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História 4AM Blues - Capítulo Único


Escrita por: KiitaT

Notas do Autor


HELLOOOOOOO~
Não, você não está vendo errado. Eu realmente ressurgi do mundo dos mortos. Foi bem difícil, mas consegui. \o/
Pra quem já me conhece e/ou acompanha hmt, pode descansar tranquilo que eu não desisti da fanfic, viu? Eu só precisava escrever uma história pequena e despretensiosa pra exercitar os músculos da mente antes de mergulhar de cabeça no trabalho real. Então pode tirando meu nome da boca do sapo, porque pretendo atualizar hmt e dk assim que possível. <3
Agora, para as (os) vminas (os) de plantão que nunca viram mais gorda, olá! Vocês podem me chamar de Kita ou Rah (ou qualquer coisa que quiserem, really, eu sou bem facinha ;x q), e estarei sobre seus cuidados a partir de hoje. Uma curiosidade que nem todo mundo sabe, é que antes de vender minha alma pra yoonmin eu era uma vmina fervorosa. Tanto que ainda tenho um puta soft spot pelo ship. E falando em soft, é isso o que essa fic é, caso estejam se perguntando. A capa e sinopse podem enganar, mas a fic é 100% soft, eu juro. Se vocês forem procurar o significado de soft no dicionário, vai aparecer "4AM blues" como primeiro resultado. qn UHASUHSAUH Ok, mas falando sério agora: eu espero ter feito jus ao OTP mais lindo do Bangtan. <3

Err--acho melhor parar por aqui antes que eu espante todo mundo logo nas notas iniciais com meu falatório sem fim. lol
Finalmente, boa leitura! ♥

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Ah~ já faz um tempo desde a última vez que escrevi nesse caderno velho. Olhando para a última página escrita, me lembro que havia acabado de perder uma pessoa muito importante para mim. Eu estava sentado nesse mesmo banco de madeira nesse mesmo parque deserto, debaixo da mesma lua e do mesmo céu cujo tom de azul me deixava confortável o bastante para sentir, pensar e escrever coisas que não sentiria, pensaria ou escreveria se não fosse pela solidão e quietude que as últimas horas da madrugada traziam. Com a diferença de que na época eu não esperava por você, mas você me achou mesmo assim. Você se lembra? Naquela noite eu não parava de soluçar. Eu realmente não queria falar sobre meus sentimentos além do que já havia feito em forma escrita minutos antes da sua chegada, sem o seu conhecimento, mas você me entendeu sem que precisasse dizer nada. Como sempre faz. Nós permanecemos no mais absoluto silêncio enquanto nos aconchegávamos um contra o outro na esperança de compartilhar calor corporal, e aquela foi uma terapia ainda melhor do que todo o desabafo que botei nesse caderno.

 

Em retrospecto, eu realmente não deveria ter duvidado que me entenderia. É engraçado, eu vivo te dizendo que somos almas gêmeas, mas não acreditava totalmente nisso até aquela noite. Agora já não há espaço em minha mente, muito menos em meu coração, para dúvidas.

 

Me parece que aquela noite foi uma espécie de divisor de águas para a nossa amizade. Você também não sente isso? Para mim, tanta coisa mudou, mesmo que você faça parecer que tudo continua o mesmo. Mas você não é o mesmo. Eu também não sou o mesmo. Nem esse parque ou, mais especificamente, esse banco que se tornou nosso ponto de encontro oficial nas madrugadas em que meus pensamentos me mantinham acordado permaneceu o mesmo. Ele pode parecer igual sob a luz do luar, mas seu significado mudou. Não é apenas um parque, mas um santuário. Um porto seguro para as noites em que preciso tirar uma folga e clarear a mente.

 

Exatamente como essa, de certa forma.

 

Será que você sentiu a necessidade de desabafar em mim hoje? Será que percebeu o ângulo dos meus ombros caídos? Eu sei que me pediu para te esperar enquanto terminava a coreografia, mas o seu olhar me dizia que você não se referia ao estúdio, ou sequer ao prédio da companhia. Você queria que te esperasse aqui, no nosso lugar especial. O que deixa tudo bem mais conveniente para mim, devo dizer. Eu realmente precisava de um pouco de tempo só para despejar alguns sentimentos confusos sobre uma folha de papel. Ah, como senti falta disso.

 

(Ainda não sei porque esse simples desabafo pessoal e aleatório soa como se esta fosse uma carta dedicada a você, já que seus olhos jamais cairão sobre essas palavras, mas por algum motivo não me vejo escrevendo de qualquer outra maneira. Será que sou louco por gostar de imaginar que talvez outra pessoa folheie essas páginas além de mim mesmo?)

 

Por favor, chegue logo. Está frio. Estou te esperando numa madrugada de inverno em Seul às 4 da manhã, então devo ser um ótimo amigo, não é? Meus dentes não param de bater e não consigo sentir a ponta dos dedos; sei que você vai brigar comigo por não ter trazido minhas luvas. Bem, não que fosse usá-las de qualquer forma. Escrever com elas é desconfortável, e minha caligrafia fica ainda pior do que já é. Me desculpe, estou soando como uma pequena criança petulante e contraditória, não estou? O frio não me incomoda tanto assim. Eu só quero te ver.

 

Por que eu sinto sua falta mesmo quando não faz tanto tempo desde a última vez que te vi? Por que você continua aparecendo em meus sonhos e pensamentos nas horas mais inoportunas, por que é você a última coisa que penso antes de dormir e a primeira quando acordo? Por quê? Isso não é justo. Eu não deveria te amar o tanto quanto amo. Esse amor faz com que tudo me lembre de você, em qualquer lugar, a qualquer hora. Estou pensando em você agora mesmo, enquanto olho para o céu. A luz da lua cheia é incrível, mas não é tão brilhante quanto a sua.

 

Oh! Um pássaro solitário começou a cantar em algum lugar no alto da copa das árvores. É estranhamente reconfortante ouvir a melodia tão tarde da noite; me pergunto que tipo de pássaro seria esse... as únicas aves noturnas que conheço são as corujas, e eu sei que elas não cantam. Acho que devo fechar os olhos para escutar com mais atenção. Seu canto é magnífico, porém tão melancólico... eu não sei se tenho essa impressão por causa da atmosfera de uma noite que já começa a se despedir ou se existe um motivo para tal. Você acha que ele está esperando por alguém especial como eu estou? Ou será que está se lamentando por sua perda, assim como eu estava a tantas noites atrás...?

 

Aish... O que estou dizendo... Eu juro que não sei como consigo me identificar com um pássaro, mas consigo. Estou feliz que tenha esse caderno como confidente, pois temo que passaria vergonha caso tivesse que expressar tais pensamentos em voz alta. Já posso até mesmo ver a expressão que você faria, seus olhos escondidos atrás das bochechas pela força do seu sorriso, e ouvir sua risada leve e doce como o toque de um sino enquanto me diz estas exatas palavras em tom afetuoso: “você é tão estranho, Taehyungie!” ...E talvez eu seja mesmo.

 

Mas essa melodia é realmente bela... Ela me faz pensar, mas mais importante do que isso, ela me faz sentir. Me faz sentir coisas que só me sinto confortável para sentir quando o mundo todo está dormindo, azul sob a luz da lua.

 

Hey—eu tive uma ideia para uma música. É realmente boa. Posso escrever um pedaço?

 

No parque ao amanhecer,

Canta um pássaro sem nome

Onde está você?

 

O que achou? Acabei de pensar nessas letras. O canto do pássaro realmente me inspirou. Eu nunca te disse isso, mas já vinha com essa vontade de escrever uma canção há algum tempo. Não uma canção para nosso próximo álbum, mas uma canção mais pessoal e íntima. Uma canção dedicada a você. Só não sabia como expressar esse sentimento que tenho toda vez que penso em você. Ainda não sei. É um sentimento difícil de explicar; ele me aperta o peito, mas me conforta ao mesmo tempo. Me envia um tremor pela espinha e inunda meu coração com um fogo morno e cálido. É um sentimento que tanto tenho medo quanto tenho alegria por ser capaz de senti-lo. Eu sei, não importa o quanto tente, não consigo colocá-lo em palavras. Talvez peça ajuda para Namjoon-hyung... ele sempre foi bom em saber o que as pessoas querem dizer quando até quando elas mesmas não fazem a menor ideia de como organizar a bagunça em suas mentes.

 

Que pena, por um momento pensei ter visto o sol se aproximando; e não estou falando da estrela que ilumina o mundo, mas sim de você. (Uau, imagino que você me bateria se eu dissesse essa cantada brega para você em pessoa; não há ninguém aqui, e mesmo assim estou envergonhado.) Bem, agora que parei para pensar... acho que não há tanta diferença assim, afinal: você também é uma estrela que ilumina o mundo de muitas pessoas – o meu inclusive.

 

Não, ignore o que acabei de escrever. O meu principalmente.

 

Você é tudo o que eu tenho. Nessa cidade, nessa carreira, nessa vida. Eu não seria ninguém sem ter você ao meu lado. Meu melhor amigo, minha alma gêmea. Meu amor, Park Jiminie.

 

 

 

 – Me perdoe o atraso! Levei mais tempo para finalizar a coreografia do que imaginava... Aish, estou exausto. – Park Jimin exclamou, bufando ao se jogar pesadamente no banco ao meu lado, o som repentino da sua voz fazendo-me emitir um pequeno e agudo ruído de surpresa com sua chegada inesperada.

Eu podia sentir o coração martelando a mil por hora no céu da boca enquanto atrapalhava-me todo para fechar e esconder o diário onde despejava meus mais profundos sentimentos apenas momentos antes, deslizando-o desajeitadamente no espaço entre minha coxa direita e o banco de madeira onde estava sentado. Felizmente o outro mantinha os olhos fechados conforme tentava estalar o pescoço com movimentos circulares da cabeça, os grunhidos roucos de dor que lhe escapavam dos lábios com o ato servindo de prova para sua autoproclamada exaustão.

Permaneci em silêncio enquanto o observava com olhos deslumbrados, tornado mudo não só pelo choque que sua chegada causou mas também porque sua presença ali me proporcionava um novo sentimento que mais uma vez não sabia definir. Era alívio? Pura alegria? Afeição? Eu não sabia muito bem o que era, mas ter meu melhor amigo dividindo comigo o banco do parque no meio da madrugada, em toda sua glória de bochechas rosadas por causa do frio, me causava um nó na boca do estômago por cima do já habitual aperto que sentia no peito cada vez que via seu rosto; talvez tudo que havia escrito naquele pequeno caderno velho, todos os sentimentos crus e verdadeiros que despejei sobre as páginas tenham me deixado um tanto sentimental.

As palavras que usei ainda dançavam em minha mente de maneira provocativa, tão nítidas que era como se as estivesse escrevendo nesse exato instante, distraindo-me a tal ponto que até então não havia me dado conta de que Jimin provavelmente esperava uma resposta. Entretanto, no mesmo instante que peguei fôlego para comentar alguma coisa qualquer, me deparei com um par de belos e calorosos olhos castanhos sobre mim, fazendo-me perder todo o fôlego novamente.

 – Está pronto pra ir pra casa? – Jimin, sendo o anjo que era, optou por perguntar ao invés de comentar sobre minha óbvia e recentemente adquirida inaptidão social.

 – Oh...? Oh! – gaguejei, sempre eloquente. – N-não. Hm... Quer dizer, podemos ficar mais um pouco? Eu realmente queria ver o Sol nascer. – pedi com a minha melhor personificação de um cachorro sem dono, ciente de que havia uma certa dose de aegyo que nem mesmo Park Jimin podia resistir, deixando de fora apenas o “com você” que quase anexei ao final da frase.

 – Hm? Oh, claro. Acho que não precisamos ter tanta pressa. – para minha surpresa Jimin cedeu facilmente, sorrindo aquele sorriso brilhante mesmo com todo o cansaço que estampava sua face e pesava seus ombros. No mesmo instante me senti como o pior idiota egoísta desse mundo, mas algo naquele sorriso me impedia de mudar de ideia e levantar para ir embora como deveria.

Será que era possível ver seu melhor amigo sob uma nova luz mesmo depois de tantos anos? Eu achava que conhecia todos os lados, ângulos e aspectos do ser complexo que era Park Jimin, e que o amava mais a cada vez que uma nova característica era descoberta; amava ao ponto de pensar que era impossível haver amor maior do que o que já sentia, porém mais uma vez Jimin mostrou que jamais pararia de me surpreender. Quão ingênuo eu fui, percebi um pouco tarde demais: que Jimin era um anjo já estava estabelecido, mas eu ainda não tinha compreendido completamente a extensão da sua compaixão até aquele momento. Assim como naquela noite onde ele permaneceu ao meu lado sem fazer perguntas, apenas para compartilhar o peso do meu luto, hoje ele foi capaz de me mostrar novamente que eu não era digno de alguém como Park Jimin. Tamanho altruísmo precisava ser compensado de alguma maneira, pensei comigo mesmo enquanto o ouvia narrar animadamente a nova rotina de dança que estava aprendendo – não por dever como um membro do Bangtan, mas porque sua perseverança e ambição sempre o impulsionavam a melhorar suas habilidades –, seu esforço para preencher o silêncio na tentativa de fazer os minutos restantes até o amanhecer parecerem menos arrastados não passando despercebido por mim.

Eu vasculhava minha mente por formas diferentes e significativas com que poderia agradecê-lo por pelo menos um terço do que ele já fizera por mim enquanto fazia o meu melhor para respondê-lo de acordo, não querendo repetir a vergonha de ser pego o encarando estupefato uma segunda vez, quando uma ideia totalmente aleatória me veio à cabeça. Claro, o que tinha em mente não chegava nem perto do ideal, mas era um começo.

 – Hey, Chim! Me desculpe interromper, mas eu realmente gostaria de comer um Melona agora. Quer que compre um pra você também? – acrescentei a pergunta por pura cortesia, pois já estava determinado a comprar sua iguaria favorita como agradecimento por ter cedido a um pedido tão egoísta mesmo quando ele estava visivelmente exausto e tinha total direito de recusar. E não compraria apenas um picolé qualquer, mas sim o seu sabor e marca favoritos, nem que tivesse que ir buscá-lo do outro lado da cidade.

 – H-huh? Tae... – Jimin tropeçou em meio as palavras, piscando olhos surpresos com a minha rude, porém exageradamente animada interrupção. Entretanto, conforme o silêncio se estendia, a surpresa foi logo transformada em incredulidade, claramente retratada no modo como sua testa franzia. – Você sabe que estamos no inverno, certo? E que são quase cinco horas da manhã?

 – E daí? Não há hora nem estação certa para tomar sorvete, Jiminie. Apenas momentos. E eu digo que assistir o amanhecer no parque com meu melhor amigo é o momento perfeito para um bom picolé de melão. – retruquei com certeza na voz e um sorriso retangular puxando os lábios, o tipo de sorriso que eu sabia que Jimin não teria argumentos contra. Como já esperava, o mais velho se encontrou sem palavras logo em seguida, então aproveitei a oportunidade para me levantar e seguir na direção da loja de conveniência 24h mais próxima. – Fique sentado aí e me espere, ok? Já estou voltando.

Sem esperar por uma resposta, temendo que Jimin pudesse de fato encontrar um argumento bom o bastante para me impedir de ir, dei-lhe as costas e fiz o caminho até meu objetivo com leveza nos pés, satisfeito por ter conseguido pensar em algo tão rápido. Ok, talvez eu precisasse admitir que tomar sorvete numa madrugada de inverno, ainda que não tivesse começado a temporada de neve, não foi uma das minhas ideias mais brilhantes. Mas eu estava me sentindo culpado por fazê-lo esperar a alvorada comigo quando Jimin claramente preferia estar dormindo no conforto da sua cama, e tanto ele quanto eu amávamos picolé de melão, então que mal havia nisso?

Apertei o passo quando uma rápida checada no visor do celular informou-me que restava pouquíssimo tempo até o nascer do sol, tal informação plantando em meu peito um leve estado de pânico que me fez praticamente correr o restante do percurso; do que adiantaria ter dois picolés em mãos se chegasse atrasado para o espetáculo?

Chegando à loja de conveniência fui direto para a seção dos freezers, procurando aquele que continha o que procurava. Deixei que um sorriso radiante de orelha a orelha puxasse meus lábios quando encontrei o sabor favorito não só de Jimin, mas também o meu; o gosto pelo picolé de melão era mais uma dentre as inúmeras outras coisas que compartilhávamos em comum. Mais do que depressa fui até o caixa pagar por ambos os itens, cumprimentando a senhora que trabalhava ali com uma risada suave que era em parte constrangida e parte lisonjeada, agradecendo o caloroso atendimento e os elogios sobre minha performance no último programa musical com bochechas ligeiramente coradas. Devido à posição estratégica dessa loja em específico, tão próxima dos lugares que costumava frequentar, e à minha pré-disposição a ter desejos absurdos em horários estranhos, eu já estava habituado com o jeito quase maternal com o qual a dona do estabelecimento me tratava; mesmo assim, isso não me impedia de sentir, em igual intensidade, um tremendo orgulho do meu trabalho e imensa saudades de casa toda vez que ela me dizia com um sorriso no rosto, “você fez bem, Taehyung-ah”.

 – Por que a pressa, rapazinho? Vai se encontrar com alguém? – a senhora perguntou ao notar o modo como eu mudava o peso de um pé para outro em pequenos pulinhos nervosos, esfregando as mãos juntas em frente aos meus lábios conforme assoprava hálito quente nelas na esperança de esquentá-las um pouco, com meus olhos sendo atraídos para o relógio na parede atrás de si a pelo menos cada cinco segundos enquanto esperava o troco.

 – Ah—você notou? – ri sem graça, esfregando a nuca como forma de mais um tique nervoso. – Sim, eu vou assistir o amanhecer com meu melhor amigo.

 – É mesmo? Isso me soa como uma ótima ideia. Já faz algum tempo desde que não compartilho a beleza do sol nascente com alguém. – o tom que a senhora usava era um tanto nostálgico, mas havia afeição em seus pequenos e enrugados olhos e um sorriso em seus lábios que me vi retribuindo sem nem perceber. – Não o faça esperar muito, então.

Ela não precisou dizer duas vezes.

Ao sair da loja com uma sacola de plástico pendurada no pulso tirei o celular do bolso traseiro da calça com a mão livre e, ao desbloqueá-lo, constatei que tinha pouco mais que dez minutos para voltar ao banco onde deixara Jimin antes que os primeiros raios solares apontassem no horizonte. Foi por esse motivo que, enquanto segurava a sacola com uma das mãos e mantinha o celular firmemente preso na outra, me pus a correr todo o caminho de volta o mais rápido que podia, perdendo apenas alguns segundos conforme desacelerava para evitar qualquer possível acidente antes de atravessar a próxima rua ou virar a próxima esquina, logo retomando a velocidade máxima quando estava seguro do outro lado.

Assim que avistei a silhueta pequena do meu melhor amigo sentado no mesmo lugar onde o deixei, suas costas viradas para mim e levemente curvadas para frente contrastando maravilhosamente bem com a atmosfera azulada da madrugada que lentamente dava lugar à manhã, me permiti desacelerar para meu passo normal conforme tentava recobrar o fôlego e observava o belo gradiente do céu mudar de cor aos poucos, suspirando aliviado por ter chegado a tempo. Com o intuito de surpreendê-lo, fui me aproximando com passos silenciosos e um riso porcamente contido nos lábios, até ficar próximo o suficiente para perceber que havia algo errado.

 – Olha quem voltou—! Jiminie? Você está chorando? – a risada que tinha na ponta da língua morreu assim que vi lágrimas gordas e cristalinas descendo pelas bochechas do outro. Jimin deu um pequeno pulo no banco com o som repentino da minha voz, deixando escapar um ruído de surpresa que se assemelhava terrivelmente a um soluço logo antes de se dar conta da minha presença e secar o rosto com a manga do grosso casaco que vestia de maneira desajeitada e um tanto apressada. Imediatamente me vi mais preocupado do que pensava ser possível, tentando encontrar justificativas para tal comportamento de modo quase histérico. Por que Jimin estava chorando? Será que estava se sentindo com frio e solitário na minha ausência? Será que, ao sair na minha jornada em busca de agradecimento, eu havia mais uma vez o deixado à mercê dos meus caprichos egoístas? Será que eu era capaz de ser tão idiota assim? – ...O que aconteceu? Estava se sentindo sozinho? Me perdoe... eu demorei muito, não foi?

Enquanto o mais velho se esforçava para livrar-se das evidências da sua tristeza, eu me sentei desajeitadamente ao seu lado, deixando um palmo de espaço entre nós e depositando a sacola com cuidado no espaço que havia sobrado do meu outro lado ao final do banco, hesitando com a mão livre sobre seus ombros trêmulos, pela primeira vez sem saber como agir. Eu não sabia se Jimin podia ouvir a angústia em minha voz, ou se foram as palavras em si que chamaram sua atenção, mas assim que as perguntas saíram de meus lábios ele tinha aqueles mesmos olhos castanhos, ainda um pouco marejados, mas agora arregalados em pavor, direcionados a mim mais uma vez.

 – O—o quê? N-não! Não, não, você não demorou. Não se preocupe, não é por isso que estava chorando. – Jimin assegurou-me enquanto mordia o interior do lábio inferior, não sabia dizer se para impedir que novos soluços lhe escapassem ou se era apenas mais um de seus tiques nervosos se manifestando naturalmente, antes de soltar uma risadinha embargada de emoção e direcionar um daqueles sorrisos capaz de iluminar o mundo para mim, eliminando com eficiência qualquer dúvida que ainda poderia ter. – É um motivo estúpido, sério. Você vai rir de mim quando souber.

 – Eu jamais riria de você, Jiminie. – falei com convicção, colocando o máximo de verdade que podia nas palavras para que ele percebesse minha sinceridade, finalmente tomando coragem para apoiar um das mãos no meio das suas costas e acalentá-lo com movimentos reconfortantes de cima pra baixo.

 – Eu sei. Você é meu melhor amigo, não é? – aquela era uma pergunta que não necessitava de resposta. Jimin deixou claro que não havia cogitado seriamente a ideia de que eu poderia rir de si com o modo como relaxou instantaneamente sob meu toque, mantendo aquele sorriso que me tirava o fôlego, tão caloroso e radiante, no rosto enquanto escolhia as palavras para o que diria a seguir. – Bem... é ridículo, mas esse cenário melancólico me lembrou uma cena de um filme que assisti uma vez.

 – Oh... Okay. – elaborei eloquentemente, sem saber o que mais poderia dizer. Sendo amigo de Jimin por tanto tempo, eu conhecia vários dos seus lados, se não todos, por isso sabia dizer exatamente quando o mais velho estava mentindo. Por que ele tinha motivos para mentir eu não sabia, já que éramos apenas nós ali, mas confiava o bastante no meu amigo para saber que se o que o afligia valesse a pena mencionar, ele o faria. Eu só esperava que eventualmente ele se abrisse para mim; eu odiava o ver chorando, e odiava ainda mais quando mantinha segredos.

 – Viu? Eu disse que era estúpido. – Jimin brincou com a mesma leveza na voz, mas seu sorriso diminuiu pelo menos uma fração da intensidade. E isso eu jamais poderia permitir.

 – Não é estúpido, nem ridículo, pare de dizer coisas do tipo. Eu só estava aqui pensando... – interrompi minha fala de modo a criar suspense, fingindo pensar a fundo sobre um assunto qualquer enquanto torcia o corpo para o outro lado, o lado contrário ao de Jimin, mexendo na sacola que havia trazido e propositalmente causando um ruído alto de plástico. Então, com um sorriso retangular que revelava todos os meus dentes, voltei-me para Jimin com os frutos de minha jornada em mãos. – ...Que era uma boa coisa o fato de eu ter encontrado seu picolé favorito. Melona pode curar qualquer mágoa.

 – Oh, Taetae... você é o melhor. – Jimin disse com um sorriso terno nos lábios e olhos cheios de ternura, rindo quando percebeu o efeito que suas palavras tinham sobre mim, evidenciado pela maneira como meu próprio sorriso de repente dobrou sua intensidade. Muitas vezes eu era associado a um filhote de cachorro, hiperativo e amoroso, e agora não podia dizer que não via a conexão. Se eu tivesse um rabo, com certeza o estaria abanando.

O mais velho agradeceu quando o ofereci uma das iguarias, abrindo a embalagem de maneira descuidada a fim de dar uma bela mordida no sorvete; não pude controlar o riso quando vi a careta que estampava sua face assim que o mesmo congelou seus dentes, recebendo um tapa indignado no braço pela minha insolência logo em seguida. Ainda com um sorriso no rosto, copiei suas ações e me concentrei apenas em saborear o picolé que tinha em mãos, apreciando o silêncio confortável que havia se estabelecido. A quietude só foi interrompida quando Jimin exclamou numa voz baixa e maravilhada, “olhe, Tae, está amanhecendo!”, me fazendo desviar a atenção do sol ao meu lado para observar o outro lançar seus primeiros raios no céu. Claro que a alvorada era uma visão magnífica, a cada novo dia pintando a abóbada celeste como um artista pinta sua tela, mas havia algo na expressão de Jimin que prendia meu olhar ainda mais do que o festival de cores no céu.   

Se me perguntassem, eu jamais saberia explicar o porquê, mas naquele momento eu me sentia extremamente feliz. Mais do que feliz, eu me sentia contente, satisfeito. Completo. Pleno. Talvez fosse o diário; toda vez que me encontrava com a cabeça cheia de pensamentos, escrevê-los num pedaço de papel sempre me acalmava. Era quase como se, ao despejar meus mais profundos sentimentos ali, eu pudesse vê-los sob uma nova luz, uma nova perspectiva, alguns até mesmo pela primeira vez, e assim organizá-los de modo que pudesse entendê-los. Ou, e essa alternativa me parecia a mais correta, tal sensação de plenitude era o efeito que a simples presença de Park Jimin causava sobre mim. Pedir para o mais velho permanecer ao meu lado no meio de um parque deserto, numa madrugada de inverno, apenas para ver o sol nascer pode até ter sido estupidamente egoísta da minha parte, mas agora não conseguia encontrar motivos para me arrepender de tê-lo feito.

Eu estava tão feliz que poderia me levantar agora mesmo e começar a uivar para a lua. Portanto, contra meu melhor julgamento, foi o que fiz. Ou quase isso.

 – Adeus, dona Lua! Boa noite! Durma bem! – despedi-me de maneira entusiasmada, minha voz estrondosa ecoando pelo parque vazio conforme acenava com ambas as mãos para o satélite que, lenta mas seguramente, cedia seu lugar para o astro solar. Jimin sobressaltou-se com a minha exclamação repentina, pulando uns bons centímetros no ar, mas passado o susto foi sua vez de cair na gargalhada, tombando o corpo sobre meu colo com a força de seu riso.

 – Você é tão estranho, Taehyungie. Deve ser por isso que gosto tanto de você. – foi o que disse assim que recuperou o fôlego para poder falar novamente. Quando fitei seu rosto, chocado pela escolha de palavras e com bochechas tão quentes que só podia imaginar a tonalidade de vermelho que assumiram, eu vi olhos escondidos atrás de um sorriso tão intenso que poderia me cegar, tão próximo que me fez prender a respiração me maneira inconsciente. Por que ele continuava a me torturar dessa maneira? Jimin não sabia o quanto suas palavras faziam meu coração rugir dentro do peito.

Eu estava prestes a colocar a mão livre sobre o local onde podia sentir o mesmo martelando freneticamente contra os confinamentos da minha caixa torácica, como um pássaro preso na gaiola, temendo que Jimin pudesse ouvir o quão forte meu coração batia por si. A tentativa de acalmá-lo um pouco foi completamente em vão, pois Jimin escolheu justo aquele momento para apoiar a cabeça sobre meu ombro esquerdo. A adição do novo peso me fez pausar com músculos contraídos, não porque era difícil de suportar, mas porque a razão do meu quase ataque cardíaco estava procurando contato físico. Era um alívio que o parque estivesse deserto, caso contrário os passantes poderiam começar a sussurrar sobre o quão Kim Taehyung e Park Jimin estavam sendo exageradamente amigáveis um com o outro, mas não era bem isso que me afligia. Jimin e eu éramos bem parecidos nesse quesito. Contato físico não nos deixava desconfortáveis, pelo contrário; nós dois éramos bastante conhecidos por procurar qualquer forma de carinho de todos os nossos amigos. Inclusive um do outro. Principalmente um do outro.

Mas ninguém poderia me culpar por ficar um pouco tenso. Esta noite não era uma noite como outra qualquer.

Jimin pareceu perceber meu dilema, entretanto, pois logo se moveu a fim de se afastar e me dar um pouco de espaço. Imediatamente me dei conta de que estava sendo estúpido, e que espaço era a última coisa que precisava no momento, por isso não hesitei em passar o braço por cima de seus ombros e o puxar para perto mais uma vez, deixando-o se aconchegar contra a lateral do meu corpo como bem quisesse. A essa altura ambos os picolés haviam sido devorados, restando apenas seus respectivos palitos e embalagens em nossas mãos, então tratei de recolher todo o lixo na sacola e me acomodar no banco para assistir o nascer do sol sem mais distrações. Ouvi Jimin emitir um ruído contente quando encontrou uma posição do seu agrado, ruído esse que logo se tornou uma melodia murmurada em tom baixo e suave.

Se a intenção do outro era murmurar uma canção de ninar para a Lua ou uma saudação para o Sol era um mistério para mim, mas não podia negar que ouvir sua voz doce era extremamente relaxante. Pouco a pouco o sol foi tomando seu lugar no céu, embalado pela canção sem letras do outro que logo puxou uma sinfonia criada pela melodia desconhecida que o pássaro noturno cantava, agora também mesclada ao canto de outros pássaros que acordavam junto com o restante da cidade. Quando percebeu que estava sendo acompanhado, Jimin atrapalhou-se um pouco na melodia, risonho, mas logo se recuperou e continuou murmurando-a no mesmo tom suave e reconfortante. Fui novamente tomado por aquela velha vontade de escrever uma música baseada nos sentimentos que não podia mais conter dentro do peito e, ali naquele momento, assistindo o céu clarear com a pessoa que me proporcionava tais sentimentos nos braços enquanto o ouvia murmurar a melodia que os dava forma, decidi que um dia esse desejo se tornaria realidade.

 – Acho que estou pronto pra ir pra casa agora. – anunciei, em tom baixo e um tanto hesitante, quando o sol estava alto o suficiente para sentir seus raios aquecendo minha face. O relógio no visor do celular me informava que já passava das seis da manhã, legitimando minha decisão. Ainda que não tivéssemos nenhum compromisso até mais tarde, não era bom perder muitas horas de sono. Eu já havia passado dos meus limites, de qualquer maneira.

Passados mais de três segundos em silêncio, sorri quando voltei minha atenção para Jimin e vi que o outro estava quase dormindo com a cabeça apoiada no meu ombro, mas ao som da minha voz o chamando uma segunda vez, ele piscou os olhos e se rearranjou de modo a fitar meu rosto de volta, retribuindo meu sorriso de maneira adoravelmente sonolenta. – Okay. Vamos pra casa, então.

Lentamente deixamos o conforto do corpo um do outro para nos levantar e pegar nossas respectivas bolsas. Passei a alça da minha bolsa-carteiro pelo pescoço de modo a ficar atravessada no peito, enquanto pegava a sacola plástica que havia esquecido no banco ao meu lado para jogar no lixo mais próximo, sendo acompanhado de perto por um cansado e sonolento Jimin. O caminho para o dormitório era curto, por isso optamos por caminhar até lá, seguros atrás das nossas máscaras, ambos tomando conforto no silêncio que compartilhávamos. Entretanto, não havíamos chegado nem na metade do caminho quando Jimin fechou sua pequena mão ao redor da minha, entrelaçando nossos dedos e sorrindo contente para mim quando voltei olhos curiosos para si. A única evidência do seu sorriso eram seus olhos, mas não pude deixar de correspondê-lo em igual medida, sentindo um inexplicável calor desabrochar no centro do meu peito e se espalhar para o resto do meu corpo como um cobertor. Mesmo que o início da manhã trouxesse vida para a cidade mais uma vez, mesmo que já pudesse ver pessoas andando pelas ruas a caminho dos seus primeiros afazeres do dia, eu não pensei nem por um segundo em quebrar o contato. Mesmo que nos reconhecessem, eu não me importava com o que pensariam por estar andando de mãos dadas com meu melhor amigo. Eu me recusava a esconder o quanto o amava.

O apartamento estava quieto quando fechei a porta atrás de mim com um clique suave, deixando claro que os outros membros ainda dormiam profundamente, mesmo tendo chegado bem mais cedo do que Jimin e eu. Era raro para ídolos como nós ter uma boa noite de descanso, então todos aproveitavam enquanto podiam. Assim que tirou os sapatos na entrada Jimin anunciou que tomaria banho primeiro, pois não ansiava nada mais do que um bom banho quente para relaxar seus músculos exaustos antes de dormir; nem fiz questão de contestar, afinal de contas era apenas justo, já que eu era o responsável por adiar seu tão merecido descanso. Ao sair do banheiro por volta de vinte minutos após ter entrado, tempo este que matei no sofá da sala enquanto mexia distraidamente no celular, Jimin se despediu com um desejo de boa noite, afirmando não ser capaz de me esperar, aproximando-se para plantar um suave beijo na minha testa quando fiz um beicinho choroso. Com bochechas coradas, entrei no banheiro para tomar o meu próprio banho antes que mudasse de ideia e caísse na cama do jeito que estava, tamanho o cansaço que finalmente podia sentir pesando em meus ossos.

Como era de se esperar, Jimin não podia mais ser encontrado nas proximidades quando saí do banheiro com roupas limpas e cabelos úmidos, por isso presumi que ele realmente havia se retirado para dormir. Porém, antes que eu mesmo o acompanhasse rumo a terra dos sonhos, precisava anotar mais um pensamento que me ocorreu durante o banho. Vasculhando a bolsa que havia trazido comigo para o parque, constatei que o que procurava não estava lá como deveria. Mais do que depressa um sentimento de pânico me assolou, suas raízes travando meus músculos e envolvendo minha garganta, tornando quase impossível o simples ato de respirar. Esforcei-me para manter o ritmo controlado do ato de inspirar e expirar repetidas vezes e relembrar as últimas duas horas; naquele instante me dei conta de que eu era, de fato, um idiota: na pressa para esconder o caderno, não o havia guardado na bolsa como achei que tinha feito, mas o deixei lá no banco do parque. Entretanto, ao mesmo tempo, também não me recordava de tê-lo visto quando retornei da loja de conveniência, o que só poderia significar uma coisa.

Com o coração martelando frenético na garganta, mas ainda tomando cuidado para não fazer muito barulho, entrei no quarto que Jimin dividia com Hoseok-hyung para encontrar ambas as camas ocupadas, seus respectivos ocupantes dormindo profunda e tranquilamente embaixo de pesados cobertores. Imediatamente meus olhos caíram sobre a escrivaninha ao lado da porta, onde o caderno jazia sob a luminária que costumavam deixar acesa pois nenhum dos dois gostava de dormir num quarto totalmente escuro. Uma onda de alívio me percorreu a espinha quando vi meu pertence ali intacto; meu maior medo não era apenas que alguém lesse o que Kim Taehyung tanto gostava de escrever quando ficava sozinho, mas sim perder para sempre todos aqueles sentimentos tão pessoais e que foram tão difíceis de botar no papel para começo de conversa. Era quase como perder uma parte de mim.

Eu estava tremendamente aliviado, mas ao mesmo tempo, receoso. O fato do meu diário pessoal estar ali significava que Jimin não só o havia visto e pegado, mas também guardado e trazido até aqui, tudo isso sem me dizer. O que mais ele poderia ter feito enquanto não estava presente? A mera possibilidade de que meu melhor amigo no mundo poderia ter lido tudo o que escrevi sobre ele, não apenas essa noite, mas em todas as noites em que minha mente era tomada de pensamentos semelhantes (e acredite, foram muitas) me enchia em igual proporção de excitamento e pavor. 

Temendo incomodar um dos dois ocupantes do quarto com a minha presença (principalmente um em especial) e ser pego em flagrante parado ali como um idiota, peguei o caderno e fechei a porta com cuidado atrás de mim, seguindo caminho até o meu próprio quarto com passos ligeiros. Reservei um segundo para agradecer o fato de que Namjoon dormia feito uma pedra antes de sentar na minha cama, abrir o diário com mãos trêmulas na página que estava escrevendo ainda há pouco e soltar um longo suspiro, aliviado quando não vi nada fora do comum.  Pelo menos até meus olhos encontrarem pequenas marcas d’água em formas circulares que se assemelhavam terrivelmente a lágrimas, manchando a tinta da caneta que havia usado para escrever em alguns pedaços.

Será que eu havia chorado enquanto escrevia? Não podia me lembrar.

Mas então tudo começou a fazer sentido; ao mesmo tempo em que me ocorreu a realização de que aquelas lágrimas não eram minhas, encontrei algo que me fez querer sorrir feito um bobo, gritar como um lunático e chorar como uma criança. Se possível, tudo junto. Ali, ao final da página, rabiscado em letras miúdas numa caligrafia que era tão diferente da minha porém tão familiar, estava a seguinte frase:

 

Eu amo você também, idiota.

 


Notas Finais


Acho que todo mundo já deve ter adivinhado só de ler o título da fic, mas vale ressaltar que ela foi sim, e muito, baseada nas letras de 4 o'clock. Desde que a música saiu eu não conseguia mais parar de ouvir em looping, e quando vi já tinha um plot vmin na cabeça. Acredite ou não, essa é a minha primeira oneshot, e primeira fic fora da minha zona de conforto vulgo yoonmin. Então acho que estou um pouco apreensiva quanto a recepção que ela vai ter. Espero que tenham gostado. <3333
Como inspiração, eu usei praticamente todos os vmin fmvs disponíveis no youtube, tanto pré quanto pós '4 o'clock era' (?), mas esse tem um lugar especial no meu coração; recomendo que vejam: https://www.youtube.com/watch?v=hQRKo2SPmP0

Até a próxima, kittens~! ♥


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