História 50 days to die / mitw - Roses for Tarik

DAKOTA, 13h00 PM.

TARIK P.V.O

Meus passos firmes ficavam mais rápidos ao decorrer do tempo, eu queria muito chegar em casa e encontrar Mike sentado naquele sofá, assistindo aquela série que só nós entendemos. Peguei o primeiro táxi que apareceu e parti rumo a minha casa, poucos minutos depois o motorista me alertou de nossa chegada, paguei o suficente pra ele se mandar e me deixar sozinho ali em frente aquela casa grande, o quintal estava em mal estado mas nada que não tivesse explicação, a cortina do meu quarto estava fechada, um calor de 30 graus e fechada?! Isso tudo parece muito estranho. Andei pelo caminho de pedra que ainda não tinha sido dominado pelo mato enorme que se formou ali, finalmente cheguei na porta, algo sussurava para não abrir.

Adentrei minha casa, roupas jogadas pela escada? Levavam até o quarto, então decidi seguir aquela trilha de calças, camisetas, sapatos e etc. O corredor era longo, como eu esqueci desse detalhe, meu quarto era o último, neu corpo esfriou ao ouvir gemidos, gemidos altos e pareciam prazerosos, não, não, não. Tomei o maior cuidado pra não pisar em nada e de novo aquela sensação de não abrir a porta, apareceu.

Eu abri a maldita porta, e vi uma cena horrível e de embrulhar o estômago. Mike estava fodendo outro cara na nossa cama?! E o pior de tudo, o cara era o Batista, á pessoa que considerei meu amigo todos esses anos, se encontrava de quatro na frente do meu namorado. Eu não consegui falar uma palavra sequer, meus lábios não se moviam e nem conseguiam, eles foram perceber minha presença minutos depois.

- Pa-pac? - Batista se assustou ao me ver parado na porta.

- Surpresa

Falei tentando abrir um sorriso, mas a raiva me impediu e as lágrimas em meu rosto escorreram.

- Pac eu posso explicar! - Mike fez um sinal com a mão pra que eu não saísse do lugar

- Não me venha com essa típica frase de novela, Mikhael Linnyker - Acertei um tapa em sua cara

O ódio me subiu e, comecei a berrar com os dois naquele quarto.

- VOCÊS NÃO TEM VERGONHA?! PORRA - Passei as mãos pelos meus olhos tirando o excesso de água que se encontrava ali

Eu não conseguia fazer nada, meu estado de choque não passou ainda, aquele homem que jurou amor independente de tudo, hoje tinha transado com nosso amigo de infância, não sei por quantas horas aquilo tinha começado. Batista foi embora, antes eu despejei metade da minha fúria nele, a outra metade era pro cínico que ainda pensava em sair pro casino.

- Aonde você pensa que vai? - Coloquei minha caneca de café na pia e fui até a porta

- Sair?! - Respondeu irônico

- E quem disse que você vai? - Rebati e mandei ele sentar no sofá

- Olha eu sei que o que eu fiz foi errado, mas você não me deu aten...

- CALA ESSA PORRA DE BOCA MIKHAEL - Gritei - Fica caladinho pelo menos uma vez na vida - O encarei feroz

- 10 anos de canal, amigos, grana, empresa, novos trabalhos, nova vida, novo país e dinheiro - Fiz uma pausa - Você mudou por ganância?

- Aonde quem chegar?

- Quero que me responda!

Ignorei sua pergunta, eu sábia muito bem aonde queria chegar.

- Não, eu não mudei - Revirou os olhos

- Primeiro com o Cellbit, Felps e agora Batista?! - Esmurrei a primeira coisa que havia em minha frente

- Fazer o que? Nem suruba você aceita - Falou debochado

- CALA SUA BOCA

- É A VERDADE TARIK, MAIS QUE DROGA - Levantou irritado

- ESTOU DOENTE - Falei no impulso

- O que? - Me olhou estranho

- Eu... Nada - Abaixei a cabeça

- Fala - Se aproximou de mim e agarrou meus braços

- Anda Tarik - Me balançou

- Estou com leucemia... - Sussurrei

- Sério que você inventou isso só pra sair ileso dessa briga? Ah me poupe né

- Sai da minha casa! - Apontei pra porta já a chorar de raiva e tristeza misturadas

- A casa não é sua!

- É sim, agora dá o fora daqui, idiota - Abri a porta e esperei com que ele saísse

- Essa sua atitude que é idiota - Me olhou e saiu

- EU TE ODEIO

Chutei a porta e me encolhi no chão, abracei minhas pernas e fiquei ali chorando, horas e horas sem parar, por que ele me tratou daquele jeito? Por que não acreditou em mim?