História 30 dias em Nárnia - Décimo sétimo dia

P.O.V. Mary.

Acordamos todos tarde por causa do cansaço, comemos pouco de manhã e agora estamos cavalgando para a torre de Kedrow.

-Estamos perto! -Caspian disse tirando a espada da bainha e desmontando de Destro (seu cavalo). -Vamos deixar os cavalos aqui. -Todos concordamos e desmontamos.

-Pessoal, não sei se é uma boa ideia eu ir com vocês. -Joana disse enquanto colocava sua capa. -Kedrow se lembrará de mim e vai acabar não nos dando a poção.

-Ela tem razão. -Disse Lúcia.

-Então eu fico também. -Edmundo disse botando as mãos nos ombros de Joana. (#Edmuanaforever)

-Não, Ed. Eles precisam de você. Eu vou ficar bem. -Joana pegava nas mãos de Edmundo e o mandava um olhar encorajador.

-Acho melhor eu ficar aqui com ela, majestades. -Caça-Trufas disse enquanto levantava as mãos. -Não serei muito útil lá, além de que só iria atrasar vocês.

-Tudo bem então. Tomem cuidado. -Entreguei um punhal à Joana. -Só por garantia.

-Obrigada Mary. 

-Se cuide, meu amigo. -Trumpkin deu um rápido abraço no texugo.

Combinamos que nos encontraríamos na cordilheira mais próxima, enquanto eu e os outros fomos seguindo. Quando finalmente achamos o local, vi que era uma torre isolada entre vários e grandes pinheiros. Mas o estranho, era que não tinham portas ou escadas para entrar lá.

P.O.V. Autora.

-E agora? -Hunter perguntou irritado.

-Calma, Hunter. Acho que a gente devia... -Lúcia correu para a torre de pedra e começou a tocar e observar seu exterior. -Olhar ao redor da torre! -Todos observaram ela como se estivesse louca, todos com uma expressão de dúvida.

Porém eles não acreditavam que Lúcia acharia o que achou:

-Hacham ka himma wa. -Era uma frase empoeirada escrita nas pedras. Assim que Lúcia pronunciou as palavras uma luz dourada se abriu para todos e uma pequena porta de madeira apareceu.

-Mandou bem Lú. -Edmundo disse fazendo um cumprimento com a irmã.

-Vamos fazer isso. É agora ou nunca! -Disse Ripchip sacando sua espada.

Caspian foi o primeiro a entrar pela porta e começar à subir a longa escada, seguido por Edmundo, Lúcia, Ripchip e Hunter. Mary e Trumpkin estavam um pouco mais atrás.

-O senhor é Kedrow, o mago? -Caspian perguntou à um senhor de idade lendo um livro em frente à janela.

-Sou sim, meu jovem. -O mago assentiu e se levantou. -Ou melhor... sou sim , meu rei.

-Precisamos de algo que quebre uma poção de encantamento.

-Ah sim. Sinto muito, não posso fornecê-la para vocês.

-Por que não? -Lúcia ficou frente à frente com o idoso.

-Sou fiel aos meus clientes. E... por coincidência estranha, há um tempo, uma cliente me pediu uma poção de encantamento. -Disse com um ar irônico.

-O que podemos fazer para conseguir a poção? -Edmundo disse com as mãos prontas para pegar a espada.

-Não sei se há muito mas... a mocinha aí. -Disse apontando para Lúcia. -Troco ELA pela poção. -Naquele momento, Caspian Hunter e Edmundo correram para frente de Lúcia. Dizendo que recusavam a oferta.

-Aceitem. Precisam de mim. Ou me dão a jovem ou... -Kedrow foi interrompido por Mary, que estava com uma faca no pescoço do mago.

-Não, não, não, meu querido. Acho que VOCÊ está precisando de um acordo agora. -Disse fazendo já um pequeno corte na garganta dele.

P.O.V. Lúcia.

Aquele mago cretino aceitou o acordo e nos deu uma lista de ingredientes para fazermos a poção. Os ingredientes eram básicos: Lágrimas de um dragão, uma pena de um corvo e um símbolo da realeza. Achamos as lágrimas na torre de Kedrow e o resto, arranjaríamos na volta. Para que a poção funcione, alguém que ama Pedro de verdade teria que bebê-la e depois beijá-lo.No caso, a Mary.

-Lú, posso falar com você? -Era Hunter, ele parecia um pouco melancólico.

-Claro, o que foi? -Estávamos sozinhos perto da fogueira, já os outros estavam coletando comida e água para a viagem de volta.

-Preciso te confessar uma coisa, que venho escondendo de você desde que estamos juntos.

-Pode falar qualquer coisa comigo. -Disse pegando nas mãos dele.

-Quando nos conhecemos, não foi por acaso. Foi a comando de alguém.

-Como assim, Hunter? Comando de quem?

-Da feiticeira Lú. -Meus olhos se arregalaram e soltei suas mãos naquele momento, ele mantinha sua cabeça baixa. -Eu e Charlotte nos conhecemos há muito tempo, ela cuidava de mim quando eu era bebê. A feiticeira me chantageou, dizendo que se eu não te conquistasse ela mataria meu pai. -Lágrimas agora se espalhavam pelo meu rosto. Como ele pôde fazer isso comigo! -Não vai dizer nada?

-E o que você quer que eu diga? Que estou feliz por ter me contado a verdade?  Você é uma mentira! Tudo o que você me disse e tudo o que vivemos foi uma ilusão!

-Lúcia, quando te conheci,  não sentia nada por você, mas depois que te conheci de verdade... depois do que houve hoje com o kedrow, eu te amo e não posso te perder. -Qual é o problema dele? Ele não só feriu meus sentimentos, mas também quer que eu continue com ele.

-Errado. Já me perdeu Hunter. -Fui embora deixando ele ali, parado na fogueira.

P.O.V. Autora. 

Todos estavam animados em finalmente conseguir algum resultado nas várias horas e dias de viagem e cansaço. Porém também estavam com muito sono, e Mary, estava muito preocupada, pois seus dias em Nárnia já estavam chegando ao fim, pois amanhã, já seria o seu décimo oitavo dia em Nárnia.