[19° dia]
— Em duas... Sim... Cidade... talvez... longe... – Acordo com barulhos de vozes pelo quarto. Tento abrir os olhos mas a dor na barriga e a preguiça não me deixa. — Certo. Já estou descendo.
Me remexi na cama acabando por finalmente abrindo os olhos com dificuldade por causa da luz. — Bom dia, Aimee – Justin todo sorridente se aproximou de mim e depositou um beijo na minha testa.
— Bom... Dia... – Olho em volta tentando lembrar dos acontecimentos da noite passada. — Eu acho... – Suspiro. — O que aconteceu ontem?
— Você dormiu depois que maratonamos as três temporadas de Rick e Morty – se sentou na beira da cama. — Você está bem?
— Só um pouco de dor, nada de mais – sorrio sem mostrar os dentes. — Com quem falava no telefone?
— Ryan – levantou rapidamente. — Se arruma e vai comer alguma coisa, vamos ao Starbucks – disse indo em direção a porta do meu quarto. — Melhor, não coma nada, tomamos café lá – fechou a porta atrás de si.
— Então tá né... vamos lá, Aimee, levantando... – Digo pegando a coberta e colocando ainda mais por cima de mim. — Ele disse duas horas né? Daqui a uma hora e cinquenta e cinco minutos eu levanto... – Me aconchego ainda mais ao meu travesseiro e a coberta e acabo caindo no sono novamente.
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— Por que você voltou a dormir? – Justin que estava no banco do motorista pergunta irritado. — Falei que estávamos saindo.
— Ah, desculpa, eu ouvi você falando duas horas, aí pensei que sairíamos em duas horas... – Resmungo do banco de trás e Ryan ri da minha cara, mas para quando dou um tapa em seu ombro.
— Chegamos! – Justin e Christian, que estavam nos bancos da frente dizem ao mesmo tempo.
— Beleza, vamos resolver isso – Ryan diz e abrimos as portas do carro.
— Vamos falar direto com o gerente – Justin tomou a frente.
— Não podemos pedir nada antes? Tô com fome – reclamo andando logo atrás dos meninos.
Justin rolou os olhos pra mim enquanto abria a porta do estabelecimento. — Hey! Eu vi isso, hein!
— Nossa, que grande observadora você é – sorriu de lado. — Vai logo, pede alguma coisa pra comer. Eu e os meninos vamos falar com o gerente. Quando eu voltar quero ver você bem quietinha comendo, sentada bem ali. – Apontou para a última e mais afastada mesa do salão.
— Mas eu quero ir com vocês – faço bico.
Justin massageia as têmporas e suspira. — Ryan, pede alguma coisa aí pra ela comer. Chris e Aimee, vamos – começou a andar para o fundo do estabelecimento.
— Vai ser a base de ameaças? Suborno? Tortura? – Perguntei animada.
— Do que você tá falando garota? – Chris me olha espantado.
— Como vocês vão conseguir as imagens das câmeras com o gerente – aponto para a sala do gerente. — Chegamos.
Justin vai entrando sem ao menos bater antes. — Hey! Quem são vocês?
— Oi, eu sou o Goku! – Justin diz com falsa animação.
— Você assiste Dragon Ball? – Pergunto espantada para o loiro.
— Não, mas já vi uns memes na internet sobre esse desenho.
— Não é desenho, idiota. É anime. A-NI-ME! É tão difícil entender isso? – O encaro indignada.
— O que você tem hoje, Aimee? – Chris perguntou me analisando. — Tá estranha.
— TPM – Justin responde por mim. — Agora... Você! – Apontou para o senhor de barba que ainda nos observava confuso. — Nos de as imagens da câmera de segurança de ontem. Entre o horário das quatro até as sete da nnoite.
— E por que eu as daria a você, pirralho? – O homem olhou irritado para o Bieber. Coitado, nem sabe com quem está mexendo.
Justin sorriu. — Olha... Malkon?! – Disse olhando para a mesa do homem. — Não quero arranjar confusão hoje, aqui. Estou com pouca paciência para idiotas. Vamos fazer da forma mais fácil, certo? Eu lhe dou uma grana e você dá às imagens.
— E pra que você quer as imagens?
— Aí já não é da sua conta, velho. Agora... vai querer ganhar pra me dar as imagens ou vai querer perder?
— Perder o que?
— Sangue – respondeu seco, o velho olhou espantado para nós. Chris apenas deu de ombros e eu me mantive estável.
— Quem você pensa que é? – O mais velho semicerrou os olhos.
— Ninguém de sua importância – Justin se aproximou da mesa apoiando as mãos sobre ela. — Que tal quinhentos dólares?
— Mil.
— Fácil você hein – digo me sentando em uma das cadeiras de frente a mesa. — Pensei que ia enrolar com aquele negócio da política da empresa de não dar acesso às imagens de segurança a desconhecidos, e blá blá blá...
— Querida, estamos falando de dinheiro – o velho piscou pra mim e voltou a olhar para Justin que revirava os olhos. — Qual horário vai querer mesmo?
— Do dia todo, desde quando abriu até quando fechou.
— Não era só das quatro as sete?
— Mudei de ideia – deu de ombros.
— Certo. Espere aqui que eu vou buscar – o homem se levantou e seguiu até a porta, mas parou no exato momento em que ouviu a voz de Justin.
— O Christian vai te acompanhar – o homem olhou para o outro loiro e assentiu, logo ambos saíram da sala.
— Vai dar as mil pratas pra ele? – Pergunto enquanto o observo olhando para a ampulheta em cima da mesa que ele acabara de virar.
— Não. Em nenhum momento eu concordei com mil dólares – desviou seu olhar para mim. — Quinhentos já é muito por simples imagens, que eu poderia pegar só invadindo o sistema.
— E por que não fez isso?
— Preguiça – apoiou a cabeça em suas mãos. — Estou com dor de cabeça – terminou assim que a porta da sala abriu revelando Ryan.
— Toma, são bolinhos – entregou-me o pacote e se sentou na cadeira do gerente.
— Não trouxe refrigerante? – Olho dentro do pacote a procura de algo a mais que somente os bolinhos.
— Eu bebi no caminho – sorriu e Justin riu.
— Ryan? Como, não leva nem dois minutos do salão pra cá. – Fecho o saco com brutalidade. — Você não pode ter bebido uma latinha em menos de 2 minutos!
— Você tem razão, eu não bebi. Quando chegou na metade eu enjoei e joguei no lixo – sorriu de lado.
— Por que diabos você fez isso?
— Mamãe ensinou que não se deve beber do copo dos outros. Você pode pegar sapinho – negou com um balançar de dedos e fez bico. Ele estava se segurando para não rir.
— Seu idiota! Mamãe também ensinou a não desperdiçar comida! – Amasso um dos guardanapos e jogo contra o rapaz a minha frente.
— Mas não era comida. Era bebida – deu de ombros. — E as imagens? – Olhou para Justin.
— O cara foi pegar com o Chris.
— Sabe eu estava aqui pensando... – Digo após terminar de comer um dos bolinhos. — Como o gerente não reconheceu você, Justin?
— Talvez ele não assista televisão ou não lê revistas – deu de ombros. — Menos dor de cabeça.
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— Certo, vamos ver onde essa Melinda está morando. – Chris disse assim que começou a rastrear o número da placa.
Já tínhamos chegado do Starbucks, o gerente ficou furioso com Justin por só receber quinhentas pratas, mas Bieber foi cínico o suficiente para dizer que em nenhum momento havia concordado com mil dólares. Após esse episódio engraçado devida à cara de trouxa que o gerente ficou, voltamos para casa e começamos a ver a fita de gravação.
Demorou muito para enfim acharmos o horário em que Clair, ou, Melinda apareceu, logo após observarmos a conversa que tive com Clair me toquei que eu estava um lixo de tão acabada. Fomos para as gravações da câmera da entrada e do estacionamento, ela dirigia um Jaguar preto, um carro muito caro por sinal.
Chris conseguiu a placa e agora estamos esperando-o rastrear a mesma.
— Vai demorar muito? – Pergunto me sentando em uma das poltronas do escritório de Justin.
— Nop... – Chris encarou por mais alguns segundos a tela que continha o mapa da cidade. — Bom, ela não está em Los Angeles...
— Não? – Dou um pulo da poltrona que havia acabado de sentar e me aproximei do loiro.
— Ela está em Malibu.
— Então iremos a Malibu amanhã – Justin disse assim que entrou na sala. — Aimee, vá se arrumar. Vamos todos a uma das minhas boates.
— Qual delas? – Chris perguntou se espreguiçando ao levantar da cadeira.
— A maior delas – Justin sorriu orgulhoso. — Vamos a Succubus.
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