Naquela semana eu vi o Will apenas três vezes. Na segunda (que foi quando tirei as fotos de Percy), na quinta e na sexta. Já que ele era um cara ocupado e etc, então nos vimos pouco e não passou de beijos. Sim, eu resisti. Não porque eu não queria ele, mas porque não queria me sentir tão mal quando ele me desse o pé.
Estava estranho. Estranho porque não tínhamos nada fixo e mal nos conhecíamos, mas já parecia que eu sempre estive com ele.
Era sábado e Will tinha um show para fazer em uma cidade vizinha e eu um evento para cobrir, então seria um final de semana sem ver meu loiro lindo e com uma baita dor no peito por isso.
Aquilo estava saindo do controle.
Eu sentia falta dele o tempo todo, mesmo falando com ele por mensagem ou ligando quase todo esse tempo eu ainda sentia falta dele. Aquele sentimento estava me enlouquecendo. Eu não sabia mais o que fazer ou pensar. Eu nunca havia sentido isso por ninguém e me assustava muito.
Eu estava terminando de cobrir um evento quando recebo uma mensagem dele.
“que horas você vai sair? O Show acabou cedo, estou indo para casa e queria te ver.”
Sorri sem evitar logo respondendo.
“daqui meia hora maios ou menos. Já está acabando.”
Segundos depois recebo a resposta. Ele deveria estar com o celular na mão.
“ótimo. Vou pedir pro Argos te buscar e te levar para minha casa.”
Mordi o lábio contento o sorriso bobo.
“coitado do Argos, dê a ele uma folga eu posso pegar um taxi. E daqui a pouco eu vou morar na sua casa de tanto que vivo ai. (risos)”
“Argos é bem pago para isso e não tente discutir. Me mande o endereço e ele te pega ai em meia hora. E sobre morar aqui não é uma má ideia.”
Sorri com sua resposta já imaginando aquele sorriso de canto dele.
“certo senhor mandão. Até daqui a pouco.”
Quando sai do evento o carro preto e chique estava estacionado na frente do salão. Não que não tivesse muitos carros chiques ali já que era um evento de gala, mas aquele se destacava. Argos o cara moreno de olhos castanhos super alto e forte que eu já conhecia me esperava com a expressão seria como sempre.
Me aproximei dele com um sorriso simpático.
- Ola Argos. Seu chefe é bem teimoso. – eu disse enquanto ele abria a porta para mim.
Ele se limitou a sorrir.
- Senhor Di Angelo. Sim, ele é. – ele respondeu fechando a porta e indo para o banco do motorista. Logo estávamos trafegando as ruas de NY.
Eu sabia que Argos era amigo de Will além de seu empregado e achava aquilo bem legal, mas me sentia mal com toda aquela exploração.
- você não tem folga? – perguntei curioso e ele assentiu de leve. – eu me sinto te explorando. Está tarde e é sábado. Você tem namorada Argos? – de onde veio toda aquela tagarelice minha? Não sei. Só estava curioso sobre ele.
- uma esposa senhor. – ele respondeu tranquilamente.
- legal, e filhos?
- um menino de 6 anos senhor.
- me chame só de Nico. – pedi incomodado e ele riu discretamente.
- sim senhor.
Revirei os olhos.
- vou pedir pro Will te dar algumas férias, você trabalha demais. – eu disse pensativo e ele riu mais uma vez.
- já tirei férias esse ano Senh... Nico.
Foi minha vez de rir.
- mas como eu disse você trabalha demais. Deveria ter duas férias por ano.
Ele riu baixo e discreto se contendo e balançou a cabeça negativamente divertido.
- não acho que o Will iria gostar disso se... Nico.
Ri assentindo.
- eu posso tentar por você. finjo que nunca tivemos essa conversa. – eu disse cumplice e ele assentiu sorrindo e desligando o carro quando chegamos.
Argos foi abrir a porta para mim, mas eu já estava saindo, encarei-o divertido.
- não sou um dos seus chefes Argos, não precisa disso. – falei e ele assentiu.
- sim senhor. – o encarei feio e ele riu. – Nico.
Dei um tchau para Argos e subi até o apartamento de Will. Apertei a campainha e não demorou até que ele abrisse a porta e me puxasse para dentro.
Um riso saiu de minha garganta quando ele me puxou e me prensou contra a porta agora fechada atrás de nós. Encarei seu sorriso sedutor e seus olhos azul escuro quentes. Ele estava perto, uma mão na minha e outra na porta ao lado da minha cabeça, me impedindo de escapar.
- você está com aquela cara. – eu disse para ele divertido e ele fingiu inocência.
- que cara? – perguntou inclinando-se levemente de lado.
- cara de quem vai me atacar. – respondi e ele riu.
- vou mesmo.
Ele me beijou calorosamente e eu retribui. Então precisamos de ar.
- posso me livrar dessas coisas antes de você abusar de mim? – perguntei divertido. Eu ainda estava com meus instrumentos de trabalho.
Ele fez uma careta para mim e se afastou ofendido.
- eu nunca abusaria de você. – ele disse serio demais.
Fui até o sofá e deixei minhas coisas la me voltando a olha-lo que estava parado atrás de mim.
- foi uma brincadeira Will. – eu disse com um sorriso carinhoso e coloquei minha mão em seu rosto o beijando ternamente.
Ele ficou relutante por um momento, mas logo retribuiu o beijo. Desta vez eu tentei dominar, apenas tentei porque logo ele como sempre tomou conta da situação. O beijo se intensificou e sua língua percorria toda minha boca com malicia e desejo. Suas mãos passaram por meu corpo acariciando e sentindo cada centímetro. Fixei meus dedos em seus cabelos o puxando ainda mais para mim o fazendo gemer baixo em sua garganta.
Will levou suas mão até minhas coxas e bunda e me impulsou para cima, fazendo eu me entrelaçar em sua cintura. Ele riu baixo com meu gemido e sem separar nosso beijo nos levou até seu quarto fechando a porta com o pé atrás de nós. Ele me jogou na cama como antes e ofegante beijou meu pescoço. Todo meu corpo se arrepiou e eu soltei um gemido reprimido.
Minhas unhas cravaram seus ombros quando ele se pressionou um pouco contra mim me fazendo sentir sua ereção e levantou minha camisa a tirando. Ele sorria entre os beijos de uma forma um pouco assustadora, como se eu fosse algo que ele quisesse muito e finalmente teria. Tentei ignorar a parte de mim que me dizia para sair correndo dali. Eu não queria. Eu queria ele.
Puxei sua camisa branca para cima a tirando também e passando minha mão sobre todo seu corpo sarado, mas como sempre quando cheguei perto de sua cintura ele segurou minhas mãos e as mandou para longe. Pelo menos desta vez ele não me machucou. Will não parou os beijos, agia como se nada tivesse acontecido. Soltei um suspiro tentando ignorar a parte frustrada de mim e o deixei conduzir novamente.
Ele largou minhas mãos ao lado dos nossos corpos e foi descendo beijos por meu peitoral me fazendo tremer e gemer em resposta.
- eu estava com saudades disso. – ele disse entre minha pele da barriga me fazendo sorrir.
Já fazia três semanas que havíamos transado e eu admito também sentir falta daquilo. Ele era tão apaixonante que era impossível não viciar.
- você ainda tem problemas com controle. – eu disse entre ofegos quando ele tirou minha calça e passou a boca por cima da minha cueca em meu membro. – hum.... e crueldade também.
Ele riu baixo e gostoso. Aquele som era tão lindo, como sinos dos deuses.
- já disse que não há problemas aqui Nico. – ele disse passando a mão por meu quadril e tirando lenta e dolorosamente minha cueca.
- pra você talvez não Senhor Solace. Um pouco de empatia lhe cairia bem. – falei sarcástico e ele suspirou um sorriso pegando meu membro e o acariciando lentamente. – ah... – gemi baixo com a sensação gostosa.
- não acho que você esteja vendo problema nisso agora senhor Di Angelo. – ele provocou e quando abri a boca para responder ele me chupou sem aviso.
- aaah.... – soltei em surpresa e ele riu. – o problema está na sua arte única de provocação Senhor Solace. – eu disse falhadamente apertando o lençol e tentando conter os gemidos enquanto ele chupava meu membro lento e torturante.
- você acha que eu te provoco muito Di Angelo? – disse parando e me olhando nos olhos. O encarei de volta, fitando seus olhos azul escuro calorosos e seu sorriso de canto que me deixava louco.
Mordi o lábio para ele e novamente quando eu ia responder ele voltou a me chupar sem aviso, agora mais rápido e muito mais prazeroso. Will me masturbava e lambia minha glande, depois chupava forte e rápido. Aquilo era uma completa loucura.
Senti meu corpo estremecer e a adrenalina aumentar, infelizmente ele sentiu isso também e parou me olhando com aquele sorriso meio maníaco. Gemi em protesto e ele se levantou tirando a calça e a cueca junto libertando seu grande membro já duro. Era a primeira vez que eu realmente via ele daquele jeito. Mordi o lábio fortemente sem pensar e ele sorriu para mim.
- você gosta da visão que tem Senhor Di Angelo? - perguntou presunçoso e eu me sentei na cama indo até a beirada e ficando de frente para ele (para seu membro para ser mais exato). Quando fiz mensão de pega-lo as mãos rápidas de Will pegaram as minhas. O olhei confuso. – não faça isso. – ele disse agora frio e ríspido.
Senti meu peito gelar de uma forma dolorida e me levantei ficando cara a cara com ele que ainda segurava minhas mãos longe de si.
- por que não posso te tocar Will? – perguntei serio e ríspido. Agora eu estava mesmo irritado.
Ele me encarou incerto, mas ainda estava com os olhos em chamas. Suas mãos dançaram por meu braço e cintura me puxando para ele.
- apenas vamos continuar. – ele disse me puxando para beija-lo, mas eu já tinha perdido todo o tesão e a vontade.
Me desviei dele e soltei suas mãos de mim.
- não Solace. Droga, você não acha isso injusto? Qual seu problema afinal? – eu estava nervoso demais para medir minhas palavras que saíram um pouco alto demais.
Ele arregalou os olhos dele para mim surpreso com minha reação. Eu peguei minhas roupas e comecei a me vestir.
- Nico... – ele tentou dizer meio que sem saber e eu o fitei sentindo a raiva tomar conta de mim.
- Olha Will eu gosto de você, serio. Mas eu não sei o que está acontecendo aqui, eu não sei o que nós somos e muito menos quem você é. – soltei as palavras com frustração e coloquei minha camisa por fim. Ele ainda me olhava estático e sem reação, seus lábios estavam em uma linha dura e seus olhos pareciam ainda mais escuros agora. – me desculpa, é melhor eu ir embora.
Sai do quarto procurando e pegando minhas coisas na sala. Meu sangue parecia correr rápido demais em minhas veias, meu ouvido zunia e eu sentia meu rosto queimar.
Quando peguei minhas coisas e fui em direção a saída ele apareceu apenas de calças e com uma expressão sofrida me puxando pelo pulso fazendo-me olhar para ele.
- Nico por favor, vamos conversar. – ele disse parecendo triste, mas eu não tive certeza.
- sinto muito Will, eu preciso pensar. – falei soltando-me dele e saindo do apartamento sem olhar para trás.
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