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História 30 Dias - Dia 22


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Suas lindas e fofas!!!!!!!
Eu já vi que agita mais aqui nos Hots kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Então já me programei pra sexta dar o gostinho a vcs!

Mas eu amo demais até a revolta nos comentários kkkkkkkkkkkkkkkk vcs são fooooodas! Não poderia ter escolhido companhia melhor ^^

:**

Capítulo 79 - Dia 22


Sarah voltou-se para os tios, que sentados com as mãos unidas umas nas outras, olhavam para a sobrinha com preocupação e uma tensão no ar fazia com que qualquer demora parecesse mais do que realmente acontecia. Ela respirou fundo e prendeu-se a minha mão com mais força, em nenhum momento Sarah soltou minha mão. Seus dedos permaneciam entrelaçados juntos.

- Eu vou me casar – os dois respiraram levemente aliviados.

- Graças a Deus, meu anjo, mas não é com aquele irresponsável, é?

- Quem?

- Não se casará novamente com...

- Rafael? Não, tia, não. Nunca! Eu não pretendo ter Rafael em minha vida nunca mais, tenha certeza disso. Mas também não é nada fácil dizer com quem me casarei a vocês, até porque quando disse a minha mãe, ela fez um drama, está contra e me quer com o irresponsável do Rafael.

- Sua mãe não bate bem da cabeça, sempre te disse isso. Perdoe aquela mulher, porque ela realmente não sabe o que faz.

- Eu sei, eu faço isso, vocês já sabem. Tia... – ela olhou para a mulher com carinho – Tio... – ele apoiou os cotovelos nos joelhos olhando para a mulher a sua frente com atenção – Eu vou me casar com Ellen.

Os dois imediatamente olharam em minha direção com os olhos arregalados, as bocas entreabertas e o ar vos faltou por alguns segundos. Silvio encostou de volta na poltrona levando uma das mãos a boca, como se limpasse a barba que lhe faltava no rosto e sua tia permaneceu na mesma posição me encarando, surpresa.

- Sarah... desde quando você... quero dizer, como isso aconteceu?

- Tia, eu nunca me senti confortável com Rafael e isso nunca foi uma surpresa para vocês dois, vocês sabem disso. Eu sempre vinha para cá em nossas brigas, porque minha mãe sempre achou que eu deveria respeitar o meu marido. Ela sempre foi subordinada aos homens, queria que eu fosse da mesma maneira. Eu me forcei a casar com um homem que eu acreditava amar, só porque acreditava que nossas vidas seriam confortáveis juntas e de repente me deparei com um inferno. Eu nunca quis aquele casamento, nunca quis dividir a minha cama com um homem vulgar e covarde como aquele e hoje eu sei disso.

- Querida... eu entendo perfeitamente...

- Tia... Ellen não foi alguma coisa que foi acontecendo. Eu me apaixonei por ela no primeiro segundo que a vi, eu senti tudo o que nunca senti em toda minha vida por ninguém, por uma única pessoa, que é ela. Eu não tenho a menor dúvida de que é com ela que quero me casar.

- Mas você nunca se relacionou com mulheres, querida – ela disse preocupada.

Não era como a mãe de Sarah, uma fala enojada, enraivecida, mas era uma forma de falar preocupada, assustada. Ela estava consciente do que estava acontecendo, só queria que Sarah soubesse exatamente o que estava fazendo. Ela não me olhava com desprezo, mas com curiosidade, com surpresa.

- Eu sei.

- E se não for isso quando vocês... – Sarah riu baixo e sua tia pareceu entender tudo – Certo, entendi. Bom, minha querida, eu não tenho mais nada a te dizer, a não ser... que eu desejo sua felicidade.

- Eu sei tia, eu sei.

- E quanto a você – ela voltou-se para mim – Sei que assustou-se um pouco com a minha irmã. Gostaria que soubesse que da mesma maneira que sempre abri os braços para Sarah dentro desta casa, permanecerei abrindo-os também para ti.

- Obrigada, senhora.

- E qual a ajuda que precisam de nós? – Silvio comentou curioso.

- Bom, eu queria me casar aqui.

- Aqui?

- Na praia, nessa praia.

- Meu Deus, Sarah. Ellen – a mulher olhou para mim com os olhos marejados e se levantou, sentando na mesa de centro e agarrando minhas mãos entre as suas – Desde nova, Sarah disse que quando amasse alguém do fundo da sua alma, ela se casaria na praia, nessa praia...

- Tia...

- Ela sempre foi uma menina moleque, eu deveria ter desconfiado que ela acabaria voltando-se para mulheres, mas sabe como é, sempre deixei que o rio seguisse seu próprio percurso sem interferir ou encurtar a distância até o oceano. Ela ficava horas sentada em uma pedra que tem próximo as águas e dizia, quando ia buscá-la, que ali era concretizaria o dia mais feliz de sua vida. Quando ela conheceu Rafael, eu questionei sobre esse sonho de menina em casar-se ali e ela disse...

- Não é ele.

- E por que casou? – perguntei curiosa.

- Porque eu achei que amor verdadeiro só existia em filmes bobos.

- E agora?

- Agora eu sei que existe – e beijou as costas da minha mão.

- Eu acredito em você, Sarah. Eu vou ajudar em tudo, em tudo mesmo. Vai ser a festa que sempre vi minha menina sonhando naquela pedra e eu não quero que nenhuma das duas se preocupe com isso, nem com quem irá fazer a benção, com nada. Nada mesmo, cada uma se preocupe com seus votos, com seus vestidos e com os convidados, o restante é comigo e com seu tio e de festa esse gordo entende.

- Gordo? Isso é músculo.

Eu cai na gargalhada acidentalmente, mas não pela ofensa do porte físico de seu marido, mas da resposta tão bem humarada daquele homem. Talvez a mãe de Sarah era tão rabujenta por não ter casado com alguém que tivesse pelo menos um humor mais agradável.

- Agora, vá conversar com sua sobrinha.

- Vou sim.

Eu a acompanhei até o andar superior, mas optei por ficar do lado de fora. Sarah me encarou por alguns segundos e eu percebi que devia entrar ao seu lado, afinal, era sobre nós duas que falaríamos. Eu estava me sentindo completamente desconfortável, mas sabia que tinha que passar por aquilo se ia dividir toda uma vida ao lado daquela mulher. Ela segurou minha mão e entramos no quarto da garotinha. Ela estava quieta, sentada na cama abraçando a boneca com toda força. Ela tinha um olhar levemente triste, magoado, mas não parecia ser por hoje, mas por algo no passado. Aquilo me cortou completamente o coração.

Sarah sentou na cama e puxou a menina para o seu colo. Ela era linda, tão parecida com a tenente que eu ainda estava surpresa em se tratar da filha de uma prima e não de uma irmã gêmea.

- Bonequinha, o que você acha de sairmos?

- Sair?

- Eu, você e a tia Ellen.

Eu olhei para Sarah surpresa, com os olhos arregalados, sem entender aonde aquela mulher queria ir. Mas o sorriso que a pequena abriu nos lábios foi suficiente para saber que ao menos estava fazendo alguma coisa certa. Lara saltou do colo da tenente e tratou de trocar logo de roupa.

- Para onde vamos?

- Sorvete?



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