História 2a-T - Um Amor Diferente... Um Amor Estranho... Isso É Amor? - Jamais...

Lu

Um passeio no parque. Foi uma boa ideia. Ele queria me animar, como sempre. Mas, mesmo hoje, na véspera de natal, depois de tanto tempo... Ainda é difícil. Ainda dói tanto. Tenho que me esforçar pra demonstrar um mínimo que seja de alegria. Não é fácil, e ele sabe disso.

Mesmo que eu seja a pior pessoa do mundo para ele. Mesmo que eu o faça sofrer, dia após dia, sabendo que meu coração está em cacos, sem vontade de amar. Mesmo assim, ele continua tentando me animar, me ajudar. De fato, ele é um anjo pra mim, e eu não o mereço.

Não mereço ser a pessoa que ele ama e quer proteger mais do que tudo. Não mereço tanto amor e bondade, que eu não sei se posso retribuir. Não, eu não mereço mesmo.

Então... Então porque a cada dia fica mais difícil ignorá-lo ou vê-lo como um simples amigo? Ele acabou se tornando muito mais do que isso.

Quando eu mais precisei, ele estava lá. E nunca me deixou desde então. Sei que perdi algo muito valioso quando Castiel se foi, mas, recebi algo igualmente valioso por isso. Pode ser uma nova chance, uma chance de recomeçar, mas...

Me sinto culpada e confusa, mesmo depois de tanto tempo. Não sei se posso retribuir todo esse carinho e atenção... Ou mesmo seu amor.

Sinto sua mão quente na minha e me sinto segura e amparada... Cada vez mais, me deixo levar por esses sentimentos estranhos.

...

Dan

Sabia que ia acabar assim. Ela não disse nada enquanto caminhávamos e estava mais quieta do que o normal. Talvez não tenha sido uma boa ideia passearmos sozinhos... Droga.

- Dan: Ei, não fique assim – Enxuguei uma lágrima em seu rosto – Vem, vamos sentar um pouco, ok?

Ela assentiu e eu á levei até a beira do lago. Nos sentamos lado a lado e deixei que ela se acalmasse um pouco.

- Dan: Está tudo bem, não precisa ficar chateada, eu entendo que deva doer muito ainda.

Na verdade eu queria poder apagar o passado dela as vezes, assim ela não sofreria desse jeito.

- Lu: Desculpa... É só que... É só que eu... Eu...

Enquanto tentava falar, ela abaixava a cabeça.

- Dan: Calma, diga o que está incomodando tanto – Ergui seu rosto e sustentei seu olhar – Assim posso te ajudar, não é?

- Lu: Só... – Seus olhos começaram a lacrimejar de novo – Só, não me deixe só... Por favor!...

E assim, eu fui fisgado, amordaçado, algemado e trancafiado. Estou oficialmente a mercê dos desejos dela e não posso mais fugir. Não quero fugir. Seria como arrancar meu próprio coração e jogá-lo no fogo! – Acho que sou meio masoquista, porque ela me tortura e me tortura... Mas eu continuo aqui. Pedindo mais...

- Dan: ... – Fiquei tão feliz com aquelas palavras, que perdi a fala por algum tempo -...

Em seguida cedi ao que eu queria fazer desde o inicio. Puxei seu rosto contra o meu e a beijei. Mesmo depois de tudo, jurava que ela ia me rejeitar, como de costume, mas... Não. Ela não só não me rejeitou como correspondeu meu beijo. Algo com que eu vinha sonhando há anos.

Quando nos afastamos, segurei seu rosto entre as mãos e toquei nossas testas, ao mesmo tempo em que voltava a respirar.

- Dan: Jamais – Consegui falar – Eu juro, jamais vou deixa-la só! É uma promessa.

Ela sorriu e me agarrou de novo. Ficamos ali, deitados na grama em frente ao lago. Até o sol nascer. Seu rosto ainda continuava molhado pelas lágrimas, mas, sua expressão, demonstrava uma alegria tão sincera, que eu achei que nada poderia estragar isso.

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