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História 300 Primaveras - Capitulo 40


Escrita por: Nahy06

Capítulo 42 - Capitulo 40


A primeira coisa que escutei ao acordar foi o barulho irritante de um monitor cardíaco.

Sentia cheiro de hospital e quando abri os olhos, confirmei minhas suspeitas ao ver o teto grande e branco.

Olhei para os lados e percebi que estava sozinha.

Porém, antes que eu pudesse chamar alguém, a porta foi aberta e uma mulher vestida como enfermeira entrou.

– Ah... – ela disse assim que me viu e sorriu. – Srta. Swan, você acordou.

– Eu... – pigarrei quando minha voz saiu rouca. – Estou no hospital?

Ela assentiu e veio para o meu lado, enchendo um copo de agua e me entregando.

– Como se sente?

– Um pouco confusa, cansada, minha cabeça doi... – reclamei e ela assentiu.

– Está tudo bem, você teve uma concussão. Vou chamar o Dr. Voltiri, ele irá passar alguns medicamentos para você.

– Por quanto tempo estou aqui?

– Três dias.

– Três dias? – perguntei em choque e ela assentiu. – Tanto tempo?

– Sim, você teve sorte. Iria ser atropelada por um carro, mas uma senhora salvou sua vida. Ela que trouxe você para cá.

– E onde ela está? – perguntei e ela suspirou.

– Isso é o que não sabemos. Ela desapareceu depois, parecia que conhecia você. Deixou o numero do seu noivo e depois se foi, nem ao menos deixou que tratássemos suas feridas.

Escutei tudo em silencio e engoli em seco.

Ainda não conseguia acreditar. Aquela mulher cruel e sem escrúpulos salvou a minha vida...

– Onde está Edw... Meu noivo? – perguntei e a mulher sorriu.

– Saiu por um momento. Ele parece gostar muito de você, quase não saiu do seu lado. Você é uma garota de sorte – disse e sorri.

– Eu realmente sou.

E então a porta é aberta.

Edward entra carregando uma pequena mala, mas assim que me vê, ele deixa cair a bolsa no chão e me olha surpreso.

– Bella?

Sorri e estendi a mão.

– Pare de me olhar como se eu tivesse renascido dos mortos e venha me abraçar homem – disse com um sorriso e ele rapidamente se recompôs.

Em apenas algumas passadas estava a minha frente, se abaixando para me envolver em seus braços e quase me sufocando com seu aperto da morte.

– Edward... – disse sem ar e ele desfez um pouco do seu aperto sobre mim.

– Você acordou... – sussurrou se afastando para me olhar e sorri quando ele levou uma mão ao meu rosto. – Pare de me assustar assim, vou ficar de cabelo branco antes dos 30 desse jeito.

– Bom... Na minha opinião, você ficaria irresistível de cabelos grisalhos. Um velho sexy.

Escutamos um pigarro e sorri sem graça ao olhar para enfermeira. Tinha esquecido dela!

– Sinto interromper, mas o Dr. Volturi está aqui para examiná-la.

 Olhei para porta e um senhor de cabelo escuro nos esperava sorrindo.

– É um prazer conhece-la Srta. Swan – disse me oferecendo sua mão que aceitei com um sorriso. – Devo dizer que você e seu noivo tem sido o assunto mais falado nesse hospital nos últimos dias.

Encarei confusa Edward que apenas rolou os olhos.

– Alice – disse apenas e imediatamente compreendi. – Ela saiu falando a todos sobre a nossa história quando vinha te visitar.

– Devo dizer que é uma linda história de amor – a enfermeira acrescentou com um suspiro sonhador nos fazendo rir.

– Mas vamos dar uma olhada em você – disse o doutor vindo em minha direção.

E então começamos com a sessão de exames e perguntas constrangedoras. Felizmente o Dr. Volturi disse que estava tudo bem e que eu podia ganhar alta no outro dia. Receitou alguns medicamentos para minha dor de cabeça e disse que eu tinha que ficar em respouso absoluto durante a próxima semana.

Mas então me dei conta de algo.

– Mas e o bebê? – perguntei e imediatamente me arrependi ao olhar para Edward.

Ele congelou e me olhou chocado, desviei o olhar dele e olhei para o médico que parecia bastante confuso.

– Bebê? – ele repetiu e olhou para enfermeira que franziu o cenho e olhou para alguns papeis na prancheta em sua mão.

– Aqui não menciona nada disso. – ela entregou a prancheta para o Dr. Volturi que olhou por um segundo e em seguida me olhou.

– Isabella, você não está gravida.

O ar escapou dos meus pulmões e o olhei em choque.

– Não? Tem certeza?

– Sim, absoluta.

Fechei os olhos por um segundo me xingando por dentro. Eu deveria ter feito o exame de sangue, por que fui confiar nessas porcarias?

Droga de testes de gravidez e seus 1% de falha. Probabilidade é uma merda.

– Bom, voltaremos mais tarde para realizar alguns últimos exames – Dr. Volturi disse.

– Tudo bem.

Escutei a porta fechar silenciosamente quando o médico e a enfermeira saíram. Não tive coragem suficiente para olhar para Edward.

– Gatinha... – ele segurou na minha mandíbula e puxou gentilmente meu rosto para cima, me fazendo olhá-lo. – O que aconteceu? Por que não quer me olhar?

– Porque estou envergonhada. Eu não deveria ter feito o teste de gravidez.

Ele ficou em silencio por um segundo.

– Por que não me disse nada? – tentei baixar a cabeça, mas ele segurou meu rosto no lugar. – Bella?

– Eu ia te dizer – suspirei. – No dia do acidente, estava esperando você chegar em casa quando fui encontrar sua... mãe.

– Minha mãe? – perguntou surpreso, mas então seu semblante ficou irritado. – O que ela fez? Foi por causa dela que isso aconteceu?

– Não Edward, não a culpe – disse e segurei seu rosto entre minhas mãos. – Ela no inicio, podia não ter boas intenções, mas o acidente foi culpa minha, eu que atravessei a rua sem olhar e se não fosse por ela... Talvez eu nem estivesse aqui.

– Não... – ele me abraçou apertado. – Não diga algo que me faça imaginar isso. Eu não podia viver sem você.

O envolvi com meus braços e lhe assegurei que estava bem.

Mas então me dei conta de algo.

Eu ainda não havia lhe dito.

– Edward, lembra quando eu disse que você era o homem da minha vida? – perguntei com um sorriso sentindo meus olhos queimarem pelas lagrimas.

– Claro que sim, você... – ele parou e então me afastou. Seus olhos me olhavam arregalados e meu sorriso aumentou. – Você nunca me disse isso desde que nos reencontramos.

– Não, não disse. Mas eu disse antes, não foi? – uma lagrima escapou dos meus olhos e ele ainda parecia surpreso. – Quando escrevemos aquela musica, você se lembra? Acho que eu estava certa afinal, você é o homem da minha vida.

– Bella... – disse e logo em seguida seus lábios estavam nos meus.

Acho que nunca havíamos trocado esse tipo de beijo antes. Haviam tantas coisas para se falar, tantas coisas que precisávamos esclarecer, mas esse beijo parecia ser tudo que precisávamos no momento.

Meus medos, seus medos...

Entregamos tudo um ao outro.

E isso era tudo.

....

Felizmente o dia da minha alta chegou logo.

Estava animada por sair finalmente do hospital.

Meus pais haviam ficado tão aliviados por me ver bem, mamãe chorou enquanto me abraçava e me fez prometer que nunca mais eu faria isso. Eles vieram assim que soube do acidente e por enquanto estavam ficando na minha casa e de Edward, foi engraçado ver como papai ameaçava Edward a cada 10 minutos lembrando-lhe que foi policial e que sempre mantinha a arma guardada.

Estava feliz por meus pais terem aceitado Edward apesar de tudo que aconteceu e mais ainda por finalmente ter lhe contado do nosso noivado. Havíamos combinado de preparar um pequeno jantar de noivado para família e papai deixou bem claro quando disse que deveríamos ter um noivado muito longo, para o completo desgosto de Edward. Ele queria que casássemos o quanto antes.

Mas o que importava era que nossos pais haviam aprovado nossa relação.

Fechei a mala com um sorriso e sentei na cama do hospital. Estava esperando Edward resolver a papelada da minha alta, o único lado ruim disso era que eu tinha que utilizar uma bota de gesso durante umas duas semanas, havia torcido o tornozelo e teria que ficar com isso, para meu desgosto.

Ouvi uma batida na porta e sorri.

– Edward? Já voltou? – perguntei me virando para trás, mas então meu sorriso morreu ao perceber quem era. – Elisabeth... ? Por que está aqui?

Ela entrou no quarto com passos hesitantes. Torcia as mãos nervosamente e não conseguia fixar os olhos em mim.

Olhei para seu corpo e percebi que ela tinha alguns arranhões pelo braço.

– Você está... Bem? – perguntou me olhando com cautela e sorri afirmando coma cabeça.

– Graças a você, sim – ela forçou um sorriso. – Como estão os seus braços?

– Não foi nada demais, isso não importa... – suspirou e levantou os olhos para mim, parecia decidia e talvez arrependida? – Eu vim aqui... Vim aqui para pedir... Desculpa a você – disse com esforço.

Deveria ser difícil para ela. Uma mulher orgulhosa como era, talvez nunca antes havia feito tal ato.

– Eu... – ela levantou a mão me interrompendo.

– Deixe-me terminar, por favor – assenti surpresa pelo pedido e pela forma que falou. – Eu sempre acreditei que Edward era um menino de ouro, o meu menino. Ele era perfeito em todos os sentidos, era bonito, inteligente, corajoso... – suspirou e levantou os olhos cansados para mim. – Logo que ele nasceu percebi que ele era especial, sempre fora inteligente, desde pequeno e não me surpreendeu quando cresceu. Acho que por isso acabei sobrecarregando Emmett, coloquei muitas expectativas em cima dele, eu sempre o comparei com Edward e cobrava dele por isso – acho que finalmente estava entendendo o porquê de Emm odiar tanto seu irmão antes e o motivo deles nunca se darem bem. – Eu sei que errei, nunca devia ter feito isso. Edward era brilhante e eu apenas queria o melhor para ele, por isso... – desviou os olhos de mim. – Por isso achei que você nunca seria boa o bastante pra ele, mas eu estava errada novamente, sempre estou... – lamentou e suspirei.

– Você deveria dizer isso a eles dois – ela me olhou surpresa. – Não é a mim que deve contar isso, mas sim aos seus filhos.

Ela abriu um sorriso triste.

– Eu sei, mas eles nunca irão me escutar como você.

– Talvez... – tentei pensar em algo, mas ela balançou a cabeça.

– Não adianta, eles nunca vão me escutar, sei disso... – disse com tristeza e não pude dizer nada para confortá-la. – Mas não é por isso que estou aqui. – balançou a cabeça e me olhou. – Eu quero me desculpar, por tudo que eu te fiz passar, por tudo que aconteceu... Despois que eu quase vi você morrer naquele dia, eu finalmente entendi, Edward nunca superou o que tiveram juntos, se você se fosse... Ele nunca mais conseguiria seguir em frente, nunca mais seria o mesmo.

Então entendi.

O fato dela ter salvado a minha vida e ter arriscado a sua... Não foi por mim, foi por Edward, sempre por ele.

Elisabeth nunca havia sido uma boa pessoa, eu achava estranho o fato dela ter se arriscado por mim, mas agora entendia.

Não devia estar surpresa, isso era esperado. Afinal ela sempre fora uma pessoa que só pensa em si mesma, era uma conquista a ter pensando em seus filhos.

– Você nunca fez isso por mim – disse e ela desviou os olhos sem graça. – Se se importa tanto com seus filhos, por que não faz as pazes com eles?

– Isso é complicado.

Suspirei e a encarei.

– Bom há sempre uma chance para tudo. E respondendo ao seu pedido de desculpa, me desculpe, mas eu não posso aceita-lo. Você não apenas machucou a mim e ao Edward, mas também a outras pessoas, muitas pessoas que eu amo. Sou grata por ter salvo a minha vida e a vida do meu pai no passado, embora não pelos meios corretos, mas mesmo assim sou grata. – ela assentiu com um sorriso triste. – Porém, apesar disso tudo você causou muitas desgraças para serem corrigidas com um simples pedido de desculpa, por isso me desculpe Elisabeth, mas não posso aceitar. Talvez... – hesitei antes de continuar e soltei o ar pesadamente. – Talvez com o tempo possamos resolver tudo, mas agora talvez não. É preciso que você tente mais, busque o perdão dos seus filhos, faça coisas que mostre que você está arrependida, pois só assim acreditaremos em você.

 – Eu... Eu vou tentar – prometeu e coloquei uma mão em seu ombro.

– Tente, se isso continuar assim, talvez você nunca mais terá o perdão dos seus filhos.

– Eu...

– Bella? – Edward entra pela porta e paralisa ao ver sua mão comigo. – O que você faz aqui? – rosna vindo em minha direção e se pondo a minha frente.

– Edward, eu...

– Não, não quero escutá-la, acho melhor você ir embora. Por sua causa, Bella de novo quase morreu! – disse apertando a mão em punho e toquei seu braço tentando tranquilizá-lo. – Não uma, mas duas vezes! Parece que toda vez que você está envolvida, coisas ruins acontecem. Por isso acho melhor você ir e nunca mais tente se aproximar de nós novamente.

Elisabeth olhou para seu filho com tristeza.

As palavras de Edward haviam a atingido, era claro que ela se importava com ele.

– Eu sinto muito Edward – disse antes de baixar a cabeça e sair.

Podia jurar que vi uma lágrima escorrer dos seus olhos quando saiu. Mas logo descartei essa possibilidade, ela era Elisabeth Mason, nunca a vi chorar antes.

Ou eu estava errada?

– Bella, você está bem? – Edward se virou pra mim preocupado. – Ela não disse nada novamente, não é?

Sorri para ele e me inclinei para beijar rapidamente seus lábios.

– Claro que não seu bobo e você sabe que eu sou grande o suficiente para me defender se ela tentasse – me virei para arrumar o lençol da cama, mesmo que não precisasse. – Ela queria... Se desculpar.

Edward ficou em silencio e quando me virei para trás, vi seu rosto surpreso.

– Se desculpar?

– Sim, disse que estava arrependida por tudo que fez.

– Você não acreditou nela, não é? – perguntou e não respondi. – Bella?

Suspirei.

– Não, sim... Não sei, ela parecia ser sincera, mas não sei o que achar. – levantei os olhos pra ele. – Você não deseja ter sua mãe de volta na sua vida? Ela parece se importar muito com você e Emm, talvez não faça isso da maneira correta, mas ela se importa. Talvez... Talvez vocês possam se entender e além disso, ela salvou a minha vida.

Edward apenas escutou tudo em silencio e em seguida suspirou.

– Não sei, ainda é muito cedo, talvez um dia possa perdoar tudo que ela fez, mas não agora, eu preciso pensar... – balançou a cabeça e logo em seguida sorriu me pegando nos seus braços. – Mas não agora, temos uma conversa para terminar.

– Que conversa?

– Apenas três palavras Bella. Eu. Você. Bebês.

Sorri envolvendo meus braços ao redor do seu pescoço.

– O que? Você quer fazer bebês?

Ele sorriu diabolicamente.

– Bom eu adoro a ideia de fazer bebês com você, mas acho que antes precisamos praticar – moveu as sobrancelhas sugestivamente e ri.

– Oh sim, acho que precisamos praticar muito.


Notas Finais


Voltando das férias (estava viajando e não deu pra postar) postando finalmente.
Desculpem a demora ;)


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