Ser
Há uma linha muito fina entre 'estar' e 'ser' triste.
Essa linha é partida no momento em que 'estar triste' deixa de ser momento e começa virando rotina.
Quando a vontade de fugir da própria pele permanece no peito mesmo nas horas de sorrisos.
Quando os olhos vêem muitas pessoas ao redor, mas sente como se todos e uma sacola plástica não fossem diferentes.
Quando existir começa a pesar como uma cruz sobre os ombros.
A linha que separa 'estar' e 'ser' se parte quando se começa a confundi-los, e a vida parece triste só em começar.
E a beleza das árvores não parece mais importar, nem tão pouco o pôr do sol que faz o céu de tela todos os dias.
O café parece sempre amargo, a pia sempre suja e a vida sempre revirada.
Os olhos caíram e se arroxearam ao redor, por causa das noites em claro na companhia de crises existenciais.
O relógio parece parar no pulso
e os dias parecem sempre vazios demais.
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