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História 30 Dias - Dia 25


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Meu arquivo de texto já está com 372 páginas. Vocês têm noção do quanto vocês estão lendo? Já passou bastante da Fic "A Faculdade". Possivelmente eu bata meu próprio recorde, que escrevi um "conto" de 450 páginas. Mas já julgo quase como um livro.
Bom, tretas e mais tretas continuarão aparecendo, estamos em 5 dias da final dessa Fic, mas como já acostumaram, cada dia está durando cerca de 5 capítulos, entããããão... estão bem por pelo menos 20 capítulos não é?
Até lá, vamos ter umas tensões ainda.

Aquele beijo gigante!!!!!!

<3

Sintam-se todas abraçadas

Capítulo 95 - Dia 25


O homem jogou Sarah em direção a escada, que por sorte a mesma tinha um equilíbrio de dar inveja e conseguiu, apenas com a força das pernas, se manter em pé. Logo em seguida senti uma mão fazer o mesmo comigo, enquanto Gabriel foi levado arrastado, sem o menor cuidado até o estacionamento, que ficava longe da vista do porteiro. Havia um carro ali parado e foi para lá que nos levaram.

A tenente foi a primeira, caindo de mal jeito e batendo parte do rosto na porta do carro. Um ódio infernal subiu pelo meu pescoço. Eu fui na frente, não queria que houvesse a necessidade de ser arremessada tal qual um animal. Sentei e Gabriel veio por último. Percebi que um dos seus olhos se abriram, ele olhou em minha direção imóvel e logo fechou novamente, como se o esforço para apenas mostrar que estava vivo, já houvesse sido o suficiente.

- Gabriel – sussurrei.

Mais uma vez ele abriu os olhos, ao menos o que não estava tão ferido.

- O que... o que... O-onde estamos?

- Shhh.

- Cara – Rafael entrou no carro e percebi o rosto de Gabriel alterar-se – Que prêmio ter essa cambada toda aqui.

O homem maior entrou no lado do motorista, enquanto o outro subia em uma moto parada mais a frente. Estava tudo esquematizado, o homem da moto checaria tudo a frente e passaria todas as informações necessárias para o que vinha logo mais atrás. Eu só podia sentir nojo de um homem como Rafael.

- Vocês vão se divertir – ele disse com desdém – Vão fazer companhia um ao outro, contar histórias até dormir. Vão ter muito tempo para se conhecerem.

- O que diabos você pretende, Rafael?

- Nada, meu amor. Só provar a você que estava muito melhor ao meu lado que sozinha.

- O que você acha que vai conseguir com isso? Simplesmente não servíamos um para o outro, qual a sua dificuldade com isso?

- Dificuldade? Nenhuma. Estamos bem, Sarah. Agora estamos bem. Tudo está claro, tudo está visivelmente bem explicado. E agora poderemos viver bem.

- O que nós vamos fazer? – perguntei o mais baixo possível para Sarah.

Ela continuava encarando a nuca de Rafael com um ódio que nunca vi em seus olhos, a não ser quando fomos sequestradas na cabana. Agora havíamos sido sequestradas por um louco compulsivo, que sequer tinha noção do que estava fazendo. Eu sabia do que os homens faziam quando não conseguiam o que achavam que eram seus por direito machista.

Ficamos na estrada por cerca de uma hora. Claro que ele iria para o mais longe possível dali, onde não descobrissem rapidamente e nem mesmo conseguissem nos encontrar com certa velocidade. Já estávamos a um passo atrás, pois as únicas pessoas na vida que pensariam em nos procurar estavam ao meu lado naquele carro. Quando o desespero já voltava a bater em meu ventre, o carro parou e os dois desceram, permanecendo na área externa por alguns minutos, antes de ambas as portas se abrirem e sermos tirados de dentre do veículo com bastante violência. Sarah estava a frente, sendo arrastada por Rafael, enquanto Gabriel e eu fomos mantidos para trás.

- SARAH – gritei a todo pulmão.

Iriam nos separar, claro que fariam isso. Rafael queria ela só para ele, a tomaria sem medir forças. Eu seria morta ou jogada em algum canto frio, se fosse alimentada seria uma sorte.

- SARAH, DEIXE ELA EM PAZ – continuava gritando enquanto me debatia.

O homem maior se aproximou me agarrando pelo lado, erguendo-me do chão e me arrastando para o lado oposto. Eu me debati ainda mais. Não era para lá, era para onde levavam Sarah que eu queria ir. Eu não havia ficado longe dela por muito tempo, eu não podia ficar longe dela naquele momento.

- Pelo amor de Deus, senhor, pelo amor de Deus, não façam nada com Sarah, por favor. Façam o que quiser comigo, mas deixei ela ir, por favor – implorava enquanto lágrimas jorravam dos meus olhos.

- É bom você ficar quieta, garota, ou vai sobrar pra você.

Ele disse enquanto me arrastava com força. Olhei para trás, na esperança de ainda ver Sarah, mas sem sucesso. Logo perto, Gabriel estava sendo arrastado por dois homens que ainda não havia visto até aquele momento. Havia uma espécie de casebre mais adiante, onde abriram a porta de metal e nos jogaram lá dentro. Um deles ficou na porta, enquanto o outro com uma faca me soltou. Empurrou-me contra o chão frio e aparentemente sujo, saindo logo em seguida.

Gabriel estava deitado e gemia muito de dor. Agora acordado, percebia que revirava-se no chão. Me aproximei dele, meus pulsos doíam, pois haviam apertado com bastante força. Segurei-o e o puxei para perto de mim, abraçando-o.

- E-Ellen.

- Shhhh... não fale nada não, descanse.

- O-Onde... estamos? – perguntou com dificuldade.

- Eu não faço a menor ideia, mas daremos um jeito.

O silêncio era a pior parte. Eu tentava ouvir, inutilmente, qualquer som que pudesse denunciar onde estávamos e como sairíamos dali. Mas sem sucesso. O silêncio chegava a doer o ouvido, que por conta do motor do carro e do movimento, estavam zumbindo. Gabriel tremia, seu braço estava bastante inchado e não duvidaria caso estivesse fraturado, mas eu não sabia o que fazer, apenas mantive ele quieto. Era a única coisa que eu poderia fazer.

- O-Onde... Sarah?

- Eu não sei – respirei fundo segurando as lágrimas que teimavam em querer sair – Eu não sei para onde levaram, eu não sei o que vão fazer com ela.

Agora eu chorava compulsivamente. Era como se tivessem arrancado a parte mais importante de mim. Eu era forte para defende-la, eu era forte para protege-la, mas me arrancaram Sarah de mim.

- Ela... ela é brava – ele disse entre tosse – Ela... ela... conse-gue.

- Eu sei, Gabriel. Mas quem garante? Aquele homem está completamente louco. Eu preciso tirar ela das mãos dele.

Gabriel se endireitou, sentando-se com muito esforço e encostando-se no canto. Ele respirou fundo, fazendo uma careta e olhou em volta. Apesar de machucado, parecia reagir melhor, aos poucos, o resto de força que ainda lhe restava, passaram a circular em seu corpo.

- A gente... sempre deu... um jeito.

- Eu sei, mas agora parece não ter jeito algum. Aquele cara está completamente louco e só Deus sabe o que ele pretende fazer com Sarah. Ou com a gente! Se ele só quer ela, com certeza irá nos matar.

- Ele não tem... coragem.

- Olha o que ele fez com você, Gabriel.

- Nada... foram os homens... dele. Não... ele.

- Independente disso, podem ser eles que venham aqui acabar com a gente.

- Eu não deixo...

- Meu Deus, amor – me agachei tomando seu rosto entre as mãos – Olhe só o que fizeram com você. Olhe como está. Se não estiver com alguma fratura, pode jogar as mãos pro céu.

- Ellen, eu vou... ficar bem. Relaxa. Agora... dorme... precisa descansar.

Ele tinha razão. Eu não poderia fazer nada enquanto não estivesse preparada. Logo cedo com certeza apareceriam e se aparecessem antes, faríamos ou entenderíamos o que poderia ser feito. Fomos treinados para situações como aquelas e tenho certeza que Sarah também. Rafael não teria a menor chance. 



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