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História 9 Meses Para Aprender A Te Amar - Bye... Rogue...


Escrita por: TitiaBlood

Notas do Autor


Yoo minna-san
Titia Blood tá de volta <3
Dia 20 chegou, o que significa.... capítulo novo \õ/
Arigatô pelo apoio <3 Vocês são demais <3
E ai, será que Lucinda finalmente vai se despedir de Rogue? Hmmm... o que será que acontecerá nesta conversa entre eles?
Bom, sem mais delongas podem ler :3
Título da fic: Adeus
Titia Blood ama vocês <3
Boa Leitura.. e nos vemos nos comentários <3
PS: Não me matem pela capa do capítulo okay? ahsuahsuh

Capítulo 31 - Bye... Rogue...


~ Lucy Povs ~

1 hora e 07 minutos já haviam se passado. Eu esperava pela sua vinda no café Rotirus. E para meu alivio e desespero o vejo entrando no café.

Apertei tão forte a xícara em minhas mãos que tive medo de quebra-la com a força. Entrelacei minhas pernas e as apertei firme uma contra a outra. Batia meus dedos compulsivamente sobre a mesa de madeira ecoando um barulho extremamente chato e irritante.

Ele olha ao redor e quando seu olhar pousa sobre mim ele simplesmente se direciona até minha direção.

_ Se controla Lucy, se controla! – Repetia para mim mesma. Mas estava quase impossível seguir meu próprio conselho.

_ Desculpe o atraso. – Meu corpo inteiro treme ao ouvir sua voz tão próxima.  _ Posso me sentar? – Eu nem ao menos tinha coragem de olhar para ele. Droga!

_ Sim. – Ele senta-se. _ Desculpe, e obrigada por ter vindo Rogue.

_ Bom, você não me deixou opções. Afinal depois de falar que seria ‘a ultima vez’ fiquei com medo de que se jogasse da ponte caso eu não viesse. – Rio de canto.

_ Desculpe.

_ Hm, eu vou querer alguns donut’s e waffles. E você?

_ A mesma coisa. – Ele chama a garçonete que logo vem nos atender.

_ Por favor, vamos querer duas porções de donut’s e três porções de waffles.

_ Okay. E para beber?

_ Vou querer um cappuccino de caramelo. – Sinto seu olhar sobre mim. _ E você Lucy?

_ Um Milk Shake de chocolate.

_ Já trago o pedido de vocês.

_ Obrigado. – Ele coloca o cardápio de lado. _ Faz tempo que não como esses tipos de porcariadas. – Continuei em silêncio. _ Me chamou e agora vai ficar muda?

_ Desculpe. – Ele ri.

_ Já é a terceira vez que se desculpa em menos de cinco minutos. – Sorrio de canto.

_ Desculpe. – E pela primeira vez olho em seus olhos e rimos juntos. _ Deixe-me desculpar uma ultima vez, pelo modo rude que agi mais cedo.

_ Não se importe com isso. Agora é a presidente de uma Companhia de renome, imagino que tenha compromissos a cada cinco minutos.

_ Quase isso.

_ Desculpem pela demora. – A garçonete coloca nossos pedidos a mesa. _ Por favor, sintam-se a vontade para me chamar caso precisem de algo.

_ Obrigada.

_ Obrigado. – Notei que ela mandará um sorriso convidativo para Rogue. Tsc. Estava dando em cima dele na cara dura.

_ Imagine. Estarei pronta para atendê-lo. – Ele sorri e ela quase se derrete, mas ela não era a única. Aquele sorriso ainda me tirava suspiros.

Por fim ela se retira e nos deixa a sós.

_ Uau. Parecem deliciosos.

_ E são. Essa é a melhor loja de waffles e Donut’s de Nova York. – Ele leva um pedaço de waffle em sua boca e faz uma cara engraçada.

_ Uaw, você tem razão Lucy. São esplendidos. – Sorri.

_ Que bom que gostou. – Fiz o mesmo e experimentei o waffle de chocolate e morango que havia pedido. _ Já se acostumou a morar em Londres?

_ Sim. E tão já não quero sair de lá.

_ Entendo.

_ Estou trabalhando em um pequeno laboratório de química farmacêutica, e vivo em um minúsculo apartamento, mas vale a pena. O ruim mesmo era estar sozinho, sem família, amigos ou conhecidos por perto. Mas aos poucos fiz amizades e conheci a Yukiry. Agora minha vida gira em torno dela e--- - Ele para de falar e me olha. _ D-Desculpe Lucy. – Com um guardanapo de papel ele limpa sua boca que estava suja da calda caramelizada do waffle.

_ Meus parabéns Rogue. – Ele me olha sem entender, nem eu mesmo entendia o por que estava dando parabéns a ele, mas junto com aquelas palavras sentia um pedaço do meu coração ir junto. _ Fico feliz que tenha encontrado alguém e que esteja disposto a viver sua vida com ela. – Não! Eu não estava feliz! Por que estou dizendo essas mentiras?? _ Ela deve ser uma garota legal. – Eu a odeio! A odeio por ter ‘roubado’ o garoto que amo!

_ Lucy voc---- -

_ Eu vou para a França amanhã, e provavelmente quando voltar você já não esteja aqui. Então queria conversar um pouco com você antes de ir.

_ Por isso disse que seria a ultima vez? – Assenti com a cabeça.

_ Mas também tem outro motivo.

_ E qual seria Lucy? – Sorrio e o encaro.

_ Eu te amo Rogue. – Ele arregala os olhos. _ E é por isso que temos que ficar longe um do outro. – Já sentia meus olhos arderem, mas me segurava para não soltar nenhuma lágrima. Não podia mostrar a ele o quanto aquilo estava doendo. _ Eu não fiquei feliz ao saber do seu casamento, na verdade eu chorei muito e amaldiçoei sua noiva. Eu não irei ao seu casamento, e não quero saber sobre sua vida com ela, então por favor, não diga mais nada sobre isso. Sei que ainda temos assuntos inacabados, e foi por este motivo que te chamei aqui. Não conseguirei te dar adeus sem dizer tudo o que está entalado na minha garganta há muito tempo.

_ O que você quer--- - O interrompo.

_ Apenas ouça em silêncio. – Ele assenti com a cabeça. _ Eu transei com Sting, seu próprio irmão. E foram duas vezes, sendo que a ultima fora poucos dias depois que ele disse que você voltaria. – Ele me olha com surpresa. _ Você tinha razão Rogue, você sempre teve. Eu não sou boa o bastante para você. – As forças se vão e finas lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. _ Você nunca seria feliz ao meu lado, mas ainda sim fui egoísta e te queria. Seria mentira se eu dissesse que não te quero mais. – Rio. _ Você não tem noção da força que estou fazendo para não me levantar e te agarrar agora mesmo. Céus, eu estou com medo Rogue. Medo de acabar com seu casamento. E é por este motivo que preciso ficar longe de você. Eu não estou mais pensando direito, não estou agindo com bom senso. Neste momento eu só quero curar meu coração que se encontra em cacos. – Rogue me encarava em silêncio, e o meu choro aumentava cada vez mais. E pouco me importava com os olhares e burburinhos sobre nós.

_ Lucy.... – Ele se levanta e tenta estender sua mão até mim como forma de conforto, mas o impeço dando um tapa em seu braço o deixando extremamente surpreso.

_ Não se aproxime, ou não vou conseguir me controlar. – Pego um guardanapo de papel e tento limpar um pouco as lágrimas. _ Eu estou grávida Rogue. – Agora seu queixo quase foi ao chão.

_ O-Oi?

_ Eu estou grávida Rogue. – Ele aponta para ele mesmo.

_ E-E-Eu sou o pai? – Mesmo chorando não consegui evitar um riso baixo.

_ Eu estou gravida de dois meses, e a ultima vez que transamos foi há quase quatro anos Rogue. Infelizmente não é você.

_ E-Então quem é o pai?

_ Natsu Dragneel. – Ele se surpreende ainda mais.

_ O tal estagiário que Sting falou? – Assenti com a cabeça. _ Como?

_ Por Bluetooth que não foi Rogue.

_ E-Eu sei como mas... mas por que? V-Vocês tem um relacionamento? Eu pensei que-- -

– O único relacionamento que temos é ódio um pelo outro. Mas aconteceu. Ele sabe sobre minha gravidez, mas ainda não sabe que ele é o pai.

_ Entendo.

_ No momento em que descobri sobre a gravidez, você foi a primeira pessoa a quem eu queria contar.

_ Eu? Por que?

_ Mas aconteceram alguns imprevistos e você é a quinta pessoa a saber sobre minha gravidez.

_ Quem mais sabe?

_ Natsu, Gray, Clover, Erza e agora você.

_ Então nem Sting sabe disso? – Nego com a cabeça.

_ Não tenho motivos para contar a ele. – Olho para ele. – E por favor, não conte a ninguém Rogue. – Ele assenti com a cabeça.

_ Mas sua barriga vai crescer.

_ Sim.

_ E todos vão saber.

_ Sim. – Ele bebe um pouco do cappuccino.

_ Por que queria contar para mim sobre a gravidez antes de todo mundo? – Sorrio de canto.

_ Porque queria ter o apoio do homem que amo. – Ele cora, e isso me faz sorrir.

_ Mesmo que esse filho não seja do homem que ama?

_ Sim. Mesmo que o homem que amo me xingasse e me batesse por estar gravida de outro homem. Eu não me importaria, afinal eu o amo.

_ E se o homem que você ama ficasse apenas triste e frustrado ao saber que a mulher que ele amou está gravida de outro homem?

_ Impossível, afinal o homem que amo já não me ama mais. Ele não se importaria com isso. – Ele ri de canto.

_ Como pode ter tanta certeza disso?

_ Ele vai se casar, está seguindo sua vida.

_ Talvez esteja apenas tentando fugir disto.

_ Fugir do que? – Ele me encara.

_ Da mulher que ama. – Seu olhar era penetrante e sério. Senti cada pelo do meu corpo se arrepiar ao ouvir aquilo. Eu não podia me deixar levar por aquelas palavras vazias. Ele estava me testando, me provocando, e eu não podia me deixar ser levada por isso.

_ Mas se ele quer fugir da mulher que ama por que então se casará com outra?

_ Mas talvez ele esteja casando com a mulher que apenas gosta, e a mulher que ama será deixada no passado. – As lágrimas novamente tomam meus olhos. Respiro fundo para conte-las.

_ A mulher que ele ama deve ser cruel para ser deixada no passado.

_ O destino foi cruel com ambos. – Sorri.

_ Sim. Os dois tiveram dias ruins. – Tomo um gole do milk shake de chocolate com pedaços de castanha.

_ Uma mulher gravida não deveria comer tanta porcariada assim.

_ Só hoje. – Agora o silêncio reinava entre nós, afinal depois do que dissemos um ao outro era difícil conversar naturalmente. _ Laxus já foi embora?

_ Ainda não. Disse que ficará pelo menos mais uma semana.

_ Entendo. 

_ Por que deu o dinheiro a ele?

_ Por que não daria?

_ Não me responda com outra pergunta. – Suspiro.

_ Ele é meu irmão.

_ Ele é um idiota que só pensa em te extorquir.

_ Sim, eu sei. O que faria se fosse você no meu lugar e Sting no lugar do Laxus? – Ele fica em silêncio. _ Não pensaria duas vezes antes de ajuda-lo certo?

_ Sim.

_ Então agora entende o porquê ainda ajudo o Laxus. E além do mais ele também tem direito a Companhia, afinal nosso pai era o dono dela. Mesmo que ele tenha me tornado a presidente não posso deixar o Laxus de fora.

_ Sim, tem razão. – Ele me olha. _ Lucy, você vai ao meu casamento? – Sorri gentilmente.

_ Você gostaria que alguém fosse ao seu casamento com um boneco vodu da sua noiva e ficasse espetando e amaldiçoando-a durante toda a cerimônia? – Ele se assusta e nega com a cabeça.

_ É claro que não.

_ Então não posso ir ao seu casamento.

_ Mas você precisa ir! – Nego com a cabeça.

_ Quem precisa ir é você e sua noiva. Minha presença não é importante Rogue.

_ Mas somos amigos e---- -

_ Uma ‘amiga’ que te ama.

_ Lucy, por favor, pare.

_ Vou parar Rogue. – Termino de tomar o milk shake. _ Esse será o ponto final da nossa ‘relação’. – Me levanto. _ Espero que seu casamento seja ótimo Rogue, e viva feliz com sua noiva.

_ Verdade? – Sorrio.

_ Não. – Ele se levanta.

_ Pode me dar uma carona? Vim de táxi e não conheço esses lados.

_ Posso tentar te agarrar no carro. – Ele sorri.

_ Você não faria isso. – Pego minha bolsa e meu celular.

_ Não duvide disso.

[...]

Já estávamos a caminho do hotel.

_ E então, que hotel você está hospedado? – Ele pega seu celular.

_ Knucli?

_ Knuclen.

_ Isso. É muito longe?

_ Um pouco.

[...]

Quase quinze minutos depois chegamos ao hotel.

Foram quinze minutos torturantes em completo silêncio, apenas a música que tocava em uma radio qualquer.

Paro o carro em frente ao hotel e desligo.

_ Pronto. Está entregue.

_ Obrigado. – Ele retira o cinto e abre a porta colocando suas pernas para fora. _ Quer subir? – Nego com a cabeça.

_ Melhor não.

_ Por que?

_ Foi bom te ver novamente Rogue. – Ligo o carro. _ E como eu disse, essa será a ultima vez.

_ Não faça isso.

_ É necessário. Por favor, feche a porta. – Mas para meu completo espanto ele adentra novamente no carro e tranca a porta. _ O-O que está fazendo Rogue?

_ Desligue o carro.

_ Eu preciso ir---- -

_ Desligue o carro! – Fiz o que ele pediu.

_ E agora?

_ Vamos subir comigo. Quero conversar com você. – Eu já tremia. Ficar com ele a sós em um quarto de hotel era o que eu mais queria e o que eu menos queria.

_ Não vou Rogue.

_ Eu não estou pedindo Lucy! – Ele retira meu cinto e pega em minha mão. _ Eu estou mandando! – Ele estava bravo, e Rogue bravo era assustador.

_ Okay mas... – Pego em sua mão e o encaro. _ Prometa que vai me impedir de fazer algo errado.

_ Prometo.  – Assenti com a cabeça.

[...]

Agora já estávamos no quarto onde ele estava hospedado. Eu estava de pé próxima a porta e ele fora ao banheiro. Tudo ali cheirava a ele, e aquele cheiro era torturante para mim.

Um cheiro que me trazia tantas lembranças nostálgicas que me deixavam triste.

Ouço a porta se abrindo e ele logo aparece no quarto.

_ Vai ficar ai de pé?

_ Quero crescer ainda. – Ele ri.

_ Agora você irá crescer somente de lado. – Ele se aproxima. _ Afinal está grávida. – Sorrio.

_ Tem razão.

_ E então quer algo? – Ele se referia a comida e bebidas, mas decidi provoca-lo.

_ Um sexo bem selvagem, por favor.

_ Estou me referindo a comida e alguma bebida senhorita. – Rio.

_ Eu sabia, mas não custa nada tentar.

_ Tome vergonha neste sua carinha linda.

_ Só a cara?

_ E o resto. – Ri. _ Tem bebidas, quer?

_ Alcoólica?

_ Sim. Ah é, você não pode. Está grávida.

_ Nada a ver. Eu quero. Onde estão? – Ele aponta para trás de sua penteadeira onde tinha um balcão com diversas bebidas. Vodcas, Uísques, Cervejas, Vinhos, Champanhes. _ Uau, quer tanto encher a cara assim?

_ Serviço de quarto.

_ Aham, sei. – Pego um copo e encho metade de vodca e preencho com vinho.

_ Oe, pegue leve garota. – Mostrei a língua para ele e virei de vez a bebida que desceu rasgando minha garganta.

_ Faz tempo que não bebo. – Encho o copo novamente. _ Isso sim é vida. – E novamente viro de vez.

_ Lucy, estou falando sério. Vá com calma. – Enchi outro copo de vodca e champanhe e dei a ele.

_ Para de ser chato. Não sou alcoólatra nem nada do tipo. Só bebo socialmente. – Ele faz cara feia mas ao final vira a bebida também. _ É bom não é?

_ Yukiry odeia bebidas alcoólicas, então faz tempo que não bebo.

_ Que careta.

_ Nem me fale. – E novamente ele vira outro copo. Faço o mesmo, dessa vez preparo uma tequila.

_ Você tem alguma foto dela?

_ Claro né. – Ele me joga o celular. _ Senha 9825. – Rapidamente consegui ver as fotos em seu celular.

_ Hm, então essa é a tal Yukiry?

_ Sim. Linda né? – Ela era bonita, me lembrava uma bonequinha de porcelana. Era branquinha, cabelo branco meio acinzentado.

_ Sim. – Em todas as fotos ela estava sorrindo, irradiava felicidade. Maldita! Continuo vendo as fotos, mas paro quando chega em uma onde ela estava beijando o Rogue. Simplesmente travei o celular e lhe devolvi.

_ O que foi? Não quer ver mais? – Neguei com a cabeça.

_ Já vi algumas. – Ele destrava o celular e eu, muito idiota travei com a foto ainda aparecendo. Ele riu claro.

_ É só uma foto de um beijo Lucy. Não precisa ficar com essa deprê toda.

_ Ela está beijando o garoto que amo. Tenho motivos para ficar ‘deprê’.

_ Você precisa namorar logo.

_ Preciso é dar um beijo nessa sua boca linda. – Ele ri. _ Estou falando sério.

_ Mas esta boca linda não te pertence mais. – Ele passa seu dedo sobre os lábios.

_ Não me provoque idiota. – Ele sorri. _ Nee Rogue, você já fez sua despedida de solteiro?

_ Ainda falta quase um ano para meu casamento. Está cedo para isso. – Sorri de um jeito sapeca e comecei a me aproximar dele. _ Ah, e quando eu fizer você será proibida de entrar na despedida de solteiro ouviu?

_ Oras, e por quê?

_ P-Porque você vai estar super barriguda. – Ri.

_ Meu bebe já terá quase dois meses quando acontecer isso, ou seja, estarei em forma novamente. Mas tenho certeza que esse não é o único motivo para que me queira longe da festa, certo?

_ Claro que é. Mulheres grávidas ou com crianças de colo devem ficar longe da festa.

_ Você não me engana Rogue. – Chego até ele e coloco minha mão sobre seu ombro. Ele tenta se afastar mas o jogo na cama.

_ O-Oe Lucy, vamos parar com isso. – Ri novamente. A bebida já estava fazendo efeito.

_ Você ainda sente desejos por mim.

_ Claro que não Lucy! – Ele pega em meus pulsos. _ Pare com isso.

_ Seu corpo ainda me quer.

_ P-Pare de dizer besteiras. – Ele me empurra para longe dele, e se eu não tivesse me segurado teria caído da cama. _ A única pela qual eu sinto desejos é a Yukiry, ela é a única que quero.

_ Tsc.

_ Você é uma mulher gravida agora, pare de agir desse jeito.

_ Você está vendo uma mulher grávida aqui? – Aponto para meu corpo. _ Eu poderia muito bem estar mentindo.

_ V-Você está mentindo? – Saio de sua cama e calcei novamente os sapatos que haviam sido jogados para longe.

_ Descubra a verdade você mesmo. – Pego minha bolsa e as chaves do meu carro.

_ Espere! Eu ainda quero conversar com você.

_ Mas eu não. – E rapidamente me aproximo dele e seguro seus braços. E antes que ele pudesse forçar a se soltar levo meus lábios até os seus depositando um selinho sobre o mesmo. Claro, ele não correspondeu, então não passou de um simples selinho, mas ainda sim senti meu coração acelerar do mesmo jeito que acontecerá quando demos nosso primeiro beijo.

Me afasto dele e o vejo com os olhos arregalados e totalmente vermelho. Rio.

_ Ainda fica com vergonha de me beijar?

_O-O-O que v-você acabou de fazer Lucy??? – Ele limpa seus lábios com as costas de suas mãos.

_ Não se preocupe. Eu não tenho nenhuma doença ou algo do tipo. Não precisa ter nojo. – Aquilo doeu. _ Me desculpe. – Vou até a porta. _ Adeus Rogue. – E fecho a porta atrás de mim.

Só então pude desabar. Corri até o elevador chorando igual uma condenada, mas tudo aquilo tinha me ferido muito.

Por sorte o elevador já estava com a porta aberta, então apenas adentrei e apertei o botão do térreo.

Cai no canto do elevador e esperei o mesmo ter a porta fechada, mas no ultimo instante escuto passos e sinto a presença de alguém no elevador. Estava chorando tanto que nem me dei ao trabalho para ver quem era. Não me importava.

_ Oe você está bem? – Apenas assenti com a cabeça. _ Olhe para mim Lucy. – Lucy? Como a pessoa sabia meu nome? Levantei a cabeça e olhei para a pessoa que estava ali na minha frente.

_ Rogue?? – Novamente abaixo a cabeça. _ S-Saia daqui! – Ele ri.

_ Ainda não tenho poder para atravessar paredes. – Sinto sua mão sobre meu ombro. _ Olhe para mim Lucy. – Nego com a cabeça. _ Por que? Por que não quer olhar para mim?

_ E-Estou com vergonha, com raiva, feliz, triste.... estou confusa!

_ Você-- - - O interrompo;

_ Não diga nada. Por favor, fique quieto Rogue. Eu sei que--- - O elevador para bruscamente me fazendo cair de lado e Rogue ir ao chão. As luzes se apagam e apenas uma pequena luz de emergência se acende no canto. _ O que aconteceu? – Me levanto e começo a bater na porta. _ Hey!! Hey! Alguém está ai??

_ E-Eu acho que teve alguma queda de energia. – Olho para ele que estava encolhido em um canto.

_ Ótimo. – Ele já começou a respirar mais rápido e percebi que seus punhos estavam fechados. _ Hey, está com medo?

_ E-Eu não me sinto bem em lugares fechados. – Lembrei-me que Rogue tinha fobia de lugares fechados e escuros.

_ Ainda não curou essa sua fobia? – Ele nega com a cabeça. _ Vai ficar tudo bem, relaxa.

_ É-É fácil para você dizer isso mas... – Ele aperta ainda mais seus punhos.

_ Fica calmo tá bem? Daqui a pouco vão consertar.

Mas esse ‘daqui a pouco’ não chegará tão rápido. Já havia se passado quase 15 minutos e o elevador ainda estava parado comigo e com Rogue, que estava quase tendo um ataque de pânico. Eu precisava fazer alguma coisa quanto a isso.

Fui até seu lado.

_ V-Você disse que seria daqui a pouco... – Peguei em uma de suas mãos e entrelacei na minha.

_ Eu errei, me desculpe. – Não aguentei vê-lo daquele jeito, então me aproximei e o abracei. Ele até iria reclamar se não estivéssemos naquela situação. _ Me perdoe Rogue, por ter te beijado. Se quiser eu mesma falarei com sua noiva e explicarei a ela o que aconteceu.

_ Não tem necessidade disso Lucy.

_ Eu disse que era para me impedir de fazer algo Rogue. – O apertei ainda mais em meu abraço. _ Eu sabia que não ia me controlar.

_ Não se martirize por isso. Foi apenas um selinho. Nada de mais. – Nada de mais.... ouvir aquilo me doeu. _ Nee Lucy, me responda.... – Ele me encara. _ Por que você ainda me ama? – Sua pergunta me surpreendeu, mas apenas sorri de canto.

_ Não faço ideia.

_ Eu te magoei bastante Lucy, você deveria ter acabado com esse sentimento. Eu te trai duas vezes. Tirei sua virgindade e me afastei. Você deveria me odiar.

_ Sim, eu deveria. Mas também te magoei Rogue, você fez isso para se vingar de mim.

_ E foi algo super errado! Erramos, mas eu já superei isso, e estou levando minha vida em frente. – Malditas lágrimas que querem sair novamente, mas tinha que ser forte.

_ Sim. Estou vendo...

_ Você também precisa fazer isso. Me abandone no seu passado, você sabe que nunca daria certo entre nós dois. Eu não quero me sentir o responsável por te deixar sozinha. Não quero viver com este sentimento de que te abandonei.

_ Sim... – As coisas que ele me dizia eram como facadas em meu coração.

_ Você agora está grávida, sabe quem é o pai. Conte a ele, fique com ele. Você merece ser feliz Lucy. – Assenti com a cabeça e respirei fundo tentando segurar as lágrimas que estava prestes a sair. _ E você sabe que eu--- - As luzes do elevador finalmente se acendem e o mesmo se movimenta. Rogue olha assustado para cima e se solta de meu abraço. _ I-Isso não está caindo, certo? – Nego com a cabeça.

_ A energia voltou. – E em menos de um minuto o elevador para e a porta se abre. Várias pessoas estavam em frente ao elevador preocupados.

_ Mil desculpas, a energia sofreu um pequeno dano, mas já reparamos os estragos.

_ Tudo bem. – Olho para Rogue que já estava longe do elevador. Me aproximo dele. _ Está melhor?

_ Sim. – Ele sorri disfarçadamente e coça seus cabelos. _ Desculpe por tudo Lucy. – Nego com a cabeça.

_ Não me peça desculpas. Você não fez nada de errado. – Ele me olha, e seu olhar era triste.

_ Você vai ao meu casamento, não vai? – Me aproximo dele e pego em suas mãos.

_ Só irei se o amor que sinto por você acabar, caso contrário ficarei longe da cerimônia. – Ele balbuciou a boca para dizer algo, mas o impeço. _ E por favor, não insista.

_ Certo. – Agora as lágrimas que há tanto queriam sair escorrem livremente pelo meu rosto. _ Não chore, por favor.

_ São lágrimas de tristeza, mas também são lágrimas de felicidade. Finalmente consegui encarar você, dizer tudo o que queria. – Não me contive e o abracei. _ Seja feliz Rogue, você merece. – Ele retribui e passa seus braços pela minha cintura.

_ Você também Lucy. – Encostei meu rosto em seu peito.

_ Rogue... me deixe fazer um ultimo pedido? Um pedido egoísta?

_ Não fale desse jeito. Dá a entender que vai morrer amanhã. – Rio. _ Pode pedir.

_ Será que... – O apertei ainda mais.

_ O que Lucy?

_ Me beije... – Ele dá um pulinho de susto. Com certeza aquilo o pegou de surpresa.

_ Desculpe Lucy, mas--- -

_ P-Por favor Rogue... Só mais essa vez... – Ele me afasta, estava sério.

_ Certo. – Ele pega em sua mão e retira a aliança dourada e a coloca em seu bolso. _ Um beijo de despedida. – Assenti com a cabeça. Ele se aproxima e coloca suas mãos em meu rosto limpando as lágrimas.

_ O nosso ultimo beijo. – Ele sorri. Rogue também chorava.

_ Certo. – Seu rosto começa a se aproximar do meu e automaticamente fecho os olhos esperando o contato de seus lábios sobre os meus, e quando finalmente acontece sinto um choque elétrico por todo meu corpo.

Suas mãos quentes em meu rosto alisando-o de leve. As minhas entrelaçam seu pescoço sentindo seu cabelo macio. Ele me traz mais para perto e aprofunda o beijo adentrando sua língua em minha boca. Faço a mesma coisa e damos inicio a disputa de espaço entre nossas línguas.

Eu chorava ainda mais, ele também, então junto com o gosto de vodca e champanhe que vinha de sua boca também sentia o gosto salgado de nossas lágrimas.

Mas tudo que é bom dura pouco e nosso beijo chega ao fim com um selinho demorado. Abro os olhos e encontro com seus olhos vermelhos me encarando. Ambos choravam, mas ainda sim sorrimos um para o outro.

Nos afastamos, ambos ofegantes e vermelhos. Ele me olha e abre a boca para dizer algo, mas sou mais rápida e o impeço novamente colocando meu dedo sobre sua boca calando-o.

_ Adeus Rogue.... – E me retiro dali sem olhar para trás.

Chego ao carro que estava estacionado em frente ao hotel e adentro o mesmo, coloco o cinto e ligo o motor. Precisava sair dali o mais rápido possível. Acelero e piso fundo.

As lágrimas escorriam tanto que dificultava a minha visão, mas ainda sim acelerava o carro.

Meu corpo ainda tremia de excitação, meu coração estava disparado, minhas pernas bambas, e o choro só aumentava.

Passo a mão sobre meu lábio e ainda sentia a quentura de seus lábios contra o meu, e isso me fazia chorar ainda mais.

Mas aquilo finalmente acabou....

Os longos anos que amei Rogue chegaram ao fim, e eu estava feliz...

Paro em um semáforo, olho para minha barriga e sorrio.

_ Finalmente mamãe está ‘livre’. – Passo a mão sobre ela. _ Agora vamos conversar com o papai.

**


Notas Finais


Um pequeno momento RoLu ~ o ultimo beijo dos dois <3 awn...
E será que agora ela finalmente irá conversar com o Natsu?
Kyaa... estoy animadíssima para o próximo capitulo *^*
Titia Blood ama vocês, e os comentários também rs
Nos vemos dia 30/10 ~ ou antes se der tempo /õ/
Jya-nee <3


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