História 365 Days - January 7th, 2015.

2015, 7 de Janeiro. Quinta-feira - 6:34

Cheguei ao inferno que chamo de escola me preparando mentalmente pra ficar sozinha, já que a Charlie conseguiu QUEBRAR O PULSO batendo claras em neve. Me sentei no refeitório e fiquei fuçando as redes sociais quando senti um incômodo. Alguém me observava. Deixei pra lá e continuei o que fazia até ouvir cochichos atrás de mim. Sim,as pessoas dessa escola cochicham muito. Olhei em volta afim de saber sobre o que cochichavam e vi Noah sentado no corredor lendo um livro ou seja lá o que for. Juro que tentei me segurar, mas quando vi já estava plantada na frente dele.

-Oi! O que está lendo?

-Não te interessa.  - O Noah frio, chato e irritante voltou senhoras e senhores.

-Ah, qual é. Qual o teu problema?
-Não sei o que está falando garota.

-Não sabe?! Porra, tu se desculpa super fofo, me leva pra ver a lua as 4 da manhã e do nada me trata com indiferença?! - reparei que um aglomerado de alunos e até funcionários rodeavam a gente. Amantes de barracos e de garotas gritando com garotos gatos sentados no chão. - Vai se foder né.

-Não te devo satisfações não, não sou teu amigo e muito menos quero ser.

Ele se levantou e saiu, lágrimas ameaçavam escorrer de meus olhos mas não iria dar esse gostinho pra ele nem ferrando. Peguei meus materiais e fui pra classe, tentar aguentar mais um dia naquela merda.

Alunos entravam e saiam da classe e eu apenas me concentrava em arrancar o esmalte vermelho de minhas unhas com todo o ódio possível. Ódio do Noah. Ele não podia fazer aquilo, não podia. Eu só queria ajudar ele. Ingrato filho de uma mãe. Mal prestei atenção nas aulas, e muito menos vi o tempo passar, quando percebi já estava á caminho de casa.

Ao longe eu já via Noah e sua cabeleira ridiculamente linda entrando no jardim, argh, era patético a maneira como ele prendia minha atenção. Um senhor apareceu ao lado dele, parece ser o senhor Joseph, seu pai. Vi o tal senhor puxando Noah com raiva, o que será que ele tinha feito? Corri até minha casa e tomei um banho rápido, coloquei a primeira roupa que caiu do meu guarda - roupa e fui até a casa dele.

Bati uma, bati duas, três, nove, trinta. Ninguém atendia. Bati mais algumas centenas de vezes até que o tal senhor abriu a porta, era muito parecido com Joseph, só que era mais novo, aparentemente.

-Olá, o Noah está?

-Não, quem é você?

-Uma amiga. Posso esperar ele chegar, ele vai demorar?

-Vá embora. - a porta foi fechada na minha cara novamente e comecei a pensar que talvez toda a família Jenkins seja assim. Voltei pra minha casa disposta a descobrir quem é aquele senhor, o que aconteceu com Noah e porque ele é tão lindo. Me chame de Elizabeth Holmes.