História 30 Dias Para Te Conquistar - O Destino

13 de Junho de 2012

 

POV Takuto Shindou

Finalmente era sábado. Hoje seria realizado o casamento de minha prima mais velha, Shizuko Yamashita. A família toda estava ansiosa para esse evento tão importante. Minha casa estava uma loucura e eu já não agüentava mais tanta correria e mais ainda as mulheres gritando feito umas loucas.

 

Sair de casa para não ter que ficar ouvindo mais aquela conversa chata. As ruas estavam tranqüilas para um sábado de manhã. Cogito a ideia de ir visitar Kirino para confirmar se ele vai mesmo para o casamento. Olho no relógio e vejo que ainda são 08h03min da manhã. Eu não havia conseguido dormir e por isso estava exausto. Desisto de ir até a casa de Ranmaru, pois, com certeza, ele ainda está dormindo. Continuo andando sem direção.

 

Andei durante uns 40 minutos. Eu estava cansado. Olho para a rua em que eu estava e percebo que estava próximo da casa de Tenma. Resolvo dá uma passada por lá, já que ele acorda cedo para corre com seu cachorro. Ele deve está acordado há muito tempo. Chego rapidamente em sua rua e me aproximo de sua casa. Quando escuto alguém me chamar. Viro e vejo que é Tenma.

 

– Bom dia Shindou. – responde alegremente.

 

– Bom dia Tenma. Como estás? – cumprimento com a mesma animação.

 

– Muito bem e você? – pergunta.

 

– É... Eu estou bem. – falo um pouco desanimado,

 

– O que aconteceu? – pergunta preocupado.

 

– Nada demais. – respondo dando um sorriso forçado.

 

– Vamos entrar. Lá dentro você me conta o motivo dessa desanimação toda.

 

Entramos e vamos direto para o quarto de Tenma. Ele me manda sentar em sua cama e se senta na cadeira de frente para mim.

 

– E então? O que aconteceu? – me pergunta.

 

– Hoje vai haver o casamento de minha prima e por isso estou entediado. – falo uma parte do motivo da minha desanimação.

 

– Certo. Agora fale o real motivo. – fala seriamente. É parece que estou encrencado. Além de Kirino, agora eu tenho o Tenma para saber o que se passa comigo. Sinceramente, eu desisto. Eu fico feliz e chateado ao mesmo tempo. Feliz por saber que meus amigos me conhecem realmente e que sempre farão de tudo para me ajudar e chateado por saber que eles vão me perturbar até eu confessar o que está acontecendo.

 

– Ah, tudo bem. – dou um suspiro derrotado e continuo – Eu não paro de pensar que posso não conseguir conquistá-lo e impedir que ele vá para a Espanha.

 

– Por que está tão inseguro assim? Achei que tivesse te convencido que você tem chances de conquistá-lo se você focar no que quer. – fala Tenma com uma das sobrancelhas arqueadas.

 

– E tinha, mas... - receio em contar por um momento.

 

– Mas o que? – pergunta com uma expressão facial de curiosidade e preocupação.

 

– Eu estou começando a acha que eu estou sendo muito egoísta. – falo de uma vez.

 

– Egoísta? Por quê? – pergunta Tenma confuso.

 

– Porque eu estou pensando somente em mim. Eu passei a noite pensando nisso. E se o Kirino quiser realmente ir? E se ele não quiser ficar mesmo que eu revele meus sentimentos? E se el... – fui interrompido por Tenma levemente irritado.

 

– E se, e se... Shindou, pare de fazer suposições! A questão toda não é se ele vai ficar ou ir depois de você revelar seus sentimentos e sim você conseguir conquistá-lo. Eu vejo que o amor de vocês é forte e nada nem ninguém é capaz de acabar com ele, a não ser vocês. Tempo, distância e diferenças não são motivo para o amor desaparecer. Você não está sendo egoísta, você, simplesmente, está correndo atrás do que você tanto deseja, o amor de Kirino. Você tem uma escolha a fazer : O amor de Kirino ou a solidão. Espero que escolha a primeira opção. – fala Tenma.

 

– Eu... Eu acho que você pode está certo. – respondo ainda não muito convencido.

 

– Ora Shindou, pelo o amor de Deus. É tão obvio a resposta que você procura que qualquer um pode ver. – ele dá um sorriso e continua. – Posso não ser mestre no amor, pelo contrário , passo longe de ser, mas sei que Kirino gosta, ou melhor, ama você. Será que é tão difícil assim você perceber?

 

– Como você pode ter tanta certeza? – pergunto.

 

– Porque não importa o que aconteça, ele sempre está ao seu lado. Dias bons e dias ruins, no inverno ou no verão, na tristeza ou na alegria , ele sempre esteve com você te apoiando ou te dando broncas, pois o amor que ele sente por você, mesmo que por enquanto seja de amigo, é forte como chumbo. – ele responde com as mãos em meus ombros e com uma animação que era impossível de não se contagiar.

 

– Obrigado. – falo e nos abraçamos. Eu realmente estava enganado. Eu não podia desistir agora de Kirino. Não importasse o que acontecesse eu o teria para mim.

 

***

 

POV Ranmaru Kirino

 

Acordo com os gritos histéricos de minha mãe e suas batidas fortes em minha porta. Sou obrigado, pela minha mãe, a levantar. Olho para o relógio de meu criado mudo e vejo que são 11h00min. Eu queria continuar a dormir, mas parece que, para minha mãe, isso é um crime. Sinceramente, sábado e domingo são os únicos dias que tenho para aproveitar para dormir até mais tarde. Eu acordo a semana toda cedo e no dia que eu posso ficar até mais tarde na cama minha mãe inventa de me acorda cedo. Vai entender os pais não é mesmo? Faço minha higiene matinal e desço para tomar “café da manhã”.

 

– Bom dia mãe. – digo me espreguiçando e bocejando.

 

– Boa Tarde Ranmaru. – fala minha mãe irônica.

 

– Por que me acordou tão cedo mãe? – pergunto me sentando.

 

– Cedo? – exclama minha mãe me olhando como se eu fosse um extraterrestre. – São 11h40min e você me diz que ainda é cedo? E respondendo a sua pergunta, hoje nós vamos ao casamento de Shizuko, a prima do Takuto, e preciso me arrumar. Esqueceu? Farei o almoço e vou ir ajudar Haru com o que falta para o casamento e depois irei ao salão de beleza. Quando for 18h00min tome um banho, vista a roupa que eu preparei para o casamento e espere por mim. Seu pai chegará mais cedo do serviço, por isso esquente a comida que estará na geladeira para os dois. Entendeu?

 

– Sim senhora. - falo

 

Era verdade, hoje era o casamento da prima mais velha de Takuto e eu havia me esquecido. A mãe de Shizuko, Haru Fujisaki, era amiga de infância de minha mãe e irmã mais velha da mãe de Takuto. O destino é irônico não é?! Quando Shindou me contou que ela era sua prima mais velha eu não acreditei. Ele foi obrigado a me mostrar uma foto dos dois juntos. Acho que de um jeito ou de outro íamos nos conhecer.

 

Depois de almoçar, vou para o meu quarto jogar um pouco e quando dou por mim já são 17h58min. Começo a pensar em como o Shindou ficará lindo de terno e gravata. Ele não deu sinal de vida hoje, o que é um milagre. Normalmente ele aparece aqui em casa ou me liga me convidando para fazer algo. Deve está ocupado com a preparação do casamento.

 

Arrumei-me para o casamento e esperei meu pai chegar, o que não demorou muito. Esquentei a comida para nós dois e esperamos minha mãe chegar. Quando deu 18h30min minha mãe apareceu em casa, extremamente, linda. Usava um vestido vermelho longo que dava um belo contraste com sua pele alva. Seus longos cabelos rosados estavam meio presos com uma flor de strasses e usava uma maquiagem não muito forte. Ela estava simplesmente linda e meu pai faltava pouco babar. Saímos de casa para não chegarmos tarde no casamento que começava 20h00min. A cerimônia ocorreria no outro lado da cidade e o transito não era um dos melhores.

 

***

 

POV Takuto Shindou

 

Tenma e eu conversamos a manhã toda e quando vejo já era a hora do almoço. Ele me fez ficar para almoça junto com ele, dando a desculpa de que ele comeria sozinho, o que não deixava de ser mentira já que sua tutora Aki estava fazendo uma viagem para visitar uma amiga doente. Ele fez a comida, que por sinal estava muito gostosa, e eu lavei as louças e sequei. Enquanto guardava as louças, Tenma me lembrou algo que a essa altura já havia me esquecido.

 

– Não que eu queira que você vá embora, mas sua mãe não está preocupada com você por ter saído cedo e até agora não ter voltado e nem ter dado noticias?

 

– Você tem razão. Eu vou ligar para ela e avisar que estou aqui. – digo pegando meu celular e discando os números de minha mãe que após ter dado uns três toques atendeu. Depois de muito falar com minha mãe, finalmente ela me deixou ficar na casa de Tenma até às 18h00min e depois eu deveria ir para casa, pois o casamento começava 20h00min, mas eu deveria está na igreja mais cedo do que os outros convidados por ser parente próximo da noiva.

 

Quando desliguei o telefone, observei que Tenma estava pensativo demais.

 

– O que houve? – pergunto ao mais novo.

 

– Hã? Não é nada demais. Só estava pensando no seu plano. – fala ele me olhando nos olhos com um sorriso sincero nos lábios.

 

– E o que você achou?

 

– Acho que você está no caminho certo. Se continuar assim o terá em menos de duas semanas.

 

– Espero que esteja certo.

 

– Eu sei que estou. Afinal eu nunca erro. – após dizer isso, rimos feito duas crianças e eu digo:

 

– Nossa você nem é convencido, não é mesmo?! – falo irônico ainda sorrindo.

 

– Nem um pouquinho. Mas mudando de assunto, parece que Kariya desistiu de seu plano.

 

– Você tem certeza?

 

– Não muita, mas ele parou de falar de você e Kirino. Talvez eu tenha me precipitado em ter te falado sobre o que eu havia escutado. Às vezes ele só estava falando da boca para fora. Além do mais, fiquei sabendo que em mais uma briga, Kirino o havia feito calar a boca. Talvez ele tenha fica aborrecido e não queira mais fazer nada.

 

– Hum, talvez, mas é bom ficarmos de olho nele. Nunca sabemos o que ele pode aprontar.

 

– Eu não acho.

 

– Não?

 

– Não. Eu acho que ele apenas apronta para chamar atenção. Não acho que ele seja o “vilão” da história. Eu converso com ele direto e quando ele quer, Kariya é muito legal. Ele apenas não é compreendido.

 

– Você acha?

 

– Sim. Precisamos de atenção. Os seres vivos gostam de carinho e atenção, por mais que digam que não, nós gostamos de ser lembrado por todos.

 

– Sim, você tem razão.

 

Depois disso mudamos de assunto, afinal eu não queria passar a tarde toda falando sobre Kariya. Jogamos bola e fizemos uma caminhada com Sasuke, o cachorro de Tenma. Quando dei por mim já eram 17h53min e eu tinha que ir para casa me arrumar.

 

– Bom, Tenma, eu tenho que ir. Pena que você não pode ir ao casamento.

 

– Sem problemas. Vejo você amanhã?

 

– Claro, pois temos que pensar no resto do plano.

 

– Tudo bem então. Boa festa.

 

– Obrigado.

 

Saio da casa de Tenma e corro em direção a minha. Arrumo-me rapidamente e logo depois fomos para a igreja, que para a nossa sorte não era tão longe de nossa casa. Ao chegar à igreja, vejo que a decoração era toda lilás com branco, bem a cara de Shizuko. Ainda era 19h30min e o local estava com poucos convidados. Meus pais e eu começamos a procura pela tia Haru e vemos que ela ainda não tinha chegado, provavelmente só chegaria junto com minha prima. Olho pela igreja a procura de Kirino, mas ele parece não ter chegado ainda. Sento – me a frente, do lado esquerdo da igreja e espero pelo o inicio da cerimônia.

 

A cada minuto olhava para o relógio e ficava cada vez mais entediado e ansioso para ver Ranmaru. Olho mais uma vez para o relógio e vejo que são 19h55min e ele ainda não havia chegado. A igreja já estava cheia e nem sinal dele. Será que ele não vem? Quando viro – me para a porta e vejo quem eu finalmente queria ver, Ranmaru Kirino. Estava completamente lindo, com terno, calças e sapatos sociais pretos, com uma blusa cinza por debaixo do terno e gravata azul escuro. Ele me ver e me lança um sorriso lindo o que não é demorado para ser correspondido. Ele caminha em minha direção e se senta ao meu lado.

 

– Você está muito bem, Takuto.

 

– Você também, Ranmaru.

 

Quando eu ia falar algo, uma música começa a tocar e logo o noivo começa a entrar acompanhado de sua mãe. Depois da entrada do noivo é a vez dos padrinhos, quatro de cada lado, o que me impressionou muito, mas vai entender.

 

Após alguns minutos a marcha nupcial tradicional começa a tocar e vejo minha prima, toda linda de véu e grinalda, entrar a igreja com um enorme sorriso estampado no rosto e com os olhos brilhando. E assim a cerimônia começa. O padre começa a dizer:

 

Noivos caríssimos,

viestes à casa da Igreja

para que o vosso propósito de contrair Matrimónio

seja firmado com o sagrado selo de Deus,

perante o ministro da Igreja e na presença da comunidade cristã.

Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal.

Ele, que já vos consagrou pelo santo Batismo,

vai agora dotar-vos e fortalecer-vos

com a graça especial de um novo Sacramento

para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade

e as demais obrigações do Matrimónio.

Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-vos

sobre as vossas disposições.

 

Kondo Yusuke e Shizuko Yamashita, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
 

– Sim. – respondem os noivos ao mesmo tempo. 
 

– Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida? – pergunta o padre. 
 

– Sim, estou. – falam novamente. 
 

– Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja? – pergunta o padre.
 

– Sim, estou. – dizem os noivos. 
 

– Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja. – fala o padre.
 

Os noivos unem as mãos direitas, olho para o lado e vejo que minha mãe está emocionada.

 

– Eu, Kondo Yusuke, recebo-te por minha esposa

a ti Shizuko Yamashita, e prometo ser-te fiel,

amar-te e respeitar-te,

na alegria e na tristeza,

na saúde e na doença,

todos os dias da nossa vida. 
 

– Eu Shizuko Yamashita, recebo-te por meu esposo

a ti Kondo Yusuke, e prometo ser-te fiel,

amar-te e respeitar-te,

na alegria e na tristeza,

na saúde e na doença,

todos os dias da nossa vida. 
 

– Conforme o Senhor, benignamente,

o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja,

e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção.

Não separe o homem o que Deus uniu.

Convido os presentes ao louvor de Deus. Bendigamos ao Senhor.

 

Ao dizer isso, todos os presentes na igreja respondem:

 

– Graças a Deus.

 

Após a realização da cerimônia, todos vamos ao salão de festa onde ocorreria a festa. O casamento tinha sido muito bonito e confesso que eu me emocionei. Chegamos rápido, já que o salão não era muito distante da igreja. A decoração, assim como a da igreja, era branca com lilás. Em cada mesa havia um vaso de rosas que poderiam ser brancas ou lilás. As mesas ficavam ao redor da pista de dança. Quando todos já haviam chegado no salão, as luzes diminuíram e começaram a tocar músicas animadas, estimulando os convidados a irem dançar, o que não demorou muito.

 

Ranmaru e eu sentamos junto com nossos pais na mesma mesa, já que as famílias se tornaram muito amigas por conta da nossa amizade.

 

– Que incrível o casamento. Eu nunca fiquei tão emocionado. – comenta Kirino.

 

– Tem razão. A felicidade de ambos era tão grande que se espalhou pela igreja toda. Fico feliz que Shizuko e Kondo tenham se casado.

 

– Pois é. Eles passaram por muitas coisas juntos para chegarem até aqui.

 

– Acho que o destino estava a favor de ambos. Tudo tem o seu momento e não há ninguém que possa evitar isso.

 

– Você pode ter razão. – fala um pouco pensativo.

 

– Um amigo me falou que quando o amor é forte e verdadeiro, é capaz de vencer todas as dificuldades. Acho que não importa o que aconteça, quando o amor trabalha junto com o destino é impossível que um casal não fique junto, mesmo que pareça loucura. – digo, já não sabendo mais se estou falando de minha prima e seu marido ou de nós dois.

 

Kirino parece ter pensado a mesma coisa do que, pois simplesmente perguntou se eu não queria dançar.

 

E passamos a noite toda assim, trocando olhares e sorrisos enquanto nos divertíamos. Não sei o que o destino nos reserva, mas espero que ele esteja do meu lado. Nada vem fácil, portanto, terei que fazer até o impossível para ter o amor de Kirino em menos de um mês.

 

***

 

" Não posso imaginar amando ninguém além de você. Por toda minha vida. Quando você está comigo, baby, os céus ficam azuis, por toda minha vida..."–Trecho da música "

Happy Together " - Simple Plan