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História 50 tons de Dylan - Você é bom demais para mim.


Escrita por: LindaMalfoy

Notas do Autor


Olá, boa noite!
Este capítulo vai confundir vocês um pouco mas logo Dylan vai se abrir mais e vocês vão entender o lado dele. Obrigada por todos que leram e comentaram o capítulo anterior, é realmente um grande incentivo.
Desculpem qualquer erro.
Boa semana!

Capítulo 4 - Você é bom demais para mim.


Fanfic / Fanfiction 50 tons de Dylan - Você é bom demais para mim.

A quinta feira passou voando, foi um daqueles dias que você fica tão ocupado que nem vê o tempo passar. O Alex, dono da Hands&Help resolveu colocar todo o estoque em promoção e a loja ficou lotada o dia inteiro, não tive tempo nem para almoçar e fiquei trabalhando duas horas a mais, tanto que cheguei na faculdade no segundo tempo e com o uniforme do trabalho. Nas aulas as coisas não foram diferentes, o professor que eu mais detesto passou uma tarefa gigante, no qual pedia uma reportagem com fatos verídicos sobre o desmatamento, e nos deu apenas duas horas para pesquisar e escrever duas paginas, ele exigiu que colocássemos fontes e que fosse tudo digitado; como eu não tive tempo de passar em casa antes da faculdade para pegar meu nootbook tive que fazer na sala de informática.

Depois de todo esse estresse passei em um Mc´donalds e comprei um X-tudo, daqueles bem grandes, comi tudo sozinho. Voltei para casa e Minho não estava lá, nem me preocupei porque ele tinha deixado um recado falando que ia dormir na casa da Sonya, sua namorada. Apenas tomei um banho e me joguei na cama, foi a única noite que não tive nenhum tipo de sonho.

Para completar, acordei na sexta feira com Minho me ligando, não precisei atender para descobrir o que ele queria. Eu estava atrasado.

 Corri para o banheiro e fiz minhas necessidades básicas, depois coloquei uma calça caqui e uma blusa polo preta com tênis all star, visual típico de um universitário.  Coloquei meu celular e carteira no bolso e corri para o estúdio da Kaya que felizmente era apenas três quarteirões de casa.

Quando cheguei já eram nove e meia. Dylan estava com um terno preto e gravata cinza, sua expressão era séria e concentrada na câmera que Kaya apontava em sua direção, hora ou outra ele franzia a testa sem perceber e ficava super sexy, arrancando suspiros meus.

-Achei que ia ter que chamar o bombeiro. –Minho me tirou dos meus devaneios.

-Desculpa Minho, eu cheguei tarde ontem e hoje é o meu dia de folga.

-É Thomas, mas você sabe o quanto essa reportagem é importante para mim. –Pelo seu tom de voz deu para perceber que estava bravo.

-Eu não preciso realmente estar aqui né? –Pergunto. –Só vou olhar mesmo.

Ele faz um biquinho mal humorado para mim.

-A questão Thomas  é que O´brien só aceitou essa sessão de fotos por sua causa, tanto que a primeira coisa que fez quando chegou foi perguntar por você.

-Sério? –Pergunto, um sorriso bobo aparecendo no meu rosto.

-Sim. Mas não crie expectativas, precisamos saber as intenções dele primeiro.

-Talvez ele não tenha intenção nenhuma.

Somos interrompidos por um grito de comemoração da Kaya.

-Terminamos por aqui O´brien, as fotos ficaram ótimas. –Ela disse.

-Pode me envia-las por email depois, por favor?

-Claro.

Minho caminha até os dois e começa a conversar algo que eu não escuto, Dylan parece também não prestar atenção e quando me vê da um sorriso de canto.

-Espero ter te ajudado Minho Lee. Agora me dê licença, tenho alguns assuntos para resolver.

Ele se despede dos meus amigos e vem na minha direção, sinto borboletas no estomago.

-Como vai Thomas?

Ele estende a mão e eu a aperto, sentindo o contato quente percorrer todo o meu corpo.

-Estou bem e o senhor?

Ele solta minha mão e me olha impassível.

-Admirado com a sua audácia de aparecer aqui depois de me falar coisas inadequadas.

Percebo o tom de ironia na sua voz.

-Peço perdão senhor, não acho que esteja acostumado a esse tipo de comportamento. –Lanço um olhar para ele que diz “eu também sei brincar ” .

Ele me fita por alguns instantes.

-Está de folga hoje?

-Sim. –Respondo. –Mas tenho alguns compromisso de tarde.

Tento parecer ocupado quando na verdade vou ficar a tarde inteira assistindo séries e estudando para as provas finais.

-Você já comeu?

Acho estranho a pergunta mas resolvo não questionar.

-Não, acordei um pouco atrasado.

-Então venha, vou te levar para tomar café.

Faço uma cara confusa para ele.

-Você está pedindo para que eu saia com você?

Ele sorri debochado.

-Eu não peço, Thomas. Eu mando.

Sem esperar por uma resposta ele caminha pelo corredor e eu o sigo, sussurro um “convencido” misturado com um falso espirro antes de alcança-lo.

De fora do estúdio um homem alto e musculoso, daqueles que são escolhidos para o exército, usando terno nos espera ao lado de um carro super chique, que eu nem ao menos sei o nome. Só para deixar claro que eu não entendo nada de automóveis.

-Sangster, esse é Taylor, meu segurança e motorista pessoal.

É obvio que ele tem um motorista, ele é Dylan O´brien , pensei. Não é como se ele fosse me levar para passear em um velotrol.

-Prazer Taylor, eu sou o Thomas.

Trocamos um aperto de mão e Taylor continuou com a sua expressão séria, os óculos escuros escondendo o seu olhar. O segurança abre a porta para mim e para O´brien e depois se senta no seu lugar.

-O de sempre Taylor. –O´brien avisa para ele a aperta um botão que faz uma parede de metal aparecer entre os acentos traseiros e o do motorista os separando, eu abro a boca em uma expressão de choque.

-MEU DEUS, eu nem sabia que existia isso em caros.

Ele sorri de canto.

-“O de sempre” é onde leva todas as suas conquistas? –Pergunto.

-Não .-Ele diz. –E você não é uma conquista.

Tento não deixar transparecer o meu desapontamento.  Resolvo ficar em silencio o resto do caminho para o bem da humanidade.

Quando chegamos o segurança abre a porta para nós e entramos em uma cafeteria cinco estrelas, daquelas que são tão limpas e iluminadas que se olharmos por muito tempo é capaz de deixar cegueiras momentâneas.  Um garçom nos guia até uma mesa para dois e anota os pedidos que Dylan faz. Em questão de segundos ele volta com um copo de água para cada.

-Então... –Ele puxa assunto enquanto eu bebo um gole. –Kaya é sua namorada?

Solto uma risada espontânea e me esqueço que estou com água na boca, fazendo ela molhar toda a minha blusa e O´brien olhar para mim com repreensão. Eu rapidamente pego um guardanapo para secar minha roupa e meu sorriso se esvai. Eu só pago mico nessa vida!

-Claro que não. –Respondo.

Sua expressão se alivia e a minha também.

-Ela fala com tanto carinho de você, achei que fossem...

-Ela é como se fosse a minha irmã, uma das pessoas que eu mais amo no mundo. Eu até namoraria com ela se eu não fosse gay.

Ele arqueia a sobrancelha direita para mim e tenta esconder um sorriso, ou talvez seja apenas invenções da minha cabeça.

-Então suponho que Minho seja seu namorado?

-Não. –Sorrio de novo. –O Minho é tipo, super hetero, ele sempre fica me apresentando mulheres mas não adianta, eu sei do que eu gosto.

-Ele é homofóbico ?

-Longe disso, ele é super carinhoso comigo, para ser sincero em alguns momentos ele é mais gay que eu.  Mas para se relacionar sexualmente ele realmente só gosta de mulheres.

-Compreendo.

Como Dylan consegue? Sua voz é calma e calculada, não apresenta expressão nenhuma e nem um pingo de elevação. Ele também  tem uma mania absurda de ficar olhando fixamente nos meus olhos e isso me intimida e quando estou sob pressão começo a tagarelar e falar coisas desnecessárias.

-Mas já que esta curioso eu irei lhe responder. Não, infelizmente eu não tenho um namorado. Não é por falta de opção, eu apenas não quero namorar caras vazios que só estão interessados no meu corpo. –Digo e vejo que Dylan desvia um olhar por alguns segundos. –Eu quero alguém que esteja comigo porque gosta de mim, sabe, alguém que me valorize e me respeite.

Antes que ele pudesse responder o garçom coloca na minha frente um pratinho com um pedaço de bolo de chocolate que me deu água na boca só de olhar e para Dylan serviu um pequeno sanduiche de frango.

Com uma colher pego um pedaço de bolo e coloco na boca, quando sinto o gosto fecho os olhos para apreciar.

-MEUDEUS, esse bolo é incrível!

-Tem que ser. Esse é a melhor cafeteria da cidade.

Pego mais um pedaço e aprecio, faço questão de comer devagar para sentir o sabor mais detalhadamente. Fazemos nossa refeição em silencio e para ser sincero eu nem presto atenção em Dylan, meu pequeno bolinho é meu foco no momento.

Quando terminamos Dylan paga a conta, não posso deixar de notar os vários catões que ele tem dentro da carteira. Após isso nós nos dirigimos para fora da cafeteria e começamos a caminhar.

-Obrigado pelo café O´brien, estava ótimo. Foi provavelmente o melhor bolinho que eu já comi. –Agradeci.

Não pude deixar de perceber que ele estava estranho, não me respondeu e seu rosto estava mais sério que o normal. Será que eu fiz algo errado?

Coloquei o pé na faixa de pedestre para atravessar a rua e nem percebi que uma motocicleta vinha na minha direção. Com  um ótimo reflexo e habilidades bem treinadas O´brien me puxou pela cintura para o passeio, arrancando palavrões da boca do dono do automóvel que acelerou sem nem ao menos ver se eu estava bem.

Com a distração demorei alguns segundos para perceber que meu corpo estava colado ao de Dylan, suas mãos em volta da minha cintura e as minhas em seu peito, quando virei o rosto me deparei com o seu olhar que antes parecia frio e gélido agora preocupado e com um misto de raiva.

-Você está bem? –Perguntou, e eu senti o hálito com uma mistura de frango e pão integral, devido o sanduiche que ele comeu mais cedo.

-Sim. –Respondi.

Sua boca novamente estava a milímetros da minha, e involuntariamente meus olhos se fixavam nela.

-Seja mais atento, você poderia ter morrido.

Ainda estamos grudados.

-Então obrigado por salvar a minha vida, senhor.

Seus lábios se movem de uma forma tão... Céus, estou completamente hipnotizado.

-Eu não posso fazer isso. –Disse.

Ele tirou as mãos da minha cintura e se afastou, virou as costas para mim e caminhou rapidamente, vendo que ele ia embora eu segurei o seu braço com força.

-Como assim? –Perguntei confuso.

-Eu não posso. Me desculpe.

-Você não pode o que?

Nos seus olhos só encontrei preocupação.

-Você é bom demais para mim.

Franzi o cenho e fiquei o encarando, vendo que eu não estava entendendo nada ele deu três passos para chegar até mim e selou nossos lábios em um selinho demorado. Fiquei sem reação.

Quando terminou ele olhou nos meus olhos e disse:

-Tenha uma vida feliz, Thomas.

Com isso saiu em passos largos e desapareceu entre a multidão de pessoas. Eu  fiquei parado no mesmo lugar por dez, vinte, trinta minutos sem reação.

O que tinha acabado de acontecer?


Notas Finais


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