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História 30 Dias - Dia 21


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Gente
Como prometi, me esforcei pra cumprir kkkkk
Amanhã eu não vou poder postar, então considerem um adiantamento. Mas quinta eu volto com um capítulo importante... MUITO IMPORTANTE! Porque desse capítulo, vai seguir pra um novo rumo, novas histórias e nova treta!
Acredito que essas novas histórias comecem na segunda!
Então é isso kkkkk
"Enjoy"

:*****
Viu como adoro vcs?

Capítulo 70 - Dia 21


Fanfic / Fanfiction 30 Dias - Dia 21

A mãe de Sarah estava em um canto, com o olhar sério e surpreso. Mas ao seu lado estava Gabriel, sorridente, com um olhar carinhoso como sempre. Logo ao seu lado, aquele par de olhos esverdeados e o tom de pele tão igual ao meu. Minha mãe, abraçada a Gabriel, parecia animada enquanto segurava sua bolsa a frente. Atrás dele o homem atraente, com o olhar firme, os cabelos grisalhos, o porte magro, mas com um olhar carinhoso.

- E aí, garota?

Gabriel comentou enquanto me afastava da porta e dava passagem para a mãe de Sarah e meus pais. Eu estava estática sem entender absolutamente nada. Meu coração disparado, a uma velocidade que eu já não controlava. Olhei para Sarah que agora ria enquanto Gabriel entrava na casa e fechava a porta.

- Que bom que chegaram todos – Maurício comentou voltando para a cozinha – Vou trazer tudo.

- Opa, cara, eu te ajudo – Gabriel se prontificou e correu até a cozinha.

- Venham – Sarah apressou-se em mostrar seus lugares – É um prazer recebe-los aqui em minha casa – disse apertando as mãos dos meus pais – Podem sentar aqui – apontou os dois lugares – Mamãe, você fica aqui.

Gabriel e Maurício chegaram com toda a comida, arrumaram rapidamente na mesa e eu continuava em pé observando tudo com a maior cara de besta, sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. Há quase um mês eu não havia falado com meus pais e de repente eles estavam ali na minha frente, sendo convidados pela mulher que eu amava e eles sequer sabiam de quem se tratava. Aliás, como ela chegou neles? Tanto em Gabriel, como nos meus pais?

A mãe de Sarah sentou onde ela avisou, os garotos tomaram seus respectivos lugares. Sarah ficou do outro lado da mesa, na ponta e eu percebi que meu lugar era na outra ponta, tal qual donas da casa. Ao meu lado estavam meus pais, ao lado do meu pai sentou-se Gabriel e ao lado dele veio Maurício. Do outro lado dividiam os lugares apenas as mulheres, era como se houvessem equilibrado tudo.

Todos riam, contavam qualquer coisa, minha mãe desatou a falar sobre minha infância e eu nem sabia se ela tinha conhecimento do tipo de relacionamento que eu tinha com Sarah, então ficava receosa até de comentar algo que não devia. Eu ainda não sabia lidar com aquela situação, então não havia sequer planejado como contaria tudo aos meus pais e aquilo estava me deixando tensa em um nível fora do normal.

- Cara, eu já sentia tanta falta dessa guria – Gabriel comentou me olhando e segurando uma taça de vinho nas mãos – Que já me doía o peito – dramático fez cara de infartado segurando o peito com força.

Todos na mesa riram, Sarah tinha os olhos brilhantes, o sorriso bobo nos lábios. Ela vira e meche me olhava de um jeito tão doce, que eu sentia um frio na espinha.

- Estão todos prontos para a sobremesa? – Maurício perguntou animado ao ver os talheres pousados.

- Nossa, ainda teremos sobremesa? – minha mãe perguntou surpresa.

- Estamos completos hoje – ele riu se levantando e recolhendo os pratos.

Imediatamente eu me levantei e o ajudei. Sarah fez o mesmo e fomos os três para a cozinha. Ao entrar, fechei a porta rapidamente deixando os dois dentro. Eu olhei para Maurício, mas ele parecia saber o que estava aconteceu, eu não sabia.

- O que está havendo aqui, Sarah?

- Eu acho que minha mãe precisava conhecer sua família, Ellen – ela disse se aproximando de mim – Era a única forma dela notar que eu estou falando sério quando digo que quero ficar o resto da minha vida ao seu lado.

- Mas Sarah, eu nem contei aos meus pais.

- Quer esconder a gente?

- Não é isso – me subiu um nervoso.

- Ellen, eu não hesitei em momento algum quando contei a minha mãe. Você está hesitando? – seu olhar alegre se perdeu em um brilho distante.

De repente eu percebi o que havia feito e meu coração encolheu dentro de mim. Eu estava sendo muito egoísta. Eu devia ter contado tudo aos meus pais quando descobri que mesmo sem memória, Sarah ainda nutria sentimentos por mim. Eu tinha tanta certeza do que queria que vê-los ali, só confirmava a certeza que Sarah também tinha.

- Desculpe... – baixei os olhos respirando fundo – Você tem razão. Eu tenho que contar a eles... eu só, não esperava.

- Ellen – ela me abraçou – Jamais faria nada que fosse ruim para você.

- E como você os encontrou?

- Gabriel – ela riu – O porteiro contou que seu amigo visitou você, descobri o nome e pedi o telefone para o seu superior. Logo o alcancei e tivemos essa brilhante ideia de trazer seus pais. Portanto, como ele foi o único que veio ao seu encontro, acredito que assim como Maurício é para mim, Gabriel é para você.

- Acertou completamente.

- Eu sei – ela se afastou e beijou meus lábios rapidamente – Agora vamos voltar lá, porque as sobremesas de Maurício são sempre as melhores e depois – ela se aconchegou em mim novamente – Vamos tomar um vinho e conversar um pouco.

- Tudo bem.

Voltamos para a sala, sentamos em nossos respectivos lugares e como ela mesmo havia me adiantado, a sobremesa de fato era espetacular. Eu havia finalmente relaxado, mas ainda queria contar tudo aos meus pais diante de todos eles. Poderia ser imaturo da minha parte, pois eram extremamente educados e jamais fariam cena em frente a ninguém. Mas eu ficava nervosa obviamente se fossem ambos sozinhos comigo. Assim que terminaram de comer e que levamos tudo de volta a cozinha, trazendo um vinho mais adequado e seguindo até o sofá, onde todos sentaram sorridentes após uma noite bastante confortável. Eu segui até onde Sarah estava, em uma poltrona ao lado do grande sofá. Sua mãe, silenciosa, ocupou um lugar ao sofá, bem ao lado da minha mãe.

Eu sentei no braço da poltrona e passei meu braço pelos ombros de Sarah e tossi levemente, chamando um pouco de atenção. Gabriel sentou no outro sofá, junto a Maurício e eu ria da amizade repentina dos dois.

- Mãe, pai – chamei os dois, que me olharam atentos. Gabriel e Maurício pararam de conversar e a mãe de Sarah em encarou surpresa – Eu tenho uma coisa importante para dizer a vocês dois. Eu não poderia esperar pais melhores do que vocês foram. Me educaram da melhor maneira possível e eu só tenho a agradecer. Me deram mais amor do que uma criança poderia ter recebido e me ensinaram a ser independente como nenhuma criança que recebeu tanto poderia ser.

- Quer mesmo nos fazer chorar aqui, querida? – minha mãe perguntou enxugando uma lágrima que escorreu sorrateira.

- Desculpe – sorri – Eu sei que vocês querem o meu bem, independente de qual ele seja. Que querem me ver feliz, completa, realizada – ela balançou a cabeça positivamente – Eu não sabia desse jantar – Sarah me olhou rindo – Eu não sabia que viriam, mas eu fico muito feliz que Sarah fez isso – e olhei para ela, ela buscou minha mão e apertou entre a sua com carinho – E o que eu tenho a dizer, pode não ser nada fácil para aceitarem ou entenderem. Mas antes que o diga, eu queria que soubessem que eu estou muito feliz. Tão feliz, como jamais esperava estar na minha vida.

- Conte logo, querida, eu estou quase enfartando aqui – meu pai comentou rindo.

- A Sarah, eu sei que não conheciam ela antes, mas eu a conheci em uma missão bem séria e perigosa e eu fico muito feliz por isso ter acontecido. Porque o que conquistamos entre nós foi uma ligação tão forte, que acho impossível ter sido algo passageiro. Eu tenho certeza que essa ligação é de outras vidas, é da minha vida. Sarah e eu... bom...

- Estão juntas? – meu pai perguntou surpreso – Digo, juntas... como um casal?

- Sim, pai. Juntas!

Houve um silêncio de aproximadamente trinta segundos que me deixaram tensa e nervosa por quase uma hora. Ao menos era a sensação que eu tinha ali. Minha mãe olhou para o meu pai, a mãe de Sarah torcia o nariz e olhava para a porta, enquanto Maurício e Gabriel faziam caras e bocas de alegria. Foi quando minha mãe, com aquele olhar severo, mas ao mesmo tempo tão maternal, olhou em minha direção.

- Ellen, querida – começou com a voz suave – Nós te criamos da melhor maneira possível, te demos tudo, te demos liberdade e te ensinamos responsabilidades. Se você houvesse chegado aqui e me dito que pensava em roubar um banco porque se sentia idiota tendo que sair para o trabalho diariamente, acho que estaria bastante decepcionada, mas chegar para nós e dizer que encontrou o amor da sua vida, não me interessa onde, eu só tenho como festejar ao seu lado e ficar muito feliz por você.

- Existem pessoas que passam toda a vida a procura de um grande amor e morrem sem encontrar. O que te faz acreditar que ela é esse amor? – meu pai perguntou sério.

- Senhor, essa eu posso te responder – Sarah se meteu – Quando estávamos em missão, eu sofri um ataque, fui apunhalada, perdi muito sangue – minha mãe arregalou os olhos assustada – E perdi completamente a memória de quase tudo de mais importante em minha vida, inclusive dos dias perto dela. Mas por alguma razão... quando eu vi Ellen, era como se eu soubesse exatamente quem era essa mulher, meu coração quase saltou pela boca, eu precisava dela, mas tinha pavor do que estava sentindo e como não lembrava do que vivemos, era como se tudo estivesse acontecendo pela primeira vez. Eu amo sua filha e não é pela cabeça, é por mais fundo no meu coração.

- Então só tenho a desejar felicidade a vocês e que seja bem vinda a família, Sarah.

Ambos se levantaram e nos abraçaram calorosamente enquanto os dois rapazes, brindavam novamente. Eu tinha certeza que Gabriel já estava um pouco bêbado, mas eu o achava tão engraçado quando alcoolizado, que nem interferi. Foi quando Sarah, com um pouco de esforço, olhando para Maurício, se levantou e foi em sua direção me olhando fixamente e depois encarando sua mãe.

- Agora eu tenho algo a dizer a você, mamãe. 



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