1. Spirit Fanfics >
  2. 2a-T - Um Amor Diferente... Um Amor Estranho... Isso É Amor? >
  3. Outro Anjo... Ou Será Um Demônio?...

História 2a-T - Um Amor Diferente... Um Amor Estranho... Isso É Amor? - Outro Anjo... Ou Será Um Demônio?...


Escrita por: Lunarck

Capítulo 4 - Outro Anjo... Ou Será Um Demônio?...


Fanfic / Fanfiction 2a-T - Um Amor Diferente... Um Amor Estranho... Isso É Amor? - Outro Anjo... Ou Será Um Demônio?...

Lu

Ella havia me escutado e me consolado como costumava fazer quando eu tinha problemas com os meus pais, quando era pequena, fazendo eu me sentir melhor... Mesmo assim... O vazio dentro de mim, continua presente.

Como em todos os dias que se seguiram ao desaparecimento de Castiel, sempre que o recreio começava, eu me dirigia para o terraço da escola. Lá, longe do barulho do colégio, eu conseguia me concentrar, conseguia pensar. E lá, era como se “ele” estivesse junto comigo, ao meu lado.

Hoje, porém, por algum motivo, acabei indo até o grande carvalho onde, outrora, eu tirava meus cochilos matinais. Parecia ter se passado uma vida inteira desde a última vez que estive ali. Me aproximei e me sentei em suas grandes raízes. Por um curto período de tempo, passei a admirar as nuvens que se formavam no céu azul pensando se Castiel estaria as vendo também... Onde quer que estivesse.

De repente, alguém começou a cantar. Por mais que quisesse saber quem estava cantando, fechei meus olhos e escutei a melodia que se formava ao som de um violão, quase que ao meu lado. Era uma música triste e profunda, mas que ao mesmo tempo, despertava em mim certa esperança. Algo, que eu não imaginava que ainda pudesse existir em mim. O som parecia vir de trás de mim.

...

Danael

Às vezes eu me pergunto se vale mesmo a pena, se eu vou mesmo conseguir, se algum dia eu vou encontrar você... Se você sabe que eu ainda existo ou, simplesmente, acha que eu te abandonei que te deixei e não me importo mais... Que eu te esqueci.

Recostado naquela árvore com meu violão no colo, mais uma vez, olhei para a única recordação que ainda possuía de minha outra vida...  De um sonho. Mal percebi quando as palavras começaram a sair de minha boca ou, quando comecei a tocar o violão.

- Dan:

Queria que você soubesse

Que entendesse

Eu não queria ter te deixado

Não tive escolha.

Queria que as coisas

Pudessem ter sido diferentes,

Que o tempo voltasse atrás

Que tudo não passasse de um sonho ruim.

Estou tentado te achar,

Tentando te encontrar

Em um mundo no qual você pode achar

Que eu, já não existo mais.

Queria poder voltar atrás...

Ter de volta o tempo que perdi

Não ter tido tal destino infeliz

De viver longe, de ser afastado.

Poder reencontrar, poder achar

Tudo aquilo que perdi

Ter de volta o sonho

Que uma vez foi minha realidade.

Ter de volta a vida...

Que me abandonou

E, novamente,

Estar ao seu lado.

...

- Dan: Ao seu lado... – Repeti aquelas palavras e, involuntariamente, uma lágrima escorreu por meu rosto – Droga... – A enxuguei, rapidamente, antes que alguém pudesse notá-la. Não que houvesse alguém ali para...

Algo se mexeu ao meu lado.

- Lu: O que você canta é lindo. Leva jeito.

Eu juro! Se eu não fosse uma pessoa muito controlada teria saltado para longe daquela árvore naquele instante! De onde foi que essa pessoa surgiu, assim, de repente?! – Meu coração estava aos saltos enquanto eu permanecia atônito, tentando processar o que acontecera.

- Dan: O que eu canto é a minha vida, nada mais. Nada que alguma enxerida devesse estar escutando sem ser convidada – Respondi, por fim.

Quem é essa garota e como ela chegou aqui tão silenciosamente?!... Ela não viu aquela lágrima... Viu?!

- Lu: Desculpe, não foi a intenção.

- Dan: Eu sei que foi não adianta tentar se redimir.

- Lu: Pense o que quiser não me importo de qualquer forma – Ela se levantou e começou a andar em direção ao colégio.

- Dan: ... Espera! – Puxei-a pelo braço.

Quem ela pensa que é pra falar assim comigo? Menina atrevida! – Ela se virou e olhou em meus olhos. Fiquei completamente paralisado, sem ação. Não consegui dizer nada... Acho que nem consegui pensar em qualquer coisa enquanto fitava seus olhos... Lindos...

O que eu estou pensando? Ah! Quem ela pensa que é pra me fazer ficar... “Assim”?! – Fiquei um bom tempo perdido em seu olhar e, acho que ela percebeu, pois, levantou meu queixo com um dedo e disse:

- Lu: Cuidado, você estava começando a babar – Disse e deu um sorrisinho sarcástico.

Levei muito tempo para entender o que ela queria dizer com aquilo – Droga! O que ela fez comigo?!... Eu... Eu... – Quando percebi, estava encarando meus próprios pés. Levantei a cabeça rapidamente.

- Dan: O que... ? ... Ei! Espera! Eu não estava babando coisa nenhu...

Sem que eu percebesse, enquanto eu tentava falar, ela já havia sumido – Droga!

...

Lu

Uma bela melodia, uma bela canção. A voz de um anjo, a personalidade de um demônio... Me pergunto como será seu coração. Bobagem! Porque eu deveria me importar com algo assim, de qualquer forma? Ele não era “ele”, então, porque, porque aquele olhar me faz sentir como se nada estivesse errado? Como se tudo tivesse sido apenas um pesadelo...

Chegando à sala de aula me sentei em meu lugar e esperei a aula começar – Todos estão aqui... Todos menos ele.

...

Narrador

Após o término da aula de educação física, Lu sai correndo de dentro do colégio, depois de conversar com o novo professor. Apressada, acaba esbarrando em alguém. E, rapidamente, levanta a cabeça para se desculpar.

- Lu: Foi mal, eu...

- Dan: Olha por onde anda tampinha!

- Lu: ... Tampinha o caralho! Seu, seu... Seu babaca!

- Dan: Hu, sério? Foi o melhor que conseguiu? Haha!

- Lu: Arg! Sai da frente! – Ela o empurra para o lado e tenta passar.

- Dan: Ei! Espera ai! – Ele segura seu braço – Eu ainda não terminei.

- Lu: Me solta seu idi... – Ele a cala com um selinho.

- Dan: Agora sim – Diz se afastando de seus lábios – Agora você pode ir – Diz com um sorriso sarcástico nos lábios pensando ter se vingado pelo ocorrido mais cedo.

- Lu: ... – Ela encara os próprios pés.

Lágrimas começam a escorrer por seu rosto. Ela sai correndo.

- Dan: ... O que... ? – Ele continua olhando para ela, sem entender o porquê de sua reação – Droga! O que a de errado com ela?... Arg, eu sou um idiota!

Ele começa a correr atrás dela, querendo se desculpar de seja lá o que tenha feito de tão “ruim” para que ela chorasse, assim “do nada”.

...

Dajan

“Tá eu sei. Devo mil e um favores a ela, mas... Virar professor e tomar conta de uma garotinha que nem uma babá?! Sério Kim, você pegou pesado dessa vez!... Não tinha nada menos chato?... Chega a ser patético.”.

É... Foi exatamente isso que eu pensei antes de saber da “coisa” toda. Porra! A Kim sempre arranja um jeito de se meter nessas tretas... Achei que ela tivesse se aposentado depois do que aconteceu com a Mary. Ah... Ainda acho que não foi uma boa ideia ter mentido para a garota...

“ Depois que a aula de educação física terminou, inventei uma desculpa e pedi para que a tal Lu, ficasse até todos os alunos irem embora. Disse que era sobre o tal Castiel, e ela não discutiu. Quando ficamos sozinhos na quadra, ela sentou nas arquibancadas e ficou me encarando – Menininha assustadora, hein...

- Dajan: Bem... Me perdoe pelo que vou dizer agora, mas... Você precisa saber de jeito ou de outro.

- Lu: Diz logo que disse que tinha pra me dizer – Falou de modo frio e direto.

É, decididamente, ela quer saber logo o que eu tenho pra dizer sobre esse garoto... Merda. Me sinto cada vez mais culpado pelo que estou prestes a fazer... Porra Kim! Sei que você deve ter suas razões pra me mandar fazer isso, mas... Isso é muito cruel. Ah... Isso vai quitar, pelo menos, uns cem favores, no mínimo! – Olhei fixamente para os olhos da garota.

- Dajan: Esqueça o garoto – Disse tentando manter a voz firme – Ele não vai mais voltar.

- Lu: ... – Ela me olhou sem entender direito o que estava acontecendo – O que... Quer dizer?...

 - Dajan: Já era, morreu – Soltei de uma vez – É melhor esquece-lo.

- Lu: ... Me-mentira! – Gritou – Você está mentindo! Quem é você?! O que fez com ele?! – Disse vindo em minha direção e agarrando minha camisa enquanto me socava – Me diz! Cadê ele... O que você fez com o Castiel...?!

- Dajan: ... – Ela parou de me socar e começou a chorar, descontroladamente. Abracei-a – Eu não fiz nada com ele... Nem o conheço, na verdade – Sussurrei - Só vim te contar... Me perdoe, eu não queria ter feito isso...

- Lu: Castiel... – Começou a tremer - Não... Eu não acredito em você! Ele não está... Ele não está... – Gritou se afastando.

Depois disso, ela enxugou as lágrimas e saiu do ginásio sem nem olhar pra mim.”

Não paro de pensar na monstruosidade que ela me fez fazer – Pensei deitado na cama do hotel - Ah, merda! Agora sim você conseguiu Kim! Me sinto um monstro por estar fazendo isso... É bom você ter uma boa razão.

...

Narrador

Como definir uma boa razão?...

Ah! Claro.

 “Findar o sofrimento. Encontrar a própria paz e, enfim, descansar. E ficar tranquilo, pois, tudo se encontra no seu devido lugar.”.

Bom... Esse é um ponto de vista - muito otimista, por sinal. Porém, sempre há outros aspectos que devem ser levados em conta quando se aborda uma questão, seja ela qual for.

“Dar um fim a algo que não deveria mais acontecer e, por consequência, poupar outros de um destino semelhante.”.

Outro ponto de vista, dessa vez, porém, eu diria que é um tanto quanto realista – ou idealizador - demais. Mais um aspecto a ser analisado.

“Algo que é suficientemente necessário para te obrigar a fazer ou dizer algo que não quer. Pensando em proteger algo ou alguém importante.”.

Uma visão e tanto, eu diria... Se for de uma pessoa que coloca sua própria vida, sua própria felicidade... Em risco. Tudo. Para proteger e ver aqueles que lhe são importantes, felizes.

Razões, razões, razões...

Afinal, têm elas, assim tanta importância?

...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...