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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 08


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Vocês foram bem bonzinhos, então vou postar mais um, mas não se acostumem. O CAPITULO 09 ESTÁ NO BLOG (Notas finais). Eu estou providenciando a foto dos personagens, eu não esqueci. Comentem o que estão achando, gosto muito de saber a opinião vocês <3

Capítulo 8 - Capitulo 08


Por pouco eu quase desisti de ir ao coquetel, mas Bruna me incentivou, até me ajudou a escolher uma roupa para ir. Quase que precisei tirar a poeira do vestido, afinal faziam-se anos que eu não o usava. No fim estava no carro com Carlos, como sempre ele reclamava do transito, as vezes me perguntava se ele queria viver no interior, que não teria nenhum transito. Assim que ele estacionou retoquei o batom e desci do carro.

- Ótimo, estamos atrasados. – Fiquei esperando ele colocar a culpa em mim, mas isso não aconteceu, apenas segurou minha mão e seguimos para o local. Assim que passamos pela porta, meu marido começou a ir de rodinha em rodinha, falar com todos. – A situação do Rio é lastimável, eu não tenho mais esperanças. – Ele conversava sobre politica com mais dois homens.

- Boa noite, Doutor Carlos. – Um homem, cabelos grisalhos, barba bem aparada, bem vestido e devo dizer que muito atraente.

- Doutor Rodrigo.

- Desculpem meu atraso, o transito da cidade está terrível. – Mais um para reclamar, quase revirei meus olhos. – Mais cidade grande é assim mesmo. – Ele sorriu e me surpreendeu.

- Nem me fale sobre esse transito. – Carlos resmungou. Ele nem fez questão de me apresentar, assim como aos outros homens, que não pareceram se importar, mas esse tal Rodrigo ficou me encarando e ao ver que Carlos não falou nada, estendeu a mão.

- Sou Rodrigo Gonçalves, prazer.

- Julia Barros. – Apertei sua mão.

- Minha esposa. – Carlos se pronunciou. – Sobre o seu caso com o filho daquele ator... – Depois disso eu parei de prestar atenção.

Meu marido estava tão distraído que acabei saindo de perto dele, decidi comer alguma coisa. Nesse meio tempo acabei bebendo um pouco também. Fiquei ali isolada, não conhecia ninguém e então não tinha com quem conversar. Troquei algumas mensagens com Bruna, que me perguntou sobre a festa e com meus filhos, que ficaram em casa.

- Deve ser muito chato quando não se trabalha no meio jurídico e vem para um coquetel como esse. – Rodrigo, o advogado de antes, parou de frente para mim.

- Eu apenas decidi comer algo. – Sorri sem graça. Geralmente não conversava com pessoas desconhecidas. – As outras esposas já estão bem entrosadas entre si. – Ele virou-se para a rodinha de mulheres que conversavam animadamente.

- Então não costuma a vir sempre nesses coquetéis. – Ele parecia estar fazendo uma nota mental.

- Sua esposa também veio?

- Não, eu sou divorciado.

- Ah sinto muito.

- Não precisa. – Ele bebeu todo o conteúdo de seu copo. – Chegamos a um estado lastimável, brigas sem fim, criamos uma inimizade terrível, mas hoje somos amigos.

- Você tem filhos?

- Um menino, já tem dezesseis anos.

- Ele não ficou chateado ou teve problemas por conta do divorcio?

- Meu filho se consulta com uma psicóloga, nossas brigas o afetaram mais que o nosso divorcio.

- Sua mulher deve ter ficado arrasada.

- Na verdade, eu fiquei arrasado. – Ele riu um pouco mais alto. – Ela foi embora de casa, eu realmente queria continuar com a droga de relacionamento que nós tínhamos.

- Você não se sente constrangido conversando sobre isso comigo? – Rodrigo olhou fixamente dentro dos meus olhos.

- Algo em você faz com que eu me sinta confortável. – Aquilo era um elogio? Eu acho que era, pois a maneira que ele ria parecia ser coisa boa. – Você tem alguma profissão?

- Eu sou dona de casa. – Sorri sem graça.

- Não quis estudar ou Carlos de aprisionou? – Eu fiquei sem saber o que responder. – Eu estou brincando. Então dedicou-se a cuidar do seu marido e dos filhos.

- Sim, foi assim que fui ensinada. – O homem negou, logo depois de colocar um quitute na boca. – Eu realmente fico feliz em cuidar da casa.

- Se é o que você quer fazer então é algo bom, mas se for algo que você faz porque disseram que você deveria fazer, então não é bom.

- Eu não entendi.

- Você sempre quis ser dona de casa?

- Eu... não sei.

- Já tentou descobrir do que você gosta?

- Eu gosto de costurar. – Ele franziu o cenho. Rodrigo era um homem invasivo, tão invasivo quanto Bruna, em alguns minutos de conversa já queria saber coisas que eu evitava a contar para qualquer um, na verdade só Bruna e minha irmã sabem. – Mas é um hobbie, para meu lazer.

- Já iria perguntar se você faz ternos. – Ele sorriu sem graça. – Seria uma boa desculpa para encontra-la novamente. – Eu fiquei sem reação, eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele sabe que sou casada, mas por que disse isso? – Talvez se eu for mais direto.

- Eu sou casada. – Ele olhou por cima do ombro. – Muito bem casada.

- Casada pode ser, mas bem casada, acho difícil.

- Como ousa...

- Julia, você é linda. – Ele me cortou. – Quando te vi no meio daqueles homens, rezei para ser secretaria de um deles e não esposa de nenhum deles.

- Rodrigo, pare com isso.

- Me faça um terno, eu prometo que pagarei bem.

- Não! – Eu ajeitei minha bolsa no ombro.

- Eu menti, jjá te vi antes. – Ele segurou de leve meu braço. – Você não lembra, mas nos conhecemos há dois anos, eu estava na merda, desgostoso da vida, você disse que tudo passaria, que era uma fase ruim, me deu um salgadinho e saiu. Eu fiquei admirado, desejei te encontrar de novo, mas nunca mais te vi, até hoje.

- Eu realmente não me lembro.

- Um café?

- Olá Doutor Mendonça. – Uma voz conhecida fez ele soltar meu braço. Eu estava começando a ficar nervosa e com medo de Carlos nos ver, mas eu não entendi porque fiquei receosa com o fato de Bruna ter aparecido no coquetel. – Eu não o vi durante a noite, então vim lhe cumprimentar.

- Bruna, é um prazer revê-la. – Os dois apertaram as mãos. – Está é Julia, esposa do Barros.

- É um prazer. – Bruna apertou minha mão.

- Igualmente. – Respondi.

- Chegou agora?

- Sim, culpa do transito. – Um garçom com bebidas passou por nós. – Pode pegar uma para mim, por favor. – Bruna me pediu. Peguei uma taça de vinho tinto, sabia que ela gostava e a entreguei. Antes de pegar da sua mão, senti seus dedos tocarem de leve nos meus, quase que um carinho singelo, me segurei para não sorrir para ela. – Obrigada.

Rodrigo se aproveitou que Bruna estava presente, me entregou seu cartão e como não queria fazer cena para não gerar comentários, apenas o guardei na bolsa. O homem saiu, me encarando por um longo tempo e a cena que tentei evitar por não jogar o cartão fora, foi por água a baixo, Bruna havia percebido, sei porque ela arqueou uma das sobrancelhas e ficou quase dez segundos com a taça na boca.

- Rodrigo Gonçalves! – Ela ficou na posição que o homem estava anteriormente. – Você estava flertando com ele?

- O quê? Claro que não!

- Divorciado, advogado das estrelas, homem de idade, bonitão, parece até galã de novela. – Ela bebeu de uma vez todo o liquido do copo, só para pegar outro com o garçom. – Eu não acredito. – Ela bebeu mais um gole.

- Bruna, melhor beber um pouco de água.

- Eu sou maior de idade.

- Vai se comportar como uma menina rebelde agora? – Ela virou todo o conteúdo do copo, quase que para me desafiar. – Bem maduro da sua parte, agora pode beber um pouco de água para se hidratar.

- Ainda bem que decidi vir.

- O que você quer dizer com isso?

- Ele estava quase saltando em cima de você, parecia um lobo faminto e você nem se quer fez nada.

- Eu disse que era casada.

- Grandes merdas, ele é um advogado Julia, ele só desiste quando o juiz da o veredito.

- O que isso significa?

- Significa que ele vai continuar, até conseguir o que quer.

- Bruna, você precisa se acalmar. – Eu olhei ao redor, algumas pessoas estavam nos olhando. – Por que está agindo assim?

- Eu conheço todos aqui.

- Exato! Me conhece também, como pode achar que eu sou o tipo de mulher que faria isso. – Bruna olhou dentro dos meus olhos. – Eu estou seriamente ofendida.

- Eu não quis te ofender. – Ela falou mais calma. – Só... Eu fiquei preocupada, todos eles são leões e você é um cordeiro, fico preocupada.

- Julia! – A voz mais alta de Carlos atraiu minha atenção e fez todos os pelos da minha nuca se arrepiar. Por um momento eu havia me esquecido dele e esse tinha sido um grande erro.


Notas Finais




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