpresa? Surpresa estou eu ao chegar na minha casa de um dia altamente cansativo e encontrá-la totalmente alagada.

Seus pequenos olhos castanhos se arregalaram. Isabelle deveria ter uns vinte e oito anos, não mais que isso e morava com o seu recém marido Yan Van der Night que também aparentava ter a mesma idade.

—  Do que você está falando?

Aproveitei que Yan apareceu atrás dela para explicar de uma vez por todas.

— O meu apartamento está todo alagado devido a incompetência desses homens que vocês contratam para reformar o apartamento de vocês.

— Não é possível — Yan sussurrou, mas eu ouvi.

— Vejam com os seus próprios olhos — apontei em direção a escada — Faço questão de levá-los até lá.

Eles saíram do apartamento e Isabelle trancou a porta. Caminhei na frente em direção as escadas mais uma vez naquele início de noite.

Chegamos no meu andar e percebi os olhos deles arregalados ao verem que a água corria pela escada. Apontei em direção ao meu apartamento.

— Aqui está o estrago — falei.

— Oh meu Deus! — Isabelle tapou a boca, apavorada.

— Blair porque está caindo águ…. — a voz do síndico do prédio parou ao ver a água correndo de meu apartamento até as escadas — O que está acontecendo?

— Bem quem eu precisava. — falei — Encontrei meu apartamento assim e tenho certeza que é por causa das obras deles — apontei.

— Como pode ter tanta certeza? — Yan perguntou.

E agora eu tinha cara de idiota, pessoas com perguntas óbvias me irritavam a nivel extremo.

— Qual outra alternativa você dá para isso se eu sai e meu apartamento estava in-tac-to? — Soletrei a última palavra.

— Podemos resolver isso sem uma discussão — O síndico, chamado George, falou.

— Eu só quero uma solução — me defendi —Meus móveis irão estragar e vocês — apontei para o casal — Terão que arcar com o prejuízo.

—Senhorita McGrawn, calma, por favor. — Pediu George.

Definitivamente, eu estava calma. Eles ainda não me viram nervosa.

— Não podemos — as palavras saíram quase inaudível de Isabelle — Gastamos todas nossas economias na reforma se arcamos com isso passaremos fome.

Que passem! Deus como aquela conversa estava me irritando, aqueles dois eram dois patetas.

Minha calma foi para o ar quando a porta de Harry foi aberta, novamente. Hoje não era meu dia de sorte.

— Era só o que me faltava — sussurrei.

— Algum problema? — Perguntou com o olhar caído em cima de mim.

— Nenhum que te interesse Harry — não fui simpática, olhei para as três pessoas na minha frente, continuando o assunto — Como não poderão arcar com isso? Você tem a obrigação de arcar com isso.

— Blair se acalme — George pediu, mais uma vez. — Irei chamar homens da minha confiança para verificar o motivo do alagamento e se for mesmo por causa das reformas de Isabelle e Yan poderemos sentar juntos e resolver.

— E enquanto isso meus móveis ficam flutuando?

Estou conversando com um bando de inúteis, não era possível.

— Nisso eu posso ajudar — Harry se manifestou.

Revirei os meus olhos, pensei que ele já havia se mandado.

— E como você ajudaria? — Perguntei tendo o mínimo de paciência naquele instante.

— As suas coisas podem ficar no meu apartamento, tenho um quarto vazio e o que não couber podemos colocar na sala.

— Nem pensar — foi a primeira coisa que pensei e as palavras escaparam pelos meus lábios.

— Não seja orgulhosa Blair — disse — Não recuse a ajuda do seu querido vizinho.

Irritante. Insuportável. Eu o odiava a um nível extremo.

— Harry tem um apartamento maior que o seu Srta. McGrawn, realmente pode ser uma boa ajuda — George disse.

Olhei novamente para o meu apartamento e quis gritar novamente de tanto ódio que eu sentia, murmurei algo que nem eu entendi antes de finalmente dizer:

— Certo — o sorrisinho no rosto de Harry alargou-se — Mas eu quero isso aqui resolvido o mais rápido possível.

— Irei ligar para eles hoje mesmo — George falou — Amanhã de manhã eles já estarão aqui. O problema será resolvido rapidamente Blair e seus móveis não estragarão graças à Harry.

Disso eu não tinha muita certeza. Mas mesmo assim concordei, cansada daquele assunto, louca para vê-los fora do meu campo de vista antes que eu cometesse um homicídio. Ou melhor, uma série de homicídios. George desceu e o casal subiu para o seu apartamento novamente, algo me dizia que no final de tudo eu teria que gastar com toda essa bagunça.

Inúteis.

— Então, — Harry começa com aquele sotaque irritante. — vamos rápido com isso antes que seus móveis estraguem.

— Fique sabendo — me viro para ele — que estou aceitando a sua ajuda por não ter outra saída.

Ele ergueu os braços em forma de rendição.

— Eu sei disso irritadinha. — o fuzilei — Mas sinto muito pelo apartamento. Honestamente.

— Eu também — Sussurrei. Olhei meu lar e quase chorei, mas de raiva, muita raiva.

— O que está rolando? — Uma garota de cabelos cor de rosa apareceu atrás de Harry.Era óbvio que ele estava acompanhado de alguém do sexo feminino. Como não cansava dessa vida de merda?

— Vamos ajudar a minha vizinha a trazer seus móveis para o meu apartamento — Ele explicou.

— Vamos? — Perguntei, arqueando as sobrancelhas.

— Sim — Harry sorriu — Blair essa é Kayla Griffin minha amiga, Kay essa é a Blair…

— Blair McGrawn — não sorri.

— Ah — Ela deu o maior sorriso que um ser humano já deu na minha frente, por um momento achei que iria rasgar seu rosto, saiu de trás de Harry e veio até mim. — Você é a vizinha insuportável e gostosa que Harry tanto diz, tenho que admitir que você é realmente linda.

Olhei para Harry, era isso que dizia de mim por aí? Ele nem parecia envergonhado. Ela continuava sorrindo e me olhando, estendeu a mão para mim, mas eu não apertei. Detestava toques. Percebendo meu ato, ela recolheu a mão diminuindo o sorriso e adotando uma expressão mais envergonhada em seu rosto.

— Vou chamar os meninos para ajudar — E saiu do meu campo de vista.

— Poderia ser mais simpática McGrawn — Era a primeira vez que ele dizia meu sobrenome e algo me dizia que depois da descoberta seria frequente.

— E você poderia ser menos idiota. Vizinha insuportável e gostosa? Isso é ridículo até para você. — Seu sorriso provocativo aumentou.

— Só digo a verdade, você é insuportável, mas não deixa de ser gostosa.

Bufei, irritada.

— E você é um sem-vergonha tarado...

Fui interrompida pela presença de dois garotos.

— Blair esses são Liam e Niall, meu namorado — o sorriso de Kayla havia voltado — Meninos essa é A vizinha.

Eles sorriam.

— Então você é a famosa…

— Ah pelo amor de Deus! — Interrompi, irritada com as apresentações e com o que Harry havia dito para eles sobre mim.

— Bem que você disse que ela era irritadinha — O tal Liam sussurrou para Harry que voltou a manter o sorriso no seu rosto.

Um dia eu teria o prazer de tirar aquele maldito sorriso da sua cara.

— Vamos pessoal, precisamos ajudar Blair a tirar tudo do apartamento antes que estrague.

— Podemos desmontar — Kayla sugeriu — Assim ocupará menos espaço.

Harry me olhou, como se pedisse permissão.

Os homens viriam amanhã, eu teria que resolver com o casalzinho a situação e dependendo do resultado isso demoraria muito tempo. Então concordei.

— Ótimo — Niall disse batendo as suas palmas. — Vamos começar.

Eu espero não me arrepender disso.

— Pode deixar a bolsa no meu apartamento — Harry sugeriu.

Assenti.

Enquanto os amigos deles entravam no meu apartamento, eu entrei pela primeira vez no apartamento de Harry e o que vi fez meus olhos sangrarem.

— Você é um porco — foi tudo que eu disse, sabendo que ele estava atrás de mim.

O ambiente estava totalmente bagunçado. Roupas na sala, pacotes de salgadinhos no sofá e latas de cerveja na mesa de centro. Torci os lábios, aquilo era horripilante.

— Obrigada — ele agradeceu.

— Não foi um elogio.

— Eu sei.

Larguei minha bolsa na parte mais limpa do sofá e me virei. Harry estava com uma maleta de ferramentas na mão. Eu puxei meus cabelos para cima e fiz um coque improvisado e tirei meus sapatos de salto, afinal não poderia correr o risco de estragar eles também, com a água.

Voltamos para o meu apartamento e os amigos de Harry já começavam a tirar as coisas mais leves, como televisão, cadeiras.

— Vai ser um longa noite. — Harry falou ao meu lado.

Pela primeira vez concordei com ele, mas ele não precisava saber disso.

Comecei a ajudar Kayla a puxar a água para o ralo do banheiro, enquanto os rapazes puxavam e desmontavam os móveis.

***

Olhei meus móveis todos desmontados no quarto vazio de Harry. Não tinha mais espaço para andar naquele cômodo, mas conseguimos fazer que tudo coubesse ali. As coisas que não podiam ser desmontada, como eletrodomésticos, eletrônicos, conseguimos amontoar num canto e como eu só tinha um sofá facilitou muito.

Eu estava cansada e com fome. Olhei no relógio e o mesmo marcava dez e quarenta e cinco da noite.

— Você já sabe onde passará a noite? — Kayla perguntou, me fazendo pensar pela primeira vez no assunto. Estava tão ocupada pensando em possíveis gastos e com medo de que tudo estragasse que não havia pensado nisso.

— Provavelmente em um hotel. — respondi.

Ela assentiu.

— Estamos indo Harry — anunciou a garota dos cabelos cor de rosa — Qualquer coisa dá um grito.

Eles fizeram um toque com Harry e sorriram como forma de despedida para mim.

— Obrigada pela ajuda — agradeci, afinal de contas eu não era mal educada.

— Foi um prazer ajudar a vizinha de Harry — Liam falou e algo me dizia que tinha um tom malicioso.

Revirei os olhos.

Eles saíram do apartamento logo depois deixando eu e meu vizinho a sós.

— Então — Ele começou estendendo aquele “então”, como sempre fazia. — Você pode dormir aqui.

O olhei, sem acreditar nas suas palavras. Quando percebi que ele falava sério, falei:  — Nem morta. Irei passar a noite em um hotel.

— E depois?

— Depois o quê?

— Vai demorar para você voltar para o seu apartamento. Já sabe o que vai fazer a respeito disso?

Suspirei.

— Não, mas eu resolvo — respondi — Nosso “relacionamento” — fiz as aspas com a mão— Só vem até aqui.

— É uma pena — ele sorriu da forma irritante novamente — Posso lhe oferecer um sanduíche?

Na hora que ia negar, meu estômago roncou denunciando a minha fome.

— Parece que ele não aceita um não como resposta.— Respondi um pouco incomodada.

— Tudo bem. — Ele sorriu.

Observei Harry ir até a cozinha preparar o sanduíche e voltei a inspecionar a casa. Argh! Aquilo estava um horror e minha mão coçava para arrumar tudo. Eu odiava lugares sujos. Havia adquirido essa característica nos últimos anos, logo quando me mudei para Nova York, frequentar ambientes assim e passar muito tempo em lugares como esse me deixavam louca.

— Aqui está — Ele me ofereceu o prato com um sanduíche e um copo de suco de laranja.

— Obrigada.

Mordi um pedaço do sanduíche, estava razoavelmente bom, era de queijo quente.

— Gostou?

— Dá pra comer.

Ele semicerrou seus olhos verdes em minha direção.

— Você é uma figura McGrawn.

Arqueei as sobrancelhas. Eu? Uma figura?

— Você deveria contratar uma faxineira. — mudei de assunto e mordi o sanduíche.

— Tem uma. — Ele respondeu — Mas ela não pode vir essa semana.

— Jura? Nem percebi. — fui irônica, arrancando uma risada dele.

Terminei o meu sanduíche mais rápido do que eu normalmente comia para evitar um diálogo mais longo. Tomei o suco e entreguei as louças para Harry.

— Obrigada novamente. — agradeci — Agora eu preciso ir.

— Posso levar você. É perigoso essas horas. — ele se ofereceu.

— Não, eu sei me cuidar sozinha.

— Preciso pegar minha mala. — falei.

Caminhei em direção ao quartinho apertado. Minhas roupas estavam todas em uma mala grande e duas caixas de papelão que George conseguiu.

Voltei para a sala e Harry tentava arrumar a bagunça da sala, mas ele parecia ser mais desorganizado que o normal, porque eu tinha quase certeza que se chegasse aqui amanhã as coisas estariam pior.

Peguei minha bolsa de cima do sofá e acenei para Harry.

— Não mexa nas minhas coisas. — falei antes de sair do seu apartamento.

— Tchau, McGrawn.

Foi o que eu ouvi antes de fechar a porta.

Desci as escadas e saí do prédio, olhei as horas que marcava onze horas em ponto no relógio. Eu precisava arrumar um local para passar a noite, o dia havia sido cansativo e meus olhos já estavam extremamente pesados. Logo me lembrei do hotel que ficava a três quadras do prédio em que eu morava. Seria ótimo para passar a noite.

Nova Iorque era conhecida por muitos como a cidade que nunca dorme e estavam certos, eu ficava mais tranquila caminhando em direção ao hotel com várias pessoas caminhando em minha volta. Alguns minutos depois eu estava em frente ao hotel. O segurança abriu a porta para mim e eu caminhei até a recepção.

— Boa noite — A moça que pelo crachá se chamava Jéssica cumprimentou — Como posso ajudá-la?

— Boa noite, eu gostaria de um quarto.

Seu semblante mudou para preocupado e eu soube que o que ela falaria não seria nada bom.

— Sinto muito — ela parecia sentir mesmo — Mas devido ao festival estamos sem nenhum quarto disponível.

Não….

Festival? Mas que merda. Eu nem me lembrava dessa perda de tempo, todo o verão Williamsburg trazia um maldito festival alternativo que atraia milhões de idiotas. Droga!

Isso não poderia estar acontecendo.


Notas Finais


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Lembrando só que a próxima atualização é daqui quinze dias apenas, ok?!
Beijos, Ana e Nath.


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