História 5 Vidas - A mais bela lição do amor - Capítulo 1

Vida 1: A mais bela lição do amor

Capítulo 1

Ela estava com um sorriso satisfeito no rosto. Com apenas quinze dias de trabalho, já havia conquistado as crianças. Isso a severa diretora não podia negar: Orihime era como uma fada no olhar das crianças da turma de 2º período. Aquela novata foi uma boa escolha para substituir a professora na sua licença maternidade. As crianças achavam linda com seu longo cabelo da cor pôr do sol.

Havia terminado mais um dia de trabalho, a jovem organizava a sala. Recolhia os trabalhinhos das crianças que havia feito no dia, os vários bilhetinhos que recebia com desenhos, umas flores que as crianças levavam para ela.

Orihime sabia, aquele trabalho era temporário. Duraria 4 meses até a professora anterior voltasse. Mas isso não impedia de fazer um bom trabalho: conferia o seu plano de aula para próximo dia e separava os materiais. Pronto. Agora poderia ir para casa para um merecido descanso.

Andava no corredor principal da escola que levava para saída, avistou uma criança, uma menina. Ao aproximar viu que era uma das suas alunas.

_ Usagi¹? – chamou a menina cabelos negros que levantou a cabeça, revelando os seus ambares enormes na cor de violeta – O que ainda fazem aqui.

_ Meu papa – respondeu baixo a menina – Ele me esqueceu.  – seu olhar era triste

_ Oras, ele deve estar um pouco atrasado. – tentou animá-la com um sorriso – Deve ser o transito ou trabalho. – abaixou para ficar na altura da criança – Vamos esperar um pouco.

_ Mas não quero ficar sozinha. – choramingou a criança

_ Não ficará. Estarei com você. Ah! Posso ligar para sua casa, me empresta a sua agenda escolar para que posso olhar o número.

A menina retira da mochila de coelho rosa a sua agenda e a entrega à sua professora. Orihime abriu a agenda na página que havia as informações da garota. Foi até a secretária e pediu o telefone emprestado. Telefonou para casa da menina, explicou que havia acontecido. O avô da menina que atendeu o telefonema, perguntou à professora se ela poderia aguardar que ele estaria buscando, e dentro de quinze minutos chegaria ao local.

Não demorou muito para um senhor alto de cabelos negros chegasse na escola.

_ Vovô! – falou animada garotinha.

_ Usagi! – abaixou para pegar a garotinha no colo – Obrigado. Sou Isshin kurosaki, avô de Usagi.

_ Prazer, Orihime Inoue professora de Usagi. – apresentou se a ruiva

_ A substituída. – olhou supressa para jovem – Desculpa, pensei que era imaginação de Usagi quando falou para nós sobre você.

_ Sobre mim?

_ Sim, que era gentil e linda como fada. – o comentário fez a jovem rubra – Bom, desculpa pelo comentário. E muito obrigado por ficar com a Usagi.

_ Por nada. Até amanhã Usagi.

Despediu da garotinha e do senhor e saiu do colégio. Antes de ir para casa precisava de fazer compras para casa. Um pequeno mercadinho próximo ao pequeno apartamento que alugou há um mês.

Orihime mudou-se de uma cidade próxima. A sua mudança era desejo de sair da casa dos avós, quais que criaram deste do falecimento dos pais aos 12 anos. Já tinha formado em pedagogia, era uma recém-formada. O trabalho como professora substituída era meio de ganhar experiência.

Gostava de fazer o trajeto da escola para casa a pé. Tinha a estranha mania de observar as pessoas e criar uma história na sua cabeça: como chamava, que estava fazendo ali... mil e uma ideias. Tinha uma livraria no caminho, resolveu entrar para dar uma “olhadinha”.

Livros era uma paixão de Orihime. Era capaz de ficar horas e horas na livraria ou na biblioteca. Era um gosto que adquiriu desta pequena, da sua mãe contar infinitas histórias. Poderia ser uma oportunidade de adquirir um novo título, talvez infantil. Para que sua turminha adquirisse um habito para leitura.

Estava na secção infantil, perdida aos novos títulos que chegaram. Procura um algo diferente das fábulas, conto de fadas tradicionais. Uma outra característica da ruiva é distração. Isso faz a moça tropeçar e cair do nada, trombar em alguém... Bem, mais ou menos isso.

Não vou negar, foi que aconteceu naquela livraria. A ruiva estava olhando os títulos que adquiria e indo andando sem olhar o caminho para o caixa. Foi que ela trombou em alguém, fazendo os livros caírem no chão.

_ Deixa que eu a ajudo. – ouviu uma voz masculina

_ Não precisa, eu que estava distraída - a moça estava abaixada – Eu que tenho que desculpá-lo por ter esbarrado no  - levantou a cabeça para desculpar educada - ...senhor?

Foi quando os seus olhares se cruzaram: os cinzentos e castanhos. Aqueles castanhos marrons chocolates. Orihime percebeu o homem na sua frente era jovem, provavelmente a mesma idade ou pouco mais velhos. E tinha um chamativo cabelo laranjas. O rapaz vestia um terno e tinha ar sério.

_ Não precisa desculpar. – o rapaz falava com uma voz amável – Eu também estava distraído. Aqui está seu livro. – estende a mão entregando o livro

_ Obrigada. – deu um sorriso gentil

Os dois levantaram do chão, ainda mantendo o contanto visual. A ruiva desvia o olhar, meio corada de vergonha.

_ Literatura infantil? – perguntou o rapaz

_ Ah sim. – respondeu um pouco nervosa – Estou procurando algo novo para minha turma.

_ Então você professora?

_ Sim, sou professora de educação infantil

_ Então você pode me ajudar? – perguntou o rapaz com um sorriso torto – Que estou procurando um livro para menina de 5 anos².

_ Hmm... ela gosta de contos de fadas: princesas, fadas...?

_ Ela tem um lado fofo nem tanto. – respondeu coçando a nuca

_ Certo. Eu vi um livro interessante aqui. – ela procurava em umas das pilhas de livros na prateleiras – Pronto achei. – deu um sorriso largo – É este  - virou para o rapaz para entregar o livro – Aconteceu algo? – ao perceber um expressão boba do rapaz

_ Nada não – pegou o livro e folheou  - Muito obrigado.

_ Por nada – falou gentil

_ Espero que os vendedores não ficam bravos por você me ajudar. Afinal ficaram sem comissão.

_ Que isso! – falou sem graça – Espero que ela goste!

_ Obrigado por mais uma vez. – despediu da moça e dirigiu ao caixa.

A moça fez o mesmo, pagou a sua compra e saiu da loja à direção do mercadinho. Afinal precisava algo comestível para jantar. A sua última tentativa de alimentação em casa não foi algo tão admirável.

****

O rapaz tinha chegado em casa. Tinha nas mãos o embrulho do livro que havia comprado.

_ Cheguei. – anunciou a sua chegada.

_ Papai – a pequena garota corre para abraçá-lo – Que bom que chegou!

_ Como foi seu dia? – perguntou o ruivo para pequena, com ela no colo

_ Foi bom. Mas você me esqueceu na escola. – fez um beicinho

_ Desculpa, papai ficou meio agarrado no trabalho. – já entrando na cozinha.

_ Boa noite, Ichigo – cumprimentou o senhor³– Quando for atrasar, me liga para buscar a Usagi na escola. – queixou o mais velho.

_ Foi um erro meu – admitiu – Não irá repetir.

_ A sorte que a professora da Usagi ligou e ficou esperando com ela.

_ A novata? – colocando a Usagi no balcão

_ Lógico, se fosse a senhora Evegreen não estaria.

_ Orihime é muito legal – sorriu a garotinha, levantando os bracinhos.

_ Como um pedido de desculpas, trouxe um presente.

_ Uma caixa de lápis de cor novo? – tentou adivinhar

_ Isso não comprei no inicio do mês?

_ Já acabou. – desviou o olhar do pai – Está tudo pequeno.

_ Que você fez com eles? – questionou o ruivo

_ Você não viu a obra de arte nova na parede do corredor? – riu debochado Isshin

_ Como que é Usagi? – chamou atenção da pequena – Você tem que desenhar no papel.

_ Também acabou. – deu os ombros

_ Você vai me levar à falência – apertou com os dedos a sua temporã.

_ Qual é a supressa pai? – a menina viu o embrulho nas mãos

_ Este. – entregou o presente – Espero que goste

A menina pegou o embrulho, rasgando o papel na ansiedade de saber o que era. Sorriu quando viu o livro nas mãos.

_ Não acredito. – falou supressa.

_ Que foi ? Não gostou? – perguntou o ruivo

_ Eu amei – falou a menina – É o mesmo que tia Orihime contou na semana passada. Obrigada papai. – depositou um beijo na bochecha do ruivo e desceu do balcão correndo para sala.

_ Estou precisando conhecer a nova professora. – fez uma nota mental

_ Tem mesmo. – comentou o mais velho fazendo os afazeres – Que professora!

_ Deixa de ser tarado, velho. – repreendendo o seu pai – Você fazendo esses comentários.

_ Não estou mentido. – deu os ombros para o filho – Ela é mesmo linda.

_ Você com essa ideia de eu relacionar com outra pessoa novamente. Já falei a minha opinião sobre isso.

_ Você está jovem. A Usagi está bem e vai crescer com todo amor e carinho. Não tem que se preocupar.- parou e olhou para Ichigo, que estava com os braços cruzados encostado no balcão - Já faz três anos, está mais na hora de você tirar o luto, esquecer da decepção que teve. Ninguém é igual a ninguém. E também não estou lhe jogando nos braços da “professora”. Agora como pai, você tem que comparecer na escola.

_ Está bem. Eu irei na escola amanhã.

_ Ótimo. – sorriu o velho -  Não esqueça de reparar nela

_ Tarado. – repreendeu o novo.

****

Havia um bom tempo que a Orihime tinha chegado em casa. Era um pequeno apartamento simples, com poucas mobílias. Agora vestia uma camisola de malha com estampa flores. Estava preparando um chá antes de deitar. Ela cantarola uma música aleatória.

Relembrou do seu dia: a aula com seus alunos que a encantava com imaginação e doçura. Seu rosto rubro com encontro na livraria. “O rapaz dos olhos castanhos chocolates”. Para ela, o ruivo parecia um personagem dos livros de romance que lia. Um belo misterioso rapaz.

Terminou o preparo do chá, foi para sacada do quarto para observar a noite da cidade. Um mês que havia mudado para Karakura, e muitas coisas aconteceram.

_ O que pode vim acontecer? – ela sorriu e bebeu o seu chá.

Continua...