História 50 Tons de Ovo - Black Hawk Down

    “Não, por favor, essa música é ruim demais!”

    “Escuta aqui baixinho, ou você canta ou eu deixo você com o corte de cabelo do Neymar!”

    “Pode deixar! Me torture o quanto quiser, o Faustão logo logo vem me salvar!”

    “Ha! Hahahaha! Você realmente acredita nisso baixinho? Você é só mais um, só mais um escravo que o Faustão vai usar até alargar e depois jogar fora!”

    “Você está mentindo!”

    “Ah é? Por quê você não pergunta pro Gugu então? Ou pro André Marques?”

    “Mentindo!”

    “Hahahahaha! Se engane o quanto quiser, mas você VAI cantar.” O celular de Xuxa vibrou. “Ah droga, hora de dançar com aqueles catarrentos. Você se safou dessa vez; da próxima não tem escapatória. Até mais, Justin - ou devo dizer, TchutchuBieber? MWAHAHAHA!”

    Xuxa fechou a porta e o calabouço escureceu.

    “Ela está mentindo…”, Justin disse para si mesmo.

    Longe dali, num castelo muito mais feliz e alegre, Sílvio Santos ria com alguma piada boba quando seu telefone tocou. Alguém queria falar com ele; Ele deixou entrar.

    “Mas eu não acredito, olha quem apareceu! Ihiii!”

    “Oloco bicho, eu preciso falar um negócio sério com você. Sabe aquele favor que você me devia?”

    E mais longe ainda dali, mas não o castelo, eu tô falando do artista Dali mesmo; Enfim, muito longe dali (sendo dali Dali), Gugu espiava um passarinho. Sabe o que isso tem a ver com a história? Absolutamente nada, mas eu estou fazendo você perder seu tempo lendo sobre o passarinho, OU SERÁ QUE NÃO? Você já parou pra pensar que eu estou inserindo o passarinho na história porque ele vai trazer uma chave ou coisa do tipo no final e salvar todo mundo? Quer dizer, talvez eu não faça isso, mas talvez eu faça, mas o importante mesmo é que eu fiz você ler um parágrafo completamente inútil, porque o interessante mesmo é que depois de ver o passarinho, Gugu entrou no castelo.

    Se esquivou dos estagiários e dos temíveis papagaios culinários e chegou até os calabouços sem ser notado. Lá longe, ecoando pelas paredes de pedra, ouviu um choro numa voz muito afeminada.

    “Justinses, é você?”

    “Gugu?”

    “Gugu veio te salvar, Justinses”

    “Por que você tá falando feito o Gollum?”

    “Gugu tem problemas, Justinses”

    “Ah tá. Consegue me tirar daqui?”

    “Não.”

    “Como não?”

    “Gugu não consegue.”

    “E você veio até aqui pra quê?”

    “Pra te salvar”

    “Mas não consegue?”

    “Isso”

    “E POR QUE não?”

    “Gugu não tem a chave.”

    “E você não poderia procurar a chave?”

    “Boa ideia!”

    Gugu vasculhou o calabouço mas não achou chave nenhuma.

    “E agora Justinses?”

    “A chave deve estar com aquela bruxa má da Xuxa. Você consegue roubar dela?”

    “Sim! Siim! Gugu pode se passar por criancinha, e roubar a chave dela!”

    “Okay, vai lá!”

    “Óóótima ideia! Siiim! Sim!”

    “É, agora vai lá!”

    “Eu vou roubar a chaveee!”

    “Isso, agora vai logo!”

    “E e-”

    “VAI PORRA!”

    “Gugu tá indo, sua grossa”

    Gugu saiu do calabouço resmungando.

    Lá fora, Regina Casé ria ao ver uma belíssima borboleta morrer. Ela tomou um gole de alma de criança, olhou para os lindos céus negros e cuspiu tudo de susto. Uma nuvem de helicópteros se aproximava.

    “Não pode ser! Habilton!”

    “É HAMILTON caralho!”, respondeu ele pelos auto-falantes. Regina saiu correndo para dentro do castelo como um cachorro quando estouram fogos no ano novo.

    A hora final se aproxima.